Pesquisa científica feita por núcleo da
Universidade Federal de Juiz de Fora concluiu que informações contidas em lote de
cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier, na década de 70, eram verídicas.
Pesquisa
ganha repercussão internacional
Um lote de 13 cartas atribuídas a Jair Presente, jovem morto por
afogamento, na cidade de Americana/SP, psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier, no período de
1974 a 1979, foi objeto de minuciosa pesquisa acadêmica realizada pelo
psiquiatra Alexander Moreira de Almeida,
diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (NUPES-UFJF0) em
parceria com o Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, a
partir de tese de pós-doutorado dos pesquisadores Denise Paraná e Alexandre
Rocha.
O objeto da pesquisa não era comprovar a
autenticidade do fenômeno mediúnico (comunicação entre “vivos” e “mortos”), mas
cingia-se a apurar se os dados presentes nas cartas conferiam com a realidade.
O estudo terminou por concluir que os dados eram críveis: “As informações
comunicadas nas cartas eram precisas (nomes, datas e descrições de fatos acontecidos
na vida da família) e verídicas (nenhuma informação comunicada nas cartas
estava incorreta ou era falsa”, afirmou Moreira-Almeida em entrevista ao site
UOL. Vários órgãos da imprensa nacional repercutiram a notícia, após destaque
internacional obtido pelo trabalho publicado, em setembro do ano passado, pela
revista científica “Explore”, da Editora Elservier, de Amsterdã, Holanda, e que
pode ser conferido em http://www.journals.elsevier.com/explore-the-journal-of-science-and-healing/
.
Metodologia
buscou blindar fraudes
Ao examinar a autenticidade dos fatos
revelados nas cartas psicografadas, o estudo levou em conta, inclusive, a
probabilidade de Chico Xavier ter tido acesso às informações por outros meios.
Essa possibilidade terminou por se revelar extremamente remota. Em vários casos
eram informações privativas da família, algumas delas, até desconhecidas dos
familiares que recorreram a Chico na busca de comunicação com Presente. Foi o
caso de informação trazida pelo suposto espírito comunicante sobre o
falecimento de sua madrinha, episódio até então desconhecido da família.
Na metodologia empregada pela pesquisa,
selecionaram-se 99 informações objetivas e passíveis de verificação. Para
apurar sua veracidade, foram feitas entrevistas em profundidade com familiares
e pessoas que tiveram acesso aos fatos. Também se recorreu a recortes de
jornais e outros documentos.
Para
saber mais:
entrevista realizada pelo site uol, na Internet, pode ser acessada em:
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2014/12/26/estudo-analisa-veracidade-de-cartas-psicografadas-por-chico-xavier.htm
.
O
Método e os Fatos
Sempre que se apresentam elementos de provas,
como o desta notícia, sobre temas espíritas, há quem alegue que a pesquisa não
seguiu rigorosamente o “método científico”. No grupo de debate da CEPA, na
Internet, o tema foi discutido, a partir das experiências realizadas por
William Crookes, recordadas em nossa última edição.
Vale registrar o que escreveu, ali, Ricardo
Nunes, licenciado em filosofia: “O objeto de estudo do espiritismo não é
passível de reprodução como em um laboratório de química”. Daí, segundo ele, os
limites reconhecidos por pensadores modernos como Popper, Khun e outros, do que
se chama “método científico”. Lembrou Ricardo que “as condições de harmonia
entre médium e espíritos são únicas, e isto deve ser levado em conta, sob pena
de querermos deitar o fenômeno espírita em um leito de Procusto”.
Àquele comentário, outro integrante do grupo,
Homero Ward da Rosa, também formado em filosofia, acresceu: “O objeto de
estudos do espiritismo, como diria Descartes é uma coisa que pensa, e, além
disso, tem livre-arbítrio, vontade, intenção. Apresenta-se quando pode e a quem
quer, e, por isso, não há como ser observado, estudado, analisado, dissecado,
unicamente pelo método científico, acadêmico tradicional, o que não implica que
este não possa ser utilizado”.
Poderíamos resumir esses lúcidos comentários,
recordando que, para o espiritismo, espírito é gente como a gente. Médium,
idem. Mais do que os métodos científicos com que se medem fenômenos físicos ou
químicos, a essas manifestações se devem aplicar as interpretações, bem mais
complexas e nunca matematicamente previsíveis e inteiramente esclarecedoras, da
psiquiatria, da psicologia, da sociologia, da antropologia e do direito,
ciências humanas que veem o ser humano como uma inteligência movida por
saberes, crenças, interpretações, emoções e experiências díspares, e nem sempre
enquadráveis em esquemas de previsibilidade.
De qualquer sorte, fatos são fatos. Em outras
experiências comprovadamente sérias, já se fotografaram espíritos; já se
analisaram suas comunicações escritas pelas mãos de um médium, identificando
seus traços grafoscópicos com os de quando encarnado; já se gravaram suas vozes
diretas; já se compararam estilisticamente seus ditados com a respectiva
produção literária na vida física.
São manifestações factuais que, um dia, por
certo, se hão de impor, não mais como elementos de crença, mas como expressões
de uma realidade que, para ser devidamente reconhecida, está a reclamar a
adoção de um novo paradigma científico, com coragem suficiente para romper com
o materialismo em que se acabou enredando a cultura contemporânea. (A Redação).
Vergonha
e esperança
“A morte não apresenta tabela de preço. Não
premia delatores. Não adianta trazer dinheiro grudado ao corpo com fita crepe,
o vexame será inútil.” (Martha Medeiros – Z.H. 7.1.2015).
Como todos os brasileiros de bem, a cronista
gaúcha Martha Medeiros diz ter
começado o ano “sentindo vergonha do país e, ao mesmo tempo, com esperança”.
Expressou esse duplo sentimento em sua festejada coluna do jornal Zero Hora. A
vergonha, obviamente, justificada pelos crimes contra o erário público,
cometidos por agentes do governo e empresários. A esperança, esboçada na
capacidade que hoje demonstra a Nação de apurar os ilícitos e punir os
culpados.
Mas, o mesmo artigo, “Ela, a incorruptível”,
adentra um tema de particular relevância para nós, espíritas: “Por mais que
roubem” - escreveu Martha referindo-se a corruptores e corrompidos – “nunca
poderão subornar a morte”, pois que “ela está logo ali em frente, aguardando
seres humanos de todos os escalões, tanto os donos de jatinhos quanto os que
puxam carroça”.
A inexorabilidade da morte seria, por si só,
um estímulo à vida digna. Viver dignamente - atesta a experiência -, conduz à
morte igualmente digna. Para quem, no entanto, admite a sobrevivência do espírito
e da consciência após o decesso físico, os males antes dele praticados geram
consequências que precisarão ser enfrentadas pelo agente.
Embora condutora de nossa cultura, a
religião, com sua pregação de recompensas e castigos eternos, revelou-se incapaz
de gerar uma ética apta à formação de uma sociedade livre da corrupção. Esta,
infelizmente, impregna o Estado, os organismo sociais, suas mais caras
instituições e, inclusive, a Igreja.
A filosofia espírita propõe uma visão mais
ampla acerca da responsabilização do agente após a morte. Acrescendo à questão
da sobrevivência individual do espírito a sua condição evolutiva admite que a
busca dos valores imperecíveis é meta de todo o ser consciente. Erros e acertos
fazem parte desse processo. Mas o erro, em qualquer circunstância, gera
sofrimento. Deste, só se libera o espírito na medida em que a experiência e o
aprendizado lhe inspirarem mudanças efetivas de conduta em direção do bem.
Indivíduos e sociedades humanas, mais do que
o temor pelos castigos prescritos pelos sistemas penais e pelas religiões,
precisam aprender a ler as leis da natureza e agir em sua conformidade. Quando
convictos de que o mal praticado contra outros é a causa primordial de seus
sofrimentos, serão, inexoravelmente, conduzidos a mudanças. O progresso, este
é, efetivamente, inexorável. E a morte, como elemento intrínseco da vida,
torna-se, nessa visão, mais um degrau galgado na escada que leva à
responsabilidade individual e ao equilíbrio social.
Vida após vida, morte após morte, vamos,
assim, aprendendo a administrar nossas vergonhas e a ampliar nossa esperança em
prol de tempos melhores.
William
Crookes
Na obra de Crookes sobre espiritualismo tudo
o que falta é rigor científico, pela absoluta falta de descrição metódica e
pela presença de conclusões infundadas. Uma pessoa habituada ao trato
científico não conseguiria reproduzir os experimentos ilustrados e muito menos
chegar às mesmas conclusões.
Sim, Crookes foi genial, mas em sua área de
pesquisa. Já nos estudos espiritualistas apenas reproduziu a falácia do
"espiritualismo científico" tão comum entre aqueles que creem. Ou
seja, nada mais do que pseudociência.
Sergio Mauricio - Brasília, DF.
Nota da
Redação:
a manifestação acima foi feita na Lista de Debates da CEPA, pela Internet, onde
se discutiu a matéria de capa de CCEPA Opinião de dezembro. Veja em “Nossa
Opinião”, na página anterior, a posição de outros debatedores e a deste jornal.
Apenas
um Pedagogo (1)
Com prazer republiquei em meu blog artigo do
amigo Eugênio Lara, cuja versão original saiu na edição de dezembro último do
jornal Opinião, do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Brasil. Digo
prazer porque se trata de um excelente artigo sobre o codificador Allan Kardec
e porque revela o amadurecimento seguro do pensamento de um batalhador pelas
ideias espíritas, que está atento a tudo o que se passa alhures e no interior
de um movimento cada vez mais pluralizado e cada vez mais distante do foco
original. Vejo o título – Apenas um Pedagogo – na sua duplicidade de
significado, ou seja, um Pedagogo com P maiúsculo está anos luz à frente do
homem comum, como o revela o autor neste artigo que vale a pena ler.
Wilson Garcia – Recife/PE. (Blog: http://www.expedienteonline.com.br/
Apenas
um Pedagogo (2)
Gostei de ver Kardec em pauta no artigo do
Eugênio do Opinião. Lendo a Revista Espírita lhe damos o devido valor. Mais que
nunca, vejo isto.
Paulo Cesar Fernandes – Santos/SP.
As
crises da fé e da religião
Interessantes considerações (Opinião em
Tópicos/dezembro). Acontece que o ser humano moderno quer, ou deveria querer,
compreender tudo, e não acreditar ou ter crença ou fé. No entanto, as religiões
não se dirigem à compreensão, e sim à crença e ao dogma (que ninguém quer, ou
deveria querer, aceitar sem compreender seus fundamentos e considerá-lo justo).
A dúvida de Madre Teresa é bem típica de quem quer compreender e não aceita
mais ter fé cega; no entanto, ela também deveria ter expressado a dúvida sobre
o que é ou significa Deus, pois perdeu-se totalmente a noção do que essa
entidade é e significa - aliás, por culpa das religiões! Interessante também,
no caso dela, que o amor altruísta não depende de fé, e sim de espiritualidade
(pois ele não faz sentido de um ponto de vista materialista, que deve necessariamente
levar ao egoísmo).
Valdemar W. Setzer – São Paulo.
Loucos ou covardes?
Como classificar pessoas como os autores dos
atos de terrorismo contra jornalistas do “Charlie Hebdo”, de Paris, em 7 de
janeiro último?
Crentes ou dementes? É difícil admitir que algum tipo de fé religiosa possa
justificar tanta barbárie.
Como entender a alma e a mente de indivíduos
assim?
Quando o fanatismo, seja religioso,
ideológico ou político, passa a habitar a alma humana, sua mente se fecha para
a razão. Renunciar à razão é negar o divino que está em nós. Nada identifica
melhor a presença de Deus no interior da alma humana do que o cultivo da razão.
Raciocinar é aprender a ler o grande livro da Natureza. Nenhum livro sagrado é
mais rico do que o repertório de leis naturais gravadas na consciência imortal
do ser humano.
Homens
ou feras?
Foram necessários alguns séculos de
civilização para que inteligência e ética se encontrassem, dando lugar ao
reconhecimento dos direitos fundamentais do homem. Valores como igualdade e
liberdade, frutos da fraternidade que, por sua vez, nascera da sociabilidade,
levaram à conquista da dignidade humana.
Por todo o tempo em que fomos governados por
nossos deuses tribais, desconhecemos os atributos de dignidade da alma humana.
A ruptura com o sagrado e o resgate do natural abriram caminho à emancipação do
espírito.
Respeito à vida, à integridade, às ideias, às
crenças e sentimentos do outro é o que define o ser humano. É o que nos distingue
da fera que já fomos e nos liberta do atavismo religioso em que permanecemos
encarcerados, por longo tempo.
Furor
sagrado?
Por tempos, o domínio do sagrado sobre o
profano justificou a vingança e se sobrepôs à própria vida humana. Esta nada
valia, quando em confronto com o universo sacro. Os novos tempos trouxeram para
o mesmo nível o laico e o religioso. A crítica e a sátira a um e a outro
restaram balizadas por idênticos regramentos: aqueles prescritos pelo moderno
estado de direito. Mesmo para segmentos como o nosso, que defendem o respeito a
todas as crenças, cultos e simbologias religiosas, é repulsiva e absolutamente
injustificável a vindita, o furor sagrado em nome do qual se atenta contra a
vida e a liberdade.
Desencanto
ou esperança?
Episódios assim geram mais perguntas do que
respostas.
Mas o tempo age sempre em favor do homem. Ele
transmuda ignorância em aprendizado, vingança em tolerância, tolerância em
alteridade, e ódio em amor.
2015 – Ano de Simpósio
Como acontece de dois em dois anos, 2015 é
ano do Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, criação de Jaci Regis para o
Instituto Cultural Kardecista de Santos. Na oportunidade, haverá também
Assembleia Geral da CEPABrasil, com eleição de dirigentes para a próxima
gestão. Veja as informações abaixo sobre o Simpósio:
Curso
Básico de Espiritismo no CCEPA
O Departamento Doutrinário do Centro Cultural
Espírita de Porto Alegre promove, a partir de 25 de março próximo, um Curso
Básico de Espiritismo, inteiramente aberto ao público. As aulas, em número de
cinco, serão ministradas por Salomão
Jacob Benchaya (Diretor do Departamento) e a pedagoga espírita, integrante
do CCEPA, Dirce Teresinha Carvalho Leite.
As inscrições, gratuitas, já estão abertas.
Veja os detalhes no cartaz no topo da página.
Vinícius Lima Lousada – vlousada@hotmail.com - Educador – Bento Gonçalves/RS
“O Espiritismo é a grande niveladora que
avança para aplainar todas as heresias. Ele é conduzido pela simpatia; ele é
seguido pela concórdia, pelo amor e pela fraternidade; ele avança sem abalos e
sem revolução; ele nada vem destruir, nada derrubar na organização social; ele
vem a tudo renovar”. Um filósofo do outro
mundo (*).
Que será do Espiritismo nesses dias de pós-modernidade
desvairada, de afetos líquidos, de certezas nada certas, de fidelidades
transitórias à epistemologia espírita? Como se portará essa filosofia diante de
escassez de sabedoria no copo transbordante de tanta informação veiculada, não
raramente, superficial?
Como lidará a Doutrina dos Espíritos, no
século XXI, com tamanha mídia a seu serviço nem sempre apresentando o
pensamento lúcido de Allan Kardec, forjando um caráter de religião nacionalista
– que o Espiritismo com Kardec nunca teve – com pregações, cânticos e rezas que
parecem configurar um novo evangelismo, pouco identificado com a tradição
filosófica em que o mestre inseriu a Doutrina, desde O Evangelho segundo o
Espiritismo, ao apresentar como seus precursores Sócrates e Platão?
Que serão dos colóquios naturais com os
desencarnados em tempos que um novo moisaísmo parece ecoar nas mentes e
proibir, sem chancela alguma do ensino coletivo dos Espíritos, a arte de
dialogarmos com os supostos mortos, apesar das instruções de Kardec sobre as evocações?
As pessoas solitárias não poderão chamar seus
amados, domiciliados no além, para um abraço a mais, uma conversa a mais, uma
elucidação sobre as leis da vida e suas consequências? Não poderá o coração em
dúvida rogar ao seu benfeitor espiritual aconselhamentos enobrecedores? Até
quando indagar os Espíritos sobre temas sérios, a despeito do ensino
kardequiano, vai ser algo visto como coisa permitida somente para gente de
nível evolutivo inencontrável na Terra?
E os médiuns, terão de esquecer que o são e
recalcarão as suas potencialidades psíquicas para se ajustarem ao adestramento
conduzido por alguns agentes que ignoram a pedagogia da mediunidade proposta
por Kardec ou não guardam na alma qualquer vivência mais profunda com o
fenômeno espírita?
Como se comportará a filosofia composta pelos
Espíritos e Kardec diante da negação do diálogo e do debate que se coloca para
dar lugar aos discursos “iluminados” que não suportam a dúvida e a inquietação
filosófica?
O Espiritismo suportará aqueles que se creem
com credenciais maiores que as de Kardec ao ponto de ignorarem a sua obra para
criarem sistemas de ideias particulares e exóticas?
Mesmo que a arrogância não ouça o pensamento
crítico, se faça excludente com os que se dedicam a pensar filosoficamente e
venha a se dedicar a um discurso obscurantista – que promova a ignorância como
virtude e achincalhe a inteligência em nome da fé cega, estigmatizando-a de
vaidade –, o Espiritismo prosseguirá no ar, fazendo vibrar as fibras íntimas
dos que se sentiram tocados no coração por sua filosofia, adotando-a como
referência existencial.
O Espiritismo independe dos homens e das
mulheres ou das instituições. É mensagem dos Espíritos à humanidade domiciliada
na carne e, mesmo que o seu ensino seja proibido – algo que seus adversários
desistiram, faz tempo - ele ainda existirá.
O Espiritismo está na Natureza, está no
Espírito, nas leis que a vida encerra e revela em sua majestade, delineando uma
ideia, a nós outros, acerca da Inteligência Suprema e de nossa própria pequenez
ante a Sapiência Divina.
Será uma lástima se o saber espírita, com
todo o seu potencial transdisciplinar, como ciência do infinito em permanente
diálogo criativo com as leis naturais, seja encarcerado nas nossas referências
religiosas do passado.
O futuro, diz o adágio popular, a Deus
pertence. Mas, quero crer que os limitantes impostos ao Espiritismo pela falta
de lucidez em voga se dissiparão ante o ensino progressivo e coletivo dos
Espíritos que se apresentam diuturnamente à grande família humana, independente
de credo, partido, questões étnicas, religião, condições econômicas ou posições
ocupadas na sociedade.
O Espiritismo, com Kardec, prossegue. E o seu
futuro? O mesmo dos grandes ideais: como uma fênix mitológica ressurgirá sempre
das cinzas a que fora reduzido para, em novas possibilidades, renovar tudo à
sua volta.
Queiram as mentes estreitas ou não, o
Espiritismo prosseguirá em sua tarefa de renovação, apesar delas, sendo que os
Espíritos são os seus maiores propagadores, como um dia ensinou Allan Kardec.
Construamos, enfim, uma convicção espírita na
base sólida da fé raciocinada e estudemos Kardec, na fonte e em profundidade,
para que através de nós o Espiritismo seja Espiritismo, com os seus princípios,
desdobramentos e a lucidez que o caracteriza desde as bases kardequianas.
(*) Revista Espírita, junho de 1863. O
futuro do Espiritismo.
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