As
tênues fronteiras
entre a
vida e a morte
Cientistas do Projeto Aware já não falam em
“experiências de quase morte”, preferindo a expressão “experiências depois da
morte”, convencidos de que algumas pessoas submetidas a processos de
ressuscitação de fato morreram e foram novamente trazidas à vida física.
Projeto
Aware: um passo adiante
na
compreensão do fenômeno
Depois do sucesso em todo o mundo das obras
do médico e pesquisador americano Raymond
Moody Jr., que, na década de 70 do século passado, popularizou o conceito
de “experiências de quase morte”, o Projeto
Aware (sigla da expressão AWAreness
during REsuscitation – consciência durante a ressuscitação), iniciado na
Universidade de Southampton, na Inglaterra, em 2008, oferece novas bases para o
fascinante estudo da consciência e dos indícios de sua sobrevivência após a
morte.
O projeto foi concebido e é desenvolvido pela
Horizon Research Foundation, liderado pelo Dr.
Sam Parnia (foto). Conta com a colaboração de outros cientistas como Stephen Holgate, Peter Fenwick e Robert
Peveler. Trata-se de um conjunto de investigações sobre estados de
consciência durante a morte clínica e experiências fora do corpo. Envolve
pesquisas colhidas em hospitais europeus e americanos e utiliza equipamentos
avançados para analisar as reações do cérebro dos pacientes pesquisados.
“Apagando
a morte” – uma obra
que
lança luz sobre o tema
Decorridos cinco anos desde o início do
trabalho, o Dr. Sam lançou o livro “Erasing Death - The Science That Is
Rewriting the Boundaries Between Life and Death” – “Apagando a Morte – A ciência que está reescrevendo as fronteiras
entre a vida e a morte”, onde defende a ideia de que questões antes
pertinentes à religião e à filosofia agora precisam ser abordadas e explicadas
pela ciência. Para ele, uma das últimas questões que a ciência tem
definitivamente de investigar é o que acontece com a consciência após a morte.
Por suas experiências, diz já poder afirmar que a consciência subsiste, mesmo
que seja por algumas horas, depois da completa cessação da vida física.
Parnia fez sua formação no Guy e St Thomas,
em Londres, mas, hoje, é chefe de cuidados intensivos do Hospital Stony Brook
University, em Nova York. Ali, graças a técnicas que incluem o resfriamento do
cérebro para retardar a deterioração neuronal e manter sua oxigenação, um
paciente vítima de parada cardíaca, mesmo que considerado “clinicamente morto”,
terá 33% de chance de ser trazido de volta. O índice dos demais hospitais
americanos é de 16%. Aplicando os métodos lá empregados, os Estados Unidos,
segundo Parnia, poderiam salvar cerca de 40 mil vidas ao ano e a Inglaterra em
torno de 10 mil. A especialização do Dr. Parnia terminou por convencê-lo da
falsidade de que a morte leva a um lugar do qual nenhum viajante retorna. Para
ele, o processo acontece em momentos em que, de fato, a morte já ocorreu, não
sendo correta a expressão “fenômeno de quase morte”. Além de salvar inúmeras
vidas, o Projeto Aware, no qual está integrado o trabalho de Parnia e seus
colegas, vem oferecendo elementos que comprovariam a sobrevivência da
consciência após a morte física, apoiados em depoimentos de pacientes, logo
após a ressuscitação. Os cientistas envolvidos no Projeto Aware defendem ser
mais eficiente a entrevista logo após a reanimação, já que a tendência é o
esquecimento depois de alguns dias. Por isso, também, Parnia supõe que muito
mais pessoas tiveram esse tipo de experiências, mas elas terminaram sendo
eliminadas pela memória: “há uma ruptura dos circuitos da memória, pelo mesmo
mecanismo que deixamos de recordar nossos sonhos”.
Para
saber mais:
Uma
entrevista sobre o novo livro de Sam Parnia: http://www.npr.org/2013/02/21/172495667/resuscitation-experiences-and-erasing-death
.
Reprodução de entrevista do Dr.Sam Parnia ao
jornal “The Guardian”, de Londres:
http://www.theguardian.com/society/2013/apr/06/sam-parnia-resurrection-lazarus-effect
.
Um
enigma chamado vida
O Projeto Aware está sugerindo uma nova forma
de tratar o até aqui chamado fenômeno da quase morte. Seus integrantes preferem
qualificar os episódios ali desenvolvidos e documentados como “fenômenos depois
da morte”. Utilizando-se de tecnologia avançada e monitorando todo o processo
que resulta na ressuscitação de pacientes e na coleta de seus relatos,
cientistas envolvidos no projeto concluem que, sob o aspecto clínico,
aconteceu, em tais episódios, efetivamente, a morte, revertida graças às
tecnologias empregadas. Dr. Sam Parnia, na entrevista a “The Guardian”, diz-se
impressionado com o número de mortes desnecessárias no mundo, por paradas
cardíacas. Muitas seriam facilmente evitáveis, desde que utilizadas essas
tecnologias. Relativiza, assim, crenças populares do tipo: “Morreu porque era
sua hora”, “Deus quis que ele se fosse agora”, etc. Ele está convencido de que
a ciência pode e deve interferir mais no processo da vida e da morte.
Parnia confessa seu agnosticismo em matéria
religiosa. Ele não é um crente. Mas, de uma coisa mostra-se convicto: neurônios
não geram pensamentos. A consciência não é um produto do cérebro. Parece-lhe devidamente
comprovado que o indivíduo, depois de morto, mantém-se como uma individualidade
inteligente, capaz de viver experiências e emoções, de comunicar-se, agir e
interagir. Reanimado o corpo, a “alma” pode outra vez conectar-se a ele. Mesmo sem ser um religioso, o médico
britânico não tem qualquer constrangimento em utilizar a palavra “alma”, para
designar o agente do pensamento, da inteligência e das emoções. Na entrevista,
defende ser um erro partir do pressuposto de que todos os cientistas acreditam
que o cérebro produz a mente. Muitos duvidam disso, diz, dando por exemplo John
Eccles, Prêmio Nobel Fisiologia/Medicina 1963, um cientista de nosso tempo que
contrariou a tese materialista e reducionista.
Se quisermos reduzir a proposta espírita à
sua mais sintética expressão, diríamos que é exatamente a de conferir à alma
real concretude e significado, retirando-lhe o caráter de mistério e
sobrenaturalidade a ela conferido pelas religiões. No estágio até aqui atingido
por experiências científicas de ponta, como é o caso do Projeto Aware, já se
tem como confirmado que, mesmo com a cessação da atividade cerebral, a
consciência sobrevive e pode relatar episódios vividos naquele ínterim. É
lógico, é sensato, é racional avançar um pouco mais sustentando-se, como o faz
o espiritismo, que, na hipótese do não retorno - como acontece com a maioria
das pessoas cujo coração e o cérebro pararam -, o espírito, ou a consciência
também sobrevivam e possam igualmente se comunicar.
Não se está simplesmente diante de fenômenos
estranhos e misteriosos, como a cultura contemporânea ainda os trata. Estamos,
sim, no limiar de um novo paradigma científico, capaz de oferecer uma visão
mais ampla acerca desse enigma chamado vida.
(A Redação).
Dignidade e Indignação
A
cultura do espírito aumenta os sentimentos
de
dignidade e de independência. Herbert Spencer
A luta pela dignidade humana nasce da
indignação. A capacidade de indignar-se diante da injustiça, da desigualdade,
das violações à liberdade, da corrupção, é o combustível que move o indivíduo e
as coletividades à efetiva ação por uma sociedade melhor.
É preciso ter isso presente ao se analisar os
movimentos sociais que, neste momento, marcam as relações entre segmentos da
sociedade e o poder. Eles são indício do amadurecimento dessa capacidade de
indignação que explode, particularmente, na alma dos jovens e os conduz a
ruidosas manifestações reivindicando mudanças. Quem é capaz de se indignar
mostra crescimento de conscientização de seu próprio potencial transformador e
se sente estimulado à concreta ação
transformadora.
Mas, afoitos, nem sempre e nem todos os
jovens levam em conta um aspecto: a democracia, suada conquista que mal começa
a se consolidar entre nós, também nasceu e se institucionalizou a partir da
indignação e da ação destemida de gerações precedentes. Etapa recente de nossa
história institucional, a democracia não será capaz de sobreviver sem a ordem
que lhe é elemento indispensável.
Ao mesmo tempo em que assiste a uma saudável
onda de manifestações em prol de inadiáveis melhorias no campo da educação, da
saúde, da moralidade pública, a Nação também tem se deparado com lamentáveis
cenas de invasões, depredações e vandalismo ao patrimônio público e privado. E
esse não é um bom sinal. Retrata a presença entre nós de espíritos que se
demoram em estágios de barbárie incompatível com os avanços éticos e sociais já
conquistados. Sobra-lhes indignação, mas lhes falta civilidade. Educá-los é
tarefa do Estado, da sociedade organizada e de cada um de nós mediante o
exemplo e ações positivas em favor do bem.
A par da inserção social, no setor que melhor
corresponda à capacidade individual de cada um, a nós, espíritas, cabe
contribuir, fundamentalmente, com o que de melhor e mais genuíno tem o
espiritismo: a sua filosofia, sua proposta de compreensão de homem e de mundo.
A filosofia espírita é profundamente libertadora. Desperta no indivíduo a
consciência de que ele é o primeiro agente da conquista de sua felicidade. E
que esta é construção gradual que se estende vidas a fora, nas necessárias
etapas do espírito rumo à plenitude. Essa visão gera sentimentos de
solidariedade e de corresponsabilidade no progresso do mundo, de seus povos e
instituições.
Impulsionar, pois, nossas momentâneas e
circunstanciais indignações à busca da dignificação integral do espírito humano
é a tarefa que nos impõe a vida. Mas, isso exige de cada um ordem, disciplina,
obediência às leis, pois que, sem elas, ao invés de nos tornarmos agentes do
progresso, estaremos dando margem ao retrocesso que atenta contra as sábias
leis da natureza.
A mulher e o fuzil
Depois do que vi, junto a um terminal
bancário, em área de estacionamento de supermercado em Porto Alegre, acho terem
caído todas as barreiras que ainda diferenciavam profissões de homens e de
mulheres. Enquanto era recarregado o terminal com dinheiro vindo do banco, uma
moça segurando enorme fuzil - ou seja lá como se chamem essas armas normalmente
exibidas por parrudos barbados, nas operações de transporte de valores - se
mantinha postada junto ao equipamento.
A moça era bonita, simpática, e até esboçava
um leve sorriso diante de quem demonstrasse estranheza em ver uma mulher
naquela posição de alerta, pronta a usar a potente arma, em caso de assalto. No
sorriso, parecia dizer: “Não se enganem, por de trás desta arma e deste
fardamento, pulsa um coração de mulher, de mãe, de namorada”.
A
conquista do mercado de trabalho
Lembro que quando fiz concurso para o
Ministério Público, em 1975, não havia nenhuma Promotora no Rio Grande do Sul.
A Magistratura, um ano antes, tinha aprovado duas ou três mulheres. Delegada de
Polícia, nem pensar. Como poderia uma mulher enfrentar a bandidagem, manusear
uma arma, subir morros para desbaratar quadrilhas? As mulheres, na época, já
haviam conquistado muitos setores do mercado de trabalho. Mas, eram profissões,
que a sociedade entendia como compatíveis com o “sexo frágil”. Elas eram
enfermeiras (havia algumas poucas médicas), educadoras, secretárias. No Estado,
existia uma deputada, e, nas redações dos jornais, talvez duas ou três
redatoras para tratar de temas de etiqueta.
A
mulher em O Livro dos Espíritos
Recordo tudo isso, ao reler a questão 822 de
O Livro dos Espíritos. Ali, Allan Kardec interroga seus interlocutores
espirituais sobre a questão da igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Naquela época, a discriminação era expressa e taxativa. Mulher não tinha
qualquer direito político. A lei lhe negava capacidade jurídica para gerir sua
vida. Se solteira, era tutelada pelos pais; se casada, pelo marido. A filosofia
espírita, na época, nascia totalmente engajada à luta em prol da emancipação
feminina que, segundo expressava O L.E., “acompanha o progresso da
civilização”, e asseverava que “a lei humana, para ser justa, deve consagrar a
igualdade dos direitos do homem e da mulher”. Mas, a mesma resposta, fazia uma
ressalva. Posicionava-se favoravelmente à igualdade de direitos, mas não de
funções: “É preciso que cada um tenha um lugar determinado; que o homem se
ocupe do exterior e a mulher do interior, cada um de acordo com sua aptidão”,
afirmava a questão 822.
O interior
e o exterior
A posição era compatível com os costumes da
época. Abriam-se caminhos para a conquista de direitos sonegados à mulher, mas
reconheciam-se diferenças, fossem culturais ou genéticas, que demarcavam as
atividades de um e outro sexo.
Depois de ver a moça empunhando um fuzil,
naquele terminal bancário, acho que já não existe profissão interditada à
mulher. Isso não desqualifica o conceito emitido, em meados do Século 19, pela
nascente doutrina espírita. Mas, sem dúvida, melhor qualifica o ser humano
contemporâneo. A evolução está nos dotando de qualidades que, antes, não
tínhamos. Há homens que trocam as fraldas de seus filhos. Há mulheres que dão
duro a semana toda no exercício de atividades antes exclusivamente masculinas.
Os costumes foram abrandando as diferenças. O exterior e o interior são melhor
compartilhados nas parcerias de hoje. Aprendemos uns com os outros, sem a
necessidade de a mulher perder a delicadeza que nasce no âmago da alma e sem
que o homem precise renunciar ao vigor e à energia que lhe permitem encarar a
dureza de um mundo em constante crise de mudança.
A
Espiritualidade Espírita
Eugenio Lara, arquiteto e designer gráfico, é editor
do site PENSE - Pensamento Social Espírita [www.viasantos.com/pense] e autor do
livro Breve Ensaio Sobre o Humanismo Espírita. E-mail: eugenlara@hotmail.com
.
Grande parte da intelectualidade ocidental
vislumbrou que no século 20 veríamos o triunfo da racionalidade moderna sobre o
pensamento dogmático. Todavia, o que vimos foi o crescimento e refortalecimento
das religiões, especialmente as monoteístas. Muitas guerras, notadamente no
Oriente Médio e Leste Europeu, são de origem religiosa.
O conflito ideológico entre os primeiros
humanistas e teólogos cristãos no Quatrocento, prosseguiu em todo o
Renascimento, no Século das Luzes com o Iluminismo e tornou-se, desde então, um
conflito aparentemente insolúvel. Abriu-se um abismo entre a ciência e a religião
no século 19. Ainda que criacionistas tentem maquilar suas teorias dogmáticas
com o aparato científico atual e alguns físicos quânticos proponham teses que
aproximam a Ciência de temas transcendentais, o conflito entre a mentalidade
científica e a mentalidade religiosa prossegue sem tréguas.
Esse conflito também ocorre no meio espírita.
De um lado, segmentos de espíritas que rejeitam o suposto caráter religioso do
Espiritismo e de outro, espíritas de mentalidade dogmática, religiosista,
extremamente influenciados pelo cristianismo. Para este último segmento, a
satisfação da religiosidade na busca do sagrado é o que há de essencial no
Espiritismo Cristão, tido como o Cristianismo redivivo, a Terceira Revelação, o
Consolador prometido por Jesus Cristo. Para essa gente, o que importa mesmo é
evangelizar. É o Espiritismo segundo o Evangelho.
Já para o segmento laico, a ideia de
religiosidade no contexto espírita é algo bastante incômodo, causa um certo
mal-estar. Sim, devemos respeitar a manifestação e diversidade religiosas, no
entanto, há uma distância razoável entre o respeito necessário, a vivência e
aplicação da religião em nossa vida pessoal.
Considerar a religiosidade como algo
desprezível e descartável em nosso dia-a-dia não significa que a religião e os
religiosos mereçam desprezo e todo o nosso despeito. Também não significa que
sejamos ateus, descrentes ou niilistas. Afinal, a ideia de Deus, alma,
imortalidade e tantos outros conceitos, de “propriedade” das religiões, fazem
parte do conteúdo filosófico do Espiritismo.
O diferencial está no tratamento experimental
e filosófico que o Espiritismo oferece na análise dessas questões consideradas
transcendentais. Por se tratar de uma filosofia espiritualista “racional,
isenta dos preconceitos do espírito de sistema”, seu caráter nada tem de
religioso. O poder do Espiritismo está “na sua filosofia, no apelo que dirige à
razão, ao bom senso”. E também na linguagem: “clara, sem ambiguidades. Nada há
nele de místico, nada de alegorias susceptíveis de falsas interpretações. Quer
ser por todos compreendido. (...) Longe de se opor à difusão da luz, deseja-a
para todo o mundo. Não reclama crença cega; quer que o homem saiba por que crê.
Apoiando-se na razão, será sempre mais forte do que os que se apoiam no nada”.
(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos - Conclusão, item VI).
Rejeitar a religiosidade não significa ser
antirreligioso, um iconoclasta de plantão no combate às instituições religiosas
e no desprezo de sua importância histórica e cultural. A religião é também uma
forma de conhecimento, objeto de estudo de sociólogos e antropólogos. Como se
diz, “não se deve jogar a água da bacia junto com a criança”. Ser a-religioso
não quer dizer antirreligioso.
O que o Espiritismo Kardecista propõe é o
aprimoramento da espiritualidade ao invés da renovação ou reafirmação da
religiosidade, seja ela cristã ou outra qualquer. A moral espírita é uma
superação histórica e filosófica da moral cristã, apesar de verossímeis. Ou
seja, a proposta kardecista neste aspecto é a da superação do religiosismo
cristão mediante o uso da razão e do bom senso.
Daí a proposta kardequiana da fé raciocinada,
o que é bem diferente de fé racional, um tremendo paradoxo, algo impossível de
se imaginar na prática, no dia-a-dia.
A religião não é proprietária da
espiritualidade.A espiritualidade derivada do Espiritismo é laica, secular,
agnóstica e humanista.
A Espiritualidade
Espírita é laica porque não se alimenta da fé, do pensamento teológico,
dogmático e nem se vincula a determinada religião.
É secular
porque sua origem e formulação são históricas, não admitindo, portanto, a
intervenção divina, metafísica, sobrenatural ou algum tipo de deferência pelo
sagrado, pois a filosofia espírita mostra-se como uma ruptura entre o sagrado e
o profano.
É também agnóstica
porque não aceita a fé dogmática como forma de conhecimento, sustenta-se na
razão, na experiência e também no conhecimento científico.
É humanista,
porque tem no ser humano o centro e o sentido de sua práxis, onde ele estiver,
no mundo físico ou no extrafísico. Isto segundo os parâmetros da ética espírita
e todo seu conjunto de valores morais, de profundo respeito aos direitos
humanos, dos seres e das coisas. Para o Espiritismo, liberdade-igualdade-fraternidade
não é apenas um slogan ou brasão tríplice, representa todo um programa moral,
ético, voltado para o bem-estar, individual e coletivo.
E por fim, não se trata de mera substituição
semântica. O conteúdo espírita nos oferece uma concepção que extrapola os
limites da experimentação e da interpretação filosófica. O Espiritismo é uma
doutrina “eminentemente moral e racional” e não se opõe à religião. Ao
contrário. Para Kardec, o Espiritismo é o grande auxiliar das religiões porque
lhes dá a base racional e filosófica necessária à compreensão de seus dogmas e
do argumento de autoridade. Espiritualidade sim, religiosidade não!
CPDoc –
25 anos
Fundado em 1988, em Santos, SP, o Centro de Pesquisa e Documentação Espírita
– CPDoc - , completou, no último mês
de agosto, 25 anos de existência. Fruto do sonho de jovens espíritas
interessados em incrementar os estudos espíritas mediante a inserção da crítica
coletiva como prática estimuladora do aperfeiçoamento dos trabalhos produzidos
por seus integrantes, o CPDoc já publicou sete livros (conheça seus títulos e
autores no site http://www.cpdocespirita.com.br/
).
Em reuniões periódicas, os temas que se
tornarão livros são discutidos previamente por seu autor com o grupo. Ativos
participantes do movimento da CEPA e da CEPABrasil, os integrantes do CPDoc têm
participado de todos os congressos e encontros dessas entidades.
O grupo, neste momento presidido pelo 3º
vice-presidente da CEPA, Mauro de
Mesquita Spínola, comemorou de maneira muito informal seus 25 anos de
existência, na sede do Centro Espírita Allan Kardec, de Santos, no dia 17 de
agosto último. Na comemoração, foi rememorada a história da entidade e, por
iniciativa de Sandra Regis,
aconteceu um descontraído “show de talentos”.
Um relato da festa, feito pela presidente da
CEPABrasil, Alcione Moreno, pode ser
visto no blog http://cepabrasil.blogspot.com.br/
.
Le
Journal Spirite
A edição n. 93 de “Le Journal Spirite”,
revista trimestral do Cercle Spirite Allan Kardec, da França, publicada em
julho último, tem como conteúdo principal, intitulado “Dossier”, uma ampla
matéria contendo biografia e apreciação da obra de Léon Denis, sob o título de
“Léon Denis – l’apôtre du spiritisme”.
“Le Journal Spirite”, publicado em francês,
tem edição eletrônica em espanhol, gentilmente enviada à redação deste jornal,
por seu Diretor, Jacques Peccatte.
Os interessados que desejem receber a edição em pdf poderão solicitar a nosso
editor Milton Medran, pelo e-mail medran@via-rs.net
.
Palestras
Públicas no CCEPA
A tradicional palestra da primeira
segunda-feira do mês (2 de setembro, 20h30), está a cargo da psicóloga Maria da Graça Serpa, “Obsessão e
Transtornos Mentais”.
Também na terceira quarta-feira de cada mês,
na parte da tarde (15h), o CCEPA oferece uma conferência pública, com entrada
franca a todos os interessados. Dia 18/09 será a vez do advogado Lauro Borba nos brindar com sua fala.
ESDE e CCEPA Opinião
Amigos
do CCEPA; quero parabenizá-los por esses dois eventos: os 35 anos do ESDE
(reportagem de capa da edição de julho) e o início do Ano 20 do Jornal “CCEPA
Opinião” (editorial de agosto). Parabéns a todos, e, em especial, ao meu amigo
Milton Medran, editor do jornal.
Nazareth Coelho - do CEAK, Santos/SP.
Espíritas
de Porto Rico contra a pena de morte
En
Puerto Rico, gracias en buena parte a los esfuerzos de los espiritistas
militantes de los años 20 del pasado siglo, se abolió la pena de muerte, y
quedó ratificada dicha abolición en nuestra Constitución del 52.
Desafortunadamente, el gobierno federal, de los Estados Unidos, quiere
imponerla a convictos de crímenes violentos, a pesar de nuestra prohibición
constitucional. Esto, debido a la relación existente entre nuestros gobiernos,
ya que Puerto Rico es un territorio no incorporado de los Estados Unidos. Por
esto es tan importante para nosotros re-tomar la militancia en contra de un
tema que debió quedar resuelto durante el siglo pasado.
Agradecemos
el apoyo que nos puedan brindar con su divulgación, para que muchos amigos
espíritas del mundo sepan que hay múltiples maneras en las que la filosofía
espiritista nos llama a la acción social y el trabajo por el progreso de los
individuos y sus sociedades.
José E. Arroyo - Escuela Espírita Allan Kardec – Puerto
Rico.
Apreciações
sobre a Normose
Agradeço
a acolhida da singela reflexão que propus no “Apreciações sobre a Normose”
(CCEPA Opinião, n.210). Somente alerto que no texto publicado faltou a fonte da
obra da Joanna de Ângelis (FRANCO, Divaldo. O despertar do espírito. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador:
Leal, 2000, p. 20.)
Prof. Dr. Vinícius Lima Lousada - IFRS – PROEN - www.ifrs.edu.br
NR – A autoria da frase
constou como de Joanna de Ângelis. Por lapso da edição, faltou a referência à
obra, no rodapé. Falha nossa.
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