quarta-feira, 3 de abril de 2013

OPINIÃO - ANO XIX - Nº 206 - ABRIL 2013


Uma tumultuada relação:
Religião x Direitos Humanos
A eleição do deputado e pastor evangélico Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal reacende, no Brasil, velhas polêmicas entre direitos civis e posições teológicas fundamentalistas.

Racista e homofóbico preside CDHM
Deputado federal eleito pelo Partido Social Cristão – PSC -, Marco Feliciano (foto) é também pastor da Igreja Assembleia de Deus. Recentemente guindado à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, o pastor deputado vem recebendo de ativistas dos Direitos Humanos muitas críticas. Sua biografia registra episódios de manifestações explícitas de racismo e homofobia, sustentadas por suas convicções religiosas. 
Marcos Feliciano postou, certa vez, em seu twitter que “os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”. Para ele, a maldição bíblica lançada por Noé a seu neto Canaã “respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças e guerras étnicas”. Em outro post, diz que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam (sic) ao ódio, ao crime e à rejeição”.
Tão logo conhecida a eleição de Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, protestos passaram a acontecer, tornando fortemente tumultuadas as reuniões da Comissão, na Câmara dos Deputados. Inclusive, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil – CONIC – terminou por pedir o afastamento de Marco Feliciano da Comissão, em nota pública de repúdio a suas declarações racistas. Outras representações religiosas, no entanto, o têm apoiado, sob o argumento de que suas declarações estão perfeitamente respaldadas na Bíblia. O CONIC é composto por Igrejas cristãs mais tradicionais, como a Católica, a de Confissão Luterana e a Episcopal Anglicana do Brasil.

Enquanto isso, em Roma...
A eleição, dia 13 de março último, do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio como novo Papa, com o nome de Francisco, abre perspectivas de mudanças na Igreja Católica. Considerado um “conservador moderado”, o novo pontífice assumiu concitando seus fiéis à retomada de valores morais ligados à doutrina cristã, mas nem sempre praticados por sua cúpula, tais como: o desapego de bens materiais, o perdão das ofensas, a tolerância e a fraternidade. Prega uma igreja pobre voltada, preferencialmente, para os pobres. Tais aspectos, se efetivamente assumidos, reaproximam a Cúria Romana da ala que defendeu a Teologia da Libertação, ostensivamente combatida pelos últimos chefes da Igreja. No campo específico dos direitos humanos, entretanto, subsistem dúvidas quanto à biografia do novo Papa. Ele é apontado por alguns biógrafos como tendo colaborado com as forças de repressão da ditadura militar em seu país. Tanto no Brasil como na Argentina, setores conservadores da Igreja prestigiaram as ditaduras militares, sob o argumento do combate ao comunismo. Já a Teologia da Libertação se caracterizou por uma forte ação contra a violação dos direitos humanos patrocinados pelos governos militares.
Presentemente, algumas práticas, como união ou casamento de pessoas do mesmo sexo, o uso de preservativos, a plena igualdade de direitos entre homens e mulheres, inclusive no seio da Igreja, a ampliação da licitude para algumas hipóteses de aborto, têm posto em confronto ativistas de direitos humanos e a Igreja Católica.  Junto a esta, mas sempre em nível bem mais ostensivo, políticos ligados a igrejas evangélicas pentecostais e neopentecostais, e que experimentam grande avanço no país, assumem posições ultraconservadoras, graças ao espaço político conquistado. É nesse contexto que se insere o Pastor Marco Feliciano, Deputado Federal eleito para presidir a CDHM.





Onde devemos nos situar?         
Valores bíblicos nem sempre combinam com direitos humanos. Ao contrário, foi sempre em nome daquilo que os religiosos classificaram como a palavra de Deus, que a Igreja, historicamente, discriminou mulheres e homossexuais, execrou etnias, provocou torturas e genocídios, assumiu claras posturas escravocratas, combateu a liberdade de pensamento e crença, condenou a separação entre Estado e Igreja, etc.
A Reforma Protestante se, de um lado, permitiu interpretações bíblicas mais livres, dando ambiente ao pluralismo religioso, por outro, abriu caminho para a formação de igrejas mais conservadoras e fundamentalistas. O fundamentalismo religioso, no atual cenário especialmente da América Latina, com destaque para o Brasil, medra e se desenvolve no seio de um amplo campo popular, onde o acesso à educação e ao esclarecimento político é ainda limitado e escasso. Aí, nascem e se reforçam lideranças políticas que se autodenominam representações de Deus. Nessa condição, e no vácuo de um fisiologismo político difícil de ser superado pelo Estado brasileiro, reeditam comportamentos diametralmente opostos a uma política de direitos humanos fundada em conceitos humanistas, conquistados, quase sempre, contra a religião.
A Igreja Católica, graças aos valores seculares e humanistas já assimilados no curso de sua longa e tumultuada história, aos poucos vai se adaptando à modernidade. Lideranças com níveis de cultura e de inserção político/social como o cardeal Bergoglio, agora guindado ao Papado, oferecem expectativas de mudanças em favor da plena aceitação e vigência de direitos humanos recém-emergentes e que combatem históricos preconceitos, alimentados pela fé religiosa.
De qualquer sorte, aqueles segmentos verdadeiramente progressistas, laicos e livre-pensadores, onde devem estar inseridos os espíritas, precisam se manter atentos para que retrocessos como os propostos pelo Deputado e Pastor Feliciano sejam, de fato, abortados. (A Redação)





Para além da Liturgia 
e do Poder
"Na religião o que há de real, essencial, necessário e eterno é o Cerimonial e a Liturgia - e o que há de artificial, de suplementar, de dispensável, de transitório é a Teologia e a Moral." - Eça de Queirós.

Fosse quem fosse, o escolhido como novo Papa, dentre os 119 cardeais participantes do conclave, naquele 13 de março, a multidão presente na Praça de São Pedro explodiria em aplausos, ao seu anúncio.
O aparecimento da fumaça branca na chaminé da Capela Sistina, em qualquer circunstância, encontra a massa em estado de quase êxtase. Gritos, choros, risos... Uma explosão de patéticas emoções é registrada, no momento em que o mais velho dos cardeais proclama “Habemus Papam”, declinando, a seguir, o nome do eleito.  A partir de então, seja ele quem for, merecerá o tratamento de “Santidade” e tudo o que em nome da fé disser, estará revestido de verdade, porque a infalibilidade o acompanhará na vida, até a morte ou até a uma eventual renúncia.
Assim foi e assim continua sendo numa sociedade movida pela espetacularização e que, segundo o pensador Wilson Garcia (leia sua crônica na última página desta edição), não sobrevive sem a presença de fortes signos icônicos. A Igreja sabe disso e, valendo-se da condição, historicamente construída, de administradora e guardiã do sagrado, utiliza-se largamente da simbologia, do fausto, do mistério e da pompa, em circunstâncias assim. Isso também é garantia de prestígio e de poder.
Estaria o Papa Francisco disposto a quebrar essas tradições? Deseja mesmo, conforme sugerem algumas de suas primeiras atitudes como novo pontífice, abrandar as pompas, reduzir o luxo, tornar, enfim, mais simples a instituição que dirige? E, se realmente o quer, conseguirá? Não estarão esses signos e práticas de tal forma entranhados na alma da Igreja e de seus fiéis a ponto de tornar impossível sua remoção? Talvez sejam, em suas instâncias superiores, bem mais fortes as correntes desejosas da manutenção deste “status quo”, em sentido contrário, pois, ao expresso desejo do novo chefe. Provavelmente, também a grande massa de fiéis prefira o luxo à pobreza, o mistério à verdade, a pompa à simplicidade. Entre nós, o carnavalesco Joãozinho Trinta celebrizou o conceito de que quem gosta de miséria é intelectual. Povo, dizia, gosta mesmo é de luxo. Valeria isso também para o autodenominado “povo de Deus”?
Todas essas questões interessam vivamente a nós, espíritas. Diversamente das igrejas e das religiões, buscamos uma espiritualidade sem ritos e liturgias, sem pompas nem sacerdotes, privilegiando a essência sobre a simbologia, o livre pensamento em vez do dogma. Reconhecemos que há, também na Igreja, setores com essa tendência. Mas até que ponto serão capazes de enfrentar todo o aparato histórico construído sob aquela pesada atmosfera? As instâncias de poder ali sobrepostas teriam levado o anterior Papa à renúncia, confessando-se sem forças para cumprir sua tarefa. Se para seu antecessor, o essencial estava na teologia e na disciplina institucional, Francisco demonstra privilegiar o exercício de virtudes como simplicidade e solidariedade.
Eça de Queirós pode ter sido demasiadamente cáustico ao afirmar ser a moral sempre secundária na religião que privilegiaria, ao contrário, o cerimonial e a liturgia. Não se duvida, entretanto, de que pompa e poder tendem a sufocar a mensagem, tal como o joio o faz com o trigo.
Só a História há de demonstrar a que norte Francisco poderá levar sua Igreja. Se sua política e os resultados concretos de suas ações contrariarem a afirmativa do autor de “O Crime do Padre Amaro”, a espiritualidade terá avançado sobre a religião. E nós, espíritas, saudaremos esse avanço.




         

Deus nos livre!
Circulou na Internet, numa das listas de debates de que participo, um texto com o título de “Deus nos livre de um Brasil Evangélico”. O artigo vinha assinado por Ricardo Gondim, um sujeito que eu não sabia quem era. Fui ao Google e fiquei sabendo: Trata-se de um ex-pastor evangélico, que, lá pelas tantas, resolveu deixar o movimento. O motivo da ruptura, segundo declarou na oportunidade, era que não admitia pertencer a “qualquer tradição, escola ou cânone” que cerceassem sua “capacidade de arrazoar”, ou que lhe impusessem a “obediência servil”. Dissera, ainda, que passaria a admitir unicamente “a consciência” como capaz de “chancelar” sua vida. Um ato de coragem para quem, até então, estivera engessado pelos dogmas bíblicos e aprisionado a algumas ideias retrógradas que seguem fazendo a cabeça de quantidade cada vez maior de gente, neste país já profetizado como “coração do mundo” e que está, mesmo, se transformando em “pátria dos evangélicos”.
         
O Brasil evangélico
No artigo que agora caiu na rede, Gondim, já fora do movimento, diz ver com muita apreensão esse avanço evangélico no país. Pergunta: Como seriam, num Brasil evangélico, tratados um Ney Matogrosso, Caetano Veloso ou Maria Gadu? Que destino teriam poesias sensuais como “Carinhoso”, de Pixinguinha, ou “Tatuagem”, de Chico? Nas Universidades, teoriza o autor, seria proscrito Darwin, se proibiria a leitura de Nietzsche e de Derrida. A política, a exemplo do que já ocorre com a bancada evangélica, seria dominada pelo fisiologismo. A cultura morreria, porque manifestações folclóricas como a do bumba-meu-boi e do frevo não caberiam dentro do estado teocrático evangélico.

Vai passar...
Alguns companheiros debatedores fizeram comentários com o mesmo tipo de preocupação. Aqui no meu cantinho, fiquei quieto, mas pensei: Bobagem! Isso não vai acontecer no Brasil. O Ocidente cristão está imunizado contra o estado teocrático. A História não volta para trás, malgrado as iniciativas nesse sentido. Elas produzem efeito nas camadas mais carentes social e culturalmente, porque adotam um formato compatível com a sociedade de consumo. O apelo de que você aceita “Jesus como único Senhor e Salvador” e, a partir daí, a fortuna, o amor, o poder, a saúde e tudo o mais que deseja deste mundo lhe caem aos pés, tem se mostrado eficiente. Multidões são, assim, arrebanhadas. Ambiente ideal para políticos oportunistas.
Mas, isso vai passar. Há uma parte boa da sociedade, com forte poder de reação. É a que protesta, por exemplo, contra a eleição de um deputado pastor à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Mas, esse marketing religioso tende a enfraquecer ao natural. Como dizia o velho Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos o tempo todo”.

Laicismo e humanismo
O progresso das ideias e dos costumes é uma coisa avassaladora. Há uns 30 anos, quando passou a se intensificar essa onda pentecostalista no Brasil, as crentes andavam com saias pelas canelas e cabelos descendo à cintura. Agora, que as Igrejas comandam televisões e patrocinam grandes shows musicais, seus hábitos também se secularizam, tragados pela modernidade. A tendência da sociedade moderna, e, logo, do Estado, é a total laicização. Está aí o novo Papa dizendo, da sacada de seus aposentos: “Bom dia”, “bom almoço”, no lugar de “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”. É a sociedade laica, e não as religiões, que pautam os costumes e o comportamento de nosso tempo. Se as religiões quiserem sobreviver, terão que se dobrar à laicidade dos costumes, das ideias, do discurso e também da moral. Esta se aprimora na medida em que se liberta do sagrado, da revelação, e é reconhecida como naturalmente humana e universalmente válida. É nesse contexto que uma espiritualidade fundada na razão e no livre-pensamento desbravará caminhos.
Espiritualistas livre-pensadores e humanistas, não temamos. O futuro nos pertence!






A Notícia

FEB editará tradução – O Novo Testamento
Haroldo Dutra Dias, tradutor de “O Novo Testamento”, obra lançada no ano de 2010 e esgotada, assinou contrato com a Federação Espírita Brasileira para cessão dos direitos autorais e patrimoniais da obra “O Novo Testamento (Evangelhos e Atos)”, a qual será lançada pela Editora FEB na segunda quinzena do próximo mês de abril. A assinatura do documento, com Haroldo e o presidente interino da FEB Antonio Cesar Perri de Carvalho, ocorreu no último dia 16 de fevereiro durante reunião do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho da FEB, do qual o tradutor é coordenador.

Fonte: http://www.febnet.org.br/blog/geral/pesquisas/nepe/feb-editara-traducao-o-novo-testamento/

A crônica

Crônica do sagrado
WGarcia
(Wilson Garcia é escritor e jornalista. Mestre em Comunicação e Mercado,
Professor da Faculdade Maurício de Nassau, Recife, PE.)

Sérgio mora em São Paulo, mas o vejo sempre pelo Skype... Ontem, achei-o um pouco desenxabido, daquele tipo que fica olhando para o lado como quem quer fugir de uma conversa mais franca.
Interessante, o virtual já se misturou com o real de tal maneira que as pessoas estão repetindo na imagem o comportamento que expressam no face-a-face e o virtual está tão high definition que se torna quase natural perceber essa nova realidade.
Sem me conter, indaguei: que há contigo?
Desculpou-se três vezes, antes de abrir-se. Estava decepcionado, pois acredita na mudança, na necessidade da mudança, no dever da mudança, no movimento que implica mudança já que a roda da evolução só gira para frente.
Não entendi, disse.
Enfim, desabafou: hoje li a notícia do fechamento pela FEB do contrato para a publicação da Bíblia. Isto é o fim de toda minha esperança de transformação no destino da velha instituição. No que devo acreditar, qual é o significado do novo se o novo repete o velho?
Ouvi-o por cerca de dez minutos, a desenrolar o seu imenso corolário de justificativas. E vi sua face tensa, triste, doída.
-Não precisa repetir-me os seus avisos, falou-me. Agora entendo.
Sérgio calou-se. Foi minha vez de falar.
O problema do novo é o novo. É difícil representá-lo, ser o porta-voz dele, encarná-lo. Onde está o novo? No espírito? Mas o espírito para ser o novo não pode ser apenas retórica e argumentos.
O problema do homem que se autoproclama representante do novo é deixar-se ver apenas em sua complexidade imagética: nos olhos, na face, na expressão corporal, detalhes do visível recortado iconicamente.
O discurso do homem-imagem pode ser o discurso da esperança, mas quando a realidade o confronta vê-se que a esperança dele não é a do homem novo. A imagem padece de conformidade com (ao negar) a realidade, e não a nega apenas pelo conteúdo ilusório que lhe é próprio, mas pela ilusão acrescida, deliberada, intencional.
O novo não é naturalmente inclusivo, não está nem faz parte por ser o novo. Sua inclusão se dá pela ação que decorre da convicção firmada. O discurso é a promessa, que a imagem incorpora magistralmente, e muito mais no cotidiano tecnológico de nosso tempo.
Quando o homem-imagem-discurso descobre o prazer da fantasia e a espetacularização o projeta socialmente, apodera-se da ilusão imagética para aumentar o fascínio do outro, alimentando-a com a retórica do novo, da mudança, infundindo no outro a falsa esperança.
É por isso que o homem-imagem não pode mais prescindir desse signo icônico. Sem ele, ver-se-ia despido, nu, transparente e nem sempre o nu é arte.
Há duas maneiras de interpretar a imagem: uma mais segura e muito difícil, decorre da análise semiótica e para ser realizada exige especialização; outra, mais fácil e também mais dolorosa, chega-nos pelos veios pedregosos da desilusão. É quando a realidade contorna a imagem e se mostra em sua própria nudez.
O homem-imagem sabe que está sempre em perigo, pois participa de um jogo onde a imagem persegue a realidade e a realidade só se deixa aprisionar em seus nacos mutáveis. Quando um flagrante do real é registrado, no instante seguinte a realidade já não é mais aquela.
A imagem sobrevive na duração, a realidade existe para além do tempo. A primeira resulta intencional, a segunda está acima de qualquer suspeita.
Quando, pois, o homem-imagem, apesar de comprometido na origem com o novo, age para manter o velho como a FEB ao propor-se a editar a Bíblia, meu caro Sérgio, o que deixa à mostra? A impossibilidade de dominar a realidade.
Ah, não se esqueça de uma coisa: a ilusão é elemento intrínseco à imagem e não à realidade.





CCEPA – 77 Anos
Neste mês de abril, o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre (ex-Sociedade Espírita Luz e Caridade) completa 77 anos de fundação.
Será uma oportunidade para quem quiser conhecer as origens, a história, as ideias e as transformações vividas por esse núcleo do pensamento espírita, fundado no ano de 1936, no tradicional bairro porto-alegrense do Menino Deus, onde até hoje está situado. Na noite de 19 de abril (sexta-feira), às 20h, uma mesa redonda, coordenada pelo presidente do CCEPA, Milton Medran Moreira, e da qual participarão seus mais antigos dirigentes, Maurice Herbert Jones e Salomão Jacob Benchaya, vai marcar o evento. O encontro é aberto a todos os interessados.
Além dos associados e colaboradores do CCEPA, já asseguraram presenças: Dante López, presidente da CEPA e esposa; Gustavo Molfino (3ºvice-presidente da CEPA); Mauro de Mesquita Spínola (2º vice-presidente); Alcione Moreno (presidente da CEPABrasil); e mais os delegados da CEPA: Jacira Jacinto da Silva (São Paulo), Homero Ward da Rosa e esposa (Pelotas), José Budó e esposa (Santa Maria) e Margarida Nunes (Florianópolis). Todos estarão participando, no sábado, dia 20, de uma reunião administrativa conjunta da CEPA e CEPABrasil, que terá por sede o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.

Atividades Públicas de Abril e Maio no CCEPA
Além da sessão comemorativa ao aniversário da instituição (dia 19, às 20h), o Centro Cultural Espírita realiza, no mês de abril, as seguintes atividades também abertas ao público:

Dia 1º - 20h30 – Conferência “Fenômenos Paranormais”, a cargo de Aureci Figueiredo Martins;
Dia 17, 15h – Conferência “Espiritismo e Ciência”, com Salomão Jacob Benchaya.

Segue aberto à participação de estudiosos do espiritismo, nas sextas-feiras, às 15 horas, o grupo formado para o Estudo Analítico de O Livro dos Espíritos, uma reflexão crítica e atualizada, coordenada por Salomão Benchaya, da principal obra de Allan Kardec.

No dia 6 de maio, às 20h30, e também dia 15/5, às 15h, você está convidado a assistir à conferência do Prof. Moacir Costa de Araújo Lima “Quântica, Espiritualidade e Saúde”, no auditório do CCEPA, com sessões de autógrafos de seu livro que leva o mesmo nome.






Depois da tragédia (1)
Sobre a matéria de capa de CCEPA-Opinião de março, depois de tantas mensagens irracionais tentando dar a interpretação espírita à tragédia de Santa Maria, eu aguardava a criteriosa análise de vocês. Imaginei que não deixariam sem resposta. Bom texto, como sempre.
Eneida Barreto Pereira – Santos/SP

Depois da tragédia (2)
Todas as edições do jornal “Opinião” são muito instrutivas e boas. Mas, na edição de março, vocês se superaram.
As análises profundamente esclarecedoras sobre as causas da tragédia de Santa Maria ajudam, e muito, na correta compreensão da Doutrina Espírita, resgatando-a de interpretações equivocadas sobre a Lei de Causa e Efeito. No fundo, essas inconsistências refletem os dogmas cristãos que aprisionam em culpas, tudo muito distante da boa lógica kardecista.
Foram também oportunas e sensatas, as considerações sobre o novo Papa e o milenar cerimonial que o elegeu. Que venha o novo, não apenas nas necessárias reformas morais, mas também nas antiquadas práticas vaticanas. Um abraço grato por sempre aprender com vocês!
Nícia Cunha – Cuiabá/MT                                                                       

Simplesmente, humano
Caro Medran, gostaria de parabenizá-lo pelo excelente artigo sobre a renúncia de Bento XVI (“Simplesmente, humano”), publicado no jornal Zero Hora e que foi, também, editorial de CCEPA Opinião de março. Aproveito para cumprimentar o Centro Cultural Espírita pela ótima diagramação de seu blog – www.ccepa.blogspot.com .
Grato, igualmente, pela oportunidade de expor minhas reflexões (artigo A Crise da Civilização Atual) a um público tão especial e seleto, como o é o dos leitores deste jornal.
Gláucio Grijó – Brasília/DF.