“Quando
quiserem,
os bons
preponderarão.”
A realização, em Porto Alegre, do VI
Fórum do Livre-Pensar Espírita, com a temática central “O
Espiritismo e os Desafios do Século XXI”, oportunizou reflexões sobre
temas da atualidade e buscou estimular o engajamento dos espíritas nas boas
causas sociais e políticas de nosso tempo.
Uma
frase símbolo das “oficinas”
Entre os conceitos expressos nos debates e
conclusões das oficinas realizadas no VI
Fórum do Livre-Pensar Espírita (Porto Alegre, 5 a 7 de Setembro de 2014),
um talvez sintetize todos os demais: a citação de uma frase de O Livro dos
Espíritos, presente no relatório final, apresentado pelo secretário da
CEPABrasil, Vital Cruvinel (São
Carlos/SP), na plenária que se seguiu às
oficinas. Na oficina coordenada pela Juíza de Direito Jacira Jacinto da Silva (São Paulo/SP), ex-presidente da
CEPABrasil, com a temática “A posição do
espiritismo frente à violência e as manifestações populares”, alguém
lembrou a questão 932 de O Livro dos Espíritos, com a pergunta: “Por que, neste mundo, a influência dos maus
geralmente sobrepuja a dos bons?”, seguida da resposta dos espíritos: “Por fraqueza dos bons. Os maus são
intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, haverão
de preponderar”.
A
contribuição espírita
O Fórum de Porto Alegre foi marcado
justamente pela busca de formas concretas e eficientes de os espíritas
agregarem-se e contribuírem com movimentos e instituições voltados a práticas
sociais e políticas capazes de gerar progresso, paz, justiça e solidariedade.
Além da oficina coordenada por Jacira, outras
três se ocuparam de temas de nossa atualidade e de ações de inserção e
relacionamento espírita, no âmbito interno e externo. Assim, o professor da
Universidade de São Paulo (USP), 3º vice-presidente da CEPA, Mauro de Mesquita Spínola, coordenou o
grupo encarregado da temática “O
espiritismo frente aos fundamentalismos religiosos e as possibilidades de
diálogo entre os movimentos espíritas laico e religioso”. Já, Sandra Regis, Delegada da CEPA em São
Bernardo do Campo, SP, e também representante da CEPABrasil junto ao Conselho
Nacional de Saúde, coordenou oficina
para avaliar “A contribuição da
CEPABrasil perante o Conselho Nacional de Saúde”. Finalmente, o engenheiro Néventon Vargas (João Pessoa/PB), foi o
coordenador da oficina “O futuro da CEPA
e do movimento laico e livre-pensador”.
O formato de oficinas, distribuídas em
diferentes salas do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, sede do evento,
deu oportunidade a que todos os participantes do Fórum, em torno de uma
centena, pudessem contribuir com suas ideias para os temas ali desenvolvidos.
Os
desafios da CEPA
Na manhã de domingo (7), o Fórum foi
encerrado com mesa redonda (foto), coordenada pelo presidente da CEPABrasil, Homero Ward da Rosa (Pelotas/RS), onde
o presidente da CEPA, Dante López
(Rafaela/Argentina), o secretário da entidade, Raúl Drubich (Rafaela/AR), e o presidente do Centro Cultural
Espírita de Porto Alegre, Milton Medran
Moreira, discorreram sobre “Os
Desafios da CEPA no Século XXI”. Os componentes da mesa mostraram-se
otimistas com relação à inserção do pensamento espírita no mundo contemporâneo
e o potencial da CEPA e dos espíritas livre-pensadores na tarefa de contribuir
eficazmente para um mundo melhor.
Para conhecer o relatório final das oficinas
do Fórum de Porto Alegre, acesse os blogs:
Espiritismo
para os vivos
Em “Opinião do Leitor” da edição de agosto,
reproduzimos carta de nosso colaborador Paulo
Cesar Fernandes (Santos/SP), saudando os 20 anos deste jornal do Centro
Cultural Espírita de Porto Alegre, e enfatizando que aqui, como recomendava
Leopoldo Machado, se pratica um “espiritismo dos vivos e para os vivos feito”.
Pois, foi com esse justo objetivo de fazer um
espiritismo “para os vivos” que o CCEPA concebeu a programação do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita, cuja organização
nos foi confiada pela CEPABrasil. O conceito expresso na questão 932 de O Livro dos Espíritos é apenas um dos
tantos exemplos a atestar a preocupação de Allan Kardec, em seu tempo, no
sentido de o espiritismo colocar-se como eficiente auxiliar do progresso social
da humanidade.
Anos depois, reconhecendo, em A Gênese, que o espiritismo “não cria a
renovação social”, mas que, “por seu poder moralizador, por suas tendências
progressistas, pela amplitude de suas vistas”, estaria apto “a secundar o movimento
de regeneração” da humanidade, Kardec renovaria seus anseios de plena inserção
dos espíritas e de suas instituições nas iniciativas humanas visando ao
progresso.
Há espíritas que preferem sê-lo apenas e tão
somente quando nas atividades de seu centro, em suas reuniões mediúnicas
privativas ou na prática da “caridade” desenvolvida nos núcleos em que se
fecham. Jamais cogitariam, por exemplo, em participar de um evento com as
características do Fórum aqui realizado, mês passado. Questão de opção. Quanto
a nós, seguiremos neste rumo. Como referimos, no encerramento, todo o esforço
nesse sentido é válido, pois como escreveu Henfil, “se não houver frutos, valeu
a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; e se não
houver folhas, valeu a intenção da semente”. (A Redação)
Diferentes,
mas nem tanto!
“Já
pensou, sempre tão igual? Tá na hora de ir em frente. Ser diferente é normal”.
(Vinicius
Castro)
O VI Fórum do Pensamento Espírita, aqui
realizado, mês último, começou de forma muito descontraída. Sandra Regis, em
poucas horas, conseguiu formar um coral entre os participantes do evento para
cantarem, juntos, a música de Vinicius Castro “Ser diferente é normal”. Em clima de muita alegria, com indumentárias
e adereços exóticos, todos celebraram, alegremente, as diferenças capazes de
unir e aproximar as pessoas, a partir do reconhecimento daquilo que nos torna
rigorosamente iguais: nossa condição humana.
Depois, nos três dias do Fórum, ratificamos,
pelo estudo, o debate e a reflexão em grupos, nossa condição peculiar de
espíritas. E então recordou-se, igualmente, que também no universo espírita, há
espaço, e muito, para sermos diferentes e para aceitarmos, igualmente como
espíritas, pessoas e instituições de diferenciados perfis, mas que, em comum,
guardam a convicção fundamental da existência, da comunicabilidade e da
evolução do espírito e suas consequências éticas. Será a partir dessa convicção
à qual alguns dão conotação eminentemente religiosa e outros, como nós,
atribuem um caráter científico e filosófico/moral, que devemos criar e
sustentar laços capazes de nos unir e fortalecer.
Contudo, a união e o fortalecimento de
quantos fundam sua identidade ontológica e seu comportamento no paradigma
espírita não os torna todos rigorosamente iguais. O conhecimento básico
espírita, para cada pessoa ou grupo, chega com variantes de entendimento e
interpretações que envolvem imensa gama de questões. Ser espírita é enfrentar
contínuos desafios de superação na trilha do conhecimento. Daí o equívoco dos
chamados movimentos unificacionistas. Frequentemente, a política de unificação,
na ânsia de orientar e de manter o controle sobre o movimento, obstaculiza o
avanço do conhecimento que resulta da pesquisa, do livre exame, da experiência
e do pensamento liberto do dogma ou da crença irrestrita naquilo que se rotulou
como “revelação”. O conhecimento espírita tem a dimensão do próprio universo,
na medida em que considerarmos o espírito como o “princípio inteligente do
universo” (L.E. q.23). Está ele, pois, em contínua expansão, é ilimitado,
progressivo e, logo, aberto às ideias progressistas.
Então, ser diferente, no meio espírita, passa
a ser absolutamente normal, embora a existência de um generoso laço nos uma a
todos, sustentando uma identidade fundamental. Será essa identidade, assumida
livremente por cada um, o fator que nos permitirá cultivar algumas diferenças.
Estas, antes de nos afastar, devem estimular o respeito mútuo e o esforço
conjunto em prol do avanço do conhecimento e de sua aplicação no mundo em que
vivemos.
Afinal, somos diferentes, mas nem tanto
assim!
No Fórum, recordou-se que, também no universo
espírita, há espaço para sermos diferentes.
Aborto:
dados estarrecedores
A Organização Mundial da Saúde – OMS – estima
que uma mulher morre a cada dois dias no Brasil, vítima de aborto inseguro.
Cerca de um milhão de procedimentos de interrupção de gravidez são realizados
por ano, no país, a maioria deles ilegais, às escondidas, em clínicas infectas
e por pessoas inabilitadas. Daí o elevado número de mortes de gestantes.
São apenas estimativas, por uma razão muito
simples: o aborto é crime, punido com cadeia por nossa legislação penal, a não
ser em casos muito restritos: gravidez resultante de estupro e risco à vida da
gestante. Por decisão do Supremo Tribunal Federal, também tem sido admitido no
caso de gestação de bebê anencéfalo.
A
posição das religiões
As igrejas todas – e a elas tem feito coro o
movimento espírita – jogam toda sua influência política na manutenção do aborto
como crime. Algumas propõem, inclusive, aumentar as penas e restringir ainda
mais os casos, incluindo os que têm permissão legal ou jurisprudencial.
Posicionaram-se contra a decisão do STF que considerou legal a interrupção da
gravidez de bebê anencéfalo.
Invocando o direito à vida, as religiões
cristãs sustentam o dogma da criação divina da alma no momento da concepção ou
do nascimento. Ainda que a concepção ocorra em brutal ato de violência sexual,
ou por inexperiência, ignorância ou contra vontade da gestante. O que é pecado
necessariamente há de ser crime: resquício teocrático incompatível com nosso
tempo.
A
posição filosófica espírita
Para o espiritismo, o espírito preexiste à
concepção. Cada encarnação é nova oportunidade de progresso. Experiências
reencarnatórias, contudo, podem ser adiadas: se algum obstáculo impeditivo
ocorrer, na gestação, o espírito aguardará nova oportunidade. A lei do
progresso nem por isso estará comprometida. Ela é inerente à vida do espírito. Provocar voluntariamente um aborto
pode, sim, ser uma violação grave às leis da vida. Pode, no entanto, e o é em
inúmeros casos, uma escolha razoável, tomada conscientemente ou em
circunstâncias cujo enfrentamento não é exigível da agente. É preciso levar em conta, sempre, fatores
relevantes, como a própria vida da gestante, sua dignidade ou suas carências
afetivas, psicológicas, sociais, econômicas e de educação.
Código
Penal e espiritismo
Após 40 anos de vivências e estudos no campo
do direito e do espiritismo, confesso com absoluta sinceridade: estou
convencido de que a melhor forma de reduzir os efeitos dramáticos do aborto no
Brasil será retirando-o do Código Penal. Ao Estado e à sociedade como um todo,
caberá um esforço muito grande no campo da educação, da saúde pública, da
assistência psicológica à gestante, inclusive, naqueles casos extremos onde a
prática do aborto se torna inevitável. Ao espiritismo está reservado um papel
fundamental: o de educar o ser humano no caminho do respeito à vida em todos os
seus níveis, a partir da premissa de sua anterioridade à existência material e
de sua sobrevivência a ela. Mostrar que, em qualquer etapa, a vida requer dignidade.
A dignidade humana e o reconhecimento do valor da vida cada vez passam menos
pela punição e mais pela educação.
A CEPA
sob o signo de Heráclito
Ricardo de Morais Nunes, Bacharel em Direito; Licenciado em
Filosofia; Delegado da CEPA em Guarujá/SP.
Heráclito |
Heráclito foi um filósofo pré-socrático que
ensinava que a essência da realidade é a mudança. Segundo o famoso filósofo,
nada há de estático no mundo, tudo flui, tudo passa, tudo escorre. Ninguém
entra no mesmo rio duas vezes, pois na segunda vez em que entramos o rio mudou
e nós também já mudamos. O pensamento de Heráclito nos convida a acompanhar o
devir de todas as coisas, sob pena de marcharmos contra a correnteza natural da
vida.
O espiritismo, por sua vez, nos fala da lei
de evolução. Para a ontologia kardecista, os dois elementos do universo,
espírito e matéria, estão em perpétuo movimento. Para o espiritismo, a lei de
evolução abrange todos os seres em uma marcha infinita e inexorável do
“inconsciente ao consciente”, nas belas e precisas palavras de Gustave Geley.
Acabamos de retornar do VI Fórum do
Livre-Pensar Espírita de Porto Alegre, um grande momento de estudo e
confraternização dos espíritas laicos e livre-pensadores. Ao final deste
enconAdicionar legendatro, o presidente da Confederação Espírita Pan-Americana - CEPA, Dante
López, nos trouxe uma reflexão sobre a necessidade de o espiritismo e os
espíritas acompanharem as velozes mudanças do mundo contemporâneo com cautela e
sem precipitações, porém de forma consciente, destemida e decidida.
Em sua fala, Dante (foto) nos lembrou das gerações
que passam e mudam, afirmando que as estratégias de diálogo intergeracional
devem ser aperfeiçoadas, sob pena de criarmos um fosso entre a nossa geração de
veteranos espíritas e as novas gerações que estão chegando. De fato, precisamos
compreender o momento que passa, as demandas e aspirações dos mais jovens, para
que a mensagem espírita consiga chegar a esta geração.
Ao
término de sua fala, disse a ele que estava muito feliz ao observar em seu
pronunciamento a preocupação com o devir que abarca toda a realidade. Enquanto
no mundo de hoje, em especial no campo do espiritualismo, ainda se fala de
verdades absolutas, de dogmas de fé inquestionáveis, de tradições milenares e
imutáveis, é muito estimulante ouvirmos um presidente de uma importante
confederação espírita internacional falar da natureza mutante de todas as
coisas, bem como da necessidade de nos adaptarmos a este processo dinâmico de
transformação.
Entendemos que este é o melhor caminho para
nós, espíritas ligados à CEPA. Afinal, como dizia o poeta, o “tempo não para”.
Na verdade, pensamos que tal postura está em conformidade com o pensamento
aberto e progressista de Allan Kardec. Aqueles que não percebem e se adaptam à
dinâmica fluida da realidade se perdem pelo caminho. Não há opção: ou
aperfeiçoamos e atualizamos os conteúdos teóricos do espiritismo, bem como
nossas estratégias de comunicação destes conteúdos, ou ficaremos à margem, sem
podermos influenciar o processo de evolução social.
Por isso dizemos que a Confederação Espírita
Pan-Americana está sob a influência do grande Heráclito (no site da CEPA existe
uma referência a Heráclito na sua página inicial), pensador pioneiro na
percepção da essência transitória de toda a realidade. Finalmente, nossa
opinião é de que a CEPA convida os espíritas a ela associados a olhar para a
frente, para o futuro, para o que está por vir, ao invés de ficarmos
estagnados, mirando o passado em uma tentativa inócua de resgatá-lo ou
preservá-lo.
Do passado, pensamos que devemos aproveitar
apenas o que restou de universal, ou seja, aquilo que serve à dignidade e ao
conhecimento do homem de todos os tempos. O resto, aquilo que é circunstancial,
podemos abandonar pelo caminho, conscientes que as etapas superadas pela
humanidade não oferecerão soluções para os novos problemas do homem
contemporâneo em seu processo de evolução individual e social.
Família
Andréia Vargas, educadora popular, jornalista;
presidente da ASSEPE – Associação de Estudos e Pesquisas Espíritas de João
Pessoa.
Toda nossa vida numa existência pode ser
determinada a partir das relações de uma pequena comunidade que exige regras do
bem viver social. E, a meu ver, nenhuma regra é mais importante que a de fazer
aos outros o que desejamos para nós.
Esquecemos que é no convívio familiar que
somos preparados para nossas relações sociais. Muitos pais se esquecem de suas
responsabilidades de orientadores de espíritos reencarnantes, no bom
aproveitamento dessa nova oportunidade.
Desafetos e desavenças não existem para serem
aflorados no seio familiar; devem ser trabalhados responsavelmente.
Pais que deixam aflorar a raiva para com o
filho tornam esse espírito ou revoltado ou cheio de conflitos, que mais tarde
descarrega sobre outro ou sobre si mesmo.
Pais que conhecem seus filhos e reconhecem
neles atitudes que não condizem com a boa conduta têm o compromisso de
encaminhar esses espíritos à rota da elevação moral.
Pais permissivos demais dão brechas aos
filhos que facilmente pendem às viciações.
Por isso acredito que a Doutrina Espírita,
como filosofia de vida, está constantemente alertando os pais para a missão,
intransferível, de guiar espíritos na senda do trabalho e aprendizado
reconstrutor.
Homens e mulheres que têm e vivenciam o
conhecimento dos princípios espíritas abraçam a paternidade e maternidade com
muito mais convicção e responsabilidade.
Sabem que o espírito que virá a ser seu filho
está, na maioria das vezes, ligado a eles muito antes de decidirem pela sua
vinda.
Têm a consciência que dizer não ao
comportamento rebelde não é negar a expressão própria da infância, mas dizer
sim ao esforço de trabalhar a índole de um opressor, por exemplo.
Sabem que dizer sim aos gestos de carinho e
afabilidade é dizer não aos sentimentos recalcados.
A família é muito mais que pequena célula da
sociedade. É onde inicia a experiência e vivência do homem social.
Moacir
e Medran na Semana Espírita de Osório
Moacir C.A. Lima |
Milton Medran |
Com o tema “Amor, a Arte de Viver”, o
colaborador do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Moacir Costa de Araújo Lima, fará a conferência de abertura da XV Semana Espírita de Osório, dia
20/10, às 20hs). O evento, segundo informa Jerri
Almeida, presidente da S.E.Amor e Caridade de Osório/Rs, tem, este ano,
como temática central “Amo, logo existo!
O desafio do amor no mundo contemporâneo”. A segunda palestra, em 22/10,
20h, estará a cargo do presidente do CCEPA, Milton
Medran Moreira, com o tema “A Filosofia Espírita e o Amor”.
Demais temas e conferencistas: “Fronteiras
entre Amor e Ódio” (dia 23/10, às 20hs.), a cargo de Diógenes Camargo; e “Os Desafios do Amor na Vida Familiar” (25/10,
às 15hs.), com Luiz Carlos May Jr.
Jerri Almeida foi um dos painelistas do
“Fórum do Livre-Pensar Espírita”, no Centro Cultural Espírita de Porto Alegre,
em setembro, onde abordou o tema “O Espiritismo e o Mundo Líquido Moderno”.
Wilson
Garcia lançou livro em Porto Alegre
O escritor espírita Wilson Garcia (foto), que foi um dos painelistas do VI Fórum do
Livre-Pensar Espírita, da CEPABrasil, em Porto Alegre, onde abordou o tema
“Razão Espírita – O ícone desafia a realidade”, também autografou, por ocasião
do evento, seu novo livro “Os Espíritos Falam. Você Ouve?”
Autor de mais de 30 obras, W.Garcia, neste
seu novo livro que tem como subtítulo “Uma proposta teórica para o processo de
comunicação mediúnica”, oferece uma proposta ousada de abordagem do fenômeno
mediúnico, promovendo um link entre
as diversas teorias da comunicação social e a comunicação mediúnica. O escritor
é formado em jornalismo e mestre em comunicação social pela Faculdade Cásper
Libero.
A
nova obra de Wilson Garcia, da Editora EME, pode ser encontrada na Livraria do
Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
Pátria
do Evangelho ou do Talmud?
“Opinião
em Tópicos” de setembro trouxe texto muito objetivo e esclarecedor.
Particularmente, tenho dúvidas da seriedade dessa corrente evangélica onde se
prega torrentes de milagres por qualquer
motivo, onde parece haver um balcão de negócios, o toma-lá-dá-cá, onde é
preciso dar tudo à Igreja para receber uma graça, onde se ostenta a riqueza. Li
muito sobre várias religiões e procuro entender, sentir onde há o amor e a
humildade pregados por Jesus, mas está difícil. Eu também tenho dúvidas se o
Brasil é realmente o escolhido para ser a Pátria do Evangelho.
Shirley Maria – Gravataí/RS (publicada no portal Espiritbook, que
reproduz a coluna).
Memória
da CEPA
Agradeço
pela divulgação no encarte “América Espírita”. Estou, aos poucos, desenvolvendo
essa pesquisa para produção de um trabalho mais completo sobre o assunto. A
história da CEPA e dos envolvidos no processo de sua fundação e desenvolvimento
é extremamente rica e guarda tesouros que podem ajudar na caminhada do
movimento nos dias atuais. Considero o surgimento da CEPA como a etapa mais
recente da evolução de uma forma de pensar o Espiritismo que hoje nós chamamos
de livre-pensadora, cuja origem se deu no movimento espanhol, ainda no século
XIX, de onde se espalhou, principalmente, para a América Latina. Um pouco sobre
este assunto, explanei, no ano passado, durante o XIII SBPE, em minha palestra
“A Filosofia Espírita de Torres-Solonot” sobre o pensamento do espírita
espanhol, responsável, dentre outras coisas, pela realização do I Congresso
Espírita Internacional, em 1888, na cidade de Barcelona.
Herivelto Carvalho – Ibatiba/ES.
Meu Deus, vivi para ler um jornal produzido por pretensos "espíritas" relativizar e banalizar a prática nefasta do aborto (!), quase chegando ao ponto de levantar sua bandeira, mas citando um Kardec fora de contexto para despiste (!!), quando não se omite por completo de sua crítica pública. Espíritas progressistas (limpinhos e cheirosinhos), laicos (ou poderiam ser "lacaios") e "livres-pensadores" (como um táxi?)?! Uau, que bicho é esse? Esse mantra é uma auto definição (ou auto engano) ou um álibi conveniente? Sem dúvida, trata-se, na prática, de mais uma linha auxiliar do esquerdismo petista, minando, por dentro, tal qual um cavalo-de-tróia, o Movimento Espírita Brasileiro. Assim como foram os padrecos da Escatologia da Libertação, no catolicismo, e são, agora, os protestantes adeptos da Teologia da Missão Integral (ao petismo). "O lobo muda de pelo, mas não de hábitos", não é mesmo? Chioro, como você e seu grupo são previsíveis e repetitivos. Rezo a Deus, para que tenha misericórdia desse nosso país cada vez mais obtuso e inviável como civilização.
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