A mediunidade no
laboratório:
Instituto americano
pesquisa
vida após a morte
No ano de
2008, no Estado do Arizona, USA, um grupo de cientistas americanos de
diferentes formações resolveu unir esforços em torno do estudo e da pesquisa da
interação corpo/mente/espírito. Surgiu, assim, o Instituto Windbridge,
organismo que, presentemente, tem como principal área de estudos a questão da
sobrevivência da consciência após a morte, realizando importantes pesquisas
sobre a mediunidade.
Nascimento,
morte, renascimento
Quem acessar o site do Instituto Windbridge - http://www.windbridge.org/ - vai se deparar com um logo que, de
imediato, traduz sua proposta. É o
triplo espiral – ou triskele – , visto
pela primeira vez em culturas célticas e que, segundo explicação do mesmo site,
pode significar: terra-mar-céu, passado-presente-futuro, ou, ainda,
nascimento-morte-renascimento. É, justamente, essa última equação, a que se
refere às jornadas do espírito humano, no corpo ou fora dele, mantendo a mesma
individualidade ou “consciência”, o tema que mais tem ocupado os cientistas
integrantes do organismo. Concreta e objetivamente, o Instituto Windbridge
estuda o espírito, sua sobrevivência
e manifestações.
Uma
equipe multidisciplinar
Integram o Conselho Consultivo do Instituto
Windbridge mais de uma dezena de reconhecidos cientistas e pesquisadores, como:
o psiquiatra Jim B.Tucker, MD, da
Universidade de Virgínia, continuador das pesquisas sobre reencarnação
iniciadas por Ian Stevenson; Stephen
E.Braude, PhD, Presidente do Departamento de Filosofia da Universidade de
Maryland; Etzel Cardeña, PhD, do
Centro de Investigação em Psicologia da Consciência da Universidade de Lund; John Palmer, PhD, Editor do Jornal de
Parapsicologia e Diretor de Pesquisa Rhine Research Center, entre vários
outros.
Coordena a equipe de pesquisadores a Dra. Julie Beischel, PhD (foto), fundadora do
Instituto e sua Diretora de Pesquisas. Doutora em Farmacologia e Toxicologia,
com especialização em Microbiologia e Imunologia, Julie, desde 2008, com o
auxílio de diversas bolsas e financiamentos, tem realizado importantes
pesquisas no campo da mediunidade.
Métodos
científicos aplicados à mediunidade
Entrevistada por Elaine Cristina Vieira
(Barcelona, ES), em matéria recentemente publicada pela revista eletrônica O Consolador - http://www.oconsolador.com.br/ano6/281/especial.html -, Julie
Beischel dá detalhes sobre as pesquisas que estariam demonstrando “que há vida
após a morte”. São utilizados três
métodos para estudar o fenômeno da mediunidade: o proof-focused, que acusaria se os médiuns estão dando a informação
correta; o process-focused, avaliando
a experiência dos médiuns durante a comunicação espiritual; e o applied-research, que cuida dos
benefícios trazidos à sociedade humana pela mediunidade. Para a pesquisadora
americana os resultados até aqui obtidos “confirmam a hipótese de que o
espírito sobrevive à morte”.
Julie diz se utilizar do método científico do
“quíntuplo-cego”, que evita resultados tendenciosos. Por esse método, nem o
examinado, nem o examinador, sabem das variáveis do estudo. São usadas cinco
pessoas diferentes para ajudar na análise dos dados sem que nenhuma delas saiba
de que trata o estudo. Informa a pesquisadora: “Com médiuns certificados pelo
Instituto Windbridge, podemos demonstrar que as informações dos médiuns sobre
familiares já mortos são exatas e, além do mais, os médiuns não têm nenhum
conhecimento prévio sobre a família e o desencarnado”. Preocupada com a plena adequação de suas
pesquisas aos parâmetros científicos atuais, Julie Beischel declara: “Este
paradigma de pesquisa é ideal porque o fenômeno da mediunidade é facilmente
replicável e podemos trazer a mediunidade ao laboratório”.
Ciência
e Ética do Espírito
Reduzido à sua expressão mais sintética, o
espiritismo não é mais do que o estudo do espírito. A “ciência da alma”, como,
ao fim de sua vida física, propunha Jaci Regis fosse ele renomeado.
Allan Kardec, mesmo conferindo especial
dimensão aos aspectos morais do espiritismo, quando tratou de defini-lo deixou
consignado ser ele “a ciência que trata da natureza, origem e destino dos
espíritos e de suas relações com o mundo material”.
A partir disso, pode-se, sem se incorrer em
qualquer impropriedade, dizer que quem, como no caso do Instituto Windbridge,
se ocupa de questões relativas ao espírito, sua sobrevivência e comunicação,
está, de certo modo, fazendo espiritismo. Mesmo que aqueles cientistas jamais
tenham tomado contato com o espiritismo ou com a obra de Allan Kardec, estarão,
rigorosamente, trabalhando no mesmo projeto do qual Kardec foi o grande
precursor, na modernidade contemporânea.
Todo o esforço do insigne Mestre de Lyon foi
no sentido de que as questões relativas ao espírito fossem tratadas à luz da
ciência tal como entendida no seu tempo ou à luz de seus futuros
desdobramentos. Ainda que insistam em reduzi-lo à condição de fundador de uma
nova religião cristã, Kardec foi, na verdade, o primeiro sistematizador da
ciência do espírito.
Ver o espiritismo a partir desse ângulo em
nada diminui seu revolucionário potencial ético e transformador. Na visão que
ele oferece de homem e de mundo, o progresso ético e moral da humanidade se dá
justamente pelo conhecimento.
Privilegiar o conhecimento, dissociando-o do
moralismo religioso, será, em qualquer circunstância, trabalhar pelo progresso
moral do ser humano. Mormente quando, rompendo-se com o reducionismo
materialista, se tem a coragem de colocar o espírito como objeto de estudo e de
pesquisa científica. (A Redação)
Prêmio Nobel da Paz
Em 12 de outubro último, foi
anunciado, em Oslo, Noruega, que o
Prêmio Nobel da Paz de 2012 fora atribuído à União Europeia (UE), pelo papel
fundamental exercido na implantação da paz no continente e por ter oferecido os
alicerces da estabilidade nos países oriundos do antigo bloco comunista, após a
unificação da Alemanha.
A notícia foi, de imediato, eleita,
pelo editor deste jornal, como tema de seu editorial do mês. Foi quando
recebemos um artigo de nosso colaborador
Néventon Vargas, da Associação de
Estudos e Pesquisas Espíritas da Paraíba – ASSEPE – na mesma linha da abordagem
que desejávamos fazer. Por isso, aqui o reproduzimos, adotando-o como opinião
deste periódico. Escreveu Néventon:
“Posso afirmar que nunca fui um entusiasta do
Prêmio Nobel e nem mesmo costumo acompanhar de perto as propostas e escolhas
dos laureados, porque considero muito duvidosos os critérios utilizados, que no
geral têm forte conotação política. Mas festejo a premiação da UE porque não
elege nenhuma personalidade específica, mas um bloco de nações dispostas a pôr
fim a um círculo vicioso de pendengas que se arrastam por longo tempo.
Privilegiam desta forma os valores universais da paz, da conciliação e
reconciliação, da democracia e dos direitos humanos.
De simples relações econômicas, passando pela
criação da Comunidade Econômica Europeia (CEE) e com a nova denominação a
partir de 1993, a União Europeia passou a atuar em muitas outras áreas,
ratificando os propósitos de cooperação mútua para a definitiva implantação da
paz e da prosperidade. Não tem ainda, evidentemente, a eficiência e a
unanimidade desejada, mas deve se fortalecer conforme cresçam as evidências de
que somente com união se conseguirá superar todos os obstáculos.
Vem o prêmio num momento crucial, quando se
coloca em dúvida sua capacidade em administrar a profunda crise econômica
global que afeta fortemente alguns países e põe em risco sua estabilidade e a
própria sobrevivência.
Seja qual for o rumo da crise, já se tem como
positivos os princípios geradores e norteadores das relações entre as nações
europeias, que propicia um mercado comum suficientemente forte e capaz de
impulsionar a economia e vencer o capital puramente especulativo. Muito mais do
que isso, entretanto, vislumbro na aproximação das nações e antes mesmo das
relações sociais, uma profunda transformação no comportamento individual, em
que cada um valoriza mais o homem, diminuindo as distâncias entre as pessoas
dos diferentes países, fazendo mais tênues as linhas fronteiriças, embora se
ouçam ruídos esparsamente de alguns egoístas renitentes, insatisfeitos com o ir
e vir de estrangeiros ao seu derredor, concorrendo às mesmas vagas de trabalho.
A UE, calcada na experiência milenar dos
povos europeus, que passou pelos mais diversos conflitos, nos dá exemplo para a
construção de um mundo melhor. Mas não o que idealizam alguns, com a supremacia
de uma nação sobre as demais e com a instituição de um “presidente do mundo”, e
sim com a primazia dos valores democráticos, com a autonomia das nações e a
forte participação de seus parlamentos junto ao parlamento maior.
Afinal, todos “navegamos” no mesmo planeta,
nascemos do mesmo humo e a nossa essência sobreviverá no mesmo espaço
universal, onde não há proprietários e nem privilegiados. Onde não somos donos
senão dos nossos próprios destinos.
Assim, caminhamos para ações mais altruístas,
em que o sentimento nativista não seja embargo para estendermos as mãos aos
outros povos e nem o orgulho nacionalista impeça a humildade para aceitarmos,
agradecidos, o auxílio externo nos momentos de dificuldade, cientes de que o
nosso bem é o bem comum, tal como o fortalecimento de uma nação europeia é
benefício para toda a União Europeia e o desta, para o mundo todo”.
A UE, calcada na experiência milenar dos
povos europeus, nos dá exemplo para a construção de um mundo melhor.
A
Igreja e a mediunidade
Estive, por estes dias, assistindo na
Internet à entrevista do comunicador espírita Alamar Régis com o padre Miguel
Fernandes Martins, da cidade de Sobradinho DF. (http://www.youtube.com/watch?v=eaTPSAx2BT4&feature=related).
Sabe-se o quanto são comuns, no meio clerical
ou nas ordens religiosas, os fenômenos mediúnicos. Eclodem já no ambiente
doméstico de famílias muito religiosas. Desconhecedores, no âmbito familiar, de
outras opções espiritualistas, esses médiuns naturais são encaminhados para
seminários ou conventos. Ali, a questão da mediunidade ou será tratada como
coisa do demônio ou, dependendo da “santidade” e da piedosa submissão do
agente, será interpretada como fenômeno miraculoso, capitalizado, então, pela
Igreja como comprobatório das verdades eternas de que se proclama detentora.
Assim tem sido por séculos, no histórico contexto de poder da Igreja em nossa
cultura.
O padre
espírita
O entrevistado de Alamar avaliou melhor o
fenômeno. Entendeu tratar-se de uma faculdade natural. Assimilou alguns
conceitos transmitidos pela entidade que diz incorporar: frei Fabiano de
Cristo, um espírito bastante conhecido e prestigiado nos segmentos espíritas
cristãos. Mas, nem por isso, Miguel deixou de ser padre. Passou a se qualificar
como um “padre espírita”. Claro que isso lhe valeu reprimendas e discriminação
nos meios eclesiásticos. Entretanto, e já que os tempos atuais levaram a
Igreja, para poder sobreviver, a adotar um multifacetado pluralismo, o clérigo
de Sobradinho talvez esteja inaugurando um novo segmento clerical. Ou seja, ao lado
de categorias já muito conhecidas, como a dos padres cantores, dos padres
carismáticos, dos padres aeróbicos e dos tantos sacerdotes pop-stars,
celebrantes das showmissas, pode estar surgindo este novo segmento: o dos
padres espíritas.
Espiritismo
impregnado de catolicismo
O fenômeno não chega a ser uma novidade.
Henrique Rodrigues, quando entre nós, costumava dizer que o espiritismo, no
Brasil, estava dominado por padres e freiras. O irreverente escritor e
conferencista espírita se referia às tantas e destacadas entidades espirituais
de forte impregnação católica que, do outro lado, assumiram a orientação do
movimento espírita deste “Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”. Essa orientação foi aceita pela turma do lado
de cá, e entendida como a mais ajustada à alma do povo brasileiro. Talvez até o
fosse, nos primórdios do espiritismo por aqui, quando praticamente 100% da
população era católica. Pergunta-se:
ainda será ou já está na hora de reverter essa situação, diante do perfil
predominantemente laico da sociedade dos dias atuais?
Cheiro
de sacristia
Temos a tendência de festejar a adesão à
chamada “fé espírita” desses padres que continuam padres. Vá lá que seja esse o
único caminho inicialmente possível a pessoas com forte impregnação religiosa!
Mas, no fundo, elas alimentam um sonho: o de que a Igreja se transforme e passe
a aceitar oficialmente a mediunidade e até a reencarnação, como sugeriu o padre
de Sobradinho. Seu desejo é permanecer nessa sonhada igreja “espírita”,
renovada, mas ainda católica, apostólica, romana. O entrevistado de Alamar,
vestindo batina, posando entre imagens de santos e mostrado distribuindo a
comunhão a seus fieis, materializa a previsão de Allan Kardec de que, à margem
do espiritismo, surgiriam seitas adotando alguns de seus princípios, sem, no
entanto, assimilar sua genuína natureza doutrinária.
Nas conclusões de O Livro dos Espíritos,
Kardec projetava um espiritismo em condições de assumir “o direito de cidadania
entre os conhecimentos humanos”. Decididamente, para tanto, terá que se
libertar desse cheiro de sacristia. Coisa que, pelo jeito, ainda levará algum
tempo.
Ciência
Espírita
e
colaboração interexistencial
Vinícius
Lousada
Educador
e pesquisador, editor do blog www.saberesdoespirito.blogspot.com
O
Espiritismo sob um ponto de vista novo
Quando Allan Kardec começou a publicar a
Revista Espírita passou a fazer circular de forma mais sistemática a produção
em torno de um novo campo de pesquisas: o da investigação positiva em torno do
Espírito.
No contexto das academias, os cientistas se
pautavam no paradigma positivista ou no espírito positivo, advogado por Comte,
que pretendia superar os estados teológicos e metafísicos do pensamento humano,
configurando-se num olhar investigativo guindado à apreciação sistemática dos
fatos existentes.
Conforme a perspectiva adotada por esse ícone
do positivismo, uma lei geral do movimento fundamental da humanidade remetia ao
entendimento de que as teorias científicas deveriam aproximar-se cada vez mais
da considerada realidade dos objetos de estudo, numa pretensão de verdade,
controle e exatidão. Em toda a sua obra, onde partilhava os
saberes da Ciência do Infinito, Kardec ressaltava o caráter científico do
Espiritismo procurando firmá-lo e difundi-lo através da rigorosidade
metodológica que o seu quefazer de pesquisador do invisível exigia.
Ao afirmar que o Espiritismo é uma ciência
positiva (1), Allan Kardec queria que a Doutrina Filosófica dos Espíritos fosse
apreciada por um novo prisma. Pois, segundo ele, o Espiritismo é a ciência que
se ocupa, pela observação e controle do fenômeno espírita, das relações entre o
mundo visível e invisível, tendo revelado com o elemento espiritual uma das
leis da natureza ignorada pela ciência materialista até então: a ação do
Espírito sobre a matéria.
Assim, atendendo aos critérios das ciências
positivas do século XIX, sendo elaborado na observação de fatos e não em
especulações hipotéticas, o Espiritismo um dia adquiriria cidadania entre as
demais.
Uma
ciência interexistencial
Sendo uma ciência cujo método foi elaborado
por Kardec, o Espiritismo pelo próprio era definido como uma produção coletiva
e progressiva. Aliás, ele jamais se intitulou o seu fundador querendo para si
os louros de sua dedicação apesar da historiografia registrar, de forma
inequívoca, a fundação desse campo de pesquisas pelo Prof. Rivail.
Ocorre que Kardec tinha a percepção de que as
inteligências invisíveis capazes de interagirem de forma objetiva e subjetiva
com o mundo material foram permitindo o registro e o controle científico de
suas intervenções, dentro de uma programática superior que definia a
desopacização do mundo espírita aos olhos das criaturas domiciliadas na carne.
Desse modo, o mestre foi ajustando, no
processual de seu quefazer, seus pressupostos teóricos e metodológicos ao
objeto de estudo, apontando uma obviedade por demais atual, ao menos no campo
das ciências humanas, donde provenho: há de se considerar que a especificidade
de certo objeto científico demanda uma metodologia e técnicas de investigação
específicas para a apreensão do mesmo.
Essa atitude de Kardec fez com que sua
pesquisa se diferenciasse e muito de outras que lhe precederam, pois, ao
admitir as escolhas, a vontade, os limites e as possibilidades evolutivas das
individualidades espirituais na produção das manifestações inteligentes e
materiais, alargou o horizonte da investigação de modo a evitar que se
enquadrasse o fenômeno espírita às estruturas conceituais rígidas e se
descartasse os dados que os instrumentos, produzidos no âmbito de um paradigma
materialista, comumente consideravam inválidos.
O que caracterizaria um avanço epistemológico
para o campo das ciências da alma, em pleno século XIX, embora admirado pela
aposta na experimentação, foi compreendido inicialmente por Richet (2), o
fundador da Metapsíquica, por credulidade exagerada como, talvez, também teriam
imaginado outros pesquisadores que não se aprofundaram na produção de Kardec.
Enfim, os Espíritos igualmente pautaram o
trabalho científico de Kardec a partir de suas manifestações que, em pleno
tempo de elogio à razão e à experimentação, organizaram verdadeira invasão ao
mundo dos denominados vivos afetando os horizontes culturais da Ciência à
Religião.
E, no que tange à composição do conteúdo
filosófico do Espiritismo o mestre Allan Kardec teve o cuidado de estabelecer
dois critérios de exame: o da razão e o do controle universal do ensino dos
Espíritos.
A razão, ou o bom senso, era adotada como
filtro principal, afastando o conhecimento produzido, em regime de colaboração
entre médiuns, Espíritos e Kardec, de qualquer mescla com superstições ou
dogmas.
O segundo critério, o do controle universal,
demonstra que o Espiritismo não é fruto de uma concepção individual, da opinião
de um sábio ou um Espírito, apenas. Aliás, característica marcante do fazer
científico consiste no regime de colaboração, de partilha de saberes mediante a
comunicação de métodos, experiências, dados e análises nos diferentes campos de
pesquisa, ou seja, a produção coletiva.
Para levar a efeito tal controle, Kardec se
utilizava de variados médiuns e Espíritos, entre comunicações espontâneas e
evocações, para apreender a solução de diversos problemas filosóficos e
questões sobre o mundo dos Espíritos a fim de comparar, após a análise severa
da razão, o conteúdo daquelas e, com base na concordância coletiva, estabelecer
os princípios da Doutrina Espírita.
ESTUDANDO
KARDEC
“Se há um meio de chegar à verdade,
seguramente é pela concordância e pela racionalidade das comunicações,
auxiliadas pelos meios que temos à nossa disposição para constatar a
superioridade ou a inferioridade dos Espíritos. Ao deixar de ser individual
para se tornar coletiva, a opinião adquire um maior grau de autenticidade, já
que não pode ser considerada como resultado de uma influência pessoal ou local.
Os que ainda se acham em dúvida terão uma base para fixar as ideias, porquanto
será irracional pensar que aquele que em seu ponto de vista está só, ou quase
só, tenha razão contra todos.” (3)
Notas:
(1) KARDEC, Allan. O
espiritismo é uma ciência positiva. In: KARDEC, Allan. Revista Espírita: jornal
de estudos psicológicos. Ano sétimo – 1864. Trad. Evandro Noleto Bezerra.
Brasília: Federação Espírita Brasileira, 2008, P. 434.
(2) MAGALHÃES, Samuel
Nunes. Charles Richet: o apóstolo da ciência e do espiritismo. Rio de Janeiro:
Federação Espírita Brasileira, 2007, p. 160.
(3) KARDEC, Allan.
Controle do Ensino Espírita. In: KARDEC, Allan. Revista Espírita: jornal de
estudos psicológicos. Ano sétimo – 1862. Trad. Evandro Noleto Bezerra.
Brasília: Federação Espírita Brasileira, 2008, P. 36
O
Centro Cultural Espírita de Porto Alegre recebeu, na tarde de 17 de outubro, o
escritor e pesquisador Ivan Dorneles
Rodrigues, autor de obras biográficas de um dos maiores gênios da História
do Rio Grande do Sul e do Brasil: o Padre Roberto Landell de Moura (1861/1928),
a quem se devem importantes invenções no campo da comunicação, e, por isso,
tido como pioneiro da radiocomunicação e de outros experimentos que levariam ao
surgimento do rádio e da televisão.
Em
palestra pública, no auditório do CCEPA, Ivan destacou aspectos importantes da
vida, da obra e da vasta cultura de Landell de Moura, incluindo a pesquisa de
fenômenos paranormais e estudos sobre espiritismo.
Ao final da palestra, Ivan Dorneles fez a entrega ao presidente do CCEPA, Milton Medran Moreira, de materiais escritos e audiovisuais sobre o padre cientista gaúcho, para o acervo da biblioteca da instituição.
Palestras
públicas no CCEPA
Seguem
as palestras públicas da 1ª segunda-feira de cada mês (às 20h30) e da 3ª
quarta-feira (15h) no auditório do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
Para os meses de novembro e dezembro estão programadas as seguintes palestras,
inteiramente abertas ao público
Dia
5/11 (20h30) - Palestra de Aureci
Figueiredo Martins (foto): “Sócrates, Precursor do Espiritismo”;
Dia
21/11 (15h) – Palestra de Maurice
Herbert Jones: (título);
Dia
03/12 (20h30) – Palestra de Rui Paulo
Nazário de Oliveira: (título);
Dia
19/12 (15h) – Palestra de Salomão Jacob
Benchaya: “Transição Planetária ou Fim do Mundo?”
Desencarna Cecilia Rocha
Retornou ao mundo espiritual, na madrugada no dia 5 de novembro, no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Santa Marta, no Distrito Federal, a incansável servidora da causa espírita, especialmente da Evangelização Espírita de Crianças e Jovens, a gaúcha Cecília Rocha , 93 anos de idade.
Desencarna Cecilia Rocha
Retornou ao mundo espiritual, na madrugada no dia 5 de novembro, no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Santa Marta, no Distrito Federal, a incansável servidora da causa espírita, especialmente da Evangelização Espírita de Crianças e Jovens, a gaúcha Cecília Rocha , 93 anos de idade.
Congresso
da CEPA
Acompanhamos com grande interesse todos os
informes relacionados com o XXI Congresso Espírita Pan-Americano.
Foi um trabalho importantíssimo, queridos
companheiros. Já estamos vivendo, graças a Deus, a hora das grandes e
impostergáveis mudanças de alguns conceitos até aqui estratificados no imaginário
espírita. Graças a Deus, à coragem
e ao dinamismo de todos vocês. Um grande
abraço e muita paz.
Adão Araújo – Bento Gonçalves/RS.
“Eu sei
por que isso acontece”
Sobre a coluna “Opinião em Tópicos”, do mês
de outubro. Por incrível que pareça, a frase
“Eu sei por que isso acontece”, no meio espírita, se tornou um grande "tumor".
Em muitos atendimentos fraternos, a frase entrou no lugar do aconchego e no
lugar dos ouvidos silenciosos para com
as dores do próximo. O "eu sei
porque isso acontece", virou teoria, astúcia na oratória, títulos em
palestras e "justificativas" para discursos empolados em defesa de
uma doutrina. Bom que estejamos repensando nossas próprias atitudes.
Marta Valéria Nunes Bastos – Niterói, RJ.
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