Um
resgate histórico
Religião
e Espiritismo
O Pensamento
de Kardec
Trabalho que mudou a história do movimento
espírita no Rio Grande do Sul, contendo a antologia do pensamento de Allan
Kardec sobre religião e espiritismo, agora está disponível na Internet.
Revista
“A Reencarnação”
Há exatos 27 anos, em outubro de 1986, a
Federação Espírita do Rio Grande do Sul, então presidida por Salomão Jacob Benchaya, lançava uma
edição histórica de “A Reencarnação”, sua revista oficial, na época dirigida
por Milton Medran Moreira, com o
título de capa “Espiritismo: Ciência e Filosofia. Até que Ponto é Religião?”. Naquela publicação, destacava-se um
minucioso trabalho de Maurice Herbert
Jones, ex-presidente da FERGS, intitulado “O Espiritismo é uma religião?
Uma antologia kardequiana.”. Reunindo uma seleção de textos do fundador
do espiritismo, escritos durante toda sua trajetória espírita, de 1857 a 1869,
a antologia deixava clara a posição de Allan Kardec que recusava fosse o
espiritismo definido como religião.
A edição, que deixou de ser comercializada
pela gestão seguinte do órgão federativo, só subsiste nas mãos de antigos
assinantes ou colecionadores. O Centro Cultural Espírita de Porto Alegre tem
impresso, em separata, o trabalho de Jones, mas só agora o texto foi
digitalizado, podendo ser feito seu download no site da CEPABrasil: http://www.cepabrasil.org.br/index.php/download/viewdownload/3-obras/49-maurice-jones-o-que-e-o-espiritismo-textos-de-allan-kardec.
Algumas
frases
O trabalho agora disponibilizado na rede web
reproduz as afirmações de Kardec em tópicos que permitem ao leitor avaliar o
contexto em que foram pronunciadas ou escritas. Neste breve espaço,
transcrevemos algumas frases extraídas da matéria constante em sete páginas da
histórica edição n.402 de “A Reencarnação”:
“O Espiritismo não é, pois, uma religião. Do contrário
teria seu culto, seus templos, seus ministros.” (Revista Espírita,
maio/1859);
“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de
observação e uma doutrina filosófica.” (O que é o Espiritismo/1859);
“O Espiritismo é uma doutrina puramente moral que não se
ocupa absolutamente dos dogmas.” (Revista Espírita, Outubro/1861);
“O Espiritismo fortifica os sentimentos religiosos e se
aplica a todas as religiões.” (Revista Espírita, Fevereiro/1862);
“O Espiritismo será o traço de união que permitirá
Ciência e Religião olharem-se face a face.” (Revista Espírita, Julho/1864);
“Não é religião porque senão todas as filosofias seriam
religiões, ao discutirem Deus e a alma.” (Revista Espírita, Março/1865);
“A palavra religião é inseparável de culto, de forma, o
que o Espiritismo não tem.” (Revista Espírita, dezembro/1868).
O
Legado de Kardec
A edição n.402 de A Reencarnação pretendeu submeter ao debate o aspecto religioso do
espiritismo. Quem ainda puder ter acesso àquela histórica publicação observará
que nenhum de seus articulistas, na época, ousou se posicionar claramente
contra o aspecto religioso. Alguns, inclusive, o defenderam vigorosamente.
Outros, e a própria matéria não assinada da revista, refletindo sua linha
editorial, preferiram administrar o conflito então existente, optando por uma
posição conciliatória, possivelmente resolvível a partir das diferentes acepções
semânticas da palavra religião. Era a política que convinha à instituição, em
respeito à arraigada cultura religiosa vigente no sistema federativo.
Só uma matéria poderia, ali, ser lida como
indicativo de uma clara posição negando o aspecto religioso. Seu autor não era
ninguém mais que o próprio fundador do espiritismo, Allan Kardec. Sequer o
organizador da antologia, Maurice Jones, emitiu qualquer opinião a respeito,
cingindo-se à publicação da matéria exaustivamente pesquisada, sem nenhum
comentário pessoal. Assim mesmo, a revista desencadearia sério conflito
ideológico no meio espírita, culminando com o afastamento do grupo então
dirigente, substituído, mediante legítimo processo sucessório eleitoral, por
outros dirigentes, estes claramente comprometidos com a visão religiosa e
evangélica do espiritismo.
O episódio deixou marcas, mas serviu para
abrir espaço a uma visão laica, livre-pensadora e progressista de espiritismo,
mostrando que ela tem sustentação no pensamento de seu fundador, mesmo que, na
chamada codificação, também estejam presentes elementos fortemente impregnados
do religiosismo cristão. Sem aquele fio condutor de nossa civilização, aliás,
dificilmente haveria de prosperar o espiritismo no seio de uma cultura
historicamente católica, como é a do Brasil.
Passados quase trinta anos, no âmbito de uma
sociedade muito mais laica e de um movimento espírita culturalmente melhor
qualificado, o tema pode ser estudado e debatido sem as paixões e os melindres
de ontem. Para tanto, contudo, é imprescindível não perder de vista que a base
do pensamento espírita está em Kardec, ainda que não concordemos com tudo o que
ele disse ou escreveu. O profícuo legado de Allan Kardec autoriza e recomenda
uma postura crítica envolvendo sua própria obra e dos espíritos que com ele a
produziram.
No
fundo, isso é o que nos distingue das religiões. (A Redação).
Lições de Nairóbi e de Roma
O humanismo não é a nossa religião; é a nossa
razão de viver.
Otto Maria Carpeaux
Não existe pior tirania que a da fé. Quando e
onde se a coloca como instância mais importante da vida, todo o restante,
inclusive a vida, deixa de ter qualquer significado. Por isso, fé e liberdade,
democracia e fé, assim como fé e igualdade ou fraternidade e fé, são
incompatíveis, desde que o objeto da fé extrapole os valores humanos.
Repetir com Protágoras que “o homem é a
medida de todas as coisas” não implica, necessariamente, em inadmitir a
existência de uma ordem superior ou uma inteligência suprema às quais todo o
universo se conforme. Entretanto, dicotomizar a vida entre o natural e o
sobrenatural, sacralizando este e a ele subordinando a natureza humana é, em
qualquer circunstância, sobrepor a barbárie à civilização. É investir na
perpetuidade do império do fanatismo em detrimento do reinado da razão e dos
sentimentos, conquistas que fomos amealhando, aprimorando e consolidando no
processo evolutivo.
Quando o Papa Francisco afirma não ser de sua
competência ou da Igreja que preside julgar ou condenar os homossexuais, quando
acena para atitudes de compaixão em vez de condenação a quem pratica o aborto,
quando dá mostras da possibilidade de revisão de temas como divórcio, celibato
clerical, pluralismo religioso, diálogo com não crentes, ou quando sugere que
mulheres, tanto como os homens, participem da hierarquia eclesiástica, o bispo
de Roma se despe dos paramentos que o ligam a uma hipotética ordem sobrenatural
para revestir seu espírito da concretude humana. É somente nesse terreno que
podemos, todos, nos reconhecer verdadeiramente irmãos e, nessa condição,
buscarmos caminhos, por certo plurais, de transcendência dessa provisória, mas
natural, realidade para outros estágios sonháveis e possíveis, mas sempre
naturais. Espiritualidade, para ser genuína, não pode se apartar da natureza,
porque o espírito é sua parte integrante.
Toda a realidade até aqui conhecida pelo ser
humano tem a exata dimensão do homem. Todos os valores éticos até aqui
construídos, assimilados e normatizados são obra humana, conquistas às vezes
duramente obtidas apesar da religião e, mesmo, contra ela. Religião que não se
dobra à primazia da razão humana se faz desumana, no sentido que a modernidade
conferiu a esse adjetivo, dando-lhe a sinonímia de cruel. Escudar-se em
presumíveis razões divinas contrárias à razão assimilável pela inteligência
humana para legislar, julgar, sentenciar e executar pessoas é confiscar o poder
divino. É que a única forma de pensarmos e sentirmos o divino é perscrutando-o
na razão e nos sentimentos humanos, medida de que dispomos para auscultar o bom
e o belo.
Quando todos formos verdadeiramente humanos,
como, reconheça-se, está buscando Francisco sê-lo, não mais haverá lugar para
tragédias como a do Westgate Mall de Nairóbi. E, então, talvez, ninguém mais
precise de religião, porque esta terá se conformado aos autênticos anseios
humanos, reflexos da presença divina na natureza inteira.
Espiritualidade não pode se apartar da
natureza,
porque o espírito é sua parte integrante.
porque o espírito é sua parte integrante.
Amnésia temporária
A história circulou no You Tube - http://www.youtube.com/watch?v=IqebEymqFS8
- com milhões de acessos. O americano Jason Mortensen estava sendo filmado por
sua mulher no momento em que despertava de uma cirurgia, no hospital. Acontece
que o procedimento médico lhe acarretou uma amnésia temporária. Daí que ele não
reconheceu a mulher. Pensou tratar-se de uma enfermeira: “O doutor mandou você
aqui?”, perguntou a ela. “Você é um verdadeiro colírio para meus olhos, é a
mulher mais linda que eu já vi!”, acrescentou. Surpreendida, a mulher foi
dizendo: “Você não me reconhece? Sou Candice, sua esposa. Somos casados há mais
de seis anos”. Perturbado, Jason custou a acreditar que estava paquerando sua
própria mulher. Diante da insistência dela, terminou admitindo que, tinha
acertado na loteria ao se casar com tão linda mulher.
Esquecimento
e reencarnação
A história levou-me de fazer uma analogia com
o fenômeno da morte e do renascimento. Um dos aspectos mais fascinantes da
reencarnação é, justamente, o de descer o véu do esquecimento sobre o passado
daqueles que retornam para uma nova jornada. Mas esquecer não significa
arrancar da alma as sensações e os sentimentos, bons ou maus produzidos em
anteriores relacionamentos de espíritos que se reencontram. Lembrar nem sempre
é bom. É da essência da vida o esquecimento para que se dê a renovação. A mesma
Natureza que nos faz nascer, viver, morrer e renascer em novo corpo, para que
nos renovemos, é suficientemente zelosa preservando em nós as conquistas já
obtidas. Amores também são conquistas. Acho que foi esse o sentimento de Jason
ao saber que a linda Candice por quem se sentia, ali, fortemente atraído, já
havia sido por ele conquistada. Pouco importa que não recordasse
Amor e
ódio
Mas, tanto quanto o amor, também o ódio cria
liames capazes de amarrar almas. São grilhões pesados que não se desfazem com a
morte. Que atravessam dimensões de tempo e espaço para, de novo, se
materializarem em laços consanguíneos ou em uniões marcadas pela ambivalência
do amor e do ódio. Também aí a lei natural – ou divina, para quem assim prefere
chamá-la – mostra direcionamento inteligente. A vida em comum, em tantas dessas
experiências, seria insuportável sem a barreira do esquecimento. Graças a este,
é possível o recomeço, transformando algemas em alianças, desencontros em
reencontros, antipatias em simpatias, que somarão para o progresso dos
espíritos envolvidos.
Particularmente, não consigo conceber o
fenômeno da sobrevivência do espírito após a morte, crença comum a quase todas
as religiões, sem a reencarnação. Tampouco, reencarnação sem o esquecimento.
Reencarnação
e progresso
Aqueles que só veem o processo reencarnatório
como instrumento de punição costumam combatê-lo sob este argumento: é da
essência da punição a lembrança do crime cometido. Inútil aplicar uma pena a
quem não mais se recorda do fato pelo qual é punido, dizem. Mas, o objetivo da
lei moral não é a punição, é o progresso. O mal praticado, por si só, gera
sofrimento. A dor, racionalmente administrada, leva à retificação. Reencarnar
faz parte do processo retificatório. Nos escaninhos cerebrais, instrumento do
novo corpo, pode não haver registro para lembranças de outras vidas.
Entretanto, na memória profunda da alma, subsistem os propósitos de
reequilíbrio e de mudanças, alimentados por intuições e sutis direcionamentos
psíquicos a indicar o caminho do progresso.
Algum dia, com o espírito mais depurado,
lembraremos de tudo. A amnésia da alma é temporária. Só persiste enquanto durar
nossa perturbação. A propósito, passados os efeitos pós-operatórios, Jason já
pode recordar que a bela Candice é sua mulher há mais de seis anos.
Breve olhar sobre o Potencial Filosófico de O Livro dos Espíritos
Jerri Almeida - Historiador e Dirigente Espírita.
O Livro dos Espíritos é a obra fundadora da
Doutrina Espírita e, portanto, do que chamamos de filosofia espírita. Gonzáles
Soriano em seu ensaio intitulado: “El Espiritismo es la Filosofia”, mesmo sem
ser espírita, assevera que o Espiritismo é: “...a síntese essencial dos
conhecimentos humanos aplicados à investigação da verdade.”¹ Ora, a longa tradição filosófica do Ocidente,
buscou na razão as interpretações que se julgavam “lógicas” e “aceitáveis”,
para explicar o mundo.
A filosofia, no seu nascedouro, buscou romper
com a explicação mitológica da realidade, muito comum nas sociedades agrárias
antigas. Embora, ainda hoje, se aceitar a definição de Pitágoras, num sentido
mais etimológico, de que a filosofia signifique: “amor à sabedoria”, num
sentido amplo, o que existe são “filosofias”, ou seja, concepções diferentes
sobre a realidade. Nos vinte e cinco séculos de tradição filosófica ocidental
os inúmeros filósofos e suas escolas conceberam filosofias distintas e, muitas,
conflitantes.
Quer se afirme que a filosofia seja um
conjunto de saberes, uma visão de mundo ou um modelo explicativo da vida, é
importante lembrarmos o pensamento do filósofo Sexto Empírico, do século
II-III, ao afirmar que em toda investigação temos três resultados possíveis:
acreditamos ter encontrado toda a resposta; acreditamos ser impossível
encontrar a resposta, ou continuamos buscando. Para ele, a filosofia deveria
repousar nessa última questão, ou seja, de que o conhecimento não é algo
pronto, acabado, fechado, mas, sobretudo, progressivo. Nada é sagrado, pois
tudo é objeto de crítica e análise. Esse é um caráter intrínseco do discurso
filosófico: a liberdade de pensamento aberto à reflexão e ao progresso das
ideias.
O Espiritismo, portanto, na medida em que
busca explicar a realidade através da razão e da lógica utiliza-se de um
discurso filosófico. Todavia, a filosofia espírita, inaugurada em O Livro dos Espíritos, não traduz uma
simples reflexão intelectual para criar sentidos ou significados, Ao contrário,
a filosofia espírita é um saber que se justifica com base nos fatos. Ao
analisar o conjunto de sua obra, veremos que Kardec não partiu da “crença”, mas
da sólida pesquisa científica, no campo da mediunidade, para, num segundo
momento, enveredar pelos caminhos da interpretação dos fatos, com base no crivo
da razão. Disso surgiu a filosofia espírita inserida, inicialmente, em O Livro dos Espíritos.
Para Marcondes: “A contribuição da filosofia
tem sido, portanto, desde o seu nascimento na Grécia antiga, a interrogação, o
questionamento, a pergunta. Para a filosofia não há nada que não possa ser
posto em questão. Deve ser possível discutir tudo.”² Sob esse aspecto, O Livro dos Espíritos, em suas 1019
perguntas ou questionamentos, se afirma no discurso filosófico. Kardec indagou
os espíritos sobre um universo de questões que sempre inquietaram o pensamento
humano: Deus, a alma, a origem da vida, a morte, os problemas sociais e
familiares, a liberdade, o sofrimento, o destino e a felicidade, entre
outros. Dessa forma, a Obra Primeira da
Doutrina Espírita avança, no seu modelo explicativo da vida, por onde outras
filosofias se calaram, vítimas dos preconceitos ou do orgulho de seus
formuladores.
Um estudo atento de O Livro dos Espíritos evidencia a busca constante de Kardec por
explicações plausíveis, que possam atender à coerência e ao bom senso. Ele
interroga os espíritos com firmeza, cercado de boa argumentação, mas – ao mesmo
tempo – buscando libertar-se de preconceitos e atavismos culturais de sua
época, muito embora, seria ingenuidade pensar numa “neutralidade absoluta”.
Há uma busca incessante de conhecimentos e
reflexões, iniciadas em O Livro dos
Espíritos e que, evidentemente, não para com ele, nem mesmo o esgota em
todo o seu potencial doutrinário. Isso oferece, ao conjunto das Obras Básicas,
um dinamismo inesgotável, uma vez que a experiência da evolução espiritual vai
oportunizando ao Ser, uma ampliação de seus horizontes intelectuais.
Portanto, uma vez estabelecida a base
estrutural do conhecimento espírita, em 18 de abril de 1857, o seu núcleo passa
a ser a análise do homem na condição de espírito imortal e pluriexistencial.
Define-se uma ontologia integrando a filosofia espírita no conjunto da tradição
filosófica dualista: pitagórica, socrática, platônica, entre outras.
Os estudiosos da Doutrina Espírita,
utilizando-se dos recursos da hermenêutica, empenham esforços para aproximarem-se,
o máximo possível, da essência dos conhecimentos transmitidos pelos espíritos à
Kardec. Não se trata de caminharmos pelo território livre da “opinião”, ou da
doxologia, representada nos famosos “achismos”, mas nos referimos à análise
responsável e fundamentada.
Sendo que o conhecimento espírita é dinâmico,
ele não foi dado por completo ou “acabado”, cabe ao ser humano, à luz da lei do
trabalho, buscar compreendê-lo racionalmente. Interpretar não significa,
necessariamente, modificar os seus fundamentos. Na verdade, a “interpretação” é
um esforço da inteligência por “encontrar um sentido escondido”, que não está
necessariamente claro. Logo, a capacidade de interpretação é inerente ao ser
humano.
É preciso considerar, também, que O Livro dos Espíritos apresenta dois
outros componentes importantes da reflexão filosófica: o diálogo e a dialética.
Kardec, em todo o conjunto da Obra, dialoga com os espíritos através de
inúmeros médiuns. Esse diálogo é uma relação dialética, de um conhecimento que
não é uma simples “revelação” hierarquicamente estabelecida, mas que se opera
pela via do debate e da discussão. A partir de uma pergunta, e de sua resposta,
surgem outras perguntas e outras respostas que, ao longo do trabalho, são
sistematicamente ordenadas.
Essa
relação dialética deveria, igualmente, se processar no diálogo crítico do
leitor com a obra. Mas é preciso que esse diálogo se distancie das leituras
simplistas, onde, muitas vezes, se busca afirmar o conteúdo doutrinário através
de posturas acríticas, influenciadas pela teologia tradicional ou pelo
imaginário religioso. Através de sua metodologia, Kardec nos ensinou, por
óbvias razões, a dialogar com a fonte das informações, os espíritos, de forma
racionalista sem, no entanto, perder o viés dos sentimentos. A racionalidade
empregada aos estudos deve servir para que os seus conteúdos nos levem a uma
compreensão mais profunda da vida, estimulando o melhoramento humano de forma
mais consciente e realizadora.
1 Citado por J. Herculano In. Introdução à Filosofia Espírita. 2ª.
ed. São Paulo: FEESP, 1993. p. 20.
2 MARCONDES, Danilo. Para que serve a filosofia? (Prefácio) In. Café Philo: As grandes
indagações da filosofia. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 1999. Prefácio.
XIII SBPE – Ainda dá tempo de se inscrever!
Acontece de 25 a 27 de outubro, em Santos,
SP, o XIII Simpósio Brasileiro do
Pensamento Espírita, importante legado de Jaci Regis que se renova de dois em dois anos. O evento,
inteiramente aberto à participação de todos os interessados, contará, este ano,
com a contribuição intelectual dos seguintes autores e respectivos temas:
Ademar
Arthur Chioro dos Reis (Santos/SP):
“Políticas Públicas para Álcool e Drogas e o Papel dos Espíritas”;
Alcione
Moreno
(São Paulo/SP): “Sexualidade e
Espiritismo”;
Alexandre
Cardia Machado
(Santos-SP): “O Desenvolvimento do
Espírito até o Surgimento da Vida na Terra – Uma hipótese livre pensadora
kardecista”;
Eugenio
Lara (São
Vicente-SP): 1) “Os Desertores de Kardec”; 2) “Uma Análise Kardecista da
Desobediência Civil”;
Grupo
Livre Pensador
(São Paulo-SP): “Pesquisa Mediúnica sobre
Reencarnação”;
Herivelto Carvalho (Ibatiba-ES):
“A Filosofia Espírita de Torres-Solanot”;
ICKS -
Grupo de Estudos
(Santos-SP): “Pode o Espiritismo ser
Considerado Ciência da Alma? - Uma análise epistemológica da proposta do
pensador espírita Jaci Régis”;
Mocidade
Espírita Estudantes da Verdade – (Santos-SP):”Direito
à Vida”;
Reinaldo
di Lucia
– (Santos-SP): “Livre Arbítrio”;
Ricardo
Nunes
– (Guarujá-SP): “Jaci Regis e o Jardim de
Epicuro”;
Roberto
Rufo
– (Santos-SP) “O Livre Arbítrio e os seus
inimigos”.
Ainda
é tempo de se inscrever. Interessados podem conferir em: http://icksantos.blogspot.com.br/2012/12/voce-ja-pode-se-inscrever-no-xiii-sbpe.html
.
Palestras
Públicas no CCEPA
Dia 7/10, 2a. feira, às 20h30 e 16/10, 4a.
feira, às 15h, “A profilaxia do suicídio”, com Salomão Jacob Benchaya.
Homem/Mulher
Sobre
“Opinião em Tópicos”, coluna de Milton Medran Moreira que enfoca a questão de
direitos e deveres de homens e mulheres em O Livro dos Espíritos: interior e
exterior, posição homem e mulher, fuzis e fraldas, fardas e esmalte. A verdade
é que ainda vivemos mentalmente separados. Ainda subjugamos a vida embutidos em
velhos conceitos de certo/errado, homem/mulher, delicadeza/coragem,
moral/imoral. Nos veremos na próxima encarnação.
Marta
Valéria – Niterói, RJ (comentário no portal
Espiritbook que transcreve a coluna).
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