VIII Fórum do Livre-Pensar Espírita:
“Desafio
ao desânimo e à desesperança”
Um tema muito oportuno
Para Homero Ward da Rosa (Pelotas/RS), presidente da Associação
Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA – CEPABrasil – o VIII Fórum do Livre-Pensar Espírita (Salvador/BA, 26 a 28/5/2017)
“desafia o desânimo, enfrenta a desesperança e rechaça a acomodação, ao propor Caminhos
Éticos do Espiritismo – Reflexões
sob uma perspectiva laica, humanista e livre-pensadora, como seu tema
central”.
Homero lembra que “o grande paradoxo dos
dias atuais situa-se entre os avanços admiráveis da ciência e da tecnologia que
contrastam com a lentidão da evolução moral da humanidade”.
Bahia – a
sede do Fórum
O Fórum será realizado na sede do TELMA – Teatro Espírita Leopoldo
Machado. A Comissão Organizadora é composta por Júlio Nogueira, presidente do TELMA, Lucas Sampaio, diretor doutrinário do TELMA e Rodrigo Almeida, delegado da CEPA em
Salvador-BA, com o apoio da CEPABrasil.
Todas as informações sobre o Fórum, bem como as inscrições, estão
disponíveis via internet, no site: http://www.telma.org.br/viii-forum-do-livre-pensar-espirita.html
As muitas
dimensões do espiritismo
O Fórum da Bahia começa com uma conferência do ex-presidente da
CEPA, Milton Medran Moreira (Porto
Alegre/RS), sobre A Dimensão Laica, Humanista e Livre-Pensadora do Espiritismo.
Da programação consta também uma conferência do escritor paulista Paulo Henrique de Figueiredo: A Teoria Esquecida de Allan Kardec.
Nos três dias do evento, pensadores de diferentes regiões do Brasil, como a
presidente da CEPA, Jacira Jacinto da
Silva (São Paulo), o presidente da Federação Espírita da Bahia, André Luiz Peixinho (Salvador,BA), o
escritor Wilson Garcia (Recife/PE),
os médicos Ademar Arthur Chioro dos Reis
e Alcione Moreno (São Paulo), o diretor administrativo da
CEPA Mauro de Mesquita Spínola (São
Paulo), dissertarão e debaterão com os participantes do evento sobre temas como
justiça e cidadania, intolerância, política, saúde, mediunidade, numa
perspectiva progressista e livre-pensadora, à luz da obra de Allan Kardec. A
ex-integrante do Conselho Nacional da Saúde e que representou a CEPABrasil
naquele órgão, Sandra Regis (Santos/SP)
abordará o tema “A Saúde Mental no Brasil”. Participarão, ainda, os expositores
Jailson Lima de Mendonça (Santos/SP),
os baianos Djalma Argollo, Lucas Sampaio, Rodrigo Almeida e Sérgio
Maurício, e também Néventon Vargas (João
Pessoa/PB), todos abordando temas de palpitante atualidade.
Não à intolerância
“Caminhos
do Espiritismo em tempos de
intolerância – Múltiplos olhares sobre a Doutrina Kardequiana”, é uma das mesas redondas do VIII Fórum do Livre-Pensar Espírita.
Não poderia haver tema mais atual para um evento que elegeu como temática
central a ética.
O
mundo está carente de ética. O Brasil, particularmente, vive uma grave crise
ética, de dimensões profundas. Na raiz de todas as crises da atualidade
subjazem motivações ligadas à intolerância, seja esta de viés político, social,
ideológico, étnico ou religioso.
As
instituições espíritas, por sua vez, não estão imunes a sentimentos de intolerância
e discriminação. E esse é um tema que ainda não foi convenientemente enfrentado
no meio espírita.
Três
ilustres pensadores espíritas se dispuseram a levar sua contribuição, com
diferentes enfoques, acerca da intolerância: André Luiz Peixinho, presidente da Federação Espírita do Estado da
Bahia, abordará “Superando a intolerância dos saberes pela cosmovisão
espírita”; Mauro de Mesquita Spínola, diretor administrativo da CEPA, enfocará
“O espiritismo ante a
intolerância da sociedade de informação”; e Wilson Garcia, jornalista e escritor com larga contribuição pessoal
a diferentes segmentos do movimento espírita, se ocupará do tema “Espiritismo organizado e intolerância dialógica”.
Quando
nações, povos, instituições ou grupos humanos de qualquer natureza
encastelam-se em suas ideias, projetos, crenças ou pretensas verdades,
desconhecendo a existência de quem pensa diferente e se negando, mesmo, a
qualquer tentativa de diálogo, estão trilhando o caminho da intolerância.
Os
caminhos éticos do espiritismo, definitivamente, vão em sentido oposto. O Fórum
da Bahia quer por eles transitar. (A
Redação)
Em
1857, quando, em Paris, Allan Kardec lançava a primeira edição de O Livro dos Espíritos, praticamente
todos os países europeus mantinham em seus estatutos criminais a pena de morte
como regra.
Corajosamente,
a obra fundadora da doutrina espírita, antecipando-se àquilo que seria uma
tendência dos países civilizados, condenava vigorosamente a pena capital. A
edição definitiva de O Livro dos
Espíritos, lançada em 1860, em resposta à pergunta de se a pena de morte,
algum dia, desapareceria das legislações, abonou o que já estava subentendido
na indagação de Kardec, com esta resposta: “A pena de morte desaparecerá
incontestavelmente e sua supressão assinalará um progresso da humanidade”.
(L.E.q.760).
Registre-se,
a propósito disso, que Portugal foi o primeiro país europeu a abolir, poucos
anos após, a malfadada pena capital. Há 150 anos, em 1867, por ato do rei Luís,
era promulgada a Lei da Reforma Penal que punha fim àquela prática. Na ocasião,
o grande romancista francês, Victor Hugo, humanista e espírita convicto,
manifestou-se em carta publicada na primeira página do Diário de Notícias, de
Lisboa: “Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa
glória. A Europa imitará Portugal”.
Apesar
das ponderações de O Livro dos Espíritos
e do imortal autor de Os Miseráveis,
os países europeus, em sua maioria, levaram ainda décadas para, sucessivamente,
suprimirem essa medida desumana e desconforme com os fins humanistas que devem
nortear todas as legislações penais. Felizmente, hoje, uma das exigências da
própria União Europeia para a admissão de países àquela comunidade de nações é
a da vedação em suas Constituições da pena capital. Sinal de progresso.
Mesmo
diante dessa consciência coletiva da moderna civilização, em tempos de intensa
criminalidade, como estes vividos no Brasil, ainda se levantam vozes apregoando
a pena capital como medida saneadora da violência. Há também quem a proponha
como solução aplicável aos crimes de corrupção e a todos aqueles classificados
como delitos do “colarinho branco”, tão frequentes, hoje, entre maus políticos
e empresários no Brasil.
À
luz de um espiritualismo humanista, reformador e progressista, onde se insere a
proposta espírita, aquela jamais será uma solução. Urgente mesmo e cada vez
mais necessária é uma reforma ética a iluminar pessoas e instituições. As
práticas ontem vigentes, inspiradas na barbárie, materialista e inconsistente,
ou no fundamentalismo religioso, vingativo e intolerante, é que desembocaram
nas consequências amargas hoje por nós vivenciadas.
Urge
priorizar a educação, a ética privada e pública, a justiça social, a política
em prol do bem público, em todos os níveis e em todas as práticas. Esses
fatores, quando levados a sério, reduzirão drasticamente a criminalidade. É
ainda a questão 760 de O Livro dos
Espíritos que complementa a resposta dada por um interlocutor de Kardec:
“Quando os homens forem mais esclarecidos, a pena de morte será completamente
abolida da Terra. Os homens não terão mais necessidade de ser julgados pelos
homens. Falo de uma época que ainda está muito longe de vós”.
A proposta espírita pode muito contribuir para o advento e a vivência plena dessa era.
A proposta espírita pode muito contribuir para o advento e a vivência plena dessa era.
Por cinco reais
Chamou minha atenção,
junto à calçada da pequena loja de artigos religiosos, entre imagens de santos,
orixás e ervas para curar todos os males do corpo e da alma, o cartaz com os
dizeres: “Saiba o que você foi na última encarnação, por cinco reais”. O
anúncio era de um livreto que, combinando astrologia e numerologia, prometia
respostas aos leitores curiosos sobre as vidas que ficaram para trás.
– Que pena – pensei –
que uma tese tão séria como a das vidas sucessivas do espírito possa ser
deturpada desse jeito!
Presença
forte na cultura dos povos
Povos de sólidas
tradições em espiritualidade, como chineses, japoneses e hindus, de há muito,
têm a questão da reencarnação incorporada a suas vidas.
Pensadores gregos como
Sócrates e Platão; ou, da modernidade, como Schopenhauer, Leibnitz, Jung, e
tantos outros, fizeram da imortalidade do espírito e de suas vidas sucessivas
pontos fundamentais de reflexões filosóficas e estudos psíquicos.
Jesus de Nazaré, mesmo
que outras interpretações tenham sido dogmatizadas pelo cristianismo, não
poderia ter sido mais claro, ao dizer a Nicodemos que “é preciso nascer de novo
para atingir o reino dos céus”.
Um estudo
que avança
Na contemporaneidade,
Ian Stevenson, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virginia,
abriu um notável campo de estudos e pesquisas sobre casos sugestivos de
reencarnação. Partiu de experiências concretas vividas por crianças de diversas
partes do mundo com lembranças materializadas em sinais presentes em seus
corpos ou certificadas pelo reconhecimento de antigos familiares ainda em nosso
plano. O trabalho corajosamente inaugurado por Stevenson prossegue na mesma
Universidade, sob a coordenação do psiquiatra Jim Tucker. Com semelhante linha de
atuação, o brasileiro Hernani Guimarães de Andrade, o indiano Hemendra Nath Barnerjee,
o suíço Karl E. Muller, o islandês Erlendur Haraldsson, e muitos outros sérios
estudiosos do mundo inteiro, teceram um magnífico conjunto de elementos capazes
de desafiar as bases tanto do reducionismo materialista quanto do dogmatismo
religioso que, em conluio, rejeitam, combatem ou ridicularizam a tese
reencarnacionista.
Perspectivas
contemporâneas
Com todo esse substrato
cultural, científico, filosófico e sociológico, a hipótese da palingenesia
emerge como sustentáculo de um novo paradigma a dirimir velhas questões que,
desde sempre, desafiam o conhecimento humano. Aprisioná-la nos mistérios do
ocultismo, da numerologia ou da astrologia, ou encarcerá-la no mundo dos mitos
e das crendices, é reduzir o extraordinário potencial que a reencarnação
oferece na busca de uma nova era do conhecimento.
Boa mostra da
multidisciplinaridade reencarnacionista está no livro “Perspectivas
Contemporâneas da Reencarnação”, reunindo trabalhos do Congresso da CEPA,
realizado em Santos/SP (2012).
A obra, editada pela
CEPA Brasil e o CPDoc - http://www.cpdocespirita.com.br/ - sinaliza no sentido
de que o espiritismo pode contribuir para uma visão atualizada e progressista
da reencarnação.
Participação do CCEPA
em
eventos culturais
A primeira participação
do CCEPA em eventos culturais acontece em 1987, no período de 31 de outubro a 2
de novembro, em Curitiba, numa promoção denominada “XIX – Século de
Kardec”, levada a efeito pelo Centro
Espírita “Luz Eterna”, em comemoração aos 40 anos de sua fundação.
Desde 1989, quando tem
início o Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita (SBPE), o CCEPA tem sido
uma presença destacada, com numerosas delegações e com apresentação de
trabalhos, em todas as suas edições.Nos dias de 7 a 11 de outubro de 1998, 27
integrantes do CCEPA – a maior delegação dentre os grupos de brasileiros -
participam da XIII Conferência Regional Espírita Pan-Americana, evento
patrocinado pela CEPA, em Maracay-Venezuela, cujo tema central foi “Respostas
do Espiritismo aos Problemas do Mundo Atual”.
De 14 a 17 de novembro
de 2002, ocorreu em São Paulo-SP, a XIV Conferência Regional Espírita da CEPA
com a temática “Atualizar para Permanecer”. O CCEPA participou com 21 de seus
integrantes, dentre eles toda a sua Diretoria. Também esteve representado na XV
Conferência, em 2006 (Miami, Flórida, USA).
Nos dias 19, 20 e 21 de
janeiro de 2001, teve lugar no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo,
SP, o 1º ENCOESP – Encontro Espírita, promovido pela USE – União das Sociedades
Espíritas do Estado de São Paulo, com a participação de 26 instituições
espíritas especializadas.
O ENCOESP consistiu de
palestras, conferências, seminários, workshops, demonstração de pintura
mediúnica, apresentação de comunicações obtidas através da transcomunicação
instrumental, mostras de arte, além de uma grande feira do livro espírita, com
cerca de 20 editoras espíritas. Nessa feira ocorreu o lançamento do livro “A
CEPA e a Atualização do Espiritismo”, que o CCEPA publicou contendo os
principais trabalhos apresentados no Congresso de Porto Alegre (2000). A
Confederação Espírita Pan-Americana, desde os primeiros momentos em que a USE
idealizou o I ENCOESP dispôs-se a participar do evento, dando-lhe pleno e cabal
apoio
.
.
Lamentavelmente, o II
ENCOESP não chegou a ser realizado em decorrência da reação de segmentos
conservadores do movimento espírita. Um dos motivos dessa reação foi a presença
da CEPA no megaevento paulista.
O CCEPA
se fez presente nos últimos congressos da CEPA: em 2004, na cidade argentina de
Rafaela; em 2008, em San Juan, Porto Rico; em 2012, em Santos-SP; em 2016, em
Rosario, Argentina, além de Encontros cepeanos na Europa e Fóruns organizados
pela CEPABrasil.
Albert Einstein – 1879/1955
“Não consigo conceber um Deus pessoal
que tenha influência direta nas ações dos indivíduos ou que julgue as criaturas
da sua própria criação.
Minha religiosidade consiste numa
humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco
que conseguimos compreender sobre o mundo passível de ser conhecido.
Essa convicção profundamente emocional
da presença de um poder superior racional, que se revela nesse universo
incompreensível, forma a minha ideia de Deus”.
(Do livro "The world as I see
it" - Nova York, 1949)
O Diário de Santa Maria,
órgão pertencente ao Grupo RBS, editado na cidade gaúcha de Santa Maria/RS, em
sua edição de 12.4.2017, registrou a passagem dos 90 anos de fundação da
Sociedade Espírita Estudo e Caridade – Lar de Joaquina. A matéria da repórter Joyce Noronha entrevistou Luiz Gustavo Rodrigues, presidente
daquele tradicional centro espírita da cidade, sintetizando o histórico da
mesma.
A Sociedade foi fundada em 1927 por Joaquina de Carvalho e Guilhermina de Almeida, com o intuito de ajudar crianças carentes. A primeira sede da instituição foi na casa de Joaquina, na Rua Barão do Triunfo, em Santa Maria. Em seguida, a entidade foi alojada na Avenida Presidente Vargas, 1.920, onde está até hoje.
A Sociedade foi fundada em 1927 por Joaquina de Carvalho e Guilhermina de Almeida, com o intuito de ajudar crianças carentes. A primeira sede da instituição foi na casa de Joaquina, na Rua Barão do Triunfo, em Santa Maria. Em seguida, a entidade foi alojada na Avenida Presidente Vargas, 1.920, onde está até hoje.
Por muitos anos, a SEEC foi
dirigida apenas por mulheres. A fundadora Joaquina morreu oito anos após a
fundação da entidade, quando foi homenageada com o acréscimo de seu nome ao da
entidade que fundou. Esta, além de atividades doutrinárias, com ênfase nas
obras de Allan Kardec, mantém uma grande obra social bastante admirada e
prestigiada pela sociedade santa-mariense.
Conferência
de Medran em Santa Maria transferida para junho
O editor deste jornal, Milton Medran Moreira, como noticiamos
em nossa edição do mês passado, foi convidado a proferir palestra na Sociedade
Estudo e Caridade, de Santa Maria, em comemoração aos 90 anos da instituição.
A data, inicialmente marcada
para 29 de abril, por motivo de força maior, foi transferida para o próximo 17
de junho, na sede da SEEC, com o tema “Moral e Ética – uma abordagem espírita”.
Filósofo, defensor do
humanismo, Luc Ferry (foto) foi ministro da Educação na França. Suas ideias foram-me
apresentadas no SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, em trabalho
de Ricardo de Morais Nunes, a quem sou muito grata.
No livro “A Revolução do Amor, por uma
espiritualidade laica”, Ferry registra:
“O amor é o novo grande princípio da nossa existência. Todo
mundo sabe, todo mundo sente. O menos óbvio, e que é o tema deste livro, é que
esse novo poder do amor está revolucionando os princípios fundadores da
filosofia e da política.
O cosmos dos gregos,
o deus das religiões monoteístas, a razão e os direitos do humanismo
republicano pairavam acima da vida sentimental.
Tardiamente, a paixão pouco a pouco substituiu os antigos
valores. Quem morreria, pelo menos no Ocidente, por Deus, pela pátria, pela
revolução? Ninguém ou quase ninguém. Mas por aqueles que amamos seríamos
capazes de tudo. Para além do humanismo das Luzes e de seus críticos, para além
de Kant e Nietzsche, uma nova espiritualidade laica nasce da sacralização do
ser humano por meio do amor”.
Referindo que o amor é
que dá sentido a nossa existência, acredita que a indiferença parece cada vez
menos defensável.
A obra se divide em
três capítulos principais: I – Theoria
ou análise do mundo contemporâneo no qual nossa existência adquire sentido. II
– Ética ou doutrina do bem e do mal, do
justo e do injusto. III – Soteriologia
ou doutrina da salvação, da sabedoria e da espiritualidade laica.
Esta tripartição se
desdobra do seguinte modo:
I – Theoria – Filosofia da
globalização. Os traços característicos do tempo presente. Aqui o autor explicitará
a globalização, prós e contras, a desconstrução das tradições, a importância do
nascimento do casamento por amor. O impacto que trouxe para a humanidade.
II – Ética – Faz uma breve
história da ética, das cinco visões morais do mundo que dominaram o pensamento
e a vida ocidentais. São elas: 1- A ética aristocrática dos antigos, 2 - A
moral judaico-cristã e a ruptura com o universo aristocrático, 3 - A ética
republicana - a crítica da moral aristocrática, a secularização do cristianismo
e o nascimento do primeiro humanismo. 4 - A ética da desconstrução, o culto da
autenticidade e da diferença. 5 - O nascimento de um segundo humanismo.
III – Sabedoria
dos modernos e espiritualidade laica – As consequências espirituais do segundo
humanismo, o surgimento do sagrado com face humana e suas consequências.
De forma objetiva e com
a construção do pensamento em conjunto com o leitor, Ferry nos leva a refletir
a importância das emoções e da afetividade no mundo de hoje e, principalmente,
a conquista de sentimentos mais elevados pelo ser humano, o ideal do amor, da
fraternidade e da simpatia.
Ressalta a importância
do respeito pelo outro, benevolência, generosidade e bondade.
Constrói o pensamento
desde a sabedoria cósmica à sabedoria do amor, onde o princípio do amor é mais
forte que todos os antigos focos de sentido (cosmos, divindade, cogito
racionalista).
Descreve como o amor dá
sentido se não às nossas vidas, pelo menos “em” nossas vidas.
“É preciso habitar o
instante, não deixar que ele passe em vão, usar o tempo para acolhê-lo, sem
precipitação, mas rápido o bastante para que o momento precioso não se perca
sem proveito. Apressar-se lentamente”.
E reflete: “Sem dúvida, nossas crianças ainda
conhecerão guerras motivadas pelo fanatismo e pelo fundamentalismo. Todavia,
não é nem o egoísmo nem a busca cega dos interesses que poderão salvar o mundo,
mas a lógica da fraternidade e da ajuda mútua, do prazer de dar, mais do que de
tomar”.
Em contraposição ao
pessimismo que permeia a humanidade nos dias de hoje, abre uma janela para
olharmos o mundo de uma forma diferente.
Kardec já nos levava a
esta reflexão, a de que vamos construindo um mundo com menos egoísmo e menos
orgulho. Claro que não na velocidade que gostaríamos, mas progredindo:
"Não
podem os homens ser felizes, se não viverem em paz, isto é, se não os animar um
sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocas. A
caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres
sociais; uma e outra, porém, pressupõem a abnegação. Ora, a abnegação é
incompatível com o egoísmo e o orgulho; logo, com esses vícios, não é possível
a verdadeira fraternidade, nem, por conseguinte, igualdade, nem liberdade, dado
que o egoísta e o orgulhoso querem tudo para si....". (R.E.
Julho/1869)
Cada vez mais seres
humanos se importam com seu semelhante, amam seus entes queridos e superam
dificuldades para ajudar os seus e o próximo.
Na Revista Espírita de
1860 há uma comunicação de Abelardo – “Amor e Liberdade”, que diz: “É pelo amor e pela liberdade que o
Espírito se aproxima de Deus. Pelo amor desenvolve, em cada existência, novas
relações que o aproximam da humildade; pela liberdade escolhe o bem que o
aproxima de Deus. O reino do constrangimento e da opressão acabou; começa o da
razão, da liberdade, do amor fraterno. Não é mais pelo medo e pela força que os
poderes da Terra adquirirão, de agora em diante, o direito de dirigir os
interesses morais, espirituais e físicos dos povos, mas pelo amor da liberdade”.
Que possamos
desenvolver o amor, nos livrando das amarras do egoísmo e do orgulho.
Para terminar, cito Cora
Coralina: “O saber a gente aprende com os
mestres e com os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os
humildes”.
VIII Congresso Andaluz de Espiritismo
Espanhóis
promovem Congresso
para
debater reencarnação
Com a temática “Nacer, Morir, Renacer, Progresar”, a Asociación Andaluza Espírita Amália Domingo Soler (Andaluzia – Espanha), promove, de 27 a 29 de outubro próximo, o VIII Congresso Andaluz de Espiritismo.
Com a temática “Nacer, Morir, Renacer, Progresar”, a Asociación Andaluza Espírita Amália Domingo Soler (Andaluzia – Espanha), promove, de 27 a 29 de outubro próximo, o VIII Congresso Andaluz de Espiritismo.
Antecedendo a programação que
versa sobre reencarnação, haverá uma Jornada sobre “Sociedades Espíritas e
Mediunidade”, a cargo da AIPE – Associação Internacional para o Progresso do
Espiritismo, sob a coordenação de Rosa
Diaz Outeriño, presidente da AIPE. Essa atividade está prevista para a
tarde de sexta-feira (27).
]Nos dias seguintes, 28 e 29,
diversas mesas redondas, painéis e conferências tratarão do tema
reencarnacionista, sob os mais diversos ângulos. Expositores de diversos
países, como Mercedes Garcia de la Torre
(Espanha), Yolanda Clavijo (Venezuela) e José Lucas (Portugal), além de outros, suscitarão reflexões sobre as
vidas sucessivas do espírito.
Para maiores informações sobre
inscrição, participação, hospedagem, etc., consultar o site da entidade
promotora – www.andaluciaespiritsta.org ou
pelo e-mail andaluciaespiritis@gmail.com .
A programação completa do VIII
Congresso Andaluz de Espiritismo está no boletim Andaluzía Espiritista, editado pela Associação Andaluza Espírita
Amália Domingo Soler, que pode ser acessado gratuitamente no site da
instituição.
No CCEPA Curso Básico
gera
novo grupo de Estudos
Sob a coordenação de Marcelo Cardoso Nassar e Clarimundo Flores, encerrou-se, na
noite de 26 de abril, mais um Curso Básico de Espiritismo, desenvolvido às 4as.
feiras, no horário das 19h30min. às 20h45min, desde o dia 22/3. Dos 28
participantes, 15 manifestaram interesse em continuar os estudos no CCEPA e
passaram a integrar um novo grupo sob a denominação de CIBEE - Ciclo Básico de
Estudos Espíritas, instalado em 3/5. Na foto, o presidente do CCEPA, Salomão Benchaya, e os coordenadores do
curso.
Revista “A la luz del Espiritismo”
Revista “A la luz del Espiritismo”
A última edição da
revista “A la luz del Espiritismo”,
editada pela Escuela Espírita Allan Kardec, traz como matéria de capa
“Espiritismo y Derechos Humanos”, um criterioso trabalho sobre as conexões da
doutrina espírita com os direitos fundamentais do ser humano.
A Escuela Espírita
Allan Kardec, sediada em Porto Rico, é filiada à CEPA – Associação Espírita
Internacional. No seu site, abaixo, é possível conhecer melhor a história e as
atividades desenvolvidas pela entidade, assim como ler a revista e seus números
anteriores.
Livros espíritas em espanhol
Por iniciativa do Centro Barcelonês de Cultura Espírita
(Barcelona, Espanha), e com a colaboração da CEPA e de Ediciones CIMA
(Venezuela), acabam de ser publicadas duas importantes obras espíritas em
língua espanhola: “El Espiritismo del
Siglo XXI” e “Muerte Renacimiento
Evolución – Una Biología Trascendental”.
O primeiro reúne
trabalhos apresentados por pensadores espíritas da Europa e das Américas, por
ocasião do II Encontro Espírita Iberoamericano (maio/2014), na cidade de Salou,
Tarragona, evento que teve como tema central “O Espiritismo no Século XXI”.
Já, “Muerte Ranacimiento Evolución” é
tradução de conhecida obra do Hernani
Guimarães de Andrade, engenheiro brasileiro responsável por uma série de
pesquisas e publicações na área de parapsicologia, especialmente sobre
reencarnação.
Pedidos podem ser
feitos, por via postal para “C/Niça, 18/20, 08024, Barcelona (España)”, ou pelo
telefone +34.659.572.145, ou, ainda, pelo e-mail: cbce@cbce.info .
Em
Santos, uma Caminhada pela Paz
O 12º Fórum Espírita do
Livre-Pensar da Baixada Santista, iniciativa anual dos centros espíritas
ligados à CEPA daquela região litorânea acabou, este ano, com uma alegre
caminhada pela paz.
A caminhada, pela
principal avenida da costa praiana de Santos terminou em frente ao monumento a
Allan Kardec, na praça que leva o nome do fundador do espiritismo, na Ponta da
Praia.
O presidente da
CEPABrasil, Homero Ward da Rosa, que
participou do evento, enviou à nossa redação registro fotográfico da Caminhada
que aconteceu no último dia 21 de abril, em Santos/SP.
XV SBPE – Inscrições estão abertas
Estão abertas as
inscrições para o XV Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, tradicional
promoção do Instituto Cultural Kardecista de Santos.
Para inscrever
trabalhos, os interessados deverão enviar uma sinopse até o dia 30 de junho,
juntamente com um breve currículo do autor.
As inscrições para
participar do Simpósio deverão ser feitas junto ao Instituto Cultural
Kardecista de Santos – Rua Evaristo da Veiga, 211, Santos/SP, podendo ser
utilizado o e-mail ickardecista1@terra.com.br ou o telefone (13)
33247321.
Editorial do CCEPA Opinião
Sobre o editorial de
abril do CCEPA Opinião (“Um Outro
Brasil é Possível”), o editorialista do órgão oficial do Centro Cultural
Espírita sempre no lance certo e
demonstrando muito bom senso.
Nícia Cunha - Cuiabá/MT (via
Facebook).
Um Outro Brasil é Possível
Parabéns
pelo editorial “Um Outro Brasil é Possível” (edição 250 de CCEPA Opinião). Como sempre, ponderadas e fundamentadas reflexões.
Excelente!
Homero Ward da Rosa – Pelotas/RS (via Facebook)
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