quarta-feira, 8 de agosto de 2012

OPINIÃO - ANO XIX - Nº 199 - AGOSTO 2012


A fé dos brasileiros

Censo do IBGE revela: cai o número de católicos, evangélicos avançam, espíritas e sem religião também registram crescimento.

Catolicismo segue perdendo fiéis
Resultados do Censo Demográfico 2010, recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, atestam o crescimento da diversidade religiosa no Brasil. Seguindo tendência cada vez mais acentuada, o catolicismo, que já foi religião oficial no país e que, em 1872, era a crença declarada de 99,7% dos brasileiros, caiu, só na última década em quase 10 pontos percentuais: de 73.6%, no censo de 2000, para 64,6%, em 2010.


Evangélicos não param de crescer
Confirmando, igualmente, a tendência das últimas décadas, o segmento evangélico foi o que mais cresceu: de 15,4%, em 2.000, para 22,2%, no último censo. Estão distribuídos por centenas de diferentes denominações, todas ligadas ao amplo movimento evangélico, especialmente pentecostal e neopentecostal.   

O crescimento espírita e dos sem religião
No censo de 2.000, 1,3% dos brasileiros (2,3 milhões) se haviam declarado espíritas. Já em 2010, o percentual subiu para 2,0%, o que significa uma população de 3,8 milhões de pessoas que dizem praticar a “religião espírita”.
Um dado significativo: a população espírita foi a que registrou os melhores indicadores educacionais e socioeconômicos. Nesse segmento está o maior índice de portadores de curso superior: 31,5%; assim como as menores percentagens de indivíduos sem instrução: apenas 1,8%. Também no item renda, o segmento espírita apresenta índices mais elevados. Dos entrevistados que se declararam espíritas, 19,7% recebem mais de cinco salários mínimos mensais, percentual superior a qualquer outro segmento religioso.
Seguindo, igualmente, tendência já registrada no censo de 2000, quando 7,3% dos entrevistados pelo IBGE se haviam declarado “sem religião”, em 2010 esse percentual subiu para 8,0%, cifra que ultrapassa os 15 milhões de brasileiros.


Os brasileiros que não têm fé
Apesar do aumento da população evangélica, no Brasil, pode-se tranquilamente afirmar que o censo aponta para um quadro que nos insere nas tendências da pós-modernidade ocidental: a decadência da fé.
Termômetro dessa realidade é o catolicismo. Seu encolhimento, mesmo continuando ele a ser a religião majoritária, aponta para o desencantamento das pessoas de nosso tempo relativamente aos dogmas de fé, antes tão sólidos. É, justamente, do rebanho católico que as ovelhas vão migrando, ou para as igrejas evangélicas - aquelas ainda movidas pelo pensamento mágico-religioso - ou para posturas mais livre-pensadoras, cultivadas no segmento espírita e entre os que se declaram “sem religião”.
 A propósito, dizer-se sem religião não é o mesmo que se declarar materialista. Cerca de metade dos que assim se classificam, afirmam, concomitantemente, aceitar a existência de Deus, por exemplo. O importante a se registrar é que, paulatinamente, as questões que dizem com a espiritualidade deixam os templos para fazerem morada na consciência livre e nos sentimentos pessoais do ser humano. A fé cede lugar à reflexão, à busca de respostas mais racionais sobre divindade, identidade do ser humano e leis que regem o universo. Allan Kardec classificou isso como “fé raciocinada”, que se distinguiria radicalmente da fé religiosa.
É por aí que se deve medir o avanço das propostas espíritas e não, simplesmente, pelo número de pessoas que se declaram adeptas da “religião espírita”. Adotado esse critério, vamos ao encontro de um imenso número de coidealistas não apenas entre livre-pensadores arreligiosos, mas também entre aqueles ainda formal e socialmente ligados ao catolicismo. É bem maior do que se pode supor a existência de “católicos” com uma visão mais racional de Deus, do espírito e de sua evolução. São, muitos deles, espíritas sem que o saibam. Não cultivam mais a fé. Privilegiam a busca do conhecimento e o desenvolvimento dos autênticos sentimentos do espírito. (A Redação)
Na sua coluna “Opinião em Tópicos”, nosso editor Milton Medran Moreira tece outros comentários sobre o censo religioso do IBGE.







Manicômio ou Escola?
“A razão e a paixão são o timão e a vela de nossa alma navegante.” Kahlil Gibram


Poucos minutos após o bárbaro atentado ocorrido no Colorado (USA), quando um estudante de medicina entrou armado em um cinema de pequena cidade, atirando a esmo, matando doze pessoas e ferindo dezenas, o mundo todo já conhecia e deplorava a tragédia.
Alguns dias depois, a crônica policial de Porto Alegre dava destaque a um episódio chocante. Um homem, bioquímico, de classe média, detentor de diploma de curso superior, bom emprego, e sem antecedentes, matou a esposa a facadas. Dirigiu-se, logo depois, ao quarto do filho de apenas cinco anos e, igualmente, abateu-o com o mesmo instrumento. Justificativa: a desconfiança de que a esposa o traía. Quanto a tirar a vida do menino, seria para poupá-lo do drama de ter tido a mãe assassinada. Em seguida, jogou-se de uma ponte com intuito suicida, objetivo não concretizado, graças à intervenção de terceiros.
Fatos dessa natureza alimentam pautas de vários dias na imprensa. Mesmo que chocantes, não há como os meios de comunicação deixarem de repercuti-los, tal o interesse que despertam. Não se quer, aqui, criticar a opinião pública pelo interesse em conhecer detalhes dessas tragédias. Tampouco a imprensa por lhes abrir manchetes. Justamente pela revolta e pela dor que causam na alma da maioria das pessoas, esses fatos oportunizam diferentes e ricas análises, a partir da psicologia, da criminologia, da psiquiatria, da sociologia, da antropologia e, especialmente, à luz dos valores filosóficos, éticos e morais, amealhados pela civilização.


Uma questão sobressai, especialmente, a partir da reflexão em cima dessas tragédias: ainda há muito que conhecer da alma humana, de sua história coletiva e individual, de suas anomalias e, às vezes, de sua extrema dificuldade, senão momentânea impossibilidade, de, por si só, superar ódios e paixões e transmutá-los em ações positivas, racionais e amoráveis.
Mesmo, entretanto, que tragédias assim levem a crer seja o mundo em que vivemos um grande manicômio, povoado de almas enfermiças, é imperioso estender a visão para a sociedade humana como um todo. Aí, vislumbraremos nela uma rica escola, onde, paulatinamente, se aprimoram saberes e sentimentos, preocupações e ações em prol do bem-estar, da sanidade, da urbanidade, da tolerância, da alteridade e da solidariedade. É o amor, em uma palavra, que, pouco a pouco, se impõe como fator essencial da convivência familiar, social e política. Não há como fugir da aquisição e do aprimoramento desses valores como definidores do futuro da humanidade. Na escola terrena, a maioria dos aprendizes experienciam, no seu trabalho, no âmbito familiar, nas relações sociais, esses nobres indicadores que a reencarnação lhes propicia, como instrumento poderoso de progresso.
As ações tresloucadas do estudante de medicina do Colorado ou do bioquímico porto-alegrense não podem ser erigidas a atitudes definidoras das pessoas de nosso tempo. São, isto sim, gritantes exceções, sérios desafios ao estudo mais aprofundado da alma humana, de seus eventuais desvios e anomalias. Vistas estas sob a perspectiva filosófica espírita, remetem a um olhar mais ampliado sobre a possível história de seus agentes, no tempo, no espaço ou além deles. Não para justificar seus desvarios, mas para que a própria sociedade ou a família que aqui os acolheram encontrem, a partir dessa hipótese milenarmente aventada, meios de contribuir para sua reeducação e sanidade.
A reencarnação traz também esse nobre efeito: faz-nos responsáveis não só por nós próprios, mas, em igual medida, por aqueles com quem compartilhamos a caminhada.

  






Rituais na Casa da Dinda
Não assisti à tão badalada entrevista da ex-primeira dama Rosane Collor ao Fantástico. Mas, todos os jornais repercutiram-na, dia seguinte. Soube, aí, que uma das “revelações bombásticas” da entrevistada foi a de que, quando Fernando Collor estava na presidência, costumava promover rituais de magia negra na Casa da Dinda, residência presidencial, para desfazer os “trabalhos” que contra ele faziam seus inimigos políticos.
Como se sabe, os rituais não devem ter produzido todo o efeito desejado. Apesar deles, Collor entrou para a história como o primeiro presidente a sofrer “impeachment”, no Brasil. O “santo” de seus adversários seria mais forte?
O marketing evangélico
O curioso é que, ainda segundo Rosane, a mulher que dirigia aqueles rituais hoje é uma pastora evangélica. No dizer da entrevistada, assim como ela própria, a mulher “aceitou Jesus” e hoje está livre dos efeitos maléficos desses rituais que o povo evangélico costuma qualificar como demoníacos.
A entrevista de Rosane, dada pouco após a divulgação do censo religioso de 2010, que atesta o crescimento do número de evangélicos no Brasil, oportuniza refletir sobre o marketing utilizado pelos pastores das chamadas igrejas pentecostais e neopentecostais. Na base de seu discurso está a demonização de toda e qualquer forma popular de religiosidade de raízes africanas, indígenas ou que envolvam pretensas evocações de espíritos, sejam estes “do bem” ou “do mal”. Tudo para eles é “obra do demônio”. E, nesse discurso, sempre sobra também para o espiritismo que eles, maliciosamente, fazem questão de confundir com os rituais mágicos das religiões mediúnicas.
A teologia da prosperidade
Nas pregações, sempre há referências a “médiuns espíritas” ou seguidores do espiritismo que teriam se convertido às igrejas evangélicas. Acho estranho quando dizem isso. Sem desmerecer a fé de quem quer que seja, parece-me que crenças bíblicas fundadas no maniqueísmo, dividindo a humanidade entre bons e maus, representam um retrocesso espiritual incompatível com convicções minimamente embasadas na proposta espírita. Admito que frequentadores de centros espíritas que a eles compareciam simplesmente para receber passes, águas fluidificadas ou a ajuda dos espíritos com vistas à solução de problemas pessoais, migrem facilmente para as igrejas evangélicas. Seu propósito é o mesmo. Levados pelo poderoso marketing das igrejas, “aceitam Jesus como único Senhor e Salvador” e passam a pagar o dízimo Tudo como moeda de troca para solucionar problemas financeiros, amorosos ou de saúde. Vão atrás do milagre que o espiritismo não faz e as igrejas apregoam.
Rosane que, na entrevista, queixou-se por receber (só!) 18 mil de pensão alimentícia de seu famoso ex-marido, talvez sonhe ganhar mais adotando a teologia da prosperidade.
Espiritismo e laicismo
Acho que a inclusão do espiritismo no censo religioso só atrapalha. Diferentemente das religiões, o espiritismo não faz proselitismo. Mesmo seu segmento mais numeroso, que se diz religioso e cristão, não se propõe a ser exatamente uma nova alternativa de fé contrapondo-se às demais. Instituições ou pessoas que aceitam a teoria espírita vislumbram nela um novo paradigma para a ciência e a filosofia, a partir da realidade do espírito, sua imortalidade e evolução. Esse paradigma é, efetivamente, transformador do indivíduo e da sociedade. Mas, como afirmou Kardec, seria equívoco tomá-lo como uma nova crença.
Mesmo tratado pelo IBGE como uma religião, um dado importante confirma a condição “sui generis” do espiritismo. Dos segmentos pesquisados ele é o que exibe níveis educacionais e econômico-sociais mais desenvolvidos. Isso coloca-o bem mais próximo do laicismo da sociedade contemporânea do que do religiosismo que perde terreno a cada censo realizado, só crescendo em segmentos pouco envolvidos com educação e conhecimento.





Palestras no CCEPA
Como de praxe, na primeira segunda-feira de cada mês, às 20h30, o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre oferece uma conferência pública, em seu auditório, na Rua Botafogo, 678. O conferencista deste 6/8 foi o economista e dirigente espírita José Joaquim Marchisio, abordando o tema “Espiritismo e Meio Ambiente”.
Seguem as palestras mensais da tarde, na terceira quarta-feira do mês, às 15 horas. Neste 15/8, o palestrante é o advogado e professor Victor Emanuel Christofari, com o tema “Perda de Entes Queridos”.

Novos livros disponibilizados no site “Pense”
O Corpo Fluídico – Wilson Garcia
“Ao escrevermos o presente livro, não nos moveu outro interesse que o da luta pela Verdade. Procuramos, e estamos certos de tê-lo conseguido, ficar no campo das ideias, desinteressados de alcançar instituições ou pessoas, ainda que devendo mencioná-las.”

La Pluralidad de Mundos Habitados – Camille Flammarion
Uma das principais obras do grande astrônomo e espírita francês Camille Flammarion (1842-1925), lançada em 1862, e que deu início a uma intensa fase de popularização da ciência e da astronomia em obras posteriores. Edição em castelhano.

Encontro com a Cultura Espírita – Deolindo Amorim, Alexandre Sech, Jorge Andréa e Altivo Ferreira
Importante registro em livro, há muito tempo esgotado, do encontro histórico promovido por um grupo de espíritas com apoio do periódico paulistano Folha Espírita, realizado em outubro de 1980 no auditório do Senac, na Capital. Um grande momento da cultura espírita.

Kardec e Não Roustaing – Luciano Costa
Obra muito rara, lançada em 1943, teve uma edição nos anos 1970 pela Edicel, por iniciativa do jornalista espírita José Herculano Pires. É uma das críticas mais contundentes e embasadas contra o roustainguismo, livro muito pouco conhecido das novas gerações.

De la Sombra del Dogma a la Luz de la Razón – Pedro A. Barboza de La Torre
Um dos maiores intelectuais espíritas da Venezuela, foi presidente da Confederação Espírita Pan-americana (1990-1993). É um dos estudos mais profundos acerca das relações conflitantes entre cristianismo e espiritismo. De La Torre (1917-2002) faz críticas contundentes aos vários espiritismos, aos espíritos Ramatis, Emmanuel e ao médium brasileiro Chico Xavier.
Você pode baixá-los gratuitamente: http://www.viasantos.com/pense

         




O Universo que encerra
a Mente Humana
Lourenço Nisticò Sanches, articulista espírita, Recife/PE.

Por força da razão e do bom senso, faz-se imperiosa em nós a premissa de que somos seres imortais e transcendemos à matéria. Esta apenas nos serve de veste temporária, sendo, pois, finita. Em decorrência dessa realidade, e embasados em mediano entendimento, aceitamos que a essência que permanece subsistindo além do corpo físico é seguramente um vasto repositório de conhecimentos adquiridos ao longo de nossa existência mundana, e que vão se acumulando, desde sempre.
Quando se iniciou esse processo e qual o ponto final de destinação? O tema é controverso. Correntes das ciências filosófico-religiosas se debatem em teorias e suposições várias, mais ou menos aceitáveis, tendo em vista a limitação ainda existente em razão do reduzido cabedal de conhecimentos que possuímos. Nossa "sapiência" ainda é muito limitada e diminuta. Precisamos, humildemente, aceitar essa realidade. Muitas explicações fogem do alcance e da capacidade de nosso entendimento. Escapa-nos até a idéia do que possa vir a ser o infinito, mesmo dentro das chamadas ciências exatas das quais já temos avançados conhecimentos.
Para melhor compreendermos as largas dimensões do tema, façamos um paralelo com as experiências que vêm sendo levadas a cabo no gigantesco túnel sob a região dos Alpes, na Europa, com a construção do Grande Colisor de Hádrons (LHC) finalizado em meados de 2008. Testes inéditos buscam encontrar elucidações que culminem com explicações consistentes, aos cientistas, acerca da formação da matéria e, através dela, os corpos celestes e, por fim, o Universo.
As experiências nesse “túnel” permitiram a descoberta de uma partícula infinitesimal denominada de “Bóson de Higgs” ou “partícula de Deus”, alcunha dada pelo físico Leon Lederman devido ao fato desta partícula permitir que as demais, dela originadas, possuam diferentes massas. Uma alusão alegórica ao Antigo Testamento, no episódio da Torre de Babel, onde, por uma única ação do Criador, seus construtores teriam começado a falar línguas estranhas, desentendendo-se entre si e se tornando “diferentes”.
Numa rápida apreciação sobre esse tema – atualmente tão em evidência no mundo científico – temos no modelo padrão, ora aceito para a formação do Universo, o longínquo e desconhecido instante do chamado “Big Bang”: uma explosão em nível sideral que teve, hipoteticamente (a fim de validar a teoria), como consequência o surgimento de uma partícula bosônica. Pois, justamente essa partícula – que leva o nome do físico britânico Peter Higgs - teria dado origem às diferentes massas das demais partículas elementares que vieram a se constituir em matéria.
O “Bóson de Higgs” teria desencadeado um processo em que a descomunal região “ocupada” pelo chamado “espaço” (hipoteticamente, até então vazio) estaria “espirrando” matéria por todos os lados. Esta veio a constituir os corpos celestes. Ressalte-se que o “impulso” inicial provocado pelo “Big Bang” ainda permanece, dando sustentação à teoria científica da contínua expansão do Universo, em decorrência da força inercial daquela “explosão” cósmica.
As pesquisas seguem. Em 4 de julho último, cientistas do CERN - Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire - anunciaram que, ao fim de 50 anos de investigação, descobriram uma partícula nova que pode ser o “Bóson de Higgs”.
Mas, deixemos por ora os cientistas com suas experiências nucleares e retornemos à nossa mente, à nossa essência:
Partamos da “figura” originada pelos desdobramentos da teoria ora palmilhada pelas experiências científicas práticas focando o “Bóson de Higgs”. Penso que, em raciocínio análogo – em direção inversa - pode ela ser utilizada, alegoricamente, na representação dos processos havidos em nossa mente. Substituam-se, então, os corpos celestes “espirrados” pelo que se constitui na necessária conquista sob forma de atração de elementos imprescindíveis à nossa evolução como criaturas humanas, além da consideração do corpo meramente físico.
Vimos, ininterruptamente, ao longo de cada fração de tempo, acumulando experiências – e saber – à nossa essência desde que o sopro de vida nos animou. Esse processo abrange todas as áreas do conhecimento científico, tecnológico, humanístico, espiritual e também no que concerne à moral e ao burilamento das sensibilidades, do afinamento das “cordas” onde vibram nossos sentimentos, sobretudo a capacidade de amar. Não é assim?
Nosso comportamento, portanto, bem assim as atitudes que tomamos no dia-a-dia, consideram especialmente as experiências similares já vivenciadas – e registradas em nosso “disco rígido” - nesta vida ou no pretérito de nossa atual existência. Suas influências acabam por nos nortear. Contudo, nem sempre de maneira acertada. Tudo a depender do nível evolutivo em que nos encontramos.
“O saber não ocupa lugar”. Não é esse o dito das avós de nossas avós, desde sempre?
Naturalmente não estou referindo-me à matéria que constitui a “massa cinzenta” de nosso cérebro e sim à nossa essência individual. Chamem-na como melhor nos aprouver: alma, espírito, “eu interior”, etc.
De fácil entendimento, portanto, é aceitarmos o fato de que o “espaço” destinado a armazenar novos conhecimentos e, por conseguinte, nosso progresso e evolução, são igualmente infinitos. São inversamente similares à representatividade da “criação do universo” com seus infindáveis corpos celestes “espirrados” pela chamada “partícula original” da teoria científica abordada: a eventual descoberta do “Bóson de Higgs”.
A inspiração de Michelangelo na execução de sua magistral arte para pintar a imagem de Deus ao criar o homem (Adão), na Capela Sistina, nos enseja questionar: seria essa a retratação simbólica da efetiva “partícula de Deus” que animou o homem?
Ao refletirmos e aprofundarmos a pesquisa neste tema, não poderemos nos esquivar da plena convicção acerca da responsabilidade que temos perante nós próprios. Cumpre-nos conscientemente expandir nossos potenciais, conquistando o saber e aprimorando nossas energias vibracionais. Estas, a exemplo das leis divinas emanadas do Criador, mantêm o equilíbrio gravitacional e a harmonia entre os corpos celestes.
Saibamos, enfim, usar o livre-arbítrio em favor de nosso progresso. Apressemo-nos em não retardar o esforço individual para alcançar a evolução que nos ofertará as bem-aventuranças indistintamente por todos desejadas.







Obras espíritas no “Pense”
A propósito da publicação no encarte “América Espírita” (julho) de obras espíritas raras no site www.viasantos.com/pense , o PENSE é para mim uma verdadeira enciclopédia de Espiritismo. Este compartilhamento de livros e artigos muito interessa a quem pesquisa seriamente a natureza e a história do Espiritismo. Uma sugestão que faço, se possível, conseguir obras do argentino Santiago Bossero e também do espanhol Manuel Gonzales Soriano, especialmente “El Espiritismo es la Filosofia”.
Herivelto Carvalho – Ibatiba/ES.

 Renovando assinatura
Continuar recebendo o eloquente “Opinião” me leva a renovar a assinatura, apesar de minha incredulidade nos serviços de correio muito irregulares, por aqui. No ano passado, só recebi quatro exemplares desse precioso periódico, o único digno de ser lido. Nenhum, na filosofia, até agora se mostrou tão eficiente. Seu editor é inigualável!
Ody Costa Ferreira – Jardim Barro Branco, Duque de Caxias/RJ.

Opinião em Tópicos
O dia em que o homem fizer a revolução do Amor e da Justiça, certamente não estaremos mais em um planeta de provas e expiações e sim já num planeta de Regeneração. Sobre a coluna “Opinião em Tópicos” de julho: eu sempre fiz e continuo fazendo meus suquinhos de laranja, limão, bergamota (tangerina), etc., espremendo-os no copo. Que beleza! É outro sabor. Infelizmente, nunca fui a Cuba. Luz e paz!
Simplício Oliveira da Fonseca – Bento Gonçalves/RS.

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