Reencarnação:
De 5 a 9 deste mês de setembro, a bela
cidade brasileira de Santos/SP recebe espíritas e pesquisadores de vários
países do mundo, em um Congresso que marca a história do Espiritismo. Tema
central: Perspectivas Contemporâneas da Teoria Espírita da Reencarnação.
Um espaço privilegiado
Para o médico
santista Ademar Arthur Chioro dos Reis,
presidente da Comissão Organizadora do XXI
Congresso Espírita Pan-Americano, a ser inaugurado neste 5 de setembro, o
evento “é um espaço privilegiado para a continuidade do processo de atualização
do espiritismo, necessidade expressa no pensamento de Kardec e nas deliberações
do XVIII Congresso da CEPA, de 2.000, em Porto Alegre”.
O empresário argentino Dante López, neste Congresso,
completa seu mandato na presidência da Confederação Espírita Pan-Americana.
Para ele, o evento de Santos, é mais uma oportunidade de se trabalhar por uma
“visão atualizada dos princípios básicos espíritas e levar essa mesma visão a
todos aqueles que estão buscando um sentido transcendente de vida”.
Uma contribuição ao debate livre de ideias
Talvez nunca, na
história do espiritismo, o tema reencarnação tenha merecido enfoques tão amplos
e diversificados como neste XXI Congresso Espírita Pan-Americano. Com
pensadores convidados, do Brasil (Araci
Negreiros Araújo, Mauro de Mesquita
Spínola, Reinaldo di Lucia e Milton Medran Moreira); da Argentina (Raúl Drubich, Alejandro Ruiz e Gustavo
Molfino; da Venezuela (Jon Aizpúrua
e Félix José Veja Ortega) e dos
Estados Unidos (Yvonne Crespo Limoges),
uma conferência pública e três mesas redondas se ocuparão exclusivamente do
tema “reencarnação”, sob enfoques históricos, filosóficos, científicos,
sociológicos e éticos.
Além disso, cerca de
quarenta trabalhos comporão o Fórum de
Temas Livres (confira a relação no boletim América Espírita), espaço sempre aberto, nos eventos da CEPA, à
contribuição de pensadores de todo o mundo. A maioria deles versará também
sobre reencarnação ou temas correlatos. Expositores de diversos países da
América e da Europa inscreveram trabalhos para esse espaço livre e que serão
submetidos à apreciação e ao debate do plenário.
A cidade de Santos se
prepara
para receber até 500
participantes
Segundo
informa o presidente da Comissão Organizadora, a estrutura do Congresso está
preparada para receber até 500 participantes: “Serão implementadas inovações
que permitirão maior participação dos congressistas”, diz Ademar,
acrescentando: “Estamos trabalhando para que cada participante leve de Santos
uma inesquecível lembrança de momentos enriquecedores, afetivamente
significativos em sua vida”. “Nossa cidade é bela, charmosa e aconchegante, com
infraestrutura moderna, capaz de sediar um evento desse porte com muita
qualidade”, conclui o médico santista, vice-presidente da CEPA e que coordena as atividades de uma grande equipe,
integrada por colaboradores de oito instituições espíritas da região, todas
filiadas à Confederação Espírita Pan-Americana. Detalhes podem ser vistos no
site: www.congressocepa2012.com.br/ .
Fazemos parte dessa história
No momento em que se
realiza o histórico Congresso da CEPA no Brasil, este periódico atinge sua 200ª
edição. No seu 19º ano de circulação mensal, o modesto porta-voz do Centro
Cultural Espírita de Porto Alegre buscou ser, igualmente, testemunha e
intérprete de um novo jeito de se difundir e de se contribuir para o
desenvolvimento do espiritismo.
Nascido à época em
que a Confederação Espírita Pan-Americana acenava para a formação de um
movimento minimamente institucionalizado, capaz de reunir pensadores espíritas
brasileiros empenhadosem resgatar a inteireza do ideal livre-pensador de Allan
Kardec, CCEPA Opinião participou ativamente da nova fase histórica da
qual o Congresso de Santos é o capítulo mais atual.
Quem reler os
primeiros editoriais e o registro das agressões e atos de explícita exclusão
sofridos, então, no meio espírita por este órgão e pelos integrantes da instituição
que o edita, poderá medir o quanto o processo de mudança é doloroso. Mas, isso também está passando. Mesmo que
persistam sinais de rejeição, manifestados pelo silêncio e aparente
desconhecimento de nosso labor, já não se registram expressões tais como: “eles
não são espíritas” ou “são os inimigos internos do espiritismo”. Há, também,
sinais concretos de mudanças nos meios que nos combatiam.
É em nome desse
progresso de ideias – ao fim e ao cabo, ele é sempre irresistível! -, que, ao
ensejo do XXI Congresso Espírita Pan-Americano, no qual estamos inseridos,
convidamos a todos os espíritas realmente sinceros para um trabalho conjunto e
respeitoso em prol das ideias básicas que unem. Afinal, temos muito mais coisas
em comum do que divergências que justifiquem os muros divisórios levantados. O
Congresso de Santos mostrará isso. Sem renunciar a esse jeito novo de fazer
espiritismo. (A Redação)
O Congresso, a Verdade
e o Tempo
A verdade é filha do tempo, não da
autoridade. Francis Bacon
Nem tudo o que for
dito e exposto no XXI Congresso Espírita Pan-Americano deve ser tomado como
verdade. Um congresso espírita, como qualquer conclave humano, pode ser sempre
um esforço no caminho da busca da verdade, e não a pretensiosa proclamação da
mesma.
Certamente é com esse
ânimo que se encontrarão em Santos espíritas de diversos países do mundo.
Compartilharão desse mesmo sentimento expositores e ouvintes - que ali serão
também debatedores - e a própria instituição promotora do evento. A
credibilidade e o respeito que a Confederação Espírita Pan-Americana está
granjeando no meio espírita livre-pensador se assenta, aliás, justamente, em sua
postura doutrinária. A entidade, em todos os seus eventos, tem proclamado sua
inteira adesão a todos os postulados básicos do espiritismo – existência de
Deus, imortalidade do espírito e sua comunicabilidade, pluralidade de
existências e de mundos habitados – e a aceitação das renovadoras consequências
éticas daí derivadas. Reconhece, no entanto, que todos esses princípios podem
ser interpretados de diferentes formas e, sempre, estarão a reclamar ajustes e
retificações, a partir dos novos conhecimentos da ciência e do avanço da
própria capacidade humana de reelaborá-los e interpretá-los.
Assim é especialmente
no que diz respeito ao postulado da reencarnação, tema central do Congresso da
CEPA, a se realizar este mês, no Brasil. Mecanismo intimamente ligado à grande
lei da evolução, por si só infinita, a reencarnação oferece um amplo horizonte
de pesquisas e estudos. A programação do evento contempla todos os grandes
setores do pensar e do agir humano. Convida à inserção da lei palingenética
tanto no campo individual como coletivo. Contempla-a como mecanismo de
aprimoramento moral do ser humano, mas também como possível inspiradora de um
novo paradigma científico capaz de desbravar caminhos para o conhecimento.
Tema de tanta
complexidade e de tão vastas aplicações não pode ser reduzido a um artigo de
fé. Tampouco cabe ser tratado como um mandamento divino de domínio de uma
instituição humana que, auto investida da condição de detentora da verdade, se
arrogue a autoridade de normatizar interpretações rígidas e condutas pessoais
uniformes. Não é a partir dessa postura que se caminha em busca da verdade.
Esta para ser aprimorada no intelecto e no coração do homem exige deste uma
certa dose de modéstia e alguma audácia inovadora.
Pensamos que a
programação do Congresso da CEPA, em Santos, reflete e sintetiza esses dois
requisitos, modéstia e audácia. Para quem acha que o processo de atualização do
espiritismo exige que, de uma hora para outra, se elenquem verdades novas a
substituírem as vigentes, convém lembrar que só o tempo é o senhor da razão. De
nós o tempo exige precisamente isso: a ação responsável da busca e a prudência
de não tomarmos como definitivos aqueles mesmos conceitos que, hoje, nos
pareçam adequados ao tempo por nós vivido.
É também importante aceitarmos que, embora irmanados pela condição de
espíritas, cada indivíduo e cada agrupamento da grande família espírita mundial
vive seu respectivo tempo. Respeite-se, pois, o pluralismo natural que a
própria lei da reencarnação explica. Com isso, mesmo na divergência,
avançaremos no campo da fraternidade. E esse avanço, por si só, já será um
valioso ganho no processo da atualização.
Espiritismo e Bíblia
Impressiona-me a
preocupação de alguns autores e articulistas espíritas em buscar,
invariavelmente, os fundamentos de todas as questões e interpretações espíritas
na Bíblia judaico-cristã. Passam a ideia de que, se não for explicado
biblicamente, o espiritismo carece de fundamentos e de credibilidade.
Reconheço que essa
pode ter sido, em alguma medida, a preocupação de Allan Kardec na árdua tarefa
de fazer, no Ocidente, a transição das ideias relativas ao espírito do universo
da crença para o da razão. Em medida ainda maior, foi a preocupação de
pioneiros do espiritismo brasileiro, como Luis Olimpio Teles de Menezes,
Bezerra de Menezes e outros católicos fervorosos que, de repente, se viram
tocados pelas ideias espíritas, a elas aderindo, sem, no entanto, abdicarem da
fé cristã, coisa tida como de apostasia e de execrável ateísmo, naqueles
tempos.
Terreno neutro
Está mais que na hora
de romper com o atavismo fideísta e nos libertarmos dessa tutela cerceadora. Em
tempos onde viceja um espiritualismo pluralista, livre-pensador, cada vez mais
desvinculado dos dogmas e das implicações religiosas, o espiritismo encontra
amplos horizontes para se firmar como o “terreno neutro”, proposto por Kardec,
onde as crenças cedem lugar à razão e onde algumas vertentes de uma ciência
emergente se encaminham para o abono das propostas espíritas. É hora de
aprofundar a ideia de que espiritualidade e religião são coisas diferentes.
Enquanto aquela, no mundo contemporâneo, se firma como valor filosófico
compartilhado por todos quantos reconhecem a primazia da consciência/espírito
sobre a matéria, a religião se apresenta como intérprete de um mundo
sobrenatural, capaz de derrogar, com prodígios e milagres, a lei divina ou
natural. Dessa prerrogativa que lhes garante poder e fortuna, aqui, e a
custódia da chave das portas do céu e do inferno, no além, as religiões não
abdicam. Isso as afasta da genuína e natural espiritualidade.
Reencarnação e cristianismo
A generosa ideia da
reencarnação é incompatível com o cristianismo. Essa é a tese que levo ao XXI
Congresso Espírita Pan-Americano, em Santos.
Ao estruturá-lo, dando-lhe a feição
sedimentada nestes seus 2.000 anos de história, Paulo de Tarso blindou o
cristianismo contra qualquer especulação reencarnacionista: “o homem está
destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo”. (Epístola aos
Hebreus). A ideia central e inderrogável do cristianismo é a da salvação pela
graça. Todo o arcabouço cristão sustenta-se no mito da queda do homem pelo
pecado original e consequente necessidade de um redentor que lhe devolva, por
misericórdia, e em troca da crença e da adoração, o estado de graça e a
beatitude eterna. Qualquer visão de Deus, de homem e de mundo que se oponha a
isso deixa de ser cristã. A reencarnação opõe-se frontalmente aos principais
fundamentos bíblicos.
O cristianismo primitivo
Dizer que o
espiritismo é a revivescência do cristianismo primitivo também não procede. É a
negação de seu caráter moderno e progressista. A História do pensamento anda
para frente e não para trás. Os primeiros cristãos, por mais generosos e
solidários que fossem, tinham uma visão pobre e equivocada acerca do destino do
homem e do mundo. Acreditavam no fim dos tempos, a acontecer, logo ali adiante,
na geração seguinte. Só eles seriam salvos. Todos os que não fossem batizados e
cressem em Jesus Cristo estariam irremediavelmente condenados. Isso também é
bíblico. E cristão. Bem diferente da mensagem humanista de um certo Jesus de
Nazaré que não fundou qualquer religião e nunca foi cristão.
Consolador,
sim — Prometido, talvez
Néventon Vargas, membro da ASSEPE (Associação de
Estudos e Pesquisas Espíritas de João Pessoa) e delegado da CEPA (Confederação
Espírita Pan-Americana) em João Pessoa – PB.
Uma questão que me
intriga e que se repete em minha mente constantemente é a decisão de Allan
Kardec, nosso insigne mestre de Lion, ter identificado no Espiritismo a
promessa feita por Jesus há dois mil anos.
Consultando o Houaiss
verifiquei que o sentido da palavra “consolador”, abstendo-se, evidentemente,
das conotações figuradas e religiosas, cabe perfeitamente para o Espiritismo.
Não pretendo,
entretanto, fazer aqui uma defesa da adjetivação, pois isso já está feito com
brilhantismo n’O Evangelho Segundo o Espiritismo e nas outras obras escritas
por Kardec. Aliás, tal caráter é devidamente explorado e bem definido em toda
quarta parte d’O Livro dos Espíritos, intitulada “Das Esperanças e Consolações”.
Mas, “consolador” é
apenas um adjetivo que pode ser precedido de muitos substantivos. O problema
começa a aparecer quando a palavra é usada como substantivo, seja para designar
o Espiritismo, seja para identificar qualquer outra filosofia, ideia, pessoa,
religião, etc. Qualquer uso nesse sentido o tornará absoluto, o que é
incompatível com um mínimo de modéstia e humildade. Eu acrescento ainda com
bastante segurança que tal designação é extremamente pretensiosa.
Uma postura dessa
natureza não se encaixa na Filosofia Espírita, que é, acima de tudo,
libertadora e nunca deveria nos aprisionar a dogmas e a expressões
cristalizadas que comprometem o seu caráter eminentemente progressista.
Até agora, só me
referi à palavra “consolador”. Agrava-se o problema quando se adjetiva o
substantivo com a palavra “prometido”. Esta forma está expressa n’O Evangelho
Segundo o Espiritismo, no seu capítulo 6 e a sua defesa foi feita nos itens 3 e
4 pelo próprio Kardec. Tal identificação coloca o Espiritismo como o herdeiro direto
de Jesus, à revelia das religiões cristãs, criando um antagonismo totalmente
desnecessário.
Respeito
profundamente Allan Kardec, mas me recuso a designar o Espiritismo como “O
Consolador Prometido”. Não estou afirmando que ele está errado. Estou dizendo
que posso até aceitar que a Doutrina Filosófica e Moral, chamada Espiritismo,
seja realmente aquilo que Jesus pensava quando, segundo a citação no Evangelho
(João 14:15 a 17 e 26), disse que o Pai enviaria outro Consolador. O que não
aceito é repetir e propagar isso, a exemplo das religiões salvacionistas que
pregam serem a única verdade e o único caminho para a salvação.
Não precisamos
despender muito tempo em pesquisas para encontrarmos inúmeros exemplos na
história e até na atualidade de posturas extremamente perniciosas para a
evolução da humanidade, em que nações, grupos ou indivíduos se acham detentores
do poder e da verdade, únicos “escolhidos de Deus” para elevar o homem à
santidade. A consequência disso tem sido o estímulo ao segregacionismo e ao
preconceito que levam, invariavelmente, às guerras coletivas e individuais.
Não há dúvida que o
fundador do Espiritismo é importante referência, já que propõe as bases da
filosofia espírita. Seu maior mérito, entretanto, é reconhecer o seu caráter
progressivo e que as aparentes contradições se desfazem pela análise do
conjunto. Cabe aos espíritas dar continuidade à evolução sem buscar
freneticamente encontrar a verdade nas palavras de Kardec a fim de sancionar as
próprias ideias. Não há base para nos definirmos como espíritas apenas
aceitando irrestritamente os escritos de Kardec. Ser espírita não é um conceito
acabado, embora haja, evidentemente, um consenso mínimo entre os espíritas. Mas
todos são diferentes entre si e se modificam com o tempo, não havendo
autoridade que detenha o poder de definir quem é ou não espírita. Por isso nos consideramos em perfeita
harmonia com o perfil do grande Rivail ao discordarmos de posturas extremamente
religiosas e, pior, fundamentalistas, que interpretam de forma absoluta a
expressão “consolador prometido”, transformando-a em um “dogma da fé espírita”.
É hora de o homem
abrir a sua mente para as diversidades e aprender com elas. É hora de o
Espiritismo rever conceitos e posturas que estejam criando obstáculos às
relações humanas. Afinal, se ele não é uma seita, se os seus princípios são
universais, se a sua busca constante é pela verdade, ele não é exclusividade dos
espíritas. Ele é do homem para o homem, dos espíritos para os espíritos,
independente de qualquer rótulo, tempo e/ou espaço.
A Contribuição do
CCEPA
e dos gaúchos ao
Congresso de Santos
Uma
delegação de cerca de 20 companheiros do Centro Cultural Espírita de Porto
Alegre comparecerá ao XXI Congresso Espírita Pan-Americano de Santos, de 5 a 9
de setembro deste ano.
O Diretor do Departamento Doutrinário do CCEPA, Salomão Jacob Benchaya, será coordenador da mesa redonda que desenvolve o tema “As diferentes teorias reencarnacionistas: convergências e singularidades face à teoria espírita”.
O colaborador do CCEPA, Moacir Costa de Araújo Lima apresentará trabalho no Fórum de Temas Livres, sob o título de “A Ciência Contemporânea e o Espiritismo”.
Espíritas das cidades
gaúchas de Pelotas, Santa Maria e Ilópolis, como, igualmente de Florianópolis,
SC, juntam-se à caravana do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
O dirigente da S.E.Casa da Prece, de Pelotas, Homero Ward da Rosa, também contribuirá com o Fórum de Temas Livres, abordando “Reflexões Inquietantes sobre a Reencarnação”.
Palestras de setembro e outubro no CCEPA
A palestra da
primeira segunda-feira de setembro (dia 3, às 20h30) está a cargo do expositor Rogério H. Feijó Pereira, com o tema
“Interligações Psíquicas na Construção do Eu”.
Na terceira
quarta-feira de setembro (dia 19, 15h) e na primeira segunda-feira de outubro
(dia 2, 20h30min), no espaço das palestras públicas, os participantes do
Congresso de Santos repercutirão os temas ali tratados.
XXI Congresso da CEPA
Quero cumprimentar, através deste
órgão de divulgação, todos os espíritas que estão trabalhando para a realização
do XXI Congresso Espírita Pan-Americano, cuja programação tem sido publicada
nesse jornal.
A ideia de se fazer um congresso
versando todo ele sobre reencarnação é muito oportuna. Não frequento nenhum
centro espírita e também não tenho nenhuma religião, mas acredito na
reencarnação e penso que ela explica muitas aparentes injustiças e que o ditado
popular de que Deus escreve direito por linhas tortas é muito verdadeiro. Penso
que a diferença cultural e até socioeconômica existente entre os espíritas e os
crentes de outras denominações, conforme foi destacado na matéria de capa desse
jornal em sua edição passada, deriva justamente de sua capacidade de entenderem
essa lei natural da reencarnação. A reencarnação realmente faz a diferença na
vida das pessoas.
Fabiano Henriques de
Tude
– Chapecó/SC.
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