Espiritualidade e Ateísmo
É possível conciliar?
É possível conciliar?
Com o livro “O Espírito do Ateísmo”, o
filósofo francês André Comte-Sponville busca consolidar tese compartilhada por
outros filósofos pós-modernos que defendem uma espiritualidade desvinculada da
crença em Deus.
O
espírito situa-se no domínio do absoluto, do atemporal
O subtítulo do livro de Comte-Sponville é
“Introdução a uma espiritualidade sem Deus”, o que deixa clara sua proposta. A
obra trilha caminho diferente de outros livros ateístas contemporâneos que
adotam postura agressiva a toda a forma de espiritualidade, vinculando como
indissociáveis a crença em Deus e o espiritualismo. É o caso do best-seller de Richard Dawkins, “Deus, um Delírio”.
André Comte-Sponville defende a possibilidade de ser ateu e, ao mesmo tempo,
cultivar valores que atribui ao espírito. Em sua obra, o filósofo francês
admite ser a religião uma forma de espiritualidade, mas “nem toda a
espiritualidade é religiosa”, afirma. Dizendo ser a religião “uma crença que
aponta para o sobrenatural, para o transcendente, para o sagrado e para o
divino”, sublinha não crer em nada disso. Espiritualidade para ele, “é a vida
do espírito, especialmente em sua relação com o infinito, com a eternidade e
com o absoluto”. Isso não é uma crença, mas, basicamente “uma experiência” que
submete “nosso aspecto finito ao infinito, nosso aspecto temporal à eternidade,
nosso aspecto relativo ao absoluto”.
Antes de lançar “O Espírito do Ateísmo”, sua
mais arrojada obra, André Comte-Sponville defendeu que a prática da virtude não
é incompatível com o ateísmo e nem a fonte primordial da virtude é a religião.
Em seu livro “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes” (*) cita Spinoza, para quem
“a virtude é a própria essência ou a natureza do homem enquanto ele tem o poder
de fazer certas coisas que se podem conhecer pelas leis de sua natureza.”.
Toda a obra do autor francês gira em torno de
um ateísmo que não prescinde dos chamados “valores cristãos”, como a comunhão e
a fidelidade. Rejeita o que chama de “niilismo bárbaro”: “tão nocivo e
incivilizado à sociedade quanto os piores fundamentalismos religiosos”.
Ateu
também tem espírito
A obra de Comte-Sponville sustenta que “ateu
também tem espírito”, ou seja, um lado espiritual. Isso é o que distingue o ser
humano dos demais animais. Segundo ele, quando contemplamos uma bela paisagem
ou gozamos uma sinfonia de Mozart, é precisamente o espírito que está a
vivenciar uma experiência envolvendo o absoluto e o ilimitado.
O autor francês não está sozinho nessa
corrente de pensamento que alguns denominam “espiritualismo ateu”. Seu
precursor foi outro pensador francês, Alain
de Botton, autor de “Religião para Ateus”, obra que recomenda se busque na
religião elementos de agregação grupal e de força simbólica, dispensando Deus,
a magia e a irracionalidade, mas enfatizando a ética do bem-estar. Mais ou
menos na mesma linha, Luc Ferry tem
trabalhado insistentemente com ideias de uma ética laica, a ser assumida pela
sociedade pós-moderna.
*O livro “Pequeno Tratado das Grandes
Virtudes” pode ser baixado em:
http://www.pfilosofia.pop.com.br/03_filosofia/03_03_pequeno_tratado_das_grandes_virtudes/pequeno_tratado_das_grandes_virtudes.htm
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Conversa para livre-pensadores
O espiritismo não prescinde da ideia de Deus,
conceituado na questão número 1 de “O Livro dos Espíritos” como “Inteligência
suprema e causa primária de todas as coisas”. Assim, não seria teoricamente
correto admitir a existência de um “espiritismo ateu”.
Apesar disso, é crescente o número de
pensadores genuinamente espíritas que se mostram inconformados com a
cristalização, em nosso meio, do deus pessoal das religiões, notadamente o deus
bíblico, “criador de todas as coisas” e cuja vontade e interferências na vida
de cada um terminam por tornar nulos o livre-arbítrio humano ou a autovigência
das leis naturais, definidas na questão 614 de O Livro dos Espíritos como sendo
as próprias leis divinas, sob cuja regência há um permanente criar e recriar na
natureza.
Mesmo filiando-se à corrente filosófica
deísta, não é na crença em Deus, mas na realidade do ESPÍRITO e suas
manifestações que se funda a filosofia espírita. Quando a questão 23 da obra
basilar do espiritismo define o Espírito – grafado em inicial maiúscula - como
“o princípio inteligente do universo” está aproximando esses dois grandes
conceitos – Deus e Espírito – para dar margem a uma concepção de vida que
pressupõe o absoluto, o infinito, e extrapola as contingências relativas e
finitas da matéria.
A nova corrente filosófica que floresce na
França – a mesma França do Professor Rivail - pode não estar preocupada com
outros aspectos, para nós muito caros e, mesmo, fundamentais, que dizem com o
espírito individualizado, aquele que nasce, vive, morre e renasce, sem perder
sua individualidade. Mas, tanto quanto nós, aqueles pensadores veem o ser
humano como espíritos, atribuindo justamente a essa sua condição essencial todo
o cabedal ético e estético conquistado e a conquistar.
São, pois, posições que se complementam e se
harmonizam, recomendando, mesmo, a busca da aproximação, do diálogo, da
interlocução. Isto, no entanto, só será viável no dia em que o espiritismo,
como aconselhou Kardec, deixar se “enfeitar” com um título que não lhe
pertence, o de uma religião (Discurso na SPEE, em 1º.11.1868). Essa é uma
conversa para livre-pensadores que, mesmo por caminhos diferentes, poderão
conduzir o mundo a um novo e fulgurante patamar (A Redação).
Responsabilidade
Penal
Uma
reflexão espírita
“Redução
da maioridade penal ataca efeitos e não a causa”.
(Tadeu Alencar – Deputado
Federal, membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara
Federal).
O incremento da violência no Brasil provoca,
uma vez mais, debate em torno da redução da maioridade penal,
constitucionalmente fixada em 18 anos. Reconheçam-se algumas verdades que
fundamentam os argumentos dos defensores da ideia. A primeira delas: as estatísticas
atestam a crescente escalada de violência entre adolescentes, na faixa dos 15,
16 e 17 anos. A segunda, e particularmente relevante para quem, como nós,
espíritas, defende a condição evolutiva humana: cada vez mais cedo a criança
atinge condições biopsicológicas de entender o caráter delituoso de fatos
definidos como crime. A tradição cristã admite, de há muito, que a criança aos
sete anos alcança a “idade da razão” e, teologicamente, já se lhe pode imputar
o cometimento do pecado, até dos chamados “mortais”, passíveis de punição
eterna. Um modelo, diga-se de passagem, anacrônico e nada compatível com o
espiritualismo humanista e minimamente racional.
De qualquer sorte, sustentam os defensores da
redução da maioridade penal que um jovem na faixa de 16 anos, aliás, hoje muito
bem informado, graças ao avanço das comunicações, e a quem já se faculta,
inclusive, participar, pelo voto, dos destinos da nação, deveria,
necessariamente, ser responsabilizado pela prática de delitos, muitas vezes de
enorme gravidade.
Estão equivocados. A responsabilização
existe. O Brasil dispõe de uma legislação modelar prescrevendo a menores
inimputáveis medidas socioeducativas que vão da mera advertência, para
infrações de baixo potencial danoso, até a supressão da liberdade, retirando-se
o menor do convívio social para submetê-lo, teoricamente, a rigorosos processos
educativos em estabelecimentos especializados.
O espírito da lei, observe-se, para o menor
de 18 anos, não é de punição, mas de reabilitação. Em perfeita consonância,
aliás, com preceito expresso na questão 796 de O Livro dos Espíritos onde se
deplora a existência de leis que “mais se destinam a punir o mal depois de
feito do que a lhe secar a fonte”, acrescentando: “só a educação poderá
reformar os homens que então não precisarão mais de leis tão rigorosas.”.
Mostra-se correta, pois, a posição de alguns parlamentares brasileiros que se
opõem à redução da maioridade penal, sob o argumento de que isto apenas
atacaria os efeitos, quando, o que a lei deve buscar é reduzir a prática do
crime.
É equivocada a ideia de que a criminalidade
infantojuvenil decorra da lei ou da falta dela. O fenômeno, antes, é fruto das
graves distorções educativas de nossa sociedade. Famílias desestruturadas,
ausência de valores éticos motivadores do agir pessoal, exemplos danosos
partindo de autoridades públicas, descaso com o ensino e com a educação no lar
e na escola, contribuem, sabidamente, para uma cultura criminógena. Na quadra
da vida em que o espírito encarnado é mais suscetível à aquisição de hábitos a
nortearem sua existência, tais distorções muito provavelmente o impelirão a
rumos nefastos para si e para os que o rodeiam.
Não será aplicando-lhes as mesmas sanções de
pessoas adultas e, muito menos, fazendo-os cumprir suas penas junto a
experientes e empedernidos criminosos que se irá resolver o grave problema da
criminalidade de jovens de 16 a 18 anos. Há, sim, que se aprimorar o sistema,
dotando os meios hoje existentes - tão precários, ainda -, de efetivos recursos
materiais e humanos, voltados à sua educação e recuperação. Sempre é tempo para
isso, especialmente a partir da premissa de que espírito algum é irrecuperável.
A queda do airbus
Escrevo a coluna sob o impacto da queda do Airbus
sobre os Alpes franceses, no dia 24 de março. Este não foi o primeiro, nem será
o último. Desastres aviatórios acontecem desde que Santos Dumont aventurou-se a
fazer voar artefatos mais pesados que o ar. Mas este não foi um simples
acidente. Ao jogar o avião sobre as montanhas geladas de Seyne-les-Alpes,
Andreas Lubitz, 28 anos, deliberou tirar sua própria vida e a de 149 outras
pessoas, incluindo aí bebês e adolescentes.
A
fragilidade humana
A primeira reflexão sugerida pela tragédia
desnuda a fragilidade da vida humana. Nada garante que, a qualquer momento, não
seja ela extinta por um acontecimento fortuito, rotineiro, ou por um ato insano
ou violento. E, então, perplexos, nos perguntamos: Como pode ser frágil assim
um ente de tão riquíssimos atributos como o ser humano? Por milhões de anos, a
natureza foi construindo esse complexo biológico dotado de aguçados sentidos,
racionalidade, sensibilidade e aptidão de transformara si e a seu meio. O que
há de errado nas leis da natureza que permitem a destruição de pessoas em
condições tão flagrantemente injustas? Em cada uma sintetizam-se todas as
conquistas evolutivas da espécie e se fazem presentes elementos personalíssimos
que a tornam única, singular. Destruída, resta a frustração, talvez a negação de
que possa, realmente, haver um sentido para a vida. A vida humana e o próprio
universo seriam regidos pelo caos.
A
natureza e a morte
Arthur Schopenhauer sustentava que a natureza
não tem a menor preocupação com a morte: “Contempla a partida com ar indiferente,
não se preocupa com a morte ou a vida do indivíduo”, entregando-o “a todos os
acasos” e “não fazendo o mínimo esforço para salvá-lo”. Mas, paradoxalmente, segundo o filósofo alemão do Século XIX, é
justamente com essa sua indiferença que a natureza nos dá a grande lição da
imortalidade, eloquentemente presente em suas leis.
Allan Kardec elencou entre as dez leis
fundamentais da natureza a de destruição: “É preciso que tudo se destrua para
renascer e se regenerar”. O que chamamos destruição, “é apenas transformação
que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos”,
disseram-lhe seus interlocutores espirituais.
Na
morte, o sentido da vida
Então, por aí, podemos divisar na morte o
sentido da vida, mesmo quando flagrantemente injusta e ainda que resulte de ato
cruel ou insano, capaz de produzir indignação. A propósito, um raciocínio raso
aconselharia o conformismo diante de episódios assim, porque eles estariam
previamente marcados e integrariam um mapa de reajuste individual, necessário
ao progresso do espírito. Fosse assim, também aí estariam a crueldade e a
insanidade, contrárias à natureza que não quer o caos, mas busca a harmonia.
Mesmo indiferente à morte, por não ver nesta mais que um episódio da vida, a
natureza oferece meios mais nobres de regeneração e crescimento.
Nego-me a aceitar que acontecimentos da
dramaticidade e da estupidez daquele dos Alpes possam encerrar qualquer forma
de justiça. Compreendo o sentido da morte, o que não me obriga a sempre me
conformar com ela.
“O princípio vital é a força motriz dos
corpos orgânicos“ (Allan Kardec em
comentário à pergunta 67 de O Livro dos Espíritos).
“Atrás de cada usuário de drogas existe um
ser humano“ (Ana Regina Noto –
Coordenadora da Campanha Nacional sobre Drogas).
O Centro de Integração Empresa Escola (CIEE)
promoveu no dia 08 de dezembro o seminário “A educação, prevenção às drogas e
tabagismo”, onde foram apresentados alguns números que merecem destaque: um
levantamento nacional entre universitários das 27 capitais brasileiras,
realizado em 2010 aponta que 86% dos universitários já utilizaram álcool; 47%
consumiram produtos de tabaco e 49% já usaram alguma substância ilícita. Como de costume, encerraram o seminário
conclamando por parte da sociedade um forte engajamento no grande combate
contra as drogas .
O objetivo, nobre por sinal, é preparar as
novas gerações formando cidadãos mental e fisicamente sadios, pois eles são o
melhor legado para o futuro do país. É um chavão muito batido, mas que, em
outras palavras, significa que a educação é o melhor remédio.
Na pergunta 68 do Livro dos Espíritos, Kardec
indaga qual a causa da morte entre os seres orgânicos, tendo como resposta dos
espíritos ser “o esgotamento dos órgãos a causa da morte entre os seres
orgânicos“. Na teoria espírita se dá muita importância à ação do espírito sobre
a matéria e que a vida é um efeito produzido pela ação de um agente sobre a
matéria.
Percebe-se, então, a enorme importância desse
equilíbrio matéria/espírito durante toda a nossa encarnação. Cuidar do nosso
corpo passa a ser, pois, de suma importância para uma encarnação produtiva.
Segundo o CIEE, algumas ações de prevenção
têm resultado em efeitos positivos, como, por exemplo, o número de fumantes que
corresponde hoje a 11,5% da população entre 12 e 65 anos. No começo da década
passada eram mais de 30%. Essa redução se deve a medidas de restrição e ao
aumento, de cerca de 108%, na taxação. A campanha também se baseou na
apresentação dos efeitos colaterais desagradáveis causados pelo uso intensivo
do cigarro.
No mesmo seminário, ficou evidente que a
porta de entrada hoje de todas as drogas é o uso abusivo do álcool, notadamente
entre os mais jovens.
A se destacar na apresentação dos trabalhos
é, a meu ver, a carga enorme de trabalho preventivo dada às escolas e à prática
de esportes no sentido da prevenção contra as drogas. Mesmo assim, alertam: “os
traficantes já estão nas escolas”. Preocupa-me a pouca citação, ou quase
nenhuma, na verdade, do papel da família e da educação no lar. A importância de
uma espiritualidade sadia sequer é mencionada, pois, por força da laicidade do
estado, espiritualidade passa a ser encarada como uma questão de foro íntimo.
Quanto
a nós, espíritas, sempre acreditei que temos a obrigação de apresentar aos
nossos filhos a riqueza do Espiritismo no desenvolvimento de nossas vidas, pois
trata-se de uma filosofia espiritualista isenta de preconceitos, que exige
estudo e cultura de seus adeptos e vê na vida futura o seu paradigma para
atuação vibrante na vida presente. Daí a
relevante importância que a doutrina espírita dá à fase da infância na formação
de valores, aperfeiçoamento moral e eliminação de vícios de caráter.
Em resposta à pergunta 383 (Livro dos
Espíritos), de qual seria a utilidade para o Espírito em passar pelo estado de
infância, os nossos amigos espirituais asseveram que “o Espírito encarnando
para se aperfeiçoar, é mais acessível durante esse período às impressões que
recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir
aqueles que estão encarregados da sua educação“ . Sábias palavras.
Depois do Curso Básico, um novo CIBEE
Com programação de cinco módulos, sempre às
quartas-feiras, à tarde, teve início dia 25 de março, o Curso Básico de Espiritismo, ministrado no Centro Cultural
Espírita. Após a saudação feita pelo presidente do CCEPA, Milton Medran Moreira, aos cerca de 40 participantes do curso, foi
desenvolvido o primeiro módulo – “O Que é o Espiritismo”, por Salomão Jacob Benchaya. Seguiram-se,
nas quartas-feiras subsequentes, os módulos “Imortalidade, Sobrevivência e
Evolução do Espírito”, “Comunicação Mediúnica” e “Pluralidade das Existências e
dos Mundos Habitados”, todos eles expostos pela pedagoga Dirce Teresinha Habkost de Carvalho Leite (foto).
O último módulo, com a temática
“Consequências Morais do Espiritismo”, no dia 22 deste mês de abril, estará a
cargo de Milton Medran Moreira.
Os participantes do Curso que desejarem
permanecer vinculados às atividades do Centro Cultural Espírita poderão
participar de um novo grupo regular de CIBEE (Ciclo Básico de Estudos
Espíritas) que, coordenado por Dirce, deverá se desenrolar também às
quartas-feiras e no mesmo horário, em caráter permanente. O novo grupo está
aberto a todos os interessados.
CCEPA
presente no Fórum do Espírito Santo
Cerca de dez integrantes do Centro Cultural
Espírita de Porto Alegre já confirmaram presença no VII Fórum do Livre-Pensar Espírita, promoção da CEPABrasil, que
acontece dias 28, 29 e 30 de maio, na cidade de Domingos Martins, região
serrana do Espírito Santo.
Com o tema “Contribuição da Filosofia Espírita para o Desenvolvimento Ético da
Sociedade”, o presidente do CCEPA, Milton
Medran Moreira, será um dos painelistas do evento que tem como temática
central “A Contribuição Livre-Pensadora
para o Desenvolvimento da Natureza do Espiritismo”. Para coordenar um dos
painéis do Fórum, também foi convidado o ex-presidente do CCEPA, Rui Paulo Nazário de Oliveira.
Salomão
e caravana do CCEPA em Osório
No próximo dia 21/4, o Diretor do
Departamento Doutrinário do CCEPA, Salomão
Jacob Benchaya (foto), a convite da Sociedade Espírita Amor e Caridade, de
Osório/RS, profere palestra, ali, com o tema “Natureza, Caráter e Objetivo do
Espiritismo” (20h). Um grupo de colaboradores do CCEPA acompanhará Salomão a
Osório, para um encontro com os trabalhadores da instituição anfitriã.
Pena de morte
Excelente
o comentário do colunista Milton Medran Moreira em “Opinião em Tópicos” de
março. Se, para quem é materialista, o bom senso indica que pena de morte é
algo errado (afinal, seria tentar resolver um crime cometendo outro), imagina
para nós, que conhecemos o lado espiritual.
Paulo
Roberto Daguer Rubin – Porto Alegre/RS.
Por uma
nova ética
A
análise feita pelo editorialista deste jornal me fez lembrar a comunicação de
um espírito coletada por Kardec na qual ele (o espírito) fala que os homens dão
extrema importância às questões e paixões políticas, mas esquecem e enxergam
com menosprezo as questões morais. Nesta
comunicação, o espírito fala que devemos voltar a nos empolgar com as questões
ditas morais. Não serei eu que irei desprezar as questões políticas, mas
realmente devo concordar, como espírita que sou, que o individual reflete
poderosamente no social.
Homem
e mundo e mundo e homem influenciam-se reciprocamente. Neste sentido, além de
nossos problemas políticos e institucionais, penso que nosso país passa por uma
crise de valores éticos tremenda. Temos até uma frase paradigmática da formação
ética brasileira: "o negócio é levar vantagem em tudo, certo?"
Estamos
vivendo em um país em que um importante Senador da República fala que quer
ver a Presidente sangrar até o fim de
seu mandato, para o seu partido, ao final de tudo, tomar o poder.
Vivemos
em um país em que setores da população não têm vergonha de ir à rua com uma
faixa pedindo a volta da ditadura militar, esquecendo das dores e lágrimas de
todas as vítimas deste período negro de nosso país.
Por
outro lado, de que adianta sairmos às ruas batendo panelas pedindo mudanças
coletivas, se somos incapazes de ser gentis, humanos e éticos no trânsito, em nosso condomínio, nas ruas,
em nosso trabalho etc?
RIcardo
de Moraes Nunes – Guarujá/SP.