terça-feira, 2 de setembro de 2014

OPINIÃO - ANO XXI - Nº 222 - SETEMBRO 2014

Bem-Vindos a Porto Alegre!
Capital gaúcha sedia o VI Fórum do Livre-Pensar Espírita

O Centro Cultural Espírita de Porto Alegre registrará com destaque em sua história o período de 5 a 7 de Setembro de 2014. Cerca de uma centena de livres-pensadores espíritas, provenientes de vários estados brasileiros, assim como três dirigentes argentinos da Confederação Espírita Pan-Americana, participam, nesta Casa, do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita, uma iniciativa da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA – CEPABrasil, presidida pelo gaúcho Homero Ward da Rosa (Pelotas/RS). Os Fóruns do Livre-Pensar são eventos regionais, promovidos pela CEPABrasil, sempre com temáticas atuais, numa perspectiva progressista e atualizadora do pensamento espírita.

Os desafios do Século XXI
Pensadores espíritas de diferentes regiões do país acorrem para trazer sua contribuição intelectual à temática central do evento: “O Espiritismo e os Desafios do Século XXI”, título, aliás, da conferência de abertura, a ser proferida pelo físico e escritor Moacir Costa de Araújo Lima (Porto Alegre/RS), na noite de sexta-feira, 5/9. Nos dois dias seguintes, palestras, oficinas e mesas redondas oportunizarão a todos os participantes do evento a interagir entre si, na tarefa conjunta de construção de novas propostas de estudo, atualização e desenvolvimento do pensamento espírita no mundo contemporâneo. A coordenação do evento está a cargo de Salomão Jacob Benchaya, ex-presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul e integrante da direção, há cerca de 40 anos, do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
O evento se encerra na manhã de domingo (7) com a mesa-redonda “Os Desafios da CEPA” da qual participarão Dante López, Raúl Drubich, Maurice Herbert Jones e Milton Medran Moreira, que abordarão questões ligadas ao segmento laico e livre-pensador do espiritismo, coordenado, no continente americano, pela Confederação Espírita Pan-Americana.




Enlace
A figura majestosa do Laçador, obra do escultor pelotense Antônio Caringi, que dá boas-vindas aos visitantes de Porto Alegre, na entrada da cidade, é um verdadeiro símbolo do Rio Grande do Sul. Transmite a ideia de liberdade, da lhaneza de gestos do homem dos pampas e de sua vocação acolhedora e fraterna a quem aqui chega.
Nós, do CCEPA, quisemos oferecer, no evento cuja organização a CEPABrasil nos delegou, esse clima de acolhimento e de liberdade, valores essenciais para quem cultiva o humanismo e o livre-pensamento, atributos essenciais da mensagem espírita. Mesmo sem buscar grande público, em razão de seu formato e temática, este VI Fórum do Livre-Pensar Espírita esteve aberto a todos os interessados, espíritas ou não, cepeanos ou não. Desde o início, planejamos realizá-lo em nossa própria sede, com limitações de espaço, mas em condições de acolher o número de participantes normalmente presente a eventos com essas características. Surpreendeu-nos, entretanto, que, quatro meses antes de sua realização, o Fórum já estivesse com a lotação esgotada. Assim mesmo, mantivemos o projeto inicial. Gaúcho gosta de receber seus amigos em casa. E esta casa tem uma história em tudo coincidente com o espírito progressista e livre-pensador dos companheiros que ora estamos acolhendo. Cenário ideal, pois, para este ágape de liberdade e confraternização.
Ao tomarmos como símbolo de nosso evento a figura do Laçador, quisemos, no entanto, redefinir o sentido do laço garbosamente seguro por sua mão direita.  Ao invés de instrumento de tutela e submissão, utilizado pelas religiões, seja nosso laço, como o desejou Kardec, um elo a unir homens e mulheres dispostos a cultivar o pensamento livre e criativo em torno das grandes questões do espírito. Estas seguem permanentemente abertas à investigação e a interpretações consentâneas com os novos tempos.

É assim que o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre recebe os participantes deste Fórum: enlaçando-os em sentimentos de muito afeto e com vibrações inspiradas nos ideais de união e progresso.
Sejam todos bem-vindos!
(Milton R. Medran Moreira, Presidente do CCEPA)




Solidariedade na Tragédia
“Não procure Deus na razão da tragédia, mas na motivação por trás da solidariedade que a sucede”. Hermes Fernandes.

No último dia 13 de agosto, nosso companheiro Homero Ward da Rosa e sua esposa Regina postaram nos espaços internáuticos mantidos pela CEPA e CEPABrasil esta mensagem:

“Em 27 de janeiro de 2013, um incêndio na Boate Kiss em Santa Maria-RS matou 242 e deixou feridas mais 116 pessoas. Eram quase todas jovens, estudantes, que ali foram divertir-se e comemorar. A tragédia consternou o Brasil e repercutiu no mundo.
Agora, o desastre de Santos comove o Brasil e ressoa mundo afora, com a morte de sete pessoas. Além dos dois pilotos da aeronave, Geraldo Cunha e Marcos Martins, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva, o cinegrafista Marcelo Lira e ainda o ex-deputado federal Pedro Valadares Neto, que acompanhavam, a trabalho, o candidato à presidência da República Eduardo Campos, também vitimado no acidente.
Sempre que acidentes como esses acontecem, independente do número de vítimas, cogitam-se as coincidências, o destino, as circunstâncias, na tentativa de encontrar explicações razoáveis, que ajudem a consolar a dor dos familiares e amigos e a entender o porquê de tudo que aconteceu, talvez para mais rapidamente assimilar e elaborar as perdas. Esforço vão, como sabemos. Só o passar do tempo ameniza a dor da separação abrupta, pela morte trágica de alguém que se ama.
Não há palavras. Só a introspecção e o silêncio ajudam, depois que as lágrimas secam. E, sim, saber da solidariedade de muitos. A certeza de que há amigos, conhecidos ou não, em todas as latitudes e dimensões, que estão juntos em pensamento, unidos para transmitir força e coragem renova a esperança e a confiança de que não estamos sós e de que a vida continua...
Nossa solidariedade às famílias e amigos abalados por esse trágico acidente.”.

Tomando a manifestação de Homero e Regina como mote, recorde-se: Diante de tragédias dessa magnitude, invariavelmente surgem, em alguns meios espíritas, explicações ligando-as a “débitos de outras vidas” que restariam, assim, resgatados. Tais interpretações partem de um fatalismo incompatível com a filosofia espírita. Trata-se de um “reducionismo cármico” que desconsidera as amplas finalidades da vida do espírito no plano material, onde o aprendizado, e não a punibilidade, desponta como primeira de todas as razões. Viver –  percebe-o o espírito antes de reencarnar - implica em riscos inerentes às imperfeições humanas. Somos, indivíduos e sociedade, suscetíveis a erros próprios de nossa ignorância, do desconhecimento ou despreocupação com as leis naturais. A dor resulta desses erros, aqui mesmo cometidos e cujas consequências são, frequentemente, aqui mesmo sofridas. Isso basta para validar o princípio filosófico da lei de causa e efeito. Entretanto, as lições que esses erros oferecem, mesmo aos não responsáveis por seu cometimento, iluminam a trajetória de todos. Fortalecem seu cabedal de conhecimento e aprimoram seu agir. Não é outra a finalidade da reencarnação. Não é outro o processo através do qual a humanidade evolui: não só movida por culpas, mas, acima de tudo, aprendendo a administrar as vicissitudes de cada existência, algumas das quais comuns a um grupo humano ou à humanidade como um todo.
Por isso, mais do que buscarmos causas, remotas ou mediatas, cabe-nos o dever da solidariedade que o sofrimento de uns deve gerar em todos. Esta é a lei maior, porque nasce de nossa condição comum, que é a condição humana. Solidariedade é o elo espiritual formador da grande família terráquea, elemento indispensável ao aprendizado e ao aperfeiçoamento ético de quantos habitam provisoriamente este plano.

Trata-se de um “reducionismo cármico” que desconsidera as amplas finalidades da vida do espírito no plano material.







Pátria do Evangelho ou do Talmud?
Há quem espere se concretize a profecia de o Brasil tornar-se o “Coração do Mundo”. Mas, com a inauguração, em São Paulo, do majestoso Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, a Terra de Santa Cruz parece estar mais próxima de se tornar a “Pátria do Talmud”. Foi inaugurado, em 31 de julho, o maior templo já construído no Brasil, de tamanho quatro vezes superior ao da Basílica de Aparecida. Embora pertencente a uma igreja “evangélica”, do chamado segmento neopentecostal, o suntuoso templo cuja inauguração foi prestigiada pelas maiores autoridades do país, incluindo aí sua presidente, é uma réplica, em tamanho maior, da histórica construção bíblica de Jerusalém. Com paramentos judaicos, na soleníssima inauguração, o bispo Macedo, agora chamado por seus fiéis de “Sumo Sacerdote”, com longas barbas e cercado de símbolos judaicos, como o candelabro de sete lâmpadas (menorá), altares e tabernáculos, recitou salmos bíblicos e clamou a Deus pela proteção do povo brasileiro.

Um novo fenômeno social e religioso
Será essa a tendência da religião no Brasil? A incorporação de valores e símbolos do Velho Testamento por essa e outras igrejas do segmento neopentecostal - o que mais cresce no país - suscita reflexões. Sociólogos, teólogos e antropólogos observam esse novo fenômeno social com alguma surpresa e preocupação. Tal postura revive um deus com fortes traços de pessoalidade e com claras preferências sectárias e tribais, de natureza em tudo incompatível com a divindade universalista e amorável, amadurecida na consciência íntima de quantos optaram por um espiritualismo livre, adequado à contemporaneidade pluralista. Expressões tipo “homens de Deus”, como se autoproclamam os bispos e pastores dessas instituições, ou “povo de Deus”, com a qual designam seus seguidores, apontam para um sectarismo religioso através do qual se sugere só serem dignos da “graça”, da proteção e dos “milagres” divinos os pertencentes à sua grei.

A teologia da prosperidade
No Brasil, a chamada “teologia da prosperidade”, porque induz à crença de que só terá sucesso material e crescimento social quem a ela adere, passou também a ter significativa relevância política. As bancadas evangélicas e os partidos dominados por pastores, com perfis sociais fortemente conservadores e retrógrados, ganham espaço e influência em nossa política. Constrangem governos laicos, de ideologias originariamente progressistas, a aceitarem imposições fundadas em dogmas religiosos incompatíveis com os avanços culturais e sociais. Assumem posturas políticas nitidamente teocráticas que ameaçam a laicidade do Estado.

Indústria da fé
É de se reconhecer, sim, alguns benefícios operados por esses segmentos religiosos no meio social. São responsáveis por resgatar do mundo das drogas, lícitas ou ilícitas, muitas pessoas. Oferecem a elas a acolhida que outros setores não conseguem, inserindo-as no trabalho e na convivência social e familiar. Mas, retirando-as de uma prisão, terminam por encarcerá-las noutra: a do dogmatismo religioso, do fundamentalismo e da intolerância. Os convertidos fazem-se também reféns do poder econômico, político e religioso de quem as “libertou”. Com seus dízimos e donativos, que as habilitarão a beneficiárias dos “milagres” só operados em favor de quem crê e provê, tais pessoas serão as mantenedoras das grandes fortunas construídas por essa verdadeira indústria da fé.
De espiritualidade pouco ou nada se trata nesses meios. Fala-se muito do “poder de Deus”, do “poder da fé” e acena-se com a inserção dos crentes e professos nos seletos círculos de poder e de prosperidade. Uma mensagem nada evangélica, pois.

 

Breve Análise sobre os Termos Kardecismo e Kardecista
Herivelto Carvalho, servidor público; Delegado da CEPA em Ibatiba ES; Membro do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita. E-mail: heriveltocarvalho@gmail.com/.

Herivelto Carvalho
Os termos kardecismo e kardecista são utilizados no Brasil, desde o início do século XX, como uma forma de diferenciar o Espiritismo e seus adeptos dos cultos afro-brasileiros e indígenas que passaram a se designar como espíritas provocando uma generalização no uso deste termo, que além de designar os seguidores da Doutrina Espírita, fundada por Allan Kardec, passou a representar também estes segmentos religiosos.
Este uso não ficou restrito à cultura popular. Chegou também à imprensa e ao meio acadêmico. É comum matérias jornalísticas e artigos científicos denominarem a Doutrina Espírita de Kardecismo ou Espiritismo Kardecista.
Para Jaci Régis, a palavra Espiritismo, no Brasil, tornou-se tão polissêmica, que seu sentido original estava praticamente perdido. Em seu discurso de abertura, no IX Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita (2005), ele propôs que os espíritas passassem a denominar o Espiritismo como Doutrina Kardecista, como uma forma de manter a identidade doutrinária fiel aos parâmetros desenvolvidos por Kardec.
Ao mesmo tempo em que muitos espíritas começaram a se identificar como kardecistas, outros não gostaram da ideia e rechaçaram o termo, alegando que seu uso ao invés de combater a confusão, a fomentava. Outro problema apontado pelos contrários, que geralmente negam a influência da dimensão humana na formulação das ideias espíritas, é o fato de considerarem que a Doutrina Espírita não é de autoria de Allan Kardec, mas sim dos Espíritos Superiores. Desta forma, chamar o Espiritismo de kardecismo seria o mesmo que torná-lo personificado como obra de um único homem.
Os críticos, muitas vezes, por falta de pesquisa sólida, se apoiam em mitos para combater os dois termos. Um dos mais evocados diz que kardecismo e kardecista foram neologismos criados no Brasil. Na verdade, as duas palavras foram empregadas, de maneira muito comum, em publicações espíritas na França do séc. XIX, como o periódico francês Le Progrès Spirite, órgão da Société Française d'Etudes des Phénomènes Psychiques, que trazia no seu subtítulo: Philosophie Kardéciste - Psychologie Expérimentale. Léon Denis, no capítulo XIV da versão original de O Problema do Ser, do Destino e da Dor, chama o Espiritismo de spiritualisme kardéciste, que a FEB preferiu traduzir como “espiritualismo kardequiano”. Sabemos ainda de seu uso em instituições espíritas oficiais, como l'Union Spirite Kardéciste Belge e Unione Kardecista Italiana, etc.
As palavras começaram a ser empregadas pelos franceses, a partir dos anos 1860, como uma especificação da escola espírita fundada por Kardec. Essa diferenciação tornou-se necessária, primeiramente, porque a palavra Espiritismo era utilizada para designar, ao mesmo tempo, o movimento iniciado por Kardec e o Espiritualismo Moderno, que se estabelecera na França desde 1852, oriundo dos Estados Unidos. Após a publicação de O Livro dos Espíritos, em 1857, alguns espiritualistas franceses, sob a liderança de Z. J. Piérart, discípulo do magnetizador Barão Du Potet, não aceitaram a proposta de Kardec e rejeitaram ser chamados de espíritas, bem como a tese da reencarnação.
No entanto, o termo spiritisme se popularizou, entre os franceses e passou a ser usado para definir partidários das duas escolas espiritualistas, mesmo a contragosto dos discípulos de Piérart. Como os seguidores de Kardec, se distinguiam principalmente pela crença na reencarnação, passaram a ser denominados como kardécistes, para diferenciá-los dos não-reencarnacionistas. O historiador John Monroe, em seu livro Laboratories of Faith: Mesmerism, Spiritism, and Occultism in Modern France (2007), esclarece esse acontecimento: “Como o termo spiritisme ia se tornando cada vez mais comum, os competidores de Kardec – muitos dos quais persistiam em se chamar spiritualistes – foram sendo deixados à margem. Por estarem engajados nas mesmas práticas que as dos seguidores de Kardec, os spiritualistes tornaram-se spirites aos olhos do grande público, mesmo se atacassem com violência as ideias de Kardec."
O próprio Kardec se referiu ao espiritualismo moderno como “escola espírita americana”. Dessa forma quando as expressões Kardécisme, Spiritisme Kardéciste ou Philosophie Kardéciste eram empregadas estavam especificando que se tratava da “escola espírita francesa” fundamentada sobre a obra kardequiana. Este emprego genérico da palavra Espiritismo, como informa John Monroe, não ficou restrito à França. Em pouco tempo, em toda a Europa Continental, os seguidores de Kardec e de Hardinge-Britten se declaravam espíritas.
Um dos registros mais antigos do adjetivo kardecista aparece na edição de outubro de 1865 da Revista Espírita, onde numa comunicação mediúnica (Partida de um Adversário do Espiritismo para o Mundo dos Espíritos), o Espírito Abade D... a utiliza: "Já se operam divisões entre vós. Existem duas grandes seitas entre os espíritas: os espiritualistas da escola americana e os espíritas da escola francesa. Mas consideremos apenas esta última. É una? Não. Eis, de um lado, os puristas ou kardecistas, que não admitem nenhuma verdade senão depois de um exame atento e da concordância com todos os dados; é o núcleo principal, mas não é o único; diversos ramos, depois de se terem infiltrado nos grandes ensinamentos do centro, se separam da mãe comum para formar seitas particulares; outros, não inteiramente destacados do tronco, emitem opiniões subversivas".
O texto citado indica que o adjetivo kardecista começa a ser utilizado, entre os franceses, para diferenciar o movimento de Kardec, não só da escola americana, mas também dos dissidentes da escola francesa, pois estes também se intitulavam espíritas, sendo necessário especificar o Espiritismo "purista" fiel a obra de Kardec. Desde 1861, movimentos espíritas não-kardecistas, estavam surgindo na França, com menor expressão, como o caso do médium Roze, ex-membro da SPEE, que classificou a primeira edição de sua obra, Révélations du Monde des Esprits como "dissertações espíritas", mesmo já sendo um dissidente de Kardec. Outro exemplo, que Kardec comentou na edição de abril de 1866 da Revista Espírita, foi o surgimento de um movimento responsável pela criação de um periódico denominado Journal du Spiritisme Indépendant, também apresentando características de ruptura.
A rejeição ao uso dos termos kardecismo e kardecista, no meio espírita, é fruto de incompreensões e de posturas dogmáticas, devido principalmente ao desconhecimento da história do próprio movimento espírita. Como uma filosofia aberta à pesquisa o Espiritismo necessita reescrever muitos detalhes de sua história, que estão perdidos pelo fato de que muitas produções, neste sentido, tentam adaptar os fatos às convicções ideológicas de pessoas ou de grupos.





Ricardo e as Utopias – Novo tema para o Fórum
Ricardo De Morais Nunes
Uma alteração na programação do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita: a ausência de Vinícius Lousada, por motivos profissionais, comunicada à Comissão Organizadora, no mês de agosto, permitiu a formulação do convite a Ricardo de Morais Nunes (Guarujá/SP), para integrar o painel de sábado pela manhã, com o tema “A Utopia de um Mundo Melhor. A Contribuição de Ernest Bloch e do Espiritismo”.
Ricardo, que é bacharel em Direito e licenciado em Filosofia, adiantou sobre seu tema: “Tenho pensado muito sobre as utopias sociais. Meu interesse cresceu a partir de algumas ideias do filósofo judeu alemão Ernest Bloch, o qual buscou ressignificar a ideia de utopia, resgatando um sentido positivo para ela”. E acrescentou: “Obviamente, penso também na contribuição que o Espiritismo poderia dar a esse tema”.
O pensador espírita da Baixada Santista, novo nome a contribuir com o Fórum do Livre-Pensar Espírita de Porto Alegre, visita pela primeira vez o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, e diz que será “uma honra falar no CCEPA, de tantas histórias em nosso movimento laico e livre-pensador.”.

Milton Lino Bittencourt (1941/2014)
Desencarnou no último dia 3 de agosto, nosso companheiro Milton Lino Bittencourt (foto), antigo colaborador do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre e esposo de nossa vice-presidente, Eloá Popoviche Bittencourt.
Por muitos anos, Milton Lino colaborou intensamente com as atividades do CCEPA, desempenhando trabalhos de retaguarda logística, especialmente no Congresso da CEPA/2000, assim como na organização de excursões do grupo a eventos espíritas em outras localidades. Responsável por sua expedição, prestou relevante colaboração a este jornal até o ano passado, quando o agravamento de seu estado de saúde o impossibilitou de continuar a tarefa.
Ao ato de sua despedida compareceram inúmeros familiares, amigos e ex-companheiros. O CCEPA se fez presente com um grupo de dirigentes e colaboradores, tendo o presidente da instituição usado da palavra. Também José Joaquim Marchisio, do Núcleo Espírita Fraternidade, do qual Milton Lino foi, igualmente, colaborador, manifestou-se, destacando o trabalho por ele ali realizado.
“CCEPA Opinião” junta-se a seus familiares e amigos com vibrações de paz e de progresso espiritual àquele seu colaborador, neste retorno à dimensão espiritual.





Contato virtual
Sou recifense e espírita.
Aproveito para parabenizar a todos vocês.
Recentemente descobri (virtualmente) a CEPA e suas instituições filiadas, e, desde então, tenho visitado bastante os sites e blogs da CEPABrasil, do CCEPA Opinião, dentre outros afins. A partir de vocês, tenho feito boas reflexões sobre o Espiritismo. Tentarei o possível para comparecer ao Fórum do Livre-Pensar Espírita.
Antônio Augusto < tinhomcm@gmail > Recife/PE.

CCEPA Opinião – 20 anos
Amigos do Opinião.
Feliz imagem da candeia alçada, iluminando caminhos, na edição comemorativa. São vinte anos de ideias clareando consciências, e dando-lhes uma forma de pensar condizente com a atualidade. Propugnando o que Leopoldo Machado definia como o “espiritismo dos vivos’', e para os vivos feito. Esse marco é uma alegria para todos nós.
Paulo Cesar FernandesSantos/SP.-  pcfernandes1951@bol.com.br - .


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