sexta-feira, 9 de março de 2012

OPINIÃO - ANO XVIII - N° 194 - MARÇO 2012

O Legado Cultural de Chico
No ano do 10º aniversário da desencarnação de Chico Xavier, uma ação do Ministério Público Federal quer promover o inventário e o tombamento dos bens deixados pelo médium em Uberaba.

Um patrimônio a ser preservado
Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal pretende compelir a União, o estado de Minas Gerais e o município de Uberaba a realizarem o inventário e o tombamento de todos os bens móveis e imóveis deixados pelo médium Francisco Cândido Xavier, falecido, naquela cidade mineira, no dia 30 de junho de 2002.
A ação visa especialmente a impedir que a pequena casa onde viveu o médium por mais de 30 anos, em Uberaba, e hoje centro de visitação de “peregrinos” e “romeiros”, continue sendo descaracterizada com possibilidade até de destruição, enquanto gerida por seu filho de criação, Eurípedes Higino dos Reis.

Valor Histórico e Cultural
Antes de ajuizar a ação, o MPF obteve do IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus – o cadastramento da casa como museu. Mesmo assim, não foram tomadas medidas protetivas dos bens expostos à visitação pública, e o próprio imóvel já sofreu alterações físicas, por iniciativa de Eurípedes. Para a procuradora da República Raquel Silvestre, subscritora da ação, “chega a ser absurdo o fato de que todos os bens deixados pelo médium estejam completamente desprotegidos”.  Assim, para a devida proteção do patrimônio deixado por “um dos maiores fenômenos religiosos de todos os tempos”, como o classifica a representante do Ministério Público, é recomendável que o poder estatal assuma sua gestão. Isso permitirá que todos os objetos expostos, os de uso pessoal do médium, mobiliário, peças psicografadas, originais de livros, fotos, etc., sejam contemplados por um projeto museográfico, com identificação e catalogação de cada peça, assim como a ambientação do local, o que não está sendo feito. Para a procuradora, o valor histórico e cultural de tudo o que se relaciona à vida e obra de Chico Xavier justifica o pedido da tutela estatal. Raquel esclarece que o filho adotivo de Chico não perderá, com isso, a propriedade do bem imóvel: “O tombamento nada mais fará do que auxiliá-lo no controle e conservação dos bens, podendo trazer orientações técnicas e procedimentos adequados”, acrescenta.


  


O caminho da dessacralização
Diz-se que a desencarnação de Chico Xavier, justo no dia em que o Brasil conquistava a Copa do Mundo de 2002, foi fruto de negociação do médium com seus protetores espirituais. Nem Chico nem seus amigos desejavam que o evento virasse comoção nacional. Mas, passada a emoção da Copa, ninguém conseguiu impedir que a casa, o túmulo, o centro espírita de Francisco Cândido Xavier se tornassem lugares e objetos sagrados da “religião espírita”, destinos de piedosos romeiros, sedentos de graças e milagres.
A ação agora promovida pelo Ministério Público Federal, pedindo o tombamento do patrimônio do médium e buscando a preservação de sua memória cultural, tem também o salutar efeito de lhe retirar um pouco essa aura de sacralidade, certamente não desejada pelo médium. Em vez de santuário, templo ou tenda de milagres, em que poderiam transformar a casa onde Francisco Cândido Xavier viveu, se lhe conferirá uma ambientação compatível com seu valor cultural e histórico.
Bem melhor assim! Chico é, de fato, um patrimônio cultural. Mas também é um fenômeno a espera de que sobre sua vida se debrucem cientistas e pesquisadores sérios, destituídos de preconceitos, para que, não apenas os espíritas, mas todos, possam melhor avaliar a importância de sua obra, no campo da mediunidade e da paranormalidade.
A ação da procuradora Raquel Silvestre pode ser o primeiro passo no sentido de que Uberaba, antes de ser mais um centro religioso, se torne um referencial cultural e científico compatível com o rico legado deixado por Francisco Cândido Xavier. Por mais religioso que tenha sido Chico, o que ele realmente nunca desejou foi que o transformassem em santo. 
(A Redação)






Mecanismos Humanos de Justiça
Onde não há caridade não pode haver justiça.  Santo Agostinho
           
Um dos crimes de maior repercussão dos últimos anos, no país, acaba de ter seu julgamento finalizado, em instância inicial. O réu Lindemberg Fernandes Alves, de Santo André/SP, foi condenado a 98 anos de prisão pela morte da ex-namorada, Eloá Cristina, e por 11 outros crimes conexos, praticados em outubro de 2008, quando manteve a moça e mais três jovens em cárcere privado, por vários dias, em cenas mostradas ao vivo pela televisão.
Mesmo sabendo-se que, pela legislação brasileira, Lindemberg não poderá permanecer preso por mais de 30 anos, a opinião pública, a se julgar pelas ruidosas manifestações durante o júri e pelas repercussões na imprensa, parece ter se mostrado satisfeita com a aplicação da severa punição. Sempre que o Poder Judiciário responde eficazmente a crimes com esse grau de repercussão, a Nação parece reacender a quase moribunda esperança da vitória sobre a criminalidade. Teoricamente, um dos efeitos da pena reside no seu caráter intimidatório. Ademais, a maioria das pessoas se inclui no rol dos cidadãos ordeiros, respeitadores da lei, honestos e incapazes de tamanhas brutalidades. É normal, pois, que sonhem com uma sociedade pacífica, onde a sede e fome de justiça que lhes vão na alma se saciem.
Mas, sejamos realistas, atentando para essas duas realidades: 1ª) A  atuação da Justiça Criminal, no Brasil, não tem, na prática, inibido a criminalidade; 2ª) Mesmo quando modelarmente aplicada, a pena não alcança um de seus fins últimos, a partir de uma visão humanista, qual seja a de ressocializar o delinquente. Muitas razões concorrem para essas duas frustrantes realidades. Uma delas é a quase certeza da impunidade. Diferentes pesquisas apontam que não mais que 10% dos homicídios praticados no Brasil têm seus responsáveis identificados. Roubos, sequestros, crimes sexuais violentos, de igual forma, acontecem aos milhares, sem que sejam sequer conhecidos seus autores. No campo dos “crimes do colarinho branco,” apesar de alguns avanços, a grande maioria dos culpados segue driblando a justiça, com respaldo em uma cultura elitista e protecionista.
Por outro lado, aqueles poucos que, como no caso Lindemberg, recebem a devida apenação, serão, a partir daí, quase que totalmente abandonados pelo Estado em infectas prisões, desprovidas de quaisquer condições minimamente humanas, sem mecanismos capazes de oferecer a reeducação pelo trabalho e pela recuperação da autoestima do condenado.
A partir de uma visão espiritualista/humanista, sabemos o quão importante é a aplicação de uma justiça pedagogicamente reparadora. Ante a delinquência, é compreensível que a sociedade reaja com postura meramente retributiva, própria de quem é vítima e que, por isso, ante a emoção, perde a isenção. Ao Estado, entretanto, mais do que agir retributivamente, compete propiciar ao cidadão que delinquiu, a conscientização do mal praticado, oportunizando-lhe reparar qualitativamente sua transgressão social.
 Numa visão meramente religiosa, a tendência será a de relegar essas ações ao campo do que, comumente, se denomina “justiça divina”.  É de se questionar, entretanto: Não será, igualmente, da competência humana contribuir, aqui e agora, para, através de corretos mecanismos de Justiça, de Amor e de Caridade, reconduzir o espírito provisoriamente em erro a uma vida socialmente útil?    Não é exatamente essa a função primordial da reencarnação, como lei natural e, logo, divina?



Imagens do Carnaval

Carnaval é sempre um show de sons e imagens. Celebração da vida, conjugando, admiravelmente, arte e técnica, criatividade e competição, corpo e espírito, o Carnaval, todos os anos, produz um turbilhão de imagens que invadem nossa casa e, às vezes, nossa alma.
Este ano não foi diferente. O show mágico da Unidos da Tijuca, homenageando Luiz Gonzaga, na Sapucaí. A brasileiríssima presença do candomblé e das festas populares da Bahia, levadas pela Mocidade Alegre ao Anhembi. Aqui, na minha Porto Alegre – onde também se faz samba, sim senhor! -, o magnífico desfile da Escola Estado Maior da Restinga, com os gringos de Bento Gonçalves mostrando que sabem fazer vinho e também samba no pé... Imagens para nunca mais se esquecer!
A tragédia de Bertioga
Em contraste com as esfuziantes cenas do Carnaval do Norte ao Sul do Brasil, uma imagem que a televisão exibiu várias vezes me perturbou demais. Aquela menina, com carinha de anjo, em Bertioga, Litoral Paulista, entrando pela primeira vez no mar. Pouco depois, ela seria colhida e morta por um jet ski desgovernado.
Em qualquer circunstância, a morte de alguém que mal desperta para a vida, como aquela bonequinha de três anos, é coisa difícil de entender. Desígnios de Deus, dirão aqueles que se alimentam da fé. Pura fatalidade, falarão alguns descrentes de outras causas que não aquelas presas ao campo do reducionismo material. Resgates de erros pretéritos e provas para os pais, sentenciarão teóricos espiritualistas, aferrados a um modelo linear e rigorosamente matemático das leis da reencarnação.
A dor que nunca cessa
Talvez a complexidade da vida possa permitir a conjugação de todas essas teorias que habitam o vasto e complexo subjetivismo da alma humana. Somos o que pensamos e as leis universais se amoldam, por certo, às idiossincrasias próprias de cada um de nossos diversificados estágios evolutivos, aqui e noutras dimensões. Uma a uma, essas concepções se arrimam em modelos pedagógicos compatíveis com provisórias e precárias visões de Deus , de justiça e de universo, alcançadas pelo homem.
Seja como for, nenhum modelo teórico, entretanto, permitirá medir ou administrar adequadamente o sofrimento de um pai ou mãe atingidos por tragédias dessa magnitude. Dizer que tudo passa é bobagem. Essa dor, parece, nunca cessará.
O reencontro
Mas, não tem mesmo como cessar essa dor? Só há um jeito: no dia em que a vida possa devolver a presença de quem partiu. Fora dessa hipótese sustentada, entre outras doutrinas, pelo espiritismo, e diante da inevitabilidade morte, a vida não tem mesmo qualquer sentido. Enfrentando esse cruel dilema, Vinicius de Morais, em letra de memorável samba, questiona: “Se foi pra desfazer, por que é que fez?”.
A possibilidade do reencontro. Mais do que isso: a inevitabilidade do reencontro dos seres que se amam. Isso realmente faz a diferença. Quando assimilada como categoria filosófica, mais do que como mera crença, gera uma nova postura perante a vida. Não suprime a dor da separação, é verdade, mas ajuda a suportá-la e acena para sua superação.
Abstraia-se dela a possibilidade do reencontro e a vida será, de fato, o absurdo denunciado por muitos pensadores existencialistas. Não teríamos, aí, qualquer razão para celebrá-la. 


Allan Kardec Racista?

Eugenio Lara, arquiteto e designer gráfico; fundador e editor do site PENSE - Pensamento Social Espírita [www.viasantos.com/pense],
E-mail:eugenlara@hotmail.com – São Vicente/SP.

A questão do racismo no pensamento de Allan Kardec é bastante controversa. Há quem o considere racista por suas declarações acerca da raça negra. Outros preferem ignorar, dão de ombros e fingem que nada foi dito: tergiversam. “Nem tanto ao mar, nem tanto à terra”, diz o dito popular. A consideração do contexto histórico em que Kardec fez tais declarações é fundamental para entendermos seu pensamento, sem cairmos em posições extremadas.
No século 19, a rigor, toda a Europa era “racista”, por se autoconsiderar como modelo, como padrão estético e cultural. Este fato, somado ao quase completo desconhecimento da realidade cultural e social do continente africano, fazia de qualquer europeu de classe média um sujeito preconceituoso em relação a outras culturas e etnias, especialmente a africana. Ainda mais os franceses, que são xenófobos históricos e bastante chauvinistas. Kardec não seria exceção, tanto quanto os médiuns que colaboraram com ele na estruturação do Espiritismo.
Um dos primeiros fatos a serem considerados é a filiação de Allan Kardec à Frenologia (ou Craniologia), que na época obteve certa proeminência. Considerada hoje como pseudociência, foi fundada pelo médico alemão Franz Joseph Gall (1758-1828). Segundo essa pretensa teoria científica, as formas do crânio, sua morfologia, teriam relação com o caráter, com a moralidade e até com a espiritualidade. O grande criminalista e espírita italiano César Lombroso também era partidário dessa teoria. Kardec foi membro e secretário por vários anos da Sociedade Frenológica de Paris.
A adesão a essa pseudociência levou Kardec a pensar sobre o aspecto físico do negro, na suposta expressão de sua inferioridade intelecto-moral pela morfologia, o seu biótipo, em comparação com a raça caucasiana, como vemos nessa afirmação categórica:
“O negro pode ser belo para o negro, como um gato é belo para um gato; mas, não é belo em sentido absoluto, porque seus traços grosseiros, seus lábios espessos acusam a materialidade dos instintos; podem exprimir as paixões violentas, mas não podem prestar-se a evidenciar os delicados matizes do sentimento, nem as modulações de um espírito fino.”
Hoje polêmica, esta afirmação de Kardec em Obras Póstumas (Teoria da Beleza) reforça sua ideia de que a raça branca seria a mais bela e evoluída: “podemos, sem fatuidade, creio, dizer-nos mais belos do que os negros e os hotentotes. Mas, também pode ser que, para as gerações futuras, melhoradas, sejamos o que são os hotentotes com relação a nós. E quem sabe se, quando encontrarem os nossos fósseis, elas não os tomarão pelos de alguma espécie de animais”.
É fundamental considerar também o fato de que o século 19 foi marcado por uma visão desenvolvimentista, “evolucionista”, de que haveria um padrão de progresso civilizatório a ser alcançado pelos seres humanos, pelas sociedades. De tal modo que, sob essa visão eurocentrista, marcada pelo positivismo, muitos povos e grupos sociais eram vistos como “primitivos”, “atrasados”, por não possuírem o mesmo progresso tecnológico e cultural das sociedades ditas “civilizadas”. É essa a concepção de mundo que possuía Allan Kardec, presente tanto em seu modo de pensar como no corpo doutrinário do Espiritismo.
No entanto, há um diferencial que precisa ser considerado. O critério de Kardec não é somente o tecnológico, cultural. O critério dele é profundamente ético. Segundo o Espiritismo, uma nação somente poderá se considerar civilizada se praticar a lei de amor e caridade, se houver alteridade, o respeito ao próximo, liberdade, fraternidade e igualdade entre todos os seus membros.
A libertação feminina é a “pedra de toque” dessa questão. Uma sociedade que trata as mulheres com violência, prepotência, desprezo e discriminação não tem o direito de se considerar civilizada. O Espiritismo sempre foi contra qualquer tipo de escravidão. Foi pioneiro em relação à defesa dos direitos das mulheres, num século em que a mulher ainda era muito mais discriminada e desrespeitada do que hoje. Denizard Rivail/Amélie Boudet foram exemplo de casal fora das regras de sua época. Gabi era quase dez anos mais velha do que Rivail, um fato insólito e pouco desejável. Os dois não tiveram filhos, outra estranheza. Mesmo oriunda de família rica, Gabi sempre trabalhou e, ao invés de se dedicar às futilidades próprias das senhoritas e matronas da elite francesa, preferiu manter-se ao lado do marido, como parceira, colaboradora, dando-lhe apoio logístico, afetivo e doutrinário em sua empreitada. E prosseguiu, após a desencarnação de Rivail, o trabalho por ele iniciado.
Além da questão da mulher, acrescentaríamos ainda o tratamento dado aos idosos, às crianças, aos animais, à natureza, como fatores fundamentais para a identificação do provável progresso civilizatório de uma nação.
Isto posto, a afirmação de que Allan Kardec teria sido racista é equivocada. Sem o saber, ele era preconceituoso em relação ao negro, aos índios, aborígenes, etc. assim como todo e qualquer europeu de seu tempo também o era. Expressou a visão de sua época, marcada pelo preconceito em relação à diversidade cultural, étnica. Isto não significa que ele discriminasse o negro, que o visse como um objeto, um animal de carga. A escravidão, seja ela qual for, é condenada pelo Espiritismo. Já o era pelos iluministas. Essa herança, Kardec também assimilou. Segundo o Espiritismo, nenhum ser humano deve ser tratado como objeto. 


Rui coordena Curso Básico de Espiritismo
O primeiro Curso Básico de Espiritismo do ano de 2012, no Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, começa no dia 23 deste mês de março. Programado para se realizar às sextas-feiras, a partir das 15 hs, o Curso se estenderá até 13 de abril.
Oferecido gratuitamente a todos os interessados – espíritas ou não – o curso será ministrado por Rui Paulo Nazário de Oliveira, ex-presidente do CCEPA e abordará os fundamentos teóricos do espiritismo.
Para Salomão Jacob Benchaya, Diretor do Departamento de Estudos Espíritas da instituição, “os cursos básicos, tradicionalmente promovidos pelo CCEPA, têm servido como porta de entrada à Casa de valorosos companheiros que, estimulados pelos ricos conteúdos históricos, científicos, filosóficos e éticos do espiritismo, se somam à instituição como associados, colaboradores ou frequentadores.
Para mais informações, contate o e-mail ccepars@gmail.com ou telefone para a vice-presidente Eloá Bittencourt: (51) 3231-9752.

           
Presidente do CCEPA abre programa
de conferências mensais
O advogado e jornalista Milton Medran Moreira, presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, foi o primeiro conferencista do ano, no dia 5 de março, com o tema: “Vivemos o Melhor dos Tempos”.
Sempre às primeiras segundas-feiras do mês, no auditório do CCEPA, realiza-se uma conferência pública, com expositores da Casa ou convidados. A palestra de março estava reservada ao pensador espírita Maurice Herbert Jones que, no entanto, por motivo de doença na família, adiou sua exposição em outra data, a ser oportunamente comunicada.
No dia 2 de abril próximo, às 20h30, o conferencista será o médico Jorge Luiz dos Santos, que abordará o tema "Experiências de quase morte: verdades e mitos".

Atividade em Ilópolis será em abril
Conforme noticiamos em nossa edição anterior, um grupo de estudos espíritas, coordenado por Letícia Araújo Mello, na cidade gaúcha de Ilópolis, convidou uma delegação do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre para uma visita de intercâmbio e a realização de uma palestra pública, na cidade.
Assim, dirigentes e colaboradores do CCEPA estarão em Ilópolis, no próximo dia 15/4, domingo, para a realização desse intercâmbio. Na oportunidade, o Diretor de Estudos do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Salomão Jacob Benchaya, proferirá uma palestra pública, às 15hs, no Museu do Pão, daquela comunidade, com o tema “O Que é o Espiritismo”.

Folheto sobre o fim do mundo
Gostei muito da coluna “Opinião em Tópicos” (edição janeiro/fevereiro) sobre a forma como o articulista comentou o episódio do panfleto religioso que lhe foi entregue. As pessoas ainda se utilizam do terror, às vezes mesmo de forma inconsciente, para servir aos interesses de uma religião, na sua estratégia de conseguir mais fiéis. Nós que vivenciamos a doutrina espírita e aceitamos a tese da reencarnação sabemos perfeitamente que isso não nos atemoriza. Precisamos é aceitar as leis divinas. Nascer, viver, morrer e renascer quantas vezes forem necessárias. Esta é a lei.
Elmanoel Mesquita da Silva – Capitão Poco/PA.
           
Da Humana Existência
Não poderia deixar de agradecer as palavras de Antonio Abdalla Baracat Filho, de Minas Gerais (Opinião do Leitor, jan/fev 2012). E expor a ele que busco unir o pensar filosófico espírita ao pensar da Modernidade e Pós-Modernidade. Mais fortemente a Pós-Modernidade de Jean-François Lyotard; Richard Rorty; Anthony Giddens (Modernidade Tardia); Zygmunt Bauman (Modernidade Liquida); e alguns outros, que o senso comum apenas tratará no próximo século, se chegar a tratar. Pensadores que combatem o materialismo, inimigo do espiritismo, como dizia Kardec. A isto chamo: mirar o futuro. Grato pelo incentivo.
Paulo Cesar Fernandes, filósofo – Santos/SP.