O final de 2012 chega trazendo aos brasileiros
sinais concretos de êxito na punição judicial de atos de corrupção política.
Estará o julgamento do “mensalão” marcando o fim de uma era e o início de novos
tempos para a política no Brasil?
Ao encerrarmos esta edição ainda não tinha
findado o julgamento da Ação Penal 470, popularmente conhecida como “mensalão”. Já estavam fixadas, no entanto, embora
suscetíveis de alteração, as penas de 25 dos 38 denunciados deste processo
criminal que entra para a História como a maior ação penal já enfrentada pelo
Supremo Tribunal Federal do país. Consumindo cerca de 50 sessões do Pleno da
Corte Suprema brasileira, de agosto a dezembro, transmitidas ao vivo por
importantes redes de televisão, o processo é o mais longo e volumoso de todos
quantos passaram por aquele tribunal.
Nomes
importantes e penas severas
Entre os apenados constam nomes importantes
da política e do empresariado brasileiro: deputados, banqueiros, dirigentes
partidários e ex-titulares de cargos elevados no governo da República.
Condenados pela maioria dos integrantes do Supremo Tribunal Federal por crime de
corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, formação de quadrilha, gestão
fraudulenta e lavagem de dinheiro, alguns deles sofreram penas superiores a 40
anos de reclusão e milhares de reais em multa. Na reta final do julgamento, o
Ministro Relator, Joaquim Barbosa,
determinou que todos os condenados, mesmo sem o trânsito em julgado do
processo, entregassem seus passaportes, como garantia de que não deixarão o
país, frustrando, dessa forma, o futuro cumprimento das penas.
A
dúvida do povo: eles irão mesmo para a cadeia?
A condenação de pessoas destacadas do cenário
político, social e econômico do país, gerou, em princípio, um clima de
euforia. Contudo, há muito, vige no
Brasil a crença popular de que “rico não vai para a cadeia” e que os chamados
“crimes do colarinho branco” sempre restam impunes. Prolatada a decisão
condenatória do Supremo, subsiste, entre o povo, um misto de confiança e de
descrença que se materializa nesta indagação: Eles irão mesmo para a cadeia?
Especialistas preveem uma sucessão de recursos protelatórios que poderão
retardar o trânsito em julgado da decisão ou, mesmo, determinar a prescrição de
crimes, ou seja, a extinção da punibilidade pelo decurso do tempo.
Fim de um tempo
Místicos, astrólogos e crentes de velhas
teses sobre o fim do mundo preveem acontecimentos estranhos para este dezembro
de 2012. Ocorrerão, segundo dizem, com data e hora aprazadas, catástrofes que
levarão a radicais mudanças planetárias. Fim dos tempos, para muitos. Início de
uma nova era, para outros.
Desde que o mundo é mundo transformações
geológicas e sociais, físicas e culturais, se sucedem em processos mais ou
menos rápidos. Nós, espíritas, chamamos isso simplesmente de evolução.
Mudanças, em qualquer circunstância, pedem tempo, exigem correção de rumos e,
quando envolvem atitudes humanas, requerem conscientização. “Natura non facit
saltus” - a natureza não dá saltos – já
diziam os romanos.
Dezembro passará e a vida dos humanos seguirá
seu rumo. Sem sobressaltos. Mesmo assim, neste canto planetário, esta quadra
parece assinalar mudanças que seu povo, de há muito, vem acalantando e
preparando. Há uma consciência generalizada a reclamar novos padrões
comportamentais nas relações entre governantes e governados, entre os que detêm
poderes políticos ou econômicos e aqueles que destes dependem.
O processo judicial do chamado “mensalão” é
um marco visível dessa ânsia de transformações políticas, sociais e econômicas
inspiradas em uma imensa sede de ética, de equidade e justiça.
O povo, em sua simplicidade, acha que tudo se
resolverá com o encarceramento, e por muitos anos, de alguns usurpadores do
poder político e econômico. Vale considerar, no entanto, que eles apenas
repetiram velhas práticas enraizadas em uma cultura que, hoje, dá mostras de saturação.
Ocorra o que ocorrer com eles, entretanto, e mesmo que, eventualmente, burlem
os visíveis mecanismos de justiça, já lhes sobreveio e lhes continuará
sobrevindo o amargo e natural resultado de seus erros. Episódios como estes têm
profunda repercussão no íntimo tribunal da consciência de seus agentes. Para
eles e para a Nação, ademais, estes acontecimentos históricos hão de ter efeito
altamente pedagógico. Nada têm de apocalípticos. Não são, como alguns chegam a
interpretar, indícios do final dos tempos. Claramente, contudo, compõem um
quadro a caracterizar o fim de um tempo prenunciando um novo amanhecer.
“Em verdade vos digo: a Natureza não é
imprevidente, o homem é que não sabe moderar o seu modo de viver”. (Questão 705 de O Livro dos Espíritos).
Quanto deverá viver, em média, um brasileiro
que nascer no novo ano? Oitenta, noventa, cem anos? Estamos aprimorando
conhecimentos e colocando-os em prática na área da alimentação, da medicina
preventiva e curativa, do exercício físico, do saneamento. Isso é progresso.
Progresso moral, bem entendido. Não foi por outra razão que Allan Kardec
arrolou a Lei de Conservação entre as dez leis morais submetidas à apreciação e
discussão dele com seus interlocutores espirituais.
Por tempos, impingiram-nos a ideia de que o
planeta onde vivemos era um “vale de lágrimas”. Nossa passagem por aqui outra
finalidade não tinha que não a de solvermos culpas que nem nossas eram, pois
resultantes de um mítico pecado original. Atribuíamos à divindade a autoria de
uma iníqua lei segundo a qual a pena passaria de pai para filho, geração após
geração, até o final dos tempos. A sombra da culpa coletiva ou individual ainda
nos persegue. Exemplo disso: a crença numa hecatombe destruidora a atingir a
Terra e a maioria de seus “indignos” habitantes, ainda neste último mês de um
ano onde tivemos tantos ganhos, como aqueles apontados nas primeiras linhas
deste editorial.
É certo que não vivemos em nenhum
paraíso terrestre. É preciso, no entanto, saber olhar para trás com
discernimento e sensatez. O pressuposto dessa capacidade nasce da ideia
generosa da evolução, uma das mais significativas conquistas do homem moderno.
Por evidente, essa lei geral universal não se aplica exclusivamente ao vasto
universo dos átomos, células e compostos orgânicos de que somos feitos. Preside
também a formação e o desenvolvimento da consciência que se situa nos domínios
do espírito e sua interação com a matéria. E é, justamente, sabendo olhar para
trás que estaremos capacitados a avaliar o progresso do espírito humano.
O exercício contínuo e sensato dessa
retrospecção, tendo por objeto a fascinante aventura humana nos faz otimistas
perante a vida. Otimistas e esperançosos. Olhando o passado, nos capacitamos a
vislumbrar o potencial humano na construção de um futuro cada vez mais
saudável, equânime, justo e feliz.
Não fosse assim, a vida não teria
sentido algum.
Carlos Ayres Britto
Com a aposentadoria compulsória do
ministro Carlos Ayres Britto, ao completar 70 anos de idade, o Supremo Tribunal
Federal perde uma das figuras mais extrordinárias que já passou por aquela
Corte. Comecei a admirar esse jurista, poeta e humanista, há alguns anos atrás
quando ele foi relator de uma ação em que se pedia a declaração de
insconstitucionalidade da lei autorizando pesquisas com células-tronco
embrionárias. Opondo-se, com altivez e independência, a organismos religiosos
contrários à pesquisa, Ayres Brito chancelou a constitucionalidade da lei, em
voto brilhante onde prioriza fatores como o interesse público e o compromisso
estatal com a felicidade humana e com o desenvolvimento da ciência, sempre que
estes conflitam com questões de fé.
Na oportunidade, publiquei no jornal Zero Hora (edição de 9.4.08) o artigo “Almas Congeladas”, apoiando a decisão do ministro. Afirmei ali, acerca da crença de que num aglomerado de células humanas, descartadas e guardadas em congelador, pudessem estar presentes espíritos: “Almas congeladas só podem povoar o mundo mítico de seres que preferem também congelar a fé, mas que não têm o direito de obstaculizar o avanço da ciência. Mormente quando esta contribui para a felicidade humana”.
Recebi, na oportunidade, atencioso
telefonema pessoal do ministro, cumprimentando-me pelo artigo e revelando que
se sentia confortado diante da posição de um espiritualista em favor da
pesquisa. Disse-me que talvez eu não pudesse imaginar o quanto de pressões e de
hostilidades estava sofrendo, vindas de religiosos, por conta de sua posição.
Espiritualista
Em seu telefonema, Ayres Britto nada me
referiu sobre suas convicções filosóficas, mas suspeitei que estava falando com
um homem com fortes inclinações espiritualistas. Agora, quando de sua
aposentadoria, o jurista, em entrevista à Folha de São Paulo (caderno
Ilustríssima de 14/11/12), falou amplamente sobre esses aspectos de sua vida.
Revelou ser vegetariano e dedicar-se à prática de meditações diárias, “que
infundem uma dose de espiritualismo na rigidez habitual da ciência
jurídica”. Prega ideias de que “é
preciso expulsar de si o ego para que o espaço dentro de você seja preenchido
pelo universo, pelo Cosmos, pela existência, que outros preferem dizer por
Deus”. Sobre física quântica, área que também tem estudado, revelou, na
entrevista, que esta, segundo lhe parece, “confirma tudo o que os
espiritualistas afirmam”.
Espiritualismo e religiões
Perguntado se tinha religião, o
entrevistado respondeu: “católica, só que, de 20 anos para cá, me tornei um
espiritualista”.
A resposta é emblemática. Hoje, há uma
clara oposição entre espiritualidade e religião. As religiões abandonaram a ideia
do espírito. Sucumbiram ante o desprezo que a cultura materialista vota à
hipótese da existência do espírito como identidade fundamental do ser
consciente. Teoricamente, toda a religião deveria ser espiritualista. Na
prática isso não ocorre. Como escreveu John A. Sanford, os teólogos modernos
“falam muito sobre salvação e pouco sobre alma”, Isso dá a sensação de que o
que deve ser salvo é “o ego com todos os seus desejos e esforços egoísticos”.
Só um espiritualismo humanista e laico,
aberto aos avanços da ciência, pode resgatar a ideia fundamental do espírito,
em um novo paradigma que não é nem o da teologia nem o do materialismo. Ayres
Britto está claramente inserido nesse paradigma dos tempos que amanhecem.
Cristianismo x Espiritismo
Eugenio
Lara,
arquiteto
e designer gráfico, editor do site PENSE - Pensamento Social Espírita [www.viasantos.com/pense],
membro-fundador do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita (CPDoc) e autor
do livro Breve Ensaio Sobre o Humanismo
Espírita. E-mail: eugenlara@hotmail.com
Correlações entre Cristianismo e Espiritismo
sempre provocam controvérsias históricas. Até hoje, espíritas cristãos, religiosos
não se entendem com espíritas laicos, livres-pensadores. Ora, será que Allan
Kardec imaginava os conflitos, cisões e o descompasso que haveria entre os
espíritas em função dessas controvérsias? Quais motivos o levaram a interpretar
o Cristianismo?
Na Revista
Espírita, Kardec reafirma o caráter científico e experimental da Doutrina,
conforme a definição de O Que é o
Espiritismo (1860), bem aplicada n’O
Livro dos Médiuns (1861). Todavia, a partir de O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), dedica-se à hermenêutica,
à exegese dos evangelhos e vincula o Espiritismo à teologia judaico-cristã como
a Terceira Revelação, o Consolador prometido pelo Cristo. Kardec chega a
admitir, sutilmente, que O Espírito de Verdade seria Jesus, contrariando o que
afirmara em Instruções Práticas Sobre as
Manifestações Espíritas (1858), quando revelou que esse espírito fora um grande filósofo da Antiguidade.
Não há como negar a vinculação ao
Cristianismo, a começar pela terminologia adotada na Kardequiana. A tal
“questão religiosa” nasce com Roustaing e é reafirmada por Kardec devido à
adesão ao Cristianismo, mesmo tendo negado várias vezes que o Espiritismo fosse
religião.
Muitas são as interpretações dessa postura de
Kardec. Há quem imagine que ele fundou um neocristianismo. Para outros, fez concessão
à Igreja ao escrever obras interpretativas da teologia cristã. Para muitos, o
Espiritismo é o Cristianismo redivivo, sua revivescência.
Ora, não houve concessão alguma ao
Cristianismo, à Igreja, senão o comportamento de Kardec seria outro. Ele não
era um sujeito frouxo, inseguro. Basta ver a polêmica que travou com Chesnel.
Por outro lado, é equivocada a tese de que Kardec desejava fazer do Espiritismo
uma forma sofisticada de Cristianismo, de que ele, sem querer querendo, fundou
uma nova religião cristã. Essa leitura é correta em relação ao roustainguismo
ou à Igreja Mórmon, porém nunca em relação à Doutrina. E além do mais, o
Espiritismo não adota a Bíblia como texto fonte. Este fato, por si só, o exclui
do rol das religiões cristãs. O Espiritismo não é um Cristianismo.
É preciso contextualizar essa questão. A
atitude de Kardec representa a resposta à demanda social e cultural de seu
tempo. A partir de 1860, desloca-se de Paris e viaja por toda a França,
Bélgica, Suíça a fim de atender aos apelos dos novos grupos espíritas que
nasciam. Em sua cidade natal, Lyon, polo industrial similar ao nosso atual ABC,
Kardec deu de cara com muitos operários, gente simples, de mãos calejadas,
semianalfabeta. Isso deve ter sido algo inusitado e muito marcante, surpreendente
mesmo para alguém acostumado a um público com outro perfil, mais elitista e
sofisticado.
A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
era composta por membros da elite, da nata da sociedade. Os novos grupos
periféricos, por sua vez, possuíam perfil mais modesto, com particularidades
outras e a influência tenaz do Cristianismo, porque formados por adeptos
recém-saídos da Igreja ou que ainda a frequentavam. A propósito, para Kardec,
podia-se ser espírita sem rejeitar o catolicismo, sem deixar de ter alguma
religião. Tal orientação não é gratuita.
Os livros que escreveu, a partir de O Evangelho, visam atender à necessidade
de se vislumbrar, no próprio Cristianismo, elementos interpretativos da
Doutrina, não somente da experimentação, do empirismo mediúnico, mas também de
sua filosofia e teoria de valores. Ele entendia, inclusive, que o Espiritismo
teria a missão de oferecer à Igreja a sustentação de seus dogmas, além de
funcionar como o “traço de união” entre ciência e religião.
Oportuno lembrar que no século 19, devido ao
avanço econômico, da ciência e dos costumes, as religiões perdem terreno,
adeptos e o poder que sempre tiveram, porque são inimigas da modernidade, do
progresso. Pois o Espiritismo nasce, justamente, em pleno surgimento da modernidade,
em meio à crise das religiões e procura dar conta de questões onde elas
fracassaram, especialmente a cristã. Daí o esforço de Kardec em escrever obras
que atendessem a essa demanda, constatada em sua excursão doutrinária. Não foi
nenhum tipo de concessão, nem houve intenção de se fundar uma nova religião
cristã ou instituir “A Religião”.
Outro aspecto é o fato de que o Espiritismo,
apesar de definido como filosofia espiritualista, não dialoga com boa parte da
tradição filosófica ocidental. Ou seja, a conexão direta não é com Platão,
Aristóteles, Espinosa, Kant, Hegel etc., mas sim com o humanismo iluminista, o
espiritualismo em geral, com o
Spiritualism norte-americano e inglês, com o espiritualismo filosófico
(Leroux, Reynaud, Lessing), os utópicos (Fourier, Cabet, Saint-Simon) e,
inclusive, com a cultura celta: gaulesa e bretã.
A busca do diálogo com o judaico-cristianismo
surge da necessidade cultural, religiosa na França do século 19. O Cristianismo
não tinha aí a mesma força que na Espanha (vide o Auto de Fé de Barcelona), mas
era a religião hegemônica. Se Kardec não fosse homem de prestígio, amigo de
Napoleão III e outros maçons, de membros influentes da elite francesa, a Igreja
esmagaria o Espiritismo, que teria abortado logo de início.
Kardec sabia que haveria divergências,
cisões, por isso redigiu o Projeto 1868
e delineou rumos seguros à organização do Espiritismo como movimento social. O Período Religioso, imaginado por ele na
sua prospecção cartesiana da propagação espírita, não tem o sentido de laço, de
elo, de comunhão entre os espíritas. O religioso aí é no sentido religioso
mesmo, sem trocadilho. É religioso com significado de culto. Senão, segundo a
acepção que aplicava ao termo religião, ele deveria denominar esse período de Religionário, usando-o no sentido de laço (religion). Kardec vislumbrou que após esse Período Religioso,
impregnado pelo Cristianismo, haveria outro, de transição, até o Espiritismo
assumir integralmente sua vocação natural de “influência sobre a ordem social”,
no Período de Regeneração Social.
Como se vê, a conexão entre Cristianismo e
Espiritismo é um tema complexo, exige conhecimento histórico, de filosofia,
teologia, antropologia e muitas áreas outras. Não basta somente conhecer a
Kardequiana, é preciso situa-la em seu contexto histórico. Muitas polêmicas e
divergências poderiam ser amainadas se os espíritas se dedicassem a esse tipo
de leitura, ao invés de ficar garimpando na Kardequiana, aqui e ali, palavras
de Kardec acerca dessa questão.
Uma animada confraternização reuniu, na
noite de 1º de dezembro, associados, colaboradores e familiares do Centro
Cultural Espírita de Porto Alegre para celebrar o final de um novo ano.
O encontro teve por local o salão de
festas do Condomínio onde reside a associada Magnólia da Rosa: a segunda, a partir da esquerda, na foto com a vice-presidente, Eloá Bittencourt, a diretora social, Sílvia Moreira e o presidente Milton
Medran Moreira.
Na oportunidade, o presidente da instituição
agradeceu a colaboração de todos, graças à qual foi possível manter acesas as
propostas de um espiritismo livre-pensador e humanista, que identificam a
tradicional casa espírita da Rua Botafogo.
No dia 3 de dezembro, aconteceu a
última palestra publica mensal noturna do ano no Centro Cultural Espírita de
Porto Alegre. Esteve a cargo de um de seus diretores, o promotor de Justiça
aposentado, Ruy Paulo Nazário de
Oliveira, com o tema “A Cultura do Natal na Visão de um Espírita”. A partir
de março de 2013, voltará essa atividade reservada para as 20h30 da primeira
segunda-feira de cada mês.
No próximo dia 19/12, será a vez de Salomão Jacob Benchaya, Diretor
Doutrinário do CCEPA, ocupar a tribuna do auditório da Rua Botafogo, 678, para
abordar o tema: “Transição Planetária ou Fim do Mundo?”. Será às 15 horas, com
entrada franca. Essa atividade, interrompida no período de férias, também
retorna em março, sempre na 3ª quarta-feira de cada mês.
Em sua Opinião em Tópicos (novembro 2012), Milton Medran Moreira destaca, a respeito da influência católica no
Espiritismo brasileiro: “Essa orientação
foi aceita pela turma do lado de cá, e entendida como a mais ajustada à alma do
povo brasileiro. Talvez até o fosse, nos primórdios do espiritismo por aqui,
quando praticamente 100% da população era católica. Pergunta-se: ainda será ou
já esta na hora de reverter essa situação, diante do perfil predominantemente
laico da sociedade dos dias atuais?".
Eu responderia que talvez até já tenha
passado um pouquinho da hora! Porém, para realizar esse intento, "hay que
tener mucha coraje", tal como Medran e mais alguns valorosos companheiros.
Mas, o futuro é esse. Penso que todas as religiões, tal como as conhecemos, um
dia desaparecerão. Restará, felizmente, no Ser Humano plenamente desenvolvido, um profundo sentimento
de RELIGIOSIDADE.
Um grande abraço e muita paz!
Adão Araújo – Bento
Gonçalves/RS.
Entrevista com Nilton Starnini
É sempre bom receber o Opinião. O número 201 (outubro/2012),
por exemplo, me trouxe uma notícia muito boa: a entrevista com Nilton Starnini, presidente da USE
Distrital da Baixada Santista. Sempre achei que pensar diferente é criativo.
Sou mais enriquecido pelos que pensam diferente de mim. Os que acatam minhas
ideias sem pensar não me permitem revisão de conceitos.
Paulo Cesar Fernandes – Santos/SP.