Crianças
e a Vida antes da Vida
Pesquisadora da Universidade de Boston
publica estudo sugerindo que crianças demonstram um forte senso de que existiam
antes de serem concebidas.
Imortalidade
e preexistência
Embora a noção da sobrevivência do espírito
após a morte seja um conceito teológico hígido dentro do cristianismo, a ideia
da preexistência espiritual é rejeitada pelas religiões cristãs. Esta última
hipótese até foi sustentada por Pais da Igreja como Plotino, Orígenes e outros
neoplatônicos do Século III da era cristã. Terminou, contudo, sendo
sumariamente eliminada pela Igreja de Roma, em sucessivos concílios.
Igualmente, nunca foi aceita pelas Igrejas Reformadas. Assim, o cristianismo,
de forma praticamente unânime, prega que Deus cria o corpo e a alma
simultaneamente. Por isso mesmo, não se pode atribuir uma influência cultural à
noção encontrada em crianças sobre a existência nelas de alguma forma de
consciência, sentimentos e desejos antes da concepção e nascimento.
Em contrapartida, recente estudo publicado
pela equipe da doutora Natalie Emmons,
da Universidade de Boston, na revista científica Child Development, sugere que crianças, tanto aquelas educadas em
ambiente cristão, como na cultura indígena, demonstram claras intuições da
existência de sentimentos e emoções que antecedem a vida física. Estaríamos
diante de um conhecimento intuitivo, sem qualquer conotação cultural? A
conclusão do estudo é nesse sentido.
A
pesquisa
A pesquisa da Universidade de Boston teve
como foco a possível existência de alguma forma de consciência antes da vida
física. A equipe da Dra. Emmons entrevistou 283 crianças de duas culturas
distintas no Equador: a primeira urbana e católica, e a segunda rural e
indígena, da tribo Shuar. Segundo a Dra.
Débora Kelemen (foto), que também assinou o trabalho, a noção da pré-vida ficou
bastante evidente em ambos os grupos, pela interpretação das respostas dadas a
partir da exibição de desenhos de mães antes da gravidez, durante a gestação e
já com a presença do bebê, após o parto. Pelas respostas e comentários das
crianças, o estudo identificou nelas a presença de emoções e desejos anteriores
à gestação materna.
A equipe conclui o trabalho afirmando que há
nas crianças um sentimento de que elas de alguma forma viviam antes de seus
corpos existirem e que isso corresponderia a um “padrão cognitivo universal”,
presente no ser humano, independente de cultura, raça ou religião, embora possa
desaparecer na idade adulta.
Para saber mais:
Acesse o site onde o histórico e a
metodologia da pesquisa estão detalhados:
Intuição
x Cultura
Versasse a pesquisa da Universidade de Boston
sobre crença em Deus ou na sobrevivência do espírito após a morte, caberia a
hipótese de que os resultados fossem “contaminados” por noções culturais.
Crianças, desde a mais tenra idade, são suscetíveis a incorporar crenças e
costumes familiares ou de seu entorno social. Mas o estudo tinha como foco um
princípio ainda pouco aceito no Ocidente. Tanto a população urbana do Equador,
arraigadamente católica, como a cultura indígena do interior do país, não têm
entre suas crenças a de que a consciência individual preexista à vida
biológica. Esse dado dá maior credibilidade à pesquisa e, por outro lado,
sustenta a conclusão de que as respostas fornecidas pelas crianças são
intuitivas.
A intuição é uma forma de conhecimento. Para
Einstein, ela é o único caminho para o conhecimento das leis do universo. É
possível que as grandes descobertas e invenções que mudaram a história da
Humanidade tenham se originado de intuições, só posteriormente racionalizadas e
submetidas ao chamado processo lógico de conhecimento.
Mesmo concordando com Einstein ou com Bergson
acerca da importância da intuição, é de se convir que a cultura dos povos é
tecida por múltiplos fios ligados a interesses sociais, econômicos, religiosos
e políticos. De tal forma se alinhavam e se organizam esses interesses que,
facilmente, acabam por sufocar intuições e obscurecer aquilo que filósofos
idealistas denominam conhecimentos inatos. A pesquisa aqui comentada
classificou a noção da preexistência da consciência como um possível
conhecimento inato obscurecido por fatores culturais ligados a crenças
religiosas ou ao materialismo. Dogmas religiosos, assim como os ideológicos e
políticos, terminam por engessar o conhecimento e a ciência de um tempo.
Felizmente, no próprio meio acadêmico, têm se
aberto janelas para a adoção de novos paradigmas de conhecimento que rompem com
o reducionismo materialista, ali ainda dominante. Seriam sinais precursores de
uma nova era, a Era do Espírito, a iluminar a próxima fase da cultura humana? (A Redação).
Valores,
Princípios e Ideais
“Não abrirei mão dos valores, princípios e
ideais
que forjaram o que sou”.
Ministro
Arthur Chioro (do discurso de posse
no Ministério da Saúde).
Diferentemente das corporações religiosas,
sindicalistas e econômicas, o movimento espírita no Brasil jamais se interessou
em formar blocos políticos objetivando a conquista de parcelas de poder. Isso não significa alienação política dessa
fatia significativa de brasileiros. Ao contrário, as pesquisas que segmentam a
população a partir das assim chamadas “crenças” dos entrevistados revelam que o
contingente espírita no Brasil é justamente aquele de maior escolaridade e de
mais efetiva inserção política e social do país.
Toda a visão social e política do
espiritismo, no entanto, tem como base sólida uma filosofia que, partindo da
realidade do espírito como consciência individual, pugna pelo progresso do ser
e da coletividade fundamentado em uma ética de validade universal. Nesta,
valores como democracia, transparência, justiça, liberdade, igualdade e
fraternidade são tidos como bens soberanos e inegociáveis. O bem comum, a felicidade geral da nação,
nessa perspectiva, tornam-se objetivos centrais de toda a atuação política e
administrativa dos agentes detentores do poder estatal.
Por isso mesmo, sempre que um espírita, que
não o seja meramente de fachada, mas por convicção e por vivência individual e
social, assume posição de destaque no cenário da política e da administração
pública, não é o espiritismo, mas a sociedade como um todo, que tem motivos
para se regozijar.
O novo Ministro da Saúde do Brasil, Doutor
Ademar Arthur Chioro dos Reis, traz em sua biografia familiar e social a marca
da autenticidade espírita. Nascido de família espírita, engajou-se no movimento
kardecista desde sua infância. Foi líder de mocidade, dirigente de seu centro
espírita, teve e tem destacada atuação no campo da cultura espírita. No âmbito
da Confederação Espírita Pan-Americana, entidade da qual foi vice-presidente
por largo período, encontrou o terreno ideal para trabalhar com ideias
inovadoras. Ali, vem se destacando graças a uma fecunda contribuição ao projeto
permanente de atualização do espiritismo. Atualizar, para ele e para a CEPA,
significa manter o grande projeto kardeciano em plena sintonia e em aberta
colaboração com todos os movimentos culturais, políticos, sociais e científicos
que se movam a partir de ideais de progresso e humanismo, visando à felicidade
do ser humano.
Quem acompanhou seu discurso de posse no
Ministério da Saúde -
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/fevereiro/03/DISCURSO-DE-POSSE-CHIORO.pdf
- pôde sentir o profundo idealismo desse jovem médico e a centralidade de suas
preocupações com temas de candente atualidade como: prevenção à mortalidade
infantil e materna; combate ao câncer, à AIDS, à dengue, ao tabagismo, às
drogas ilícitas; tratamento e assistência aos doentes psiquiátricos, e tantos
outros desafios de sua área, neste país tão gigantesco e com tantas carências
no campo da saúde pública. Quem, no entanto, conhece pessoalmente, o novo
Ministro da Saúde, como é o caso de seus parceiros espíritas ligados à CEPA e à
CEPABrasil, sabe de seu efetivo dinamismo e da permanente concretude de suas
ações no sentido daquilo que ele classifica como seu compromisso “radical” em
defesa da vida e da dignidade do ser
humano. Como assinalou em seu pronunciamento, “viver com saúde e liberdade, ser
protagonista de nossas próprias vidas é um direito de cada um de nós,
independente de cor, sexo, orientação sexual, ser portador de deficiência, de
transtorno mental, ou qualquer outra situação. Simplesmente porque somos seres
humanos, somos cidadãos”.
Numa cultura onde nem sempre o discurso
corresponde às reais intenções, poderá a maioria da população entender essas
palavras como meramente protocolares do novo Ministro Arthur Chioro. Para quem,
no entanto, como nós, conhece a alma e o coração do amigo e irmão Ademar, fica
a convicção de que ele, no elevado cargo a que foi guindado, realmente, jamais
abrirá mão dos valores, princípios e ideais que forjaram aquilo que ele é.
Atuar em setor da política e da administração
pública de tamanha abrangência, como o é aquele em cuja titularidade foi
investido nosso Ademar, implica, necessariamente, em adequar-se a projetos que
extrapolam o mero idealismo pessoal. A adesão a um projeto político e
administrativo pressupõe o comprometimento com um plano governamental onde
decisões pessoais necessitam submeter-se a instâncias situadas fora do estrito
campo individual. Mesmo assim, a condição de ministro de governo, justamente de
um setor que envolve necessidades vitais do cidadão e das comunidades, oferece
ao agente público uma oportunidade ímpar para o exercício daquelas qualidades
inscritas no seu personalíssimo patrimônio intelectual e moral. Isso, sem
dúvida, faz a diferença tratando-se de um personagem com as qualidades do novo
Ministro da Saúde, já testadas em outros cargos ocupados e testemunhadas por
todos quantos com ele pessoalmente e familiarmente conviveram, em especial seus
amigos e companheiros espíritas.
No
exercício do elevado cargo que esse companheiro acaba de assumir, onde, sem
poder fazer tudo o que idealiza e deseja, terá de eleger prioridades e escolher
opções politicamente adequadas, devem acompanhá-lo o apoio e as vibrações de
todos os homens e mulheres de bem, e, particularmente, da comunidade espírita
do Brasil.
O novo Ministro da Saúde traz em sua
biografia familiar e social
a marca da autenticidade espírita.
Barbárie
e civilização
Tem coisas que a gente entende, mas não pode
justificar. Talvez uma boa forma de distinguir civilização de barbárie venha
daí. Ou seja: o ser civilizado é capaz de entender os atos de barbárie.
Entretanto, diante dos valores coletivamente conquistados e individualmente
introjetados, não há como justificá-los.
Este início de ano, no Brasil, tem se
caracterizado por alguns exemplos bastante significativos desse embate entre
civilização e barbárie. No Rio de Janeiro, um garoto de 15 anos ao ser apanhado
por populares numa tentativa de assalto, foi amarrado a um poste, sem roupa, e
ali deixado por várias horas. A notícia correu o país e, logo, logo, em vários
outros pontos, aconteceram cenas semelhantes: suspeitos de roubos foram
linchados por populares que se dizem cansados da impunidade com que são
tratados presumíveis delinquentes que infestam nossas cidades.
Justiceiros
e vândalos
Há alguns sinais de que o estado de barbárie
tenta se sobrepor ao estado de Direito.
Sem mostrar o rosto, representantes de grupos organizados de “justiceiros” já
dão entrevistas detalhando seu “modus operandi” para o cumprimento sumário da
“justiça” que dizem não ser feita pelo Estado. De outra parte, na onda de
manifestações democráticas que reclamam legítimos direitos ainda sonegados à
maioria dos cidadãos do país, vândalos destroem o patrimônio público e privado
e atentam contra a vida de inocentes, como foi o caso recente que matou um
cinegrafista da TV Bandeirantes. Com esse episódio, inclusive, começam a se
levantar dados apontando para a existência de grupos organizados que aliciam e
remuneram pessoas, com o único intuito de espalhar o terror e a destruição.
Nesse caso, não dá sequer para entender, muito menos para justificar.
Ontem e
hoje
Não faltam, diante de episódios como os que
estamos a assistir, vozes pregando a iminência do caos. “Nunca houve tanta
violência”, dizem. “Nunca o ser humano foi tão mau”, apregoam. Um retrospecto,
por menos aprofundado que seja, da História, mostra que não é bem assim. Não é
por outra razão que se qualificam como “medievais” procedimentos que o Estado
ou a religião adotavam como regras contra o indivíduo, há não mais de 300, 400
ou 500 anos atrás. Não por outro motivo, classificamos como “bárbaras” as
relações familiares ou sociais, vigentes em eras mais recuadas de nosso
processo evolutivo. O reconhecimento dos atributos de “cidadania” é coisa muito
recente, na nossa civilização. Pessoas com algumas dezenas de anos de vida,
como é o meu caso, viveram, todos e sem exceção, tempos de muito mais injustiça
produzida pelo Estado, pela sociedade, pelas famílias e pelos indivíduos, do
que nos tempos de hoje.
Progresso
é lei
À luz do espiritismo, progresso é lei. O
simples reconhecimento dos direitos individuais e sua institucionalização nos
estatutos legais dos países democráticos, como o nosso, representam avanços
morais de relevante significado. São conquistas do Espírito na sua saga em
busca da justiça, da felicidade, da harmonia social e da paz para todos. É
preciso, porém, acreditar na capacidade de os entes sociais que nós próprios
integramos se organizarem politicamente e darem cumprimento aos sentimentos de
justiça que gritam na alma de cada um. Transformar esses genuínos sentimentos
em atos individuais de punição ao infrator – a chamada “justiça pelas próprias
mãos” – é transmudá-los em atos de abjeta vingança, compatíveis com a barbárie
e em sentido oposto à civilização. Aplaudir os que assim fazem é igualar-se a
eles, engrossando o caudal de insanidades, incompatíveis com os avanços já obtidos.
É preciso, hoje, dar ao tempo o tempo que nós próprios, ontem, desperdiçamos.
A
Questão das Biografias
Eugenio Lara - Editor do PENSE - Pensamento Social Espírita
[www.viasantos.com/pense], membro-fundador do Centro de Pesquisa e Documentação
Espírita (CPDoc) e autor do livro Breve Ensaio Sobre o Humanismo Espírita.
E-mail: eugenlara@hotmail.com/.
A polêmica acerca da regulamentação para
publicação de biografias autorizadas e não-autorizadas vem se arrastando há
anos no Brasil e a cada dia ganha novas nuances. Trata-se de uma questão que
interessa diretamente aos espíritas porque, desde que o Espiritismo foi
fundado, é tradição no meio espírita a produção de biografias.
O escritor francês Henri Sausse (1851-1928),
primeiro biógrafo do pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais
conhecido como Allan Kardec, foi um dos pioneiros.
De lá para cá, mais e mais biografias vem
sendo publicadas. No Brasil, pode-se dizer que possuímos uma tradição espírita
no campo biográfico. Carlos Imbassahy, Sylvio de Britto Soares, Antonio de
Sousa Lucena, Paulo Alves Godoy, Herculano Pires, Eduardo Carvalho Monteiro,
Jorge Rizzini, Zeus Wantuil etc. etc. e tantos outros nos dias atuais,
contribuíram e contribuem para a construção de uma cultura espírita biográfica
no Brasil. Os franceses Gaston Luce e André Moreil se destacam nesse campo,
assim como Jon Aizpúrua, na Venezuela e Humberto Mariotti, na Argentina. O
jornalista Marcel Souto Maior, que não é espírita, vem também se sobressaindo
nesse gênero, pela publicação das excelentes biografias de Allan Kardec e Chico
Xavier.
A biografia é um gênero literário que vem
ganhando espaço graças à cultura do espetáculo, do culto às celebridades. O
volume de biografias escritas nas últimas décadas é incalculável. Nunca houve
tantos ghost-writers, nunca se
produziu tanta biografia, ainda considerada gênero menor pelos críticos
literários e desprezada por historiadores, que a veem mais como literatura do
que como fonte histórica fidedigna.
Graças aos jornalistas e à qualidade de suas
pesquisas, a biografia hoje vem conquistando no Brasil seu lugar merecido, que
lhe concede o status de obra maior, equiparada a outras formas consagradas da
Literatura e a estudos sérios na área da História e da Comunicação.
Esse rico processo criativo pode ser
interrompido, jogando assim o gênero biográfico para as calendas, se não for
aprovado o Projeto de Lei 393/11, em trâmite na Câmara, que define a plena
liberdade de expressão para elaboração e publicação de biografias, sem
autorização prévia, sejam de qual natureza for.
Por incrível que pareça, artistas célebres e
consagrados que sempre lutaram pela liberdade (“é proibido proibir”, “a
imaginação no poder”), pelos direitos civis, agora se voltam contra esses
mesmos ideais, em nome da preservação absoluta da privacidade, como se fossem
seres especiais, acima do bem e do mal. Apegam-se ao prolixo e aberrante artigo
20 do Código Civil, que prevê censura prévia a biografias ofensivas à honra e
privacidade do biografado, um dos muitos legados perniciosos do governo
Fernando Henrique Cardoso, que sancionou essa lei esdrúxula em 10 de janeiro de
2002. Tal lei contraria frontalmente o artigo 5, alínea IX da Constituição
Federal de 1988, que prevê plena liberdade de expressão: “é livre a expressão
da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença”.
Chico Buarque, Erasmo Carlos, Caetano Veloso,
Djavan, Gilberto Gil, Jorge Mautner se uniram a Roberto Carlos no Grupo Procure
Saber, liderado pela empresária e promoter Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano,
para defender direitos autorais e combater a publicação de biografias
não-autorizadas. O grupo rachou, não resistiu à pressão da imprensa e das redes
sociais. Roberto se retirou. Erasmo saiu como entrou, mais na onda do amigo e
Chico Buarque, permanece em cima do muro. Jorge Mautner e Djavan, sem se
preocupar tanto assim com a privacidade, desejam mesmo é que o biografado
receba uma polpuda porcentagem da venda de biografias.
Se de um lado esse episódio patético
demonstra que nossos ídolos são apenas pessoas e que têm todo o direito de
assumir posicionamentos mesquinhos e medíocres, por outro lado, traz à tona a
questão da liberdade de expressão, condição maior da liberdade de pensamento e
de consciência.
No Espiritismo, liberdade de pensamento é
ingrediente imprescindível ao progresso intelecto-moral, sem o qual,
permaneceríamos indefinidamente no reino da barbárie. Todo e qualquer obstáculo
à liberdade de expressão, de consciência, é um golpe contra a cultura, o
conhecimento e liberdades civis, é falta de caridade e de tolerância. Segundo a
Filosofia Espírita “a liberdade de consciência é uma das características da
verdadeira civilização e do progresso”. (Allan Kardec - O Livro dos Espíritos, q. 837).
Qualquer obstáculo à liberdade de expressão,
ao progresso, deve ser repelido e, portanto, os espíritas devem se somar a essa
luta e apoiar, individualmente ou através de suas instituições, esse Projeto de
Lei, que define critérios claros para a publicação de biografias, evitando a
censura prévia e garantindo assim a liberdade de expressão.
Reinício
das Atividades do CCEPA
Na tarde do dia 12 de março, reiniciam as
atividades dos Grupos de Estudos Doutrinários que se reúnem às quartas-feiras à
tarde (15 horas) para estudos regulares de Doutrina Espírita, na sede do Centro
Cultural Espírita de Porto Alegre. As atividades estiveram suspensas no período
de férias de verão de janeiro e fevereiro.
Também, a partir deste mês de março, voltam à
plena atividade as reuniões das sextas-feiras, às 15h, tendo por objeto o estudo analítico de O Livro dos Espíritos,
examinado e debatido questão por questão, sempre num enfoque atualizado e
livre-pensador. Este grupo é aberto também a visitantes.
A partir de abril, retornará programação de
palestras públicas, uma vez por mês, nas quartas-feiras, no horário dos grupos
de estudos.
Educação,
Espiritualidade e Transformação Social
A
Associação Brasileira de Pedagogia Espírita (ABPE) está convidando para o 2º
Congresso Internacional de Educação e Espiritualidade e o 5º Congresso Brasileiro de Pedagogia
Espírita, eventos que terão lugar de 17 a 20 de abril, no Centro de
Convenções Rebouças, em São Paulo.
O tema central é “Educação, Espiritualidade e
Transformação Social”, contando com a presença de expositores nacionais e
internacionais.
A abertura será a peça “Gandhi, um líder
servidor” com João Signorelli, sendo, a seguir debatidos temas como
“Espiritualidade e Educação para a Paz”, “Espiritualidade e Educação na
Universidade”, “Pensamento Social Espírita”, assim como se analisará a
contribuição das ideias de educadores e filósofos como Rousseau, Pestalozzi,
Comenius, Paulo Freire, Rudolf Steiner e outros luminares do pensamento sobre o
tema.
Para a pedagoga Dora Incontri, da Associação Brasileira de Pedagogia Espírita, que
está à frente da realização desse importante evento, “o resgate da
espiritualidade na Educação deve ser pensado no contexto da sociedade
contemporânea, com suas injustiças, intolerâncias e exclusões, de que a escola
tradicional faz parte com seu sistema formatador de consciências”. Segundo
Dora, “não podemos aderir a uma suposta espiritualidade que favoreça a
alienação dos prementes problemas sociais que assolam o planeta e se encaminhe
pelo obscurantismo fanático e intolerante”. Assim, o evento de abril, no Centro
de Convenções Rebouças, estará em busca de respostas a esta fundamental
indagação:
Como fazer uma educação que contemple o ser
em sua integralidade, proporcionando-lhe ao mesmo tempo a oportunidade de
transcendência e a ação transformadora do mundo?
Para mais informações: Telefone (11)
2537 8973, ou pelo e-mail: congresso@pampedia.com.br/ ou, ainda, através do
site: www.educacaoespiritualidade.com/
O médium católico
Sobre
o médium Pedro Siqueira (coluna Opinião em Tópicos da última edição), já o vi
em entrevistas ou palestras, não lembro bem, mas ele é fantástico! A
mediunidade vem com cada um desde que nascemos. Em uns mais desenvolvida que em
outros. O importante é saber direcioná-la para o bem de todos e de si próprio.
Por isso que se diz que mediunidade não tem religião.
Araci
Silva – Santa Catarina (comentário em
www.espiritbook.com.br , onde a coluna foi reproduzida).
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