segunda-feira, 15 de maio de 2017

OPINIÃO - ANO XXIII - Nº 251 MAIO 2017

VIII Fórum do Livre-Pensar Espírita:
“Desafio ao desânimo e à desesperança”

Um tema muito oportuno
Para Homero Ward da Rosa (Pelotas/RS), presidente da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA – CEPABrasil – o VIII Fórum do Livre-Pensar Espírita (Salvador/BA, 26 a 28/5/2017) “desafia o desânimo, enfrenta a desesperança e rechaça a acomodação, ao propor Caminhos Éticos do Espiritismo – Reflexões sob uma perspectiva laica, humanista e livre-pensadora, como seu tema central”.
Homero lembra que “o grande paradoxo dos dias atuais situa-se entre os avanços admiráveis da ciência e da tecnologia que contrastam com a lentidão da evolução moral da humanidade”.

Bahia – a sede do Fórum
O Fórum será realizado na sede do TELMA – Teatro Espírita Leopoldo Machado. A Comissão Organizadora é composta por Júlio Nogueira, presidente do TELMA, Lucas Sampaio, diretor doutrinário do TELMA e Rodrigo Almeida, delegado da CEPA em Salvador-BA, com o apoio da CEPABrasil.
Todas as informações sobre o Fórum, bem como as inscrições, estão disponíveis via internet, no site:  http://www.telma.org.br/viii-forum-do-livre-pensar-espirita.html

As muitas dimensões do espiritismo
O Fórum da Bahia começa com uma conferência do ex-presidente da CEPA, Milton Medran Moreira (Porto Alegre/RS), sobre A Dimensão Laica, Humanista e Livre-Pensadora do Espiritismo. Da programação consta também uma conferência do escritor paulista Paulo Henrique de Figueiredo: A Teoria Esquecida de Allan Kardec. Nos três dias do evento, pensadores de diferentes regiões do Brasil, como a presidente da CEPA, Jacira Jacinto da Silva (São Paulo), o presidente da Federação Espírita da Bahia, André Luiz Peixinho (Salvador,BA), o escritor Wilson Garcia (Recife/PE), os médicos Ademar Arthur Chioro dos Reis e Alcione Moreno (São Paulo), o diretor administrativo da CEPA Mauro de Mesquita Spínola (São Paulo), dissertarão e debaterão com os participantes do evento sobre temas como justiça e cidadania, intolerância, política, saúde, mediunidade, numa perspectiva progressista e livre-pensadora, à luz da obra de Allan Kardec. A ex-integrante do Conselho Nacional da Saúde e que representou a CEPABrasil naquele órgão, Sandra Regis (Santos/SP) abordará o tema “A Saúde Mental no Brasil”. Participarão, ainda, os expositores Jailson Lima de Mendonça (Santos/SP), os baianos Djalma Argollo, Lucas Sampaio, Rodrigo Almeida e Sérgio Maurício, e também Néventon Vargas (João Pessoa/PB), todos abordando temas de palpitante atualidade.




Não à intolerância
Caminhos do Espiritismo em tempos de intolerânciaMúltiplos olhares sobre a Doutrina Kardequiana”, é uma das mesas redondas do VIII Fórum do Livre-Pensar Espírita. Não poderia haver tema mais atual para um evento que elegeu como temática central a ética.

O mundo está carente de ética. O Brasil, particularmente, vive uma grave crise ética, de dimensões profundas. Na raiz de todas as crises da atualidade subjazem motivações ligadas à intolerância, seja esta de viés político, social, ideológico, étnico ou religioso.
As instituições espíritas, por sua vez, não estão imunes a sentimentos de intolerância e discriminação. E esse é um tema que ainda não foi convenientemente enfrentado no meio espírita.

Três ilustres pensadores espíritas se dispuseram a levar sua contribuição, com diferentes enfoques, acerca da intolerância: André Luiz Peixinho, presidente da Federação Espírita do Estado da Bahia, abordará “Superando a intolerância dos saberes pela cosmovisão espírita”; Mauro de Mesquita Spínola, diretor administrativo da CEPA, enfocará “O espiritismo ante a intolerância da sociedade de informação”; e Wilson Garcia, jornalista e escritor com larga contribuição pessoal a diferentes segmentos do movimento espírita, se ocupará do tema “Espiritismo organizado e intolerância dialógica”.

Quando nações, povos, instituições ou grupos humanos de qualquer natureza encastelam-se em suas ideias, projetos, crenças ou pretensas verdades, desconhecendo a existência de quem pensa diferente e se negando, mesmo, a qualquer tentativa de diálogo, estão trilhando o caminho da intolerância.

Os caminhos éticos do espiritismo, definitivamente, vão em sentido oposto. O Fórum da Bahia quer por eles transitar. (A Redação)









Em 1857, quando, em Paris, Allan Kardec lançava a primeira edição de O Livro dos Espíritos, praticamente todos os países europeus mantinham em seus estatutos criminais a pena de morte como regra.

Corajosamente, a obra fundadora da doutrina espírita, antecipando-se àquilo que seria uma tendência dos países civilizados, condenava vigorosamente a pena capital. A edição definitiva de O Livro dos Espíritos, lançada em 1860, em resposta à pergunta de se a pena de morte, algum dia, desapareceria das legislações, abonou o que já estava subentendido na indagação de Kardec, com esta resposta: “A pena de morte desaparecerá incontestavelmente e sua supressão assinalará um progresso da humanidade”. (L.E.q.760).

Registre-se, a propósito disso, que Portugal foi o primeiro país europeu a abolir, poucos anos após, a malfadada pena capital. Há 150 anos, em 1867, por ato do rei Luís, era promulgada a Lei da Reforma Penal que punha fim àquela prática. Na ocasião, o grande romancista francês, Victor Hugo, humanista e espírita convicto, manifestou-se em carta publicada na primeira página do Diário de Notícias, de Lisboa: “Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória. A Europa imitará Portugal”.

Apesar das ponderações de O Livro dos Espíritos e do imortal autor de Os Miseráveis, os países europeus, em sua maioria, levaram ainda décadas para, sucessivamente, suprimirem essa medida desumana e desconforme com os fins humanistas que devem nortear todas as legislações penais. Felizmente, hoje, uma das exigências da própria União Europeia para a admissão de países àquela comunidade de nações é a da vedação em suas Constituições da pena capital. Sinal de progresso.

Mesmo diante dessa consciência coletiva da moderna civilização, em tempos de intensa criminalidade, como estes vividos no Brasil, ainda se levantam vozes apregoando a pena capital como medida saneadora da violência. Há também quem a proponha como solução aplicável aos crimes de corrupção e a todos aqueles classificados como delitos do “colarinho branco”, tão frequentes, hoje, entre maus políticos e empresários no Brasil.

À luz de um espiritualismo humanista, reformador e progressista, onde se insere a proposta espírita, aquela jamais será uma solução. Urgente mesmo e cada vez mais necessária é uma reforma ética a iluminar pessoas e instituições. As práticas ontem vigentes, inspiradas na barbárie, materialista e inconsistente, ou no fundamentalismo religioso, vingativo e intolerante, é que desembocaram nas consequências amargas hoje por nós vivenciadas.

Urge priorizar a educação, a ética privada e pública, a justiça social, a política em prol do bem público, em todos os níveis e em todas as práticas. Esses fatores, quando levados a sério, reduzirão drasticamente a criminalidade. É ainda a questão 760 de O Livro dos Espíritos que complementa a resposta dada por um interlocutor de Kardec: “Quando os homens forem mais esclarecidos, a pena de morte será completamente abolida da Terra. Os homens não terão mais necessidade de ser julgados pelos homens. Falo de uma época que ainda está muito longe de vós”.

A proposta espírita pode muito contribuir para o advento e a vivência plena dessa era.






Por cinco reais
Chamou minha atenção, junto à calçada da pequena loja de artigos religiosos, entre imagens de santos, orixás e ervas para curar todos os males do corpo e da alma, o cartaz com os dizeres: “Saiba o que você foi na última encarnação, por cinco reais”. O anúncio era de um livreto que, combinando astrologia e numerologia, prometia respostas aos leitores curiosos sobre as vidas que ficaram para trás.
– Que pena – pensei – que uma tese tão séria como a das vidas sucessivas do espírito possa ser deturpada desse jeito!

Presença forte na cultura dos povos
Povos de sólidas tradições em espiritualidade, como chineses, japoneses e hindus, de há muito, têm a questão da reencarnação incorporada a suas vidas.
Pensadores gregos como Sócrates e Platão; ou, da modernidade, como Schopenhauer, Leibnitz, Jung, e tantos outros, fizeram da imortalidade do espírito e de suas vidas sucessivas pontos fundamentais de reflexões filosóficas e estudos psíquicos.
Jesus de Nazaré, mesmo que outras interpretações tenham sido dogmatizadas pelo cristianismo, não poderia ter sido mais claro, ao dizer a Nicodemos que “é preciso nascer de novo para atingir o reino dos céus”.

Um estudo que avança
Na contemporaneidade, Ian Stevenson, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virginia, abriu um notável campo de estudos e pesquisas sobre casos sugestivos de reencarnação. Partiu de experiências concretas vividas por crianças de diversas partes do mundo com lembranças materializadas em sinais presentes em seus corpos ou certificadas pelo reconhecimento de antigos familiares ainda em nosso plano. O trabalho corajosamente inaugurado por Stevenson prossegue na mesma Universidade, sob a coordenação do psiquiatra Jim Tucker. Com semelhante linha de atuação, o brasileiro Hernani Guimarães de Andrade, o indiano Hemendra Nath Barnerjee, o suíço Karl E. Muller, o islandês Erlendur Haraldsson, e muitos outros sérios estudiosos do mundo inteiro, teceram um magnífico conjunto de elementos capazes de desafiar as bases tanto do reducionismo materialista quanto do dogmatismo religioso que, em conluio, rejeitam, combatem ou ridicularizam a tese reencarnacionista.

Perspectivas contemporâneas
Com todo esse substrato cultural, científico, filosófico e sociológico, a hipótese da palingenesia emerge como sustentáculo de um novo paradigma a dirimir velhas questões que, desde sempre, desafiam o conhecimento humano. Aprisioná-la nos mistérios do ocultismo, da numerologia ou da astrologia, ou encarcerá-la no mundo dos mitos e das crendices, é reduzir o extraordinário potencial que a reencarnação oferece na busca de uma nova era do conhecimento.
Boa mostra da multidisciplinaridade reencarnacionista está no livro “Perspectivas Contemporâneas da Reencarnação”, reunindo trabalhos do Congresso da CEPA, realizado em Santos/SP (2012).

A obra, editada pela CEPA Brasil e o CPDoc - http://www.cpdocespirita.com.br/ - sinaliza no sentido de que o espiritismo pode contribuir para uma visão atualizada e progressista da reencarnação.





Participação do CCEPA
em eventos culturais
A primeira participação do CCEPA em eventos culturais acontece em 1987, no período de 31 de outubro a 2 de novembro, em Curitiba, numa promoção denominada “XIX – Século de Kardec”,  levada a efeito pelo Centro Espírita “Luz Eterna”, em comemoração aos 40 anos de sua fundação.

Desde 1989, quando tem início o Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita (SBPE), o CCEPA tem sido uma presença destacada, com numerosas delegações e com apresentação de trabalhos, em todas as suas edições.Nos dias de 7 a 11 de outubro de 1998, 27 integrantes do CCEPA – a maior delegação dentre os grupos de brasileiros - participam da XIII Conferência Regional Espírita Pan-Americana, evento patrocinado pela CEPA, em Maracay-Venezuela, cujo tema central foi “Respostas do Espiritismo aos Problemas do Mundo Atual”.

De 14 a 17 de novembro de 2002, ocorreu em São Paulo-SP, a XIV Conferência Regional Espírita da CEPA com a temática “Atualizar para Permanecer”. O CCEPA participou com 21 de seus integrantes, dentre eles toda a sua Diretoria. Também esteve representado na XV Conferência, em 2006 (Miami, Flórida, USA).

Nos dias 19, 20 e 21 de janeiro de 2001, teve lugar no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, SP, o 1º ENCOESP – Encontro Espírita, promovido pela USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, com a participação de 26 instituições espíritas especializadas.

O ENCOESP consistiu de palestras, conferências, seminários, workshops, demonstração de pintura mediúnica, apresentação de comunicações obtidas através da transcomunicação instrumental, mostras de arte, além de uma grande feira do livro espírita, com cerca de 20 editoras espíritas. Nessa feira ocorreu o lançamento do livro “A CEPA e a Atualização do Espiritismo”, que o CCEPA publicou contendo os principais trabalhos apresentados no Congresso de Porto Alegre (2000). A Confederação Espírita Pan-Americana, desde os primeiros momentos em que a USE idealizou o I ENCOESP dispôs-se a participar do evento, dando-lhe pleno e cabal apoio
.
Lamentavelmente, o II ENCOESP não chegou a ser realizado em decorrência da reação de segmentos conservadores do movimento espírita. Um dos motivos dessa reação foi a presença da CEPA no megaevento paulista.

O CCEPA se fez presente nos últimos congressos da CEPA: em 2004, na cidade argentina de Rafaela; em 2008, em San Juan, Porto Rico; em 2012, em Santos-SP; em 2016, em Rosario, Argentina, além de Encontros cepeanos na Europa e Fóruns organizados pela CEPABrasil.





Albert Einstein – 1879/1955
“Não consigo conceber um Deus pessoal que tenha influência direta nas ações dos indivíduos ou que julgue as criaturas da sua própria criação.
Minha religiosidade consiste numa humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco que conseguimos compreender sobre o mundo passível de ser conhecido.

Essa convicção profundamente emocional da presença de um poder superior racional, que se revela nesse universo incompreensível, forma a minha ideia de Deus”.
(Do livro "The world as I see it" - Nova York, 1949)  
             






Os 90 anos da Sociedade Espírita Estudo e Caridade
O Diário de Santa Maria, órgão pertencente ao Grupo RBS, editado na cidade gaúcha de Santa Maria/RS, em sua edição de 12.4.2017, registrou a passagem dos 90 anos de fundação da Sociedade Espírita Estudo e Caridade – Lar de Joaquina. A matéria da repórter Joyce Noronha entrevistou Luiz Gustavo Rodrigues, presidente daquele tradicional centro espírita da cidade, sintetizando o histórico da mesma. 

A Sociedade foi fundada em 1927 por Joaquina de Carvalho e Guilhermina de Almeida, com o intuito de ajudar crianças carentes. A primeira sede da instituição foi na casa de Joaquina, na Rua Barão do Triunfo, em Santa Maria. Em seguida, a entidade foi alojada na Avenida Presidente Vargas, 1.920, onde está até hoje.

Por muitos anos, a SEEC foi dirigida apenas por mulheres. A fundadora Joaquina morreu oito anos após a fundação da entidade, quando foi homenageada com o acréscimo de seu nome ao da entidade que fundou. Esta, além de atividades doutrinárias, com ênfase nas obras de Allan Kardec, mantém uma grande obra social bastante admirada e prestigiada pela sociedade santa-mariense.

Conferência de Medran em Santa Maria transferida para junho
O editor deste jornal, Milton Medran Moreira, como noticiamos em nossa edição do mês passado, foi convidado a proferir palestra na Sociedade Estudo e Caridade, de Santa Maria, em comemoração aos 90 anos da instituição.
A data, inicialmente marcada para 29 de abril, por motivo de força maior, foi transferida para o próximo 17 de junho, na sede da SEEC, com o tema “Moral e Ética – uma abordagem espírita”.




A Revolução do Amor
Por uma espiritualidade laica

Alcione Moreno - Médica (São Paulo/SP.)

Filósofo, defensor do humanismo, Luc Ferry (foto) foi ministro da Educação na França. Suas ideias foram-me apresentadas no SBPE – Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, em trabalho de Ricardo de Morais Nunes, a quem sou muito grata.

No livro “A Revolução do Amor, por uma espiritualidade laica”, Ferry registra:
“O amor é o novo grande princípio da nossa existência. Todo mundo sabe, todo mundo sente. O menos óbvio, e que é o tema deste livro, é que esse novo poder do amor está revolucionando os princípios fundadores da filosofia e da política.
 O cosmos dos gregos, o deus das religiões monoteístas, a razão e os direitos do humanismo republicano pairavam acima da vida sentimental.
Tardiamente, a paixão pouco a pouco substituiu os antigos valores. Quem morreria, pelo menos no Ocidente, por Deus, pela pátria, pela revolução? Ninguém ou quase ninguém. Mas por aqueles que amamos seríamos capazes de tudo. Para além do humanismo das Luzes e de seus críticos, para além de Kant e Nietzsche, uma nova espiritualidade laica nasce da sacralização do ser humano por meio do amor”.

Ele utiliza o termo sagrado referindo-se àquilo pelo qual “podemos nos sacrificar”.
Referindo que o amor é que dá sentido a nossa existência, acredita que a indiferença parece cada vez menos defensável.

A obra se divide em três capítulos principais: I – Theoria ou análise do mundo contemporâneo no qual nossa existência adquire sentido. II – Ética ou doutrina do bem e do mal, do justo e do injusto. III – Soteriologia ou doutrina da salvação, da sabedoria e da espiritualidade laica.

Esta tripartição se desdobra do seguinte modo:

I – Theoria – Filosofia da globalização. Os traços característicos do tempo presente. Aqui o autor explicitará a globalização, prós e contras, a desconstrução das tradições, a importância do nascimento do casamento por amor. O impacto que trouxe para a humanidade.
II – Ética – Faz uma breve história da ética, das cinco visões morais do mundo que dominaram o pensamento e a vida ocidentais. São elas: 1- A ética aristocrática dos antigos, 2 - A moral judaico-cristã e a ruptura com o universo aristocrático, 3 - A ética republicana - a crítica da moral aristocrática, a secularização do cristianismo e o nascimento do primeiro humanismo. 4 - A ética da desconstrução, o culto da autenticidade e da diferença. 5 - O nascimento de um segundo humanismo.
III – Sabedoria dos modernos e espiritualidade laica – As consequências espirituais do segundo humanismo, o surgimento do sagrado com face humana e suas consequências.

De forma objetiva e com a construção do pensamento em conjunto com o leitor, Ferry nos leva a refletir a importância das emoções e da afetividade no mundo de hoje e, principalmente, a conquista de sentimentos mais elevados pelo ser humano, o ideal do amor, da fraternidade e da simpatia.
Ressalta a importância do respeito pelo outro, benevolência, generosidade e bondade.
Constrói o pensamento desde a sabedoria cósmica à sabedoria do amor, onde o princípio do amor é mais forte que todos os antigos focos de sentido (cosmos, divindade, cogito racionalista).

Descreve como o amor dá sentido se não às nossas vidas, pelo menos “em” nossas vidas.
 “É preciso habitar o instante, não deixar que ele passe em vão, usar o tempo para acolhê-lo, sem precipitação, mas rápido o bastante para que o momento precioso não se perca sem proveito. Apressar-se lentamente”.

E reflete: “Sem dúvida, nossas crianças ainda conhecerão guerras motivadas pelo fanatismo e pelo fundamentalismo. Todavia, não é nem o egoísmo nem a busca cega dos interesses que poderão salvar o mundo, mas a lógica da fraternidade e da ajuda mútua, do prazer de dar, mais do que de tomar”.

Em contraposição ao pessimismo que permeia a humanidade nos dias de hoje, abre uma janela para olharmos o mundo de uma forma diferente.
Kardec já nos levava a esta reflexão, a de que vamos construindo um mundo com menos egoísmo e menos orgulho. Claro que não na velocidade que gostaríamos, mas progredindo:
"Não podem os homens ser felizes, se não viverem em paz, isto é, se não os animar um sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocas. A caridade e a fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; uma e outra, porém, pressupõem a abnegação. Ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho; logo, com esses vícios, não é possível a verdadeira fraternidade, nem, por conseguinte, igualdade, nem liberdade, dado que o egoísta e o orgulhoso querem tudo para si....". (R.E. Julho/1869)

Cada vez mais seres humanos se importam com seu semelhante, amam seus entes queridos e superam dificuldades para ajudar os seus e o próximo.

Na Revista Espírita de 1860 há uma comunicação de Abelardo – “Amor e Liberdade”, que diz: “É pelo amor e pela liberdade que o Espírito se aproxima de Deus. Pelo amor desenvolve, em cada existência, novas relações que o aproximam da humildade; pela liberdade escolhe o bem que o aproxima de Deus. O reino do constrangimento e da opressão acabou; começa o da razão, da liberdade, do amor fraterno. Não é mais pelo medo e pela força que os poderes da Terra adquirirão, de agora em diante, o direito de dirigir os interesses morais, espirituais e físicos dos povos, mas pelo amor da liberdade”.
Que possamos desenvolver o amor, nos livrando das amarras do egoísmo e do orgulho.

Para terminar, cito Cora Coralina: “O saber a gente aprende com os mestres e com os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes”.



     


VIII Congresso Andaluz de Espiritismo

Espanhóis promovem Congresso
para debater reencarnação


Com a temática “Nacer, Morir, Renacer, Progresar”, a Asociación Andaluza Espírita Amália Domingo Soler (Andaluzia – Espanha), promove, de 27 a 29 de outubro próximo, o VIII Congresso Andaluz de Espiritismo.

Antecedendo a programação que versa sobre reencarnação, haverá uma Jornada sobre “Sociedades Espíritas e Mediunidade”, a cargo da AIPE – Associação Internacional para o Progresso do Espiritismo, sob a coordenação de Rosa Diaz Outeriño, presidente da AIPE. Essa atividade está prevista para a tarde de sexta-feira (27).

]Nos dias seguintes, 28 e 29, diversas mesas redondas, painéis e conferências tratarão do tema reencarnacionista, sob os mais diversos ângulos. Expositores de diversos países, como Mercedes Garcia de la Torre (Espanha), Yolanda Clavijo (Venezuela) e José Lucas (Portugal), além de outros, suscitarão reflexões sobre as vidas sucessivas do espírito.

Para maiores informações sobre inscrição, participação, hospedagem, etc., consultar o site da entidade promotora – www.andaluciaespiritsta.org ou pelo e-mail andaluciaespiritis@gmail.com .

A programação completa do VIII Congresso Andaluz de Espiritismo está no boletim Andaluzía Espiritista, editado pela Associação Andaluza Espírita Amália Domingo Soler, que pode ser acessado gratuitamente no site da instituição.

No CCEPA Curso Básico gera
novo grupo de Estudos
Sob a coordenação de Marcelo Cardoso Nassar e Clarimundo Flores, encerrou-se, na noite de 26 de abril, mais um Curso Básico de Espiritismo, desenvolvido às 4as. feiras, no horário das  19h30min. às 20h45min, desde o dia 22/3. Dos 28 participantes, 15 manifestaram interesse em continuar os estudos no CCEPA e passaram a integrar um novo grupo sob a denominação de CIBEE - Ciclo Básico de Estudos Espíritas, instalado em 3/5. Na foto, o presidente do CCEPA, Salomão Benchaya, e os coordenadores do curso.





Revista “A la luz del Espiritismo”
A última edição da revista “A la luz del Espiritismo”, editada pela Escuela Espírita Allan Kardec, traz como matéria de capa “Espiritismo y Derechos Humanos”, um criterioso trabalho sobre as conexões da doutrina espírita com os direitos fundamentais do ser humano.

A Escuela Espírita Allan Kardec, sediada em Porto Rico, é filiada à CEPA – Associação Espírita Internacional. No seu site, abaixo, é possível conhecer melhor a história e as atividades desenvolvidas pela entidade, assim como ler a revista e seus números anteriores.


Livros espíritas em espanhol
Por iniciativa do Centro Barcelonês de Cultura Espírita (Barcelona, Espanha), e com a colaboração da CEPA e de Ediciones CIMA (Venezuela), acabam de ser publicadas duas importantes obras espíritas em língua espanhola: “El Espiritismo del Siglo XXI” e “Muerte Renacimiento Evolución – Una Biología Trascendental”.

O primeiro reúne trabalhos apresentados por pensadores espíritas da Europa e das Américas, por ocasião do II Encontro Espírita Iberoamericano (maio/2014), na cidade de Salou, Tarragona, evento que teve como tema central “O Espiritismo no Século XXI”.
Já, “Muerte Ranacimiento Evolución” é tradução de conhecida obra do Hernani Guimarães de Andrade, engenheiro brasileiro responsável por uma série de pesquisas e publicações na área de parapsicologia, especialmente sobre reencarnação.

Pedidos podem ser feitos, por via postal para “C/Niça, 18/20, 08024, Barcelona (España)”, ou pelo telefone +34.659.572.145, ou, ainda, pelo e-mail: cbce@cbce.info .

Em Santos, uma Caminhada pela Paz
O 12º Fórum Espírita do Livre-Pensar da Baixada Santista, iniciativa anual dos centros espíritas ligados à CEPA daquela região litorânea acabou, este ano, com uma alegre caminhada pela paz.

A caminhada, pela principal avenida da costa praiana de Santos terminou em frente ao monumento a Allan Kardec, na praça que leva o nome do fundador do espiritismo, na Ponta da Praia.

O presidente da CEPABrasil, Homero Ward da Rosa, que participou do evento, enviou à nossa redação registro fotográfico da Caminhada que aconteceu no último dia 21 de abril, em Santos/SP.

(FOTOS DOS CAMINHANTES E DO MONUMENTO DE KARDEC)















XV SBPE – Inscrições estão abertas
Estão abertas as inscrições para o XV Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, tradicional promoção do Instituto Cultural Kardecista de Santos.
Para inscrever trabalhos, os interessados deverão enviar uma sinopse até o dia 30 de junho, juntamente com um breve currículo do autor.

As inscrições para participar do Simpósio deverão ser feitas junto ao Instituto Cultural Kardecista de Santos – Rua Evaristo da Veiga, 211, Santos/SP, podendo ser utilizado o e-mail ickardecista1@terra.com.br ou o telefone (13) 33247321.






Editorial do CCEPA Opinião

Sobre o editorial de abril do CCEPA Opinião (“Um Outro Brasil é Possível”), o editorialista do órgão oficial do Centro Cultural Espírita sempre  no lance certo e demonstrando muito bom senso.
Nícia Cunha -  Cuiabá/MT (via Facebook).

Um Outro Brasil é Possível
Parabéns pelo editorial “Um Outro Brasil é Possível” (edição 250 de CCEPA Opinião). Como sempre, ponderadas e fundamentadas reflexões. Excelente!
Homero Ward da Rosa – Pelotas/RS (via Facebook)


             

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