sábado, 11 de outubro de 2014

OPINIÃO - ANO XXI - Nº 223 - OUTUBRO 2014

“Quando quiserem,
os bons preponderarão.”
A realização, em Porto Alegre, do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita, com a temática central “O Espiritismo e os Desafios do Século XXI”, oportunizou reflexões sobre temas da atualidade e buscou estimular o engajamento dos espíritas nas boas causas sociais e políticas de nosso tempo.

Uma frase símbolo das “oficinas”
Entre os conceitos expressos nos debates e conclusões das oficinas realizadas no VI Fórum do Livre-Pensar Espírita (Porto Alegre, 5 a 7 de Setembro de 2014), um talvez sintetize todos os demais: a citação de uma frase de O Livro dos Espíritos, presente no relatório final, apresentado pelo secretário da CEPABrasil, Vital Cruvinel (São Carlos/SP), na plenária  que se seguiu às oficinas. Na oficina coordenada pela Juíza de Direito Jacira Jacinto da Silva (São Paulo/SP), ex-presidente da CEPABrasil, com a temática “A posição do espiritismo frente à violência e as manifestações populares”, alguém lembrou a questão 932 de O Livro dos Espíritos, com a pergunta: “Por que, neste mundo, a influência dos maus geralmente sobrepuja a dos bons?”, seguida da resposta dos espíritos: “Por fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, haverão de preponderar”.

A contribuição espírita
O Fórum de Porto Alegre foi marcado justamente pela busca de formas concretas e eficientes de os espíritas agregarem-se e contribuírem com movimentos e instituições voltados a práticas sociais e políticas capazes de gerar progresso, paz, justiça e solidariedade.
Além da oficina coordenada por Jacira, outras três se ocuparam de temas de nossa atualidade e de ações de inserção e relacionamento espírita, no âmbito interno e externo. Assim, o professor da Universidade de São Paulo (USP), 3º vice-presidente da CEPA, Mauro de Mesquita Spínola, coordenou o grupo encarregado da temática “O espiritismo frente aos fundamentalismos religiosos e as possibilidades de diálogo entre os movimentos espíritas laico e religioso”. Já, Sandra Regis, Delegada da CEPA em São Bernardo do Campo, SP, e também representante da CEPABrasil junto ao Conselho Nacional de Saúde, coordenou  oficina para avaliar “A contribuição da CEPABrasil perante o Conselho Nacional de Saúde”. Finalmente, o engenheiro Néventon Vargas (João Pessoa/PB), foi o coordenador da oficina “O futuro da CEPA e do movimento laico e livre-pensador”.
O formato de oficinas, distribuídas em diferentes salas do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, sede do evento, deu oportunidade a que todos os participantes do Fórum, em torno de uma centena, pudessem contribuir com suas ideias para os temas ali desenvolvidos.

Os desafios da CEPA
Na manhã de domingo (7), o Fórum foi encerrado com mesa redonda (foto), coordenada pelo presidente da CEPABrasil, Homero Ward da Rosa (Pelotas/RS), onde o presidente da CEPA, Dante López (Rafaela/Argentina), o secretário da entidade, Raúl Drubich (Rafaela/AR), e o presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Milton Medran Moreira, discorreram sobre “Os Desafios da CEPA no Século XXI”. Os componentes da mesa mostraram-se otimistas com relação à inserção do pensamento espírita no mundo contemporâneo e o potencial da CEPA e dos espíritas livre-pensadores na tarefa de contribuir eficazmente para um mundo melhor.

Para conhecer o relatório final das oficinas do Fórum de Porto Alegre, acesse os blogs:





Espiritismo para os vivos
Em “Opinião do Leitor” da edição de agosto, reproduzimos carta de nosso colaborador Paulo Cesar Fernandes (Santos/SP), saudando os 20 anos deste jornal do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, e enfatizando que aqui, como recomendava Leopoldo Machado, se pratica um “espiritismo dos vivos e para os vivos feito”.
Pois, foi com esse justo objetivo de fazer um espiritismo “para os vivos” que o CCEPA concebeu a programação do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita, cuja organização nos foi confiada pela CEPABrasil. O conceito expresso na questão 932 de O Livro dos Espíritos é apenas um dos tantos exemplos a atestar a preocupação de Allan Kardec, em seu tempo, no sentido de o espiritismo colocar-se como eficiente auxiliar do progresso social da humanidade.
Anos depois, reconhecendo, em A Gênese, que o espiritismo “não cria a renovação social”, mas que, “por seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas”, estaria apto “a secundar o movimento de regeneração” da humanidade, Kardec renovaria seus anseios de plena inserção dos espíritas e de suas instituições nas iniciativas humanas visando ao progresso.
Há espíritas que preferem sê-lo apenas e tão somente quando nas atividades de seu centro, em suas reuniões mediúnicas privativas ou na prática da “caridade” desenvolvida nos núcleos em que se fecham. Jamais cogitariam, por exemplo, em participar de um evento com as características do Fórum aqui realizado, mês passado. Questão de opção. Quanto a nós, seguiremos neste rumo. Como referimos, no encerramento, todo o esforço nesse sentido é válido, pois como escreveu Henfil, “se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; e se não houver folhas, valeu a intenção da semente”. (A Redação)

Diferentes, mas nem tanto!
“Já pensou, sempre tão igual? Tá na hora de ir em frente. Ser diferente é normal”.
(Vinicius Castro)

O VI Fórum do Pensamento Espírita, aqui realizado, mês último, começou de forma muito descontraída. Sandra Regis, em poucas horas, conseguiu formar um coral entre os participantes do evento para cantarem, juntos, a música de Vinicius Castro “Ser diferente é normal”.  Em clima de muita alegria, com indumentárias e adereços exóticos, todos celebraram, alegremente, as diferenças capazes de unir e aproximar as pessoas, a partir do reconhecimento daquilo que nos torna rigorosamente iguais: nossa condição humana.
Depois, nos três dias do Fórum, ratificamos, pelo estudo, o debate e a reflexão em grupos, nossa condição peculiar de espíritas. E então recordou-se, igualmente, que também no universo espírita, há espaço, e muito, para sermos diferentes e para aceitarmos, igualmente como espíritas, pessoas e instituições de diferenciados perfis, mas que, em comum, guardam a convicção fundamental da existência, da comunicabilidade e da evolução do espírito e suas consequências éticas. Será a partir dessa convicção à qual alguns dão conotação eminentemente religiosa e outros, como nós, atribuem um caráter científico e filosófico/moral, que devemos criar e sustentar laços capazes de nos unir e fortalecer.
Contudo, a união e o fortalecimento de quantos fundam sua identidade ontológica e seu comportamento no paradigma espírita não os torna todos rigorosamente iguais. O conhecimento básico espírita, para cada pessoa ou grupo, chega com variantes de entendimento e interpretações que envolvem imensa gama de questões. Ser espírita é enfrentar contínuos desafios de superação na trilha do conhecimento. Daí o equívoco dos chamados movimentos unificacionistas. Frequentemente, a política de unificação, na ânsia de orientar e de manter o controle sobre o movimento, obstaculiza o avanço do conhecimento que resulta da pesquisa, do livre exame, da experiência e do pensamento liberto do dogma ou da crença irrestrita naquilo que se rotulou como “revelação”. O conhecimento espírita tem a dimensão do próprio universo, na medida em que considerarmos o espírito como o “princípio inteligente do universo” (L.E. q.23). Está ele, pois, em contínua expansão, é ilimitado, progressivo e, logo, aberto às ideias progressistas.
Então, ser diferente, no meio espírita, passa a ser absolutamente normal, embora a existência de um generoso laço nos uma a todos, sustentando uma identidade fundamental. Será essa identidade, assumida livremente por cada um, o fator que nos permitirá cultivar algumas diferenças. Estas, antes de nos afastar, devem estimular o respeito mútuo e o esforço conjunto em prol do avanço do conhecimento e de sua aplicação no mundo em que vivemos.
Afinal, somos diferentes, mas nem tanto assim!
No Fórum, recordou-se que, também no universo espírita, há espaço para sermos diferentes.







Aborto: dados estarrecedores
A Organização Mundial da Saúde – OMS – estima que uma mulher morre a cada dois dias no Brasil, vítima de aborto inseguro. Cerca de um milhão de procedimentos de interrupção de gravidez são realizados por ano, no país, a maioria deles ilegais, às escondidas, em clínicas infectas e por pessoas inabilitadas. Daí o elevado número de mortes de gestantes.
São apenas estimativas, por uma razão muito simples: o aborto é crime, punido com cadeia por nossa legislação penal, a não ser em casos muito restritos: gravidez resultante de estupro e risco à vida da gestante. Por decisão do Supremo Tribunal Federal, também tem sido admitido no caso de gestação de bebê anencéfalo.

A posição das religiões
As igrejas todas – e a elas tem feito coro o movimento espírita – jogam toda sua influência política na manutenção do aborto como crime. Algumas propõem, inclusive, aumentar as penas e restringir ainda mais os casos, incluindo os que têm permissão legal ou jurisprudencial. Posicionaram-se contra a decisão do STF que considerou legal a interrupção da gravidez de bebê anencéfalo.
Invocando o direito à vida, as religiões cristãs sustentam o dogma da criação divina da alma no momento da concepção ou do nascimento. Ainda que a concepção ocorra em brutal ato de violência sexual, ou por inexperiência, ignorância ou contra vontade da gestante. O que é pecado necessariamente há de ser crime: resquício teocrático incompatível com nosso tempo.

A posição filosófica espírita
Para o espiritismo, o espírito preexiste à concepção. Cada encarnação é nova oportunidade de progresso. Experiências reencarnatórias, contudo, podem ser adiadas: se algum obstáculo impeditivo ocorrer, na gestação, o espírito aguardará nova oportunidade. A lei do progresso nem por isso estará comprometida. Ela é inerente à vida do espírito.          Provocar voluntariamente um aborto pode, sim, ser uma violação grave às leis da vida. Pode, no entanto, e o é em inúmeros casos, uma escolha razoável, tomada conscientemente ou em circunstâncias cujo enfrentamento não é exigível da agente.  É preciso levar em conta, sempre, fatores relevantes, como a própria vida da gestante, sua dignidade ou suas carências afetivas, psicológicas, sociais, econômicas e de educação.

Código Penal e espiritismo
Após 40 anos de vivências e estudos no campo do direito e do espiritismo, confesso com absoluta sinceridade: estou convencido de que a melhor forma de reduzir os efeitos dramáticos do aborto no Brasil será retirando-o do Código Penal. Ao Estado e à sociedade como um todo, caberá um esforço muito grande no campo da educação, da saúde pública, da assistência psicológica à gestante, inclusive, naqueles casos extremos onde a prática do aborto se torna inevitável. Ao espiritismo está reservado um papel fundamental: o de educar o ser humano no caminho do respeito à vida em todos os seus níveis, a partir da premissa de sua anterioridade à existência material e de sua sobrevivência a ela. Mostrar que, em qualquer etapa, a vida requer dignidade. A dignidade humana e o reconhecimento do valor da vida cada vez passam menos pela punição e mais pela educação.






A CEPA sob o signo de Heráclito
Ricardo de Morais Nunes, Bacharel em Direito; Licenciado em Filosofia; Delegado da CEPA em Guarujá/SP.

Heráclito
Heráclito foi um filósofo pré-socrático que ensinava que a essência da realidade é a mudança. Segundo o famoso filósofo, nada há de estático no mundo, tudo flui, tudo passa, tudo escorre. Ninguém entra no mesmo rio duas vezes, pois na segunda vez em que entramos o rio mudou e nós também já mudamos. O pensamento de Heráclito nos convida a acompanhar o devir de todas as coisas, sob pena de marcharmos contra a correnteza natural da vida.
O espiritismo, por sua vez, nos fala da lei de evolução. Para a ontologia kardecista, os dois elementos do universo, espírito e matéria, estão em perpétuo movimento. Para o espiritismo, a lei de evolução abrange todos os seres em uma marcha infinita e inexorável do “inconsciente ao consciente”, nas belas e precisas palavras de Gustave Geley.
Acabamos de retornar do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita de Porto Alegre, um grande momento de estudo e confraternização dos espíritas laicos e livre-pensadores. Ao final deste enconAdicionar legendatro, o presidente da Confederação Espírita Pan-Americana - CEPA, Dante López, nos trouxe uma reflexão sobre a necessidade de o espiritismo e os espíritas acompanharem as velozes mudanças do mundo contemporâneo com cautela e sem precipitações, porém de forma consciente, destemida e decidida.
Em sua fala, Dante (foto) nos lembrou das gerações que passam e mudam, afirmando que as estratégias de diálogo intergeracional devem ser aperfeiçoadas, sob pena de criarmos um fosso entre a nossa geração de veteranos espíritas e as novas gerações que estão chegando. De fato, precisamos compreender o momento que passa, as demandas e aspirações dos mais jovens, para que a mensagem espírita consiga chegar a esta geração.
Ao término de sua fala, disse a ele que estava muito feliz ao observar em seu pronunciamento a preocupação com o devir que abarca toda a realidade. Enquanto no mundo de hoje, em especial no campo do espiritualismo, ainda se fala de verdades absolutas, de dogmas de fé inquestionáveis, de tradições milenares e imutáveis, é muito estimulante ouvirmos um presidente de uma importante confederação espírita internacional falar da natureza mutante de todas as coisas, bem como da necessidade de nos adaptarmos a este processo dinâmico de transformação.
Entendemos que este é o melhor caminho para nós, espíritas ligados à CEPA. Afinal, como dizia o poeta, o “tempo não para”. Na verdade, pensamos que tal postura está em conformidade com o pensamento aberto e progressista de Allan Kardec. Aqueles que não percebem e se adaptam à dinâmica fluida da realidade se perdem pelo caminho. Não há opção: ou aperfeiçoamos e atualizamos os conteúdos teóricos do espiritismo, bem como nossas estratégias de comunicação destes conteúdos, ou ficaremos à margem, sem podermos influenciar o processo de evolução social.
Por isso dizemos que a Confederação Espírita Pan-Americana está sob a influência do grande Heráclito (no site da CEPA existe uma referência a Heráclito na sua página inicial), pensador pioneiro na percepção da essência transitória de toda a realidade. Finalmente, nossa opinião é de que a CEPA convida os espíritas a ela associados a olhar para a frente, para o futuro, para o que está por vir, ao invés de ficarmos estagnados, mirando o passado em uma tentativa inócua de resgatá-lo ou preservá-lo.
Do passado, pensamos que devemos aproveitar apenas o que restou de universal, ou seja, aquilo que serve à dignidade e ao conhecimento do homem de todos os tempos. O resto, aquilo que é circunstancial, podemos abandonar pelo caminho, conscientes que as etapas superadas pela humanidade não oferecerão soluções para os novos problemas do homem contemporâneo em seu processo de evolução individual e social.

Família
Andréia Vargas, educadora popular, jornalista; presidente da ASSEPE – Associação de Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa.

Toda nossa vida numa existência pode ser determinada a partir das relações de uma pequena comunidade que exige regras do bem viver social. E, a meu ver, nenhuma regra é mais importante que a de fazer aos outros o que desejamos para nós.
Esquecemos que é no convívio familiar que somos preparados para nossas relações sociais. Muitos pais se esquecem de suas responsabilidades de orientadores de espíritos reencarnantes, no bom aproveitamento dessa nova oportunidade.
Desafetos e desavenças não existem para serem aflorados no seio familiar; devem ser trabalhados responsavelmente.
Pais que deixam aflorar a raiva para com o filho tornam esse espírito ou revoltado ou cheio de conflitos, que mais tarde descarrega sobre outro ou sobre si mesmo.
Pais que conhecem seus filhos e reconhecem neles atitudes que não condizem com a boa conduta têm o compromisso de encaminhar esses espíritos à rota da elevação moral.
Pais permissivos demais dão brechas aos filhos que facilmente pendem às viciações.
Por isso acredito que a Doutrina Espírita, como filosofia de vida, está constantemente alertando os pais para a missão, intransferível, de guiar espíritos na senda do trabalho e aprendizado reconstrutor.
Homens e mulheres que têm e vivenciam o conhecimento dos princípios espíritas abraçam a paternidade e maternidade com muito mais convicção e responsabilidade.
Sabem que o espírito que virá a ser seu filho está, na maioria das vezes, ligado a eles muito antes de decidirem pela sua vinda.
Têm a consciência que dizer não ao comportamento rebelde não é negar a expressão própria da infância, mas dizer sim ao esforço de trabalhar a índole de um opressor, por exemplo.
Sabem que dizer sim aos gestos de carinho e afabilidade é dizer não aos sentimentos recalcados.
A família é muito mais que pequena célula da sociedade. É onde inicia a experiência e vivência do homem social.





Moacir e Medran na Semana Espírita de Osório
Moacir C.A. Lima
Milton Medran
Com o tema “Amor, a Arte de Viver”, o colaborador do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Moacir Costa de Araújo Lima, fará a conferência de abertura da XV Semana Espírita de Osório, dia 20/10, às 20hs). O evento, segundo informa Jerri Almeida, presidente da S.E.Amor e Caridade de Osório/Rs, tem, este ano, como temática central “Amo, logo existo! O desafio do amor no mundo contemporâneo”. A segunda palestra, em 22/10, 20h, estará a cargo do presidente do CCEPA, Milton Medran Moreira, com o tema “A Filosofia Espírita e o Amor”.

Demais temas e conferencistas: “Fronteiras entre Amor e Ódio” (dia 23/10, às 20hs.), a cargo de Diógenes Camargo; e “Os Desafios do Amor na Vida Familiar” (25/10, às 15hs.), com Luiz Carlos May Jr.
Jerri Almeida foi um dos painelistas do “Fórum do Livre-Pensar Espírita”, no Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, em setembro, onde abordou o tema “O Espiritismo e o Mundo Líquido Moderno”.

Wilson Garcia lançou livro em Porto Alegre
O escritor espírita Wilson Garcia (foto), que foi um dos painelistas do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita, da CEPABrasil, em Porto Alegre, onde abordou o tema “Razão Espírita – O ícone desafia a realidade”, também autografou, por ocasião do evento, seu novo livro “Os Espíritos Falam. Você Ouve?”
Autor de mais de 30 obras, W.Garcia, neste seu novo livro que tem como subtítulo “Uma proposta teórica para o processo de comunicação mediúnica”, oferece uma proposta ousada de abordagem do fenômeno mediúnico, promovendo um link entre as diversas teorias da comunicação social e a comunicação mediúnica. O escritor é formado em jornalismo e mestre em comunicação social pela Faculdade Cásper Libero.
          A nova obra de Wilson Garcia, da Editora EME, pode ser encontrada na Livraria do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.






Pátria do Evangelho ou do Talmud?
“Opinião em Tópicos” de setembro trouxe texto muito objetivo e esclarecedor. Particularmente, tenho dúvidas da seriedade dessa corrente evangélica onde se prega  torrentes de milagres por qualquer motivo, onde parece haver um balcão de negócios, o toma-lá-dá-cá, onde é preciso dar tudo à Igreja para receber uma graça, onde se ostenta a riqueza. Li muito sobre várias religiões e procuro entender, sentir onde há o amor e a humildade pregados por Jesus, mas está difícil. Eu também tenho dúvidas se o Brasil é realmente o escolhido para ser a Pátria do Evangelho.
Shirley Maria – Gravataí/RS (publicada no portal Espiritbook, que reproduz a coluna).

Memória da CEPA
Agradeço pela divulgação no encarte “América Espírita”. Estou, aos poucos, desenvolvendo essa pesquisa para produção de um trabalho mais completo sobre o assunto. A história da CEPA e dos envolvidos no processo de sua fundação e desenvolvimento é extremamente rica e guarda tesouros que podem ajudar na caminhada do movimento nos dias atuais. Considero o surgimento da CEPA como a etapa mais recente da evolução de uma forma de pensar o Espiritismo que hoje nós chamamos de livre-pensadora, cuja origem se deu no movimento espanhol, ainda no século XIX, de onde se espalhou, principalmente, para a América Latina. Um pouco sobre este assunto, explanei, no ano passado, durante o XIII SBPE, em minha palestra “A Filosofia Espírita de Torres-Solonot” sobre o pensamento do espírita espanhol, responsável, dentre outras coisas, pela realização do I Congresso Espírita Internacional, em 1888, na cidade de Barcelona.
Herivelto Carvalho – Ibatiba/ES.



Um comentário:

  1. Meu Deus, vivi para ler um jornal produzido por pretensos "espíritas" relativizar e banalizar a prática nefasta do aborto (!), quase chegando ao ponto de levantar sua bandeira, mas citando um Kardec fora de contexto para despiste (!!), quando não se omite por completo de sua crítica pública. Espíritas progressistas (limpinhos e cheirosinhos), laicos (ou poderiam ser "lacaios") e "livres-pensadores" (como um táxi?)?! Uau, que bicho é esse? Esse mantra é uma auto definição (ou auto engano) ou um álibi conveniente? Sem dúvida, trata-se, na prática, de mais uma linha auxiliar do esquerdismo petista, minando, por dentro, tal qual um cavalo-de-tróia, o Movimento Espírita Brasileiro. Assim como foram os padrecos da Escatologia da Libertação, no catolicismo, e são, agora, os protestantes adeptos da Teologia da Missão Integral (ao petismo). "O lobo muda de pelo, mas não de hábitos", não é mesmo? Chioro, como você e seu grupo são previsíveis e repetitivos. Rezo a Deus, para que tenha misericórdia desse nosso país cada vez mais obtuso e inviável como civilização.

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