quinta-feira, 7 de agosto de 2014

OPINIÃO - ANO XX - Nº 221 - AGOSTO 2014

CCEPA Opinião – 20 anos!
Há exatos 20 anos, era publicada a edição número 1 do jornal do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.

Fazendo e registrando a história
A princípio, ele se apresentou apenas como Opinião. Depois, marcando sua condição de intérprete do pensamento do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, passou a se identificar como CCEPA Opinião. Decorridos 20 anos, o pequeno mensário editado na capital gaúcha é apontado como o principal veículo do segmento espírita livre-pensador que, no Brasil e Exterior, sem pretensão de trabalhar com “verdades” prontas e acabadas, desenvolve reflexões, estudos e debates, com base nas propostas científicas, filosóficas, éticas e sociais do espiritismo. O labor criterioso desse segmento vem consolidando um movimento de ideias que elegeu como uma de suas metas primordiais a atualização do espiritismo. CCEPA Opinião teve o privilégio de registrar todos os episódios que marcaram as duas décadas em que esse movimento se consolidou, no Brasil. Em janeiro de 1999, passou a encartar em suas edições o boletim Cepa Brasil, substituído por América Espírita desde que o editor de Opinião assumiu a presidência da Confederação Espírita Pan-Americana. Concluídos os dois mandatos de Milton Medran (2000/2008) na presidência da CEPA, seu sucessor, o argentino Dante López, e atuais dirigentes, entenderam de manter o boletim da Confederação encartado neste jornal, que, assim, aqui segue redigido e editado.

Algumas incompreensões e muitos avanços
O nascimento de Opinião coincidiu com importante acontecimento da história do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre. No mesmo ano, atendendo a convite do então presidente da CEPA, Jon Aizpurua, o CCEPA aderia à Confederação Espírita Pan-Americana, organismo internacional que, como este grupo porto-alegrense, guarda perfil progressista, laico e livre-pensador, compatível com as ideias espíritas semeadas por Allan Kardec. A adesão do CCEPA à CEPA determinaria, no ano seguinte, sua suspensão dos quadros da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, por ato unilateral da FERGS que alegou não concordar com seu “direcionamento ético e administrativo”. Mesmo suspenso dos quadros federativos, o CCEPA formulou convite à presidência da FERGS para o XVIII Congresso Espírita Pan-Americano que, em outubro de 2000, sob sua organização, a CEPA realizou em Porto Alegre, com o tema “Deve o Espiritismo Atualizar-se?”. A FERGS declinou do convite “por considerar inaceitável o tema proposto” e, em circular às casas federadas, seu então presidente, Nilton Stamm de Andrade, lhes recomendou “não mais cederem espaço em suas tribunas aos expositores vinculados ao Centro Cultural Espírita de Porto Alegre” e “não dar circulação ao boletim Opinião” em razão dos “conceitos revisionistas que ali sistematicamente são divulgados e que desconsideram o caráter religioso do Espiritismo”.
 Apesar da histórica posição assumida pela FERGS, “CCEPA Opinião” tem tido, nestes 20 anos, crescente aceitação em todo o movimento espírita. Também, alguns centros federados nunca deixaram de convidar os integrantes do CCEPA como seus palestrantes. São indícios de que as propostas doutrinárias da entidade, veiculadas em seu órgão oficial, encontram guarida em mentes progressistas, felizmente presentes em todos os segmentos espíritas. O CCEPA e este jornal têm defendido a possibilidade do diálogo e do trabalho conjunto entre os diversos segmentos que têm por base comum os princípios basilares da doutrina espírita. Só o estudo e o debate franco de ideias, numa perspectiva progressista, ausentes a censura e a discriminação, podem contribuir com o avanço das ideias semeadas por Kardec e seu legado de: “trabalho, solidariedade e tolerância”.




Um trabalho coletivo
Há quem pense que faço este jornal sozinho. Não é assim. Sou apenas intérprete das experiências e do pensamento de uma pequena instituição espírita quase octogenária, mas que, irrequieta, não para de se renovar. Sempre que redijo uma notícia ou um editorial, sou tocado por reflexões ali feitas e, especialmente, pela contribuição intelectual dos integrantes do Conselho Editorial: Jones, Salomão, Rui e, mesmo à distância, Néventon. O último, graças à instantaneidade da comunicação, interage conosco, numa comunhão de ideias e projetos.
Quando achávamos ter ficado sós e isolados, face aos episódios que marcaram o início da trajetória deste mensário, descobrimos um rico manancial de ideias progressistas, que regurgitavam em pontos diferentes dos continentes americano e europeu, apontando no rumo de um espiritismo renovado, fundado, sempre, nos alicerces kardecianos. No Brasil, Jaci Regis e o Grupo de Santos haviam sido pioneiros. Depois, a CEPA, e na sua esteira, a CEPABrasil: instituições que com memoráveis congressos, fóruns e encontros, oferecem subsídios às ideias aqui sintetizadas.
A fase atual de minha vida privilegiou-me com um de seus mais inestimáveis recursos: o tempo. A disponibilidade deste, e, ainda, o ânimo e a saúde, têm me permitido priorizar a atividade espírita. Vou a, praticamente, todos os eventos que nosso segmento promove, para, aqui, registrar seus históricos avanços. Assim, e às vezes sem o saber, os companheiros que compõem esse movimento de ideias, tornam-se parceiros do trabalho materializado nas escassas páginas deste jornal. A mim resta apenas dar forma a essa comunhão de pensamento. É um laço, estreitando-se, ano a ano, num grupo que se amplia e fortalece. Conto, além disso, com a inestimável colaboração de Maurice Herbert Jones que, diagramando-o, dá corpo ao CCEPA Opinião, tornando mais acessível seu espírito.
Obrigado, pois, a todos, por termos estado juntos nestes 20 anos! Especialmente aos articulistas e, também, à comunidade de espíritos que, sem a aura de “superiores”, porque tão humanos quanto nós, nos têm, nitidamente, apoiado nessa caminhada. (Milton R. Medran Moreira).
         



Reflexões Pós-Copa
“Duas coisas me enchem a alma de admiração: o céu estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim”. Immanuel Kant.

Passou a Copa do Mundo, sem o registro de qualquer ato de racismo, nos estádios. Foi uma festa de congraçamento entre nações, culturas e etnias. A seleção alemã ofereceu magnífico exemplo de convivência e integração com as culturas indígena e negra, que fazem a riqueza da Bahia. Foi lindo vê-los comemorando o título com dança ensinada pelos pataxós de Santa Cruz Cabrália. A integração germânica com os brasileiros fez com que a maioria de nossa gente torcesse e festejasse com eles a conquista, esquecendo a humilhação daqueles 7 a 1. E não era de esquecer?
Mas, empolgados com a Copa, poucos recordaram a efeméride do dia 2 de julho: o cinquentenário de marcante vitória da comunidade negra estadunidense. Naquele dia, em 1964, Lyndon Johnson sancionava a Lei dos Direitos Civis, proibindo a segregação racial no país. Em alguns Estados, vigoravam, até então, legislações vergonhosas amparando o racismo. Não foi fácil aos negros norte-americanos chegar até ali. Anos antes, em 1955, uma mulher negra, Rosa Parks, em Montgomery, no Alabama, embarcou num ônibus, sentando-se num dos lugares exclusivos para brancos. Isso mesmo: há apenas 50 anos ainda era assim, no Alabama. Os primeiros bancos dos coletivos destinavam-se exclusivamente a brancos. Negros só poderiam sentar-se nos dos fundos.  Rosa foi instada a levantar-se e se negou. Acabou presa por sua rebeldia. Começava ali uma luta que, na década seguinte, daria lugar à histórica lei que fez 50 anos.
Diante de cenas de vandalismo, depredações, por mascarados que protestam, sem que se saiba exatamente contra o quê, ultimamente comuns entre nós, recordem-se figuras como Mahatma Ghandi, Martin Luther King e Rosa Parks. Ativistas da não violência, valeram-se da desobediência civil pacífica para mudar a história, lutando contra a discriminação, as desigualdades e a prepotência dos poderosos, então amparados em leis flagrantemente injustas. Para protestar contra o racismo, Rosa Parks não se escondeu atrás de máscara, nem tomou de armas. Sequer fez passeatas. Limitou-se a ficar sentada.
Boa ótica para medir o avanço ético da humanidade - sistematicamente negado por muitos - é observar o avanço das leis em direção à justiça. É um movimento progressivo que ninguém consegue deter e que, cedo ou tarde, atinge todas as culturas. Quem apregoa o retrocesso moral da humanidade não percebe a presença de uma consciência coletiva de inestimável grandeza a reger a história. Ela está fadada a vencer o pior inimigo do ser humano, e que vive escondido em sua alma: o egoísmoA filosofia espírita identifica a justiça com a lei natural -”a única verdadeira para a felicidade do homem” (L.E.q.614) -, gravada “na consciência” deste e que, por isso, independe de “revelações”(621-a). Allan Kardec chegou a aventar a hipótese de a humanidade reger-se exclusivamente pela lei natural, sem “o concurso das leis humanas” (q.794). Immanuel Kant, falecido no ano em que Rivail nasceu, raciocinara na mesma linha, ao identificar a lei moral presente dentro de si, tão admiravelmente concreta e fascinante quanto o espetáculo natural de um céu estrelado. Crer em Deus e não acreditar na perfectibilidade de sua obra e na justiça de suas leis naturais é incompatível com a verdadeira espiritualidade.
Quem apregoa o retrocesso moral da humanidade não percebe a presença de uma consciência coletiva a reger a história.






Rubem Alves – 1934/2014
O mês de julho de 2014, que acaba de ficar para trás, assinalou a morte de três imortais. Partiram os escritores Ivan Junqueira, João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna, todos integrantes da Academia Brasileira de Letras. A literatura brasileira ficou mais pobre com essas perdas.
Mas, para mim, a perda mais sentida do mês foi a de Rubem Alves. Talvez a nenhum escritor da história recente do Brasil coubesse melhor o título de imortal do que a esse mineiro de alma doce e fala mansa, nascido na cidade de Boa Esperança, e que, por 80 anos, passeou pela Terra, tendo, como dizia, “um caso de amor com a vida”. Pediu que, quando morresse, fosse cremado: “as cinzas podem ser soltas ao vento ou colocadas como adubo na raiz de uma árvore. Assim, posso virar nuvem ou flor”. E que ninguém dissesse que ele foi para o céu: “o céu me dá calafrios”, escreveu.

Teólogo e educador inconformado
Teólogo e ex-pastor da Igreja Presbiteriana, após abandonar a religião, Rubem Alves foi por muitos definido como ateu. A quem, apressadamente, assim o classificava escreveu, certa vez: “Muitos pensam que eu não acredito em Deus. Como não acreditar em Deus se há jardins? Um jardim é a face visível de Deus, e essa face me basta”.  Liberto das amarras dos dogmas, afirmou, numa oportunidade: “Para pensar sobre Deus, deixei de ler os teólogos, leio os poetas”. Dizia que Deus nos deu as asas do pensamento para voar, mas os homens inventaram as religiões, gaiolas que nos aprisionam.
Educador, professor emérito da UNICAMP, Rubem Alves abandonou tudo para fundar um restaurante, onde servia a autêntica comida mineira e podia conviver com seus amigos. Disse, numa entrevista: “o mundo acadêmico é um lugar perigoso, onde se torna difícil cultivar o próprio pensamento”. Para ele, escolas deveriam existir não para ensinar respostas, mas perguntas: “Somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido”.
A alma
Rubem definia a alma como uma borboleta: “Há um instante em que uma voz nos diz que chegou o momento da grande metamorfose”.  Mas, identificava almas muito especiais, como a de seu conterrâneo Nelson Freire, por ele tido como “o maior pianista vivo”. Em memorável documentário que pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=eBomNDrqn1s ,  Rubem relata um fato marcante na vida de ambos: certo dia, levado por sua mãe, Nelson, que tinha só três anos de idade, foi à casa dele, onde havia um piano, no qual estava aberta uma partitura de música erudita. O garoto sentou-se ao piano e, com dedinhos de feltro, executou aquela peça musical. Rubem, que não tinha respostas prontas, mas perguntas instigantes, questionava: “Donde vem aquela sabedoria sobre piano, de um menino de 3 anos?”. Para ele, almas assim, eram privilegiadas de Deus. Rubens que, em criança alimentara o sonho de ser pianista, lamentava que Deus não o privilegiara com essa aptidão, mas, em compensação, permitiu-lhe fazer música através da poesia.

Imortal
Em carta deixada com um amigo, lida em sua despedida, Rubem Alves escreveu que não tinha medo da morte, embora tivesse medo de morrer, porque “o morrer pode ser doloroso e humilhante”. Indagador que era, formulou, na carta, esta pergunta à morte: “Voltarei para o lugar onde estive sempre antes de nascer, antes do Big Bang?”. E complementou: “Durante esses bilhões de anos, não sofri e não fiquei aflito para que o tempo passasse. Voltarei para lá até nascer de novo”.
Palavras de um verdadeiro imortal.





Ao Opinião, com carinho e gratidão
Homero Ward da Rosa, Presidente da Associação Brasileira
de Delegados e Amigos da CEPA.

“Quando se vê, já se passaram ...”
Vinte anos!

O jornal Opinião, produzido no CCEPA- Centro Cultural Espírita de Porto Alegre está aniversariando, consolidado como um dos principais veículos de divulgação do Espiritismo genuinamente kardecista, livre-pensador, laico, plural e humanista.
 Um veículo de divulgação com as características do jornal Opinião enfrenta muitas dificuldades junto ao movimento espírita brasileiro, predominantemente religioso. Em sua breve trajetória, o jornal já transpôs muitos obstáculos e enfrentou corajosamente opositores poderosos. No momento mais tenso de sua história, foi alvo de censura ideológica. A Federação Espírita do Rio Grande do Sul expediu a circular nº. 66/99, direcionada às casas espíritas federadas, desaconselhando a leitura, assinatura, e mesmo a circulação do jornal entre os espíritas. Pior do que isto, só mesmo a atitude subserviente de alguns centros espíritas que, argumentando obediência à referida orientação, pediram ao CCEPA que não mais lhes enviasse o jornal.
Se por um lado atitudes lamentáveis como essas reafirmavam o sectarismo religioso do movimento espírita naquele momento, por outro lado fortaleceram a certeza de que o Opinião cumpria o seu papel, promovendo uma higiênica reflexão crítica das ideias kardecistas, voltadas ao esclarecimento do Espírito humano para a liberdade responsável. A fé raciocinada espírita é, de fato, inconciliável com o autoritarismo religioso que viceja na submissão fideísta.
A marcha do tempo é transformadora e se lá no início o jornal visava um pequeno público, uma reduzida tiragem, talvez situada regionalmente, hoje o seu conteúdo e o do encarte América Espírita não só conquistaram um razoável número de assinantes, como podem ser lidos em qualquer país do mundo, via Internet.
Quando próximo a completar 20 anos, o jornal passou a denominar-se CCEPA Opinião.  Alcança à maioridade, preservando uma característica marcante: divulgar o Espiritismo como uma obra humana e humanista, que liberta pelo conhecimento, pela consciência da complexa realidade evolutiva do Espírito.     
A CEPABrasil se regozija com a equipe do CCEPA Opinião por esse trabalho meritório,  liderado por Milton Rubens Medran Moreira, atual presidente do CCEPA, editor e colunista do jornal, a quem estendemos as palavras do nosso saudoso poeta Mário Quintana, em O Tempo: “A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa”.

Amigos, muita vida e longo tempo ao CCEPA Opinião!

Ainda sobre os 150 anos do E.S.E
Roberto Rufo – Tecnólogo, Licenciado em Filosofia, Santos/SP.

Ouso me intrometer em tão rico debate sobre os 150 anos de lançamento do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo. (*)

Herculano Pires na explicação inicial da tradução feita por ele de O Evangelho Segundo o Espiritismo (LAKE Editora - 52ª edição) assinala claramente que “O Livro dos Espíritos nos apresenta a Filosofia Espírita em sua inteireza, O Livro dos Médiuns a Ciência Espírita em seu desenvolvimento e o Evangelho nos oferece a base e o roteiro da Religião Espírita".
Não me parece surpresa, portanto, que o livro tornou-se referência de um religiosismo exacerbado e infelizmente acabou resumindo em muitos casos o Espiritismo a esse único viés. Basta uma leitura atenta dos periódicos dos "meios oficiais espíritas".
Quanto à questão lógica se seria fruto de uma época ou corolário de uma obra inteira, sempre achei que a terceira parte de O Livro dos Espíritos dava conta plenamente do que poderíamos chamar de moral e ética espíritas, onde Jesus de Nazaré é, inclusive, apresentado como modelo nessas duas áreas.
Caso não existissem outros livros e sobrassem apenas no mundo O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, qualquer leigo ao tomar contato com eles conheceria o que é o Espiritismo.
Lembremos que em 1.863 Kardec sofreu uma intensa campanha da Igreja, o que me parece fundamental para, em 1.864, publicar o Evangelho. Tomou para si uma tarefa de explicar e analisar versículos dos evangelhos canônicos para lhes dar uma contextualização espírita. Seu sucesso no Brasil foi estrondoso, por ser facilmente digerível pela mentalidade religiosa cristã. Tanto que o próprio Herculano Pires defendia como uma das metas do Espiritismo reviver o cristianismo.
Certa ocasião um meu professor de filosofia na Universidade Católica de Santos, padre José Lourenço D'Aragão Araújo, conhecedor de que eu era espírita, disse-me que, no começo da introdução do Espiritismo no Brasil, houve um certo temor da Igreja por parecer tratar-se de uma ideia racional-espiritualista. Quando, no entanto, com o passar dos anos, ao verificar que o Espiritismo nada mais era do que uma religião, passou o temor, pois segundo ele, em termos de religião o catolicismo seria imbatível.
            
Talvez o encadeamento das obras de Kardec possa parecer lógico e necessário, mas penso que a partir do Evangelho, as obras kardequianas  foram uma sequência de respostas a condições de pressões e temperaturas da época (segunda metade do século XIX). A nova ideia incomodava o poder religioso.

Finalizo com uma parte do texto inserido no prefácio de O Evangelho Segundo o Espiritismo, transmitida pelo Espírito da Verdade:
- "As grandes vozes do céu ressoam como o toque da trombeta, e os coros dos anjos se reúnem. Homens, nós vos convidamos ao divino concerto: que vossas mãos tomem a lira, que vossas vozes se unam, e, num hino sagrado, se estendam e vibrem, de um extremo do Universo ao outro". É o cântico da vitória pela meta alcançada da publicação do livro. No O Livro dos Espíritos não se viu tamanho júbilo. Dali em diante o Espiritismo se viu invadido por esse tipo de linguagem.

*Ver edições 218 e 219 deste jornal.





Os termos Espiritismo e Espírita no blog de Herivelto
Herivelto Carvalho
Recente manifestação do intelectual espírita Herivelto Carvalho (Ibatiba/ES), na coluna “Opinião do Leitor” (“Espíritas: Um pequeno contingente”, junho/2014), motivou convite do editor de CCEPA Opinião para que ele produzisse artigo a ser publicado neste jornal. O trabalho enviado por Herivelto, entretanto, com o título de “A Complexidade da Acepção dos Termos Espiritismo e Espírita” excede o espaço destinado à publicação de artigos. Por isso, convidamos os leitores a lerem essa interessante matéria no blog do autor: http://oespiritismoanalisado.blogspot.com.br/2014/07/a-complexidade-da-acepcao-dos-termos_21.html.
Segundo Herivelto Carvalho “há grande dificuldade para se chegar a um consenso sobre uma definição mais precisa do que seja o Espiritismo”, pois, “geralmente as definições são dadas por grupos que já tem estabelecidas suas ideologias, e assim, buscam definir o Espiritismo de forma a adequá-lo às suas próprias convicções. Falta, portanto, uma definição isenta e imparcial, mais centrada nas dimensões histórica e sociológica da cultura espírita. A perspectiva livre-pensadora do Espiritismo pode contribuir para a ampliação de uma pesquisa nessa área, pois evitando o aparecimento de dogmas de qualquer natureza, pode estabelecer, sem obstáculos, o desenvolvimento de uma análise mais nítida de sua natureza e fundamentação”.

“Amo, logo existo” – Tema de Semana Espírita
Com o sugestivo tema “Amo, logo existo! O desafio do amor no mudo contemporâneo”, a S.E. Amor e Caridade, de Osório/RS, realiza, de 20 a 25 de outubro próximo, sua XV Semana Espírita.

Quatro conferencistas convidados, tratarão do amor, sob diferentes ângulos:
Moacir Costa de Araújo Lima: “Amor, a Arte de Viver” (20/10, às 20h);
Milton R. Medran Moreira: “A Filosofia Espírita e o Amor” (22/10, às 20h);
Diógenes Camargo: “Fronteiras entre Amor e Ódio” (23/10, às 20h);
Luiz Carlos May Jr. : “Os Desafios do Amor na Vida Familiar” (25/10, às 15h).

Jerri Ameida
O presidente da Sociedade Espírita Amor e Caridade, de Osório, Jerri Almeida, organizador da XV Semana Espírita, será um dos expositores do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita, que acontece de 5 a 7 de Setembro, no Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, onde abordará o tema: O Espiritismo e o Mundo Líquido Moderno.





O Echo d’Alêm Tumulo – 145 anos
Prezado Milton, lendo interessante matéria no Opinião no. 220, de julho de 2014, intitulada: "'O Écho de'Além-Túmulo' - 145 anos.", no que tange ao importante comentário de Kardec, somente desejo ponderar que o referido texto encontra-se na Revista Espírita de "Novembro" de 1869 e não na de junho conforme consta na matéria. 
Abraços!
Jerri  Almeida – Osório/RS. - www.jerrialmeida.blogspot.com.br/

Nota do editor: Agradecemos a colaboração de Jerri Almeida. Registramos, entretanto, que a coleção da “Revista Espírita” publicada no Brasil pela Edicel,  abrangeu, as edições dos meses de janeiro a junho de 1869, como sendo “Os escritos finais de Kardec” (pags. 1 e 2). É na edição de junho que consta a notícia do aparecimento do “Eco”, embora reproduzida ali como tendo sido publicada “no número de outubro de 1869” (pag. 199).

A Reencarnação e os grandes pensadores
Maravilhoso o texto em Opinião em Tópicos de julho (CCEPA Opinião n.220). Grandes pensadores só fortificam minha fé na reencarnação. Muita luz!
Bethania Amaral Emmerich – Cariacica/ES.


2 comentários:

  1. Meu Deus, vivi para ler um jornal produzido por pretensos "espíritas" relativizar e banalizar a prática nefasta do aborto (!), quase chegando ao ponto de levantar sua bandeira, mas citando Kardec para despiste (!!), quando não se omite por completo de sua crítica pública. Espíritas progressistas (limpinhos e cheirosinhos), laicos (ou poderiam ser "lacaios") e "livres-pensadores" (como um táxi?)?! Uau, que bicho é esse? Esse mantra é uma auto definição (ou auto engano) ou um álibi conveniente? Sem dúvida, trata-se, na prática, de mais uma linha auxiliar do esquerdismo petista, minando, por dentro, tal qual um cavalo-de-tróia, o Movimento Espírita Brasileiro. Assim como foram os padrecos da Escatologia da Libertação, no catolicismo, e são, agora, os protestantes adeptos da Teologia da Missão Integral (ao petismo). "O lobo muda de pelo, mas não de hábitos", não é mesmo? Chioro, como você e seu grupo são previsíveis e repetitivos. Rezo a Deus, para que tenha misericórdia desse nosso país cada vez mais obtuso e inviável como civilização.

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  2. Meu Deus, vivi para ler um jornal produzido por pretensos "espíritas" relativizar e banalizar a prática nefasta do aborto (!), quase chegando ao ponto de levantar sua bandeira, mas citando Kardec para despiste (!!), quando não se omite por completo de sua crítica pública. Espíritas progressistas (limpinhos e cheirosinhos), laicos (ou poderiam ser "lacaios") e "livres-pensadores" (como um táxi?)?! Uau, que bicho é esse? Esse mantra é uma auto definição (ou auto engano) ou um álibi conveniente? Sem dúvida, trata-se, na prática, de mais uma linha auxiliar do esquerdismo petista, minando, por dentro, tal qual um cavalo-de-tróia, o Movimento Espírita Brasileiro. Assim como foram os padrecos da Escatologia da Libertação, no catolicismo, e são, agora, os protestantes adeptos da Teologia da Missão Integral (ao petismo). "O lobo muda de pelo, mas não de hábitos", não é mesmo? Chioro, como você e seu grupo são previsíveis e repetitivos. Rezo a Deus, para que tenha misericórdia desse nosso país cada vez mais obtuso e inviável como civilização.

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