segunda-feira, 27 de agosto de 2012

OPINIÃO - ANO XIX - Nº 200 - SETEMBRO 2012


Começa o Congresso da CEPA

Reencarnação:
o grande tema de Santos

De 5 a 9 deste mês de setembro, a bela cidade brasileira de Santos/SP recebe espíritas e pesquisadores de vários países do mundo, em um Congresso que marca a história do Espiritismo. Tema central: Perspectivas Contemporâneas da Teoria Espírita da Reencarnação.



Um espaço privilegiado
Para o médico santista Ademar Arthur Chioro dos Reis, presidente da Comissão Organizadora do XXI Congresso Espírita Pan-Americano, a ser inaugurado neste 5 de setembro, o evento “é um espaço privilegiado para a continuidade do processo de atualização do espiritismo, necessidade expressa no pensamento de Kardec e nas deliberações do XVIII Congresso da CEPA, de 2.000, em Porto Alegre”.

O empresário argentino Dante López, neste Congresso, completa seu mandato na presidência da Confederação Espírita Pan-Americana. Para ele, o evento de Santos, é mais uma oportunidade de se trabalhar por uma “visão atualizada dos princípios básicos espíritas e levar essa mesma visão a todos aqueles que estão buscando um sentido transcendente de vida”.

Uma contribuição ao debate livre de ideias
Talvez nunca, na história do espiritismo, o tema reencarnação tenha merecido enfoques tão amplos e diversificados como neste XXI Congresso Espírita Pan-Americano. Com pensadores convidados, do Brasil (Araci Negreiros Araújo, Mauro de Mesquita Spínola, Reinaldo di Lucia e Milton Medran Moreira); da Argentina (Raúl Drubich, Alejandro Ruiz e Gustavo Molfino; da Venezuela (Jon Aizpúrua e Félix José Veja Ortega) e dos Estados Unidos (Yvonne Crespo Limoges), uma conferência pública e três mesas redondas se ocuparão exclusivamente do tema “reencarnação”, sob enfoques históricos, filosóficos, científicos, sociológicos e éticos.

Além disso, cerca de quarenta trabalhos comporão o Fórum de Temas Livres (confira a relação no boletim América Espírita), espaço sempre aberto, nos eventos da CEPA, à contribuição de pensadores de todo o mundo. A maioria deles versará também sobre reencarnação ou temas correlatos. Expositores de diversos países da América e da Europa inscreveram trabalhos para esse espaço livre e que serão submetidos à apreciação e ao debate do plenário.
A cidade de Santos se prepara
para receber até 500 participantes
Segundo informa o presidente da Comissão Organizadora, a estrutura do Congresso está preparada para receber até 500 participantes: “Serão implementadas inovações que permitirão maior participação dos congressistas”, diz Ademar, acrescentando: “Estamos trabalhando para que cada participante leve de Santos uma inesquecível lembrança de momentos enriquecedores, afetivamente significativos em sua vida”. “Nossa cidade é bela, charmosa e aconchegante, com infraestrutura moderna, capaz de sediar um evento desse porte com muita qualidade”, conclui o médico santista, vice-presidente da CEPA e que  coordena as atividades de uma grande equipe, integrada por colaboradores de oito instituições espíritas da região, todas filiadas à Confederação Espírita Pan-Americana. Detalhes podem ser vistos no site: www.congressocepa2012.com.br/ .

 

 Fazemos parte dessa história
No momento em que se realiza o histórico Congresso da CEPA no Brasil, este periódico atinge sua 200ª edição. No seu 19º ano de circulação mensal, o modesto porta-voz do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre buscou ser, igualmente, testemunha e intérprete de um novo jeito de se difundir e de se contribuir para o desenvolvimento do espiritismo.

Nascido à época em que a Confederação Espírita Pan-Americana acenava para a formação de um movimento minimamente institucionalizado, capaz de reunir pensadores espíritas brasileiros empenhadosem resgatar a inteireza do ideal livre-pensador de Allan Kardec, CCEPA Opinião participou ativamente da nova fase histórica da qual o Congresso de Santos é o capítulo mais atual.
Quem reler os primeiros editoriais e o registro das agressões e atos de explícita exclusão sofridos, então, no meio espírita por este órgão e pelos integrantes da instituição que o edita, poderá medir o quanto o processo de mudança é doloroso.  Mas, isso também está passando. Mesmo que persistam sinais de rejeição, manifestados pelo silêncio e aparente desconhecimento de nosso labor, já não se registram expressões tais como: “eles não são espíritas” ou “são os inimigos internos do espiritismo”. Há, também, sinais concretos de mudanças nos meios que nos combatiam.

É em nome desse progresso de ideias – ao fim e ao cabo, ele é sempre irresistível! -, que, ao ensejo do XXI Congresso Espírita Pan-Americano, no qual estamos inseridos, convidamos a todos os espíritas realmente sinceros para um trabalho conjunto e respeitoso em prol das ideias básicas que unem. Afinal, temos muito mais coisas em comum do que divergências que justifiquem os muros divisórios levantados. O Congresso de Santos mostrará isso. Sem renunciar a esse jeito novo de fazer espiritismo. (A Redação)
  







O Congresso, a Verdade
e o Tempo

A verdade é filha do tempo, não da autoridade. Francis Bacon

Nem tudo o que for dito e exposto no XXI Congresso Espírita Pan-Americano deve ser tomado como verdade. Um congresso espírita, como qualquer conclave humano, pode ser sempre um esforço no caminho da busca da verdade, e não a pretensiosa proclamação da mesma.

Certamente é com esse ânimo que se encontrarão em Santos espíritas de diversos países do mundo. Compartilharão desse mesmo sentimento expositores e ouvintes - que ali serão também debatedores - e a própria instituição promotora do evento. A credibilidade e o respeito que a Confederação Espírita Pan-Americana está granjeando no meio espírita livre-pensador se assenta, aliás, justamente, em sua postura doutrinária. A entidade, em todos os seus eventos, tem proclamado sua inteira adesão a todos os postulados básicos do espiritismo – existência de Deus, imortalidade do espírito e sua comunicabilidade, pluralidade de existências e de mundos habitados – e a aceitação das renovadoras consequências éticas daí derivadas. Reconhece, no entanto, que todos esses princípios podem ser interpretados de diferentes formas e, sempre, estarão a reclamar ajustes e retificações, a partir dos novos conhecimentos da ciência e do avanço da própria capacidade humana de reelaborá-los e interpretá-los.

Assim é especialmente no que diz respeito ao postulado da reencarnação, tema central do Congresso da CEPA, a se realizar este mês, no Brasil. Mecanismo intimamente ligado à grande lei da evolução, por si só infinita, a reencarnação oferece um amplo horizonte de pesquisas e estudos. A programação do evento contempla todos os grandes setores do pensar e do agir humano. Convida à inserção da lei palingenética tanto no campo individual como coletivo. Contempla-a como mecanismo de aprimoramento moral do ser humano, mas também como possível inspiradora de um novo paradigma científico capaz de desbravar caminhos para o conhecimento.

Tema de tanta complexidade e de tão vastas aplicações não pode ser reduzido a um artigo de fé. Tampouco cabe ser tratado como um mandamento divino de domínio de uma instituição humana que, auto investida da condição de detentora da verdade, se arrogue a autoridade de normatizar interpretações rígidas e condutas pessoais uniformes. Não é a partir dessa postura que se caminha em busca da verdade. Esta para ser aprimorada no intelecto e no coração do homem exige deste uma certa dose de modéstia e alguma audácia inovadora.

Pensamos que a programação do Congresso da CEPA, em Santos, reflete e sintetiza esses dois requisitos, modéstia e audácia. Para quem acha que o processo de atualização do espiritismo exige que, de uma hora para outra, se elenquem verdades novas a substituírem as vigentes, convém lembrar que só o tempo é o senhor da razão. De nós o tempo exige precisamente isso: a ação responsável da busca e a prudência de não tomarmos como definitivos aqueles mesmos conceitos que, hoje, nos pareçam adequados ao tempo por nós vivido.  É também importante aceitarmos que, embora irmanados pela condição de espíritas, cada indivíduo e cada agrupamento da grande família espírita mundial vive seu respectivo tempo. Respeite-se, pois, o pluralismo natural que a própria lei da reencarnação explica. Com isso, mesmo na divergência, avançaremos no campo da fraternidade. E esse avanço, por si só, já será um valioso ganho no processo da atualização.


Espiritismo e Bíblia
Impressiona-me a preocupação de alguns autores e articulistas espíritas em buscar, invariavelmente, os fundamentos de todas as questões e interpretações espíritas na Bíblia judaico-cristã. Passam a ideia de que, se não for explicado biblicamente, o espiritismo carece de fundamentos e de credibilidade.
Reconheço que essa pode ter sido, em alguma medida, a preocupação de Allan Kardec na árdua tarefa de fazer, no Ocidente, a transição das ideias relativas ao espírito do universo da crença para o da razão. Em medida ainda maior, foi a preocupação de pioneiros do espiritismo brasileiro, como Luis Olimpio Teles de Menezes, Bezerra de Menezes e outros católicos fervorosos que, de repente, se viram tocados pelas ideias espíritas, a elas aderindo, sem, no entanto, abdicarem da fé cristã, coisa tida como de apostasia e de execrável ateísmo, naqueles tempos.  

Terreno neutro
Está mais que na hora de romper com o atavismo fideísta e nos libertarmos dessa tutela cerceadora. Em tempos onde viceja um espiritualismo pluralista, livre-pensador, cada vez mais desvinculado dos dogmas e das implicações religiosas, o espiritismo encontra amplos horizontes para se firmar como o “terreno neutro”, proposto por Kardec, onde as crenças cedem lugar à razão e onde algumas vertentes de uma ciência emergente se encaminham para o abono das propostas espíritas. É hora de aprofundar a ideia de que espiritualidade e religião são coisas diferentes. Enquanto aquela, no mundo contemporâneo, se firma como valor filosófico compartilhado por todos quantos reconhecem a primazia da consciência/espírito sobre a matéria, a religião se apresenta como intérprete de um mundo sobrenatural, capaz de derrogar, com prodígios e milagres, a lei divina ou natural. Dessa prerrogativa que lhes garante poder e fortuna, aqui, e a custódia da chave das portas do céu e do inferno, no além, as religiões não abdicam. Isso as afasta da genuína e natural espiritualidade.

Reencarnação e cristianismo
A generosa ideia da reencarnação é incompatível com o cristianismo. Essa é a tese que levo ao XXI Congresso Espírita Pan-Americano, em Santos.
 Ao estruturá-lo, dando-lhe a feição sedimentada nestes seus 2.000 anos de história, Paulo de Tarso blindou o cristianismo contra qualquer especulação reencarnacionista: “o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo”. (Epístola aos Hebreus). A ideia central e inderrogável do cristianismo é a da salvação pela graça. Todo o arcabouço cristão sustenta-se no mito da queda do homem pelo pecado original e consequente necessidade de um redentor que lhe devolva, por misericórdia, e em troca da crença e da adoração, o estado de graça e a beatitude eterna. Qualquer visão de Deus, de homem e de mundo que se oponha a isso deixa de ser cristã. A reencarnação opõe-se frontalmente aos principais fundamentos bíblicos.

O cristianismo primitivo
Dizer que o espiritismo é a revivescência do cristianismo primitivo também não procede. É a negação de seu caráter moderno e progressista. A História do pensamento anda para frente e não para trás. Os primeiros cristãos, por mais generosos e solidários que fossem, tinham uma visão pobre e equivocada acerca do destino do homem e do mundo. Acreditavam no fim dos tempos, a acontecer, logo ali adiante, na geração seguinte. Só eles seriam salvos. Todos os que não fossem batizados e cressem em Jesus Cristo estariam irremediavelmente condenados. Isso também é bíblico. E cristão. Bem diferente da mensagem humanista de um certo Jesus de Nazaré que não fundou qualquer religião e nunca foi cristão.





Consolador, sim — Prometido, talvez
Néventon Vargas, membro da ASSEPE (Associação de Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa) e delegado da CEPA (Confederação Espírita Pan-Americana) em João Pessoa – PB.

Uma questão que me intriga e que se repete em minha mente constantemente é a decisão de Allan Kardec, nosso insigne mestre de Lion, ter identificado no Espiritismo a promessa feita por Jesus há dois mil anos.
Consultando o Houaiss verifiquei que o sentido da palavra “consolador”, abstendo-se, evidentemente, das conotações figuradas e religiosas, cabe perfeitamente para o Espiritismo.
Não pretendo, entretanto, fazer aqui uma defesa da adjetivação, pois isso já está feito com brilhantismo n’O Evangelho Segundo o Espiritismo e nas outras obras escritas por Kardec. Aliás, tal caráter é devidamente explorado e bem definido em toda quarta parte d’O Livro dos Espíritos, intitulada “Das Esperanças e Consolações”.
Mas, “consolador” é apenas um adjetivo que pode ser precedido de muitos substantivos. O problema começa a aparecer quando a palavra é usada como substantivo, seja para designar o Espiritismo, seja para identificar qualquer outra filosofia, ideia, pessoa, religião, etc. Qualquer uso nesse sentido o tornará absoluto, o que é incompatível com um mínimo de modéstia e humildade. Eu acrescento ainda com bastante segurança que tal designação é extremamente pretensiosa.
Uma postura dessa natureza não se encaixa na Filosofia Espírita, que é, acima de tudo, libertadora e nunca deveria nos aprisionar a dogmas e a expressões cristalizadas que comprometem o seu caráter eminentemente progressista.
Até agora, só me referi à palavra “consolador”. Agrava-se o problema quando se adjetiva o substantivo com a palavra “prometido”. Esta forma está expressa n’O Evangelho Segundo o Espiritismo, no seu capítulo 6 e a sua defesa foi feita nos itens 3 e 4 pelo próprio Kardec. Tal identificação coloca o Espiritismo como o herdeiro direto de Jesus, à revelia das religiões cristãs, criando um antagonismo totalmente desnecessário.
Respeito profundamente Allan Kardec, mas me recuso a designar o Espiritismo como “O Consolador Prometido”. Não estou afirmando que ele está errado. Estou dizendo que posso até aceitar que a Doutrina Filosófica e Moral, chamada Espiritismo, seja realmente aquilo que Jesus pensava quando, segundo a citação no Evangelho (João 14:15 a 17 e 26), disse que o Pai enviaria outro Consolador. O que não aceito é repetir e propagar isso, a exemplo das religiões salvacionistas que pregam serem a única verdade e o único caminho para a salvação.
Não precisamos despender muito tempo em pesquisas para encontrarmos inúmeros exemplos na história e até na atualidade de posturas extremamente perniciosas para a evolução da humanidade, em que nações, grupos ou indivíduos se acham detentores do poder e da verdade, únicos “escolhidos de Deus” para elevar o homem à santidade. A consequência disso tem sido o estímulo ao segregacionismo e ao preconceito que levam, invariavelmente, às guerras coletivas e individuais.
Não há dúvida que o fundador do Espiritismo é importante referência, já que propõe as bases da filosofia espírita. Seu maior mérito, entretanto, é reconhecer o seu caráter progressivo e que as aparentes contradições se desfazem pela análise do conjunto. Cabe aos espíritas dar continuidade à evolução sem buscar freneticamente encontrar a verdade nas palavras de Kardec a fim de sancionar as próprias ideias. Não há base para nos definirmos como espíritas apenas aceitando irrestritamente os escritos de Kardec. Ser espírita não é um conceito acabado, embora haja, evidentemente, um consenso mínimo entre os espíritas. Mas todos são diferentes entre si e se modificam com o tempo, não havendo autoridade que detenha o poder de definir quem é ou não espírita. Por isso nos consideramos em perfeita harmonia com o perfil do grande Rivail ao discordarmos de posturas extremamente religiosas e, pior, fundamentalistas, que interpretam de forma absoluta a expressão “consolador prometido”, transformando-a em um “dogma da fé espírita”.
É hora de o homem abrir a sua mente para as diversidades e aprender com elas. É hora de o Espiritismo rever conceitos e posturas que estejam criando obstáculos às relações humanas. Afinal, se ele não é uma seita, se os seus princípios são universais, se a sua busca constante é pela verdade, ele não é exclusividade dos espíritas. Ele é do homem para o homem, dos espíritos para os espíritos, independente de qualquer rótulo, tempo e/ou espaço.







A Contribuição do CCEPA
e dos gaúchos ao Congresso de Santos

Uma delegação de cerca de 20 companheiros do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre comparecerá ao XXI Congresso Espírita Pan-Americano de Santos, de 5 a 9 de setembro deste ano.

O presidente do CCEPA, Milton Medran Moreira será um dos expositores da mesa redonda “A Contribuição da Cosmovisão Reencarnacionista no Desenvolvimento Ético do Indivíduo e das Coletividades”. Caberá a Medran o subtema “As Consequências da Reencarnação no Plano Coletivo”.



O Diretor do Departamento Doutrinário do CCEPA, Salomão Jacob Benchaya, será coordenador da mesa redonda que desenvolve o tema “As diferentes teorias reencarnacionistas: convergências e singularidades face à teoria espírita”.


O colaborador do CCEPA, Moacir Costa de Araújo Lima apresentará trabalho no Fórum de Temas Livres, sob o título de “A Ciência Contemporânea e o Espiritismo”.
Espíritas das cidades gaúchas de Pelotas, Santa Maria e Ilópolis, como, igualmente de Florianópolis, SC, juntam-se à caravana do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.



O dirigente da S.E.Casa da Prece, de Pelotas, Homero Ward da Rosa, também contribuirá com o Fórum de Temas Livres, abordando “Reflexões Inquietantes sobre a Reencarnação”.



Palestras de setembro e outubro no CCEPA

A palestra da primeira segunda-feira de setembro (dia 3, às 20h30) está a cargo do expositor Rogério H. Feijó Pereira, com o tema “Interligações Psíquicas na Construção do Eu”.
Na terceira quarta-feira de setembro (dia 19, 15h) e na primeira segunda-feira de outubro (dia 2, 20h30min), no espaço das palestras públicas, os participantes do Congresso de Santos repercutirão os temas ali tratados.


              



XXI Congresso da CEPA
Quero cumprimentar, através deste órgão de divulgação, todos os espíritas que estão trabalhando para a realização do XXI Congresso Espírita Pan-Americano, cuja programação tem sido publicada nesse jornal.
A ideia de se fazer um congresso versando todo ele sobre reencarnação é muito oportuna. Não frequento nenhum centro espírita e também não tenho nenhuma religião, mas acredito na reencarnação e penso que ela explica muitas aparentes injustiças e que o ditado popular de que Deus escreve direito por linhas tortas é muito verdadeiro. Penso que a diferença cultural e até socioeconômica existente entre os espíritas e os crentes de outras denominações, conforme foi destacado na matéria de capa desse jornal em sua edição passada, deriva justamente de sua capacidade de entenderem essa lei natural da reencarnação. A reencarnação realmente faz a diferença na vida das pessoas.
Fabiano Henriques de Tude – Chapecó/SC. 

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