segunda-feira, 9 de julho de 2012

OPINIÃO - ANO XVIII - Nº 198 - JULHO 2012


80 anos de “Parnaso de Além-Túmulo”
Um marco da literatura mediúnica
Considerada a mais convincente comprovação da autenticidade do fenômeno da psicografia, a primeira obra de Francisco Cândido Xavier completa 80 anos, neste 6 de julho.
          
Livro teve importante repercussão nos meios intelectuais
A primeira edição de Parnaso de Além Túmulo (1932) trazia sessenta poemas atribuídos a nove poetas brasileiros, quatro portugueses e um anônimo. A partir da segunda edição (1935) passariam a ser sucessivamente incorporados outros poemas e autores. Na 5ª edição (1955) já  figuravam 259 renomados poetas luso-brasileiros.
Lançada pela Federação Espírita Brasileira, a antologia, atribuindo os versos a poetas famosos, pela psicografia de um jovem e desconhecido mineiro de Pedro Leopoldo/MG, teve forte repercussão nos meios literários. Humberto de Campos, então um dos mais importantes escritores brasileiros, foi dos primeiros a tecer comentários. Em crônica do Diário Carioca, de 10.7.32, Humberto escreveu que faltaria ao dever imposto por sua consciência se não confessasse que “fazendo versos pela pena do Sr. Francisco Cândido Xavier, os poetas de que ele é intérprete apresentam as mesmas características de inspiração e de expressão que os identificavam neste planeta”.   “O gosto é o mesmo e o verso obedece, ordinariamente, à mesma pauta musical”, registra o escritor, exemplificando: “Frouxo e ingênuo em Casimiro, largo e sonoro em Castro Alves, sarcástico e variado em Junqueiro, fúnebre e grave em Antero, filosófico e profundo em Augusto dos Anjos”.
Aqui no Rio Grande do Sul, o crítico e escritor Zeferino Brasil, repercutiu o episódio em crônica publicada no Correio do Povo, onde questiona: “Ou os poemas em apreço são de fato dos autores citados e foram realmente transmitidos do além ao médium, ou o sr. Francisco Xavier é um poeta extraordinário, capaz de imitar os maiores gênios da poesia universal".
A questão dos direitos autorais
Falecido em 1934, dois anos após a manifestação em que abonava a psicografia de Chico, o escritor Humberto de Campos também passou a ter crônicas, a ele atribuídas como espírito, publicadas em livros de Francisco Cândido Xavier, tais como “Novas Mensagens”, “Reportagens de Além-Túmulo”, “Crônicas de Além-Túmulo” e outras. Foi quando a viúva do escritor, Catarina Vergolino de Campos, promoveu ação judicial contra o médium e sua editora, a FEB, requerendo que a Justiça declarasse, em sentença, quem era, efetivamente, o autor das obras atribuídas a Humberto. Caso fossem dele, a ela e a seus filhos caberiam os direitos autorais. A ação, julgada em última instância pelo então Tribunal de Apelação do Distrito Federal, deu a autora como “carecedora de ação”, pois não poderia se declarar fosse de um morto a autoria de uma obra intelectual. Os detalhes dessa ação judicial, acompanhados de farta documentação e considerações de “experts” sobre o fenômeno paranormal da psicografia, estão em outra obra marcante, editada pela FEB em 1944, com o título de “A Psicografia ante os Tribunais”, do advogado Miguel Timponi







As várias faces da mediunidade 

A ação promovida pela viúva de Humberto de Campos, tendo por objeto os direitos autorais das obras atribuídas ao espírito de seu esposo, talvez tenha motivado uma guinada na obra mediúnica de Chico. Sensível, avesso a disputas, sua atuação, a partir dali, assumiu, cada vez mais fortemente, o caráter assistencialista e evangélico que marcaria seu perfil pessoal e sua vasta produção mediúnica.Estilos literários caracterizam fortemente seus autores. Uma obra como Parnaso, com versos de estilos tão personalíssimos como os de Augusto dos Anjos, Guerra Junqueiro, Cruz e Souza e outros, é, no mínimo, um indício muito sério em favor da autenticidade do fenômeno.  Muitos intelectuais perceberam isso, na época, e se ocuparam da apreciação crítica do fenômeno. Talvez nunca mais a psicografia tenha alcançado a repercussão ali obtida, nos meios literários. É possível que o espiritismo haja perdido com isso, embora, em nível mais popular, tenha conquistado espaços, graças ao próprio prestígio de Chico e à vulgarização de obras pretensamente psicografadas por outros autores por ele influenciados.
Chico terminaria por demarcar um modelo mediúnico e privilegiar alguns temas que, no entanto, não esgotam o universo alcançável pelo fenômeno. Na medida em que seu estilo e temáticas foram tomados como padrão a todos os demais médiuns, se deixou de estimular o desenvolvimento da mediunidade com outras características e aberta a diferentes interfaces espirituais. Bordões como mediunidade “com Jesus” ou “a serviço exclusivo do Evangelho” podem ter fechado campos importantes de atuação e inibido ou afastado médiuns ou espíritos potencialmente capazes de oferecer contribuições mais plurais e menos sectárias.
Visto apenas sob um ângulo, o espiritismo se apequena. Visando somente a um grupo de pessoas, ele se sectariza, isolando-se das demais instâncias do saber. (A Redação).









Educar ou Punir?

“Cumpre aos espíritas (...) interferir nesta história, mudando, ainda que seja minimamente, o caráter punitivo para o fim educacional”.
Jacira Jacinto da Silva, em “Criminalidade: Educar ou Punir?”


Nos últimos dias do recém findo mês de junho, foi entregue ao Senado o anteprojeto do novo Código Penal Brasileiro, elaborado por uma comissão de juristas.
É pacífico o entendimento de que a Nação está a necessitar de um novo diploma penal. O que está em vigor, promulgado há mais de 70 anos, normatizava uma sociedade em vários aspectos diferente da de hoje. Enquanto alguns crimes ali previstos deixaram de ter qualquer reprovabilidade social, outras ações, hoje ética e socialmente reprováveis, dele não constavam. Assim, criam-se alguns tipos penais novos, ligados, especialmente, ao enriquecimento ilícito de políticos ou administradores públicos, à homofobia, aos maus-tratos a animais, etc. São demandas sociais novas exigindo a reprovação penal ou, em alguns outros casos, o agravamento de penas já existentes.

Por outro lado, atenta a alguns delitos que a consciência social ou, mesmo, entendimentos jurisdicionais recentes passaram a exculpar ou a abrandar a punição, a Comissão de Juristas propõe, agora, idêntica política no campo legal. Aí se desenha forte resistência, especialmente de parte das bancadas religiosas do Congresso. Dentre as hipóteses está a liberação do aborto em algumas situações. Por exemplo: não será ele punível se dois médicos atestarem que o feto sofre de anencefalia ou padece de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida fora do útero. Também se permite a interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação quando o médico ou psicólogo constatar que a mulher não tem condições de arcar com a maternidade. A ortotanásia passa a ser permitida e, no caso, da eutanásia, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, avaliando as circunstâncias, bem como as relações de parentesco ou estreitos laços de afeição do agente com a vítima.

As propostas, com certeza, terão repercussão na comunidade espírita. Há, em nosso meio, uma forte consciência de defesa da vida em qualquer circunstância. Se essa consciência é positiva para a formação de valores educativos do espírito encarnado, é preciso considerar, no entanto, que nem sempre a penalização há de ser o melhor caminho. A filosofia espírita, claramente, direciona-se à educação e não à punição. Esse princípio faz-se cristalino na questão 796 de O Livro dos Espíritos, ao reconhecer que “uma sociedade depravada, certamente, precisa de leis severas”, mas que, “infelizmente, essas leis mais se destinam a punir o mal depois do feito, do que cortar a raiz do mal”. Daí a lúcida conclusão do comentário: “Só a educação poderá reformar os homens, que assim não precisarão mais de leis tão rigorosas”.

No estágio coletivo em que nos encontramos, seria temerário classificarmo-nos como uma “sociedade depravada”. Somos, sim, uma sociedade em busca do aperfeiçoamento dos valores éticos construídos no processo civilizatório. Na medida em que se caminha nessa direção, mais valor se dá à educação e menos se considera a punição como instrumento de progresso.

É, parece-nos, a partir desse posicionamento que os espíritas poderão contribuir para o aprimoramento de nossos estatutos legais. Mas, como nem todos os espíritas valorizam convenientemente os fundamentos filosóficos e humanistas do espiritismo, com certeza sérias divergências internas hão de aflorar, outra vez.







Limonada
Em minha recente viagem a Cuba, resgatei um hábito da infância: tomar limonada. Explico: diferentemente do mundo capitalista, e por falta de acessos a certos ícones do consumo internacional, em Cuba se preservam alguns hábitos que nos eram corriqueiros, antes da onda de consumismo em que terminamos mergulhados. Um deles é o dos sucos de frutas. Quer coisa mais deliciosa do que um copo de suco de laranja, espremida na hora? Ou a insuperável limonada? Na minha infância, a gente acrescentava a ela uma colherinha de bicarbonato para ficar gaseificada. Melhor que qualquer refrigerante moderno!
Pois tive a oportunidade exercitar algumas dessas reminiscências, tanto no paladar como ao embarcar, por exemplo, em velhos automóveis fabricados antes ainda da já antiga data em que nasci, mas que seguem trafegando nas ruas de Havana. Velharias? Pode ser. Mas evocam saudade de estilos de vida e valores, alguns dos quais vale resgatar.
Consumismo
O exacerbado capitalismo e o fantástico mundo de consumo que os tempos atuais descortinaram mudaram demais nossos hábitos. A gente, sem querer, foi embarcando nessa de comprar tudo pronto. Usar e botar fora, porque um novo modelo já chegou ao mercado. Tudo é descartável, para que se consuma mais e mais.
No fundo, e respeitando as tantas teorias dos economistas, acho que toda a crise da economia na velha Europa, hoje, está ligada a esses fatores. Os países ricos - onde não vivem apenas pessoas ricas, mas também milhões de operários, estudantes, donas de casa que precisam controlar muito bem sua economia e da família - quiseram nos empurrar goela abaixo que a felicidade estaria intimamente ligada ao consumo. Consumismo e ostentação! Sucesso a qualquer preço! Paga-se dez vezes mais por uma peça de roupa igualzinha a uma outra, só porque aquela exibe uma etiqueta famosa. Atitudes assim geram o endividamento, que é um dos grandes problemas atuais no Brasil. Agora mesmo, se noticia que o endividamento, nas famílias brasileiras, mais que dobrou nos últimos sete anos, atingindo nível recorde.
A posse do necessário
Os espíritos disseram a Kardec que a medida da felicidade material é “a posse do necessário.” (L.E. - questão 922).
Nestes tempos de absoluto reinado da economia de consumo, parece que perdemos a noção do que nos é, efetivamente, necessário no campo material. Isso não significa que as necessidades humanas sejam iguais para todos. A diversidade de costumes, de geografia, de condições sociais, de ocupações e relacionamentos humanos nos impõe necessidades diversificadas. O mundo não poderia ser diferente. Foi essa heterogeneidade da alma humana que plasmou o clássico conceito de justiça: dar a cada um o que é seu. Por isso mesmo, demarcar os limites entre o necessário e o supérfluo, para o indivíduo e a sociedade, passa a ser um exercício de sabedoria e arte. Regimes políticos e econômicos, parece, não nos ajudam a encontrar esse caminho.
A nova revolução
O mundo capitalista vive sua crise. O mundo comunista já faliu. Teorias econômicas mostram-se absolutamente incapazes de resolver os angustiantes problemas dos povos. Sem que seja necessário desmontar os grandes conglomerados econômicos que, afinal, resultam da aplicação da ciência, da criatividade e do trabalho humano, parece chegar a hora de, finalmente, se atentar para os ideais de solidariedade, de fraternidade, de humanismo. Que as riquezas produzidas no mundo deixem de ser instrumentos de domínio ou fábricas de ilusões e se tornem eficientes instrumentos de justiça social. A Terra produz o suficiente para a vida digna de todos os habitantes do planeta. A revolução que ainda não foi feita é a do Amor e da Justiça. Quem sabe, após o mundo experimentar o amargor desse limão, aprenda, finalmente, a fazer dele uma limonada.







Uma antiga batalha
Paulo Cesar Fernandes, filósofo – Santos/SP.

"O Espiritismo é o antagonista mais terrível do materialismo! Não é de admirar que tenha os materialistas como adversários”.  Allan Kardec.

Em tempos de materialismo exacerbado, é bom lembrar que foi Kardec quem colocou que o maior inimigo do espiritismo é o materialismo. E não o fez por meias palavras. Como sempre, eficaz e justo em suas colocações. Teria mudado o materialismo dos tempos de Kardec para nossos tempos?
Em nada, na sua essência. Exatamente o mesmo materialismo que tira das pessoas a possibilidade de refletir sobre si mesmas, sobre seu lugar no mundo, e sobre a utilidade de sua existência.
Desde os tempos de Mocidade Espírita, batalho no sentido de os Centros Espíritas, e todas as entidades ditas espíritas, dialogarem franca e abertamente com todas as áreas do conhecimento humano. Sem distinção de espécie alguma. E mesmo com entidades de pensar diverso do nosso. Esta ponte de acesso à sociedade é uma via de duas mãos.
Nós, espíritas, nos enriquecemos pelo conhecimento que a Academia traz a público. Estando abertos ao mundo, damos a este a possibilidade de perceber que o espiritismo, tal qual o pensamos, não é fechado em si mesmo, e eivado de práticas estranhas, não condizentes com aquilo que Allan Kardec bem balizou em "O Livro dos Médiuns" no tocante à mediunidade, por exemplo. Outros tantos aspectos poderiam ser levantados, no que diz respeito à nossa maneira de pensar, mas paremos por aqui.
Devemos nos somar aos grandes pensadores da atualidade, cujo foco de preocupação reside nos tempos em que vivemos, e os efeitos desastrosos da globalização, com suas políticas liberais e neoliberais vigentes em diversos países do globo.
Nomes como Anthony Giddens; Richard Rorty; Gianni Vattimo; Zygmunt Bauman; Jean-Francois Lyotard e alguns mais, usados como referenciais de professores eméritos das Universidades e que devem compor o universo das nossas preocupações. Andar junto deles. Pensar o que eles pensam, para acatar ou para rejeitar as opiniões por eles adotadas. Mas refletir sobre a obra destes homens que nos dão a conhecer o nosso mundo, com todas as suas discrepâncias e mazelas.
Como interferir eficazmente num mundo que desconhecemos?
Disse a um companheiro da Baixada Santista: "Temos que olhar para o futuro." E isso seguirei afirmando. O passado passou, e nos vale como referência tão somente, mas não pode atuar sobre nós como elemento aprisionante.
Nossos verdadeiros companheiros de lutas são esses homens que, de formas distintas. combatem a globalização e os efeitos destruidores por esta gerados: campos de refugiados; guerras fratricidas alimentadas pelas potências mundiais; a fome aviltante; etc. As inúmeras iniciativas positivas que a humanidade tem criado são incapazes de deter o rolo compressor do capital, esse mesmo que ceifa milhares de vidas a cada dia.
Se internacionalmente temos este horripilante quadro, na vida privada o consumo se impõe soberano sobre as existências humanas, num processo de reprodução sem fim. O mercado de produtos de consumo coloca um item à venda, mas já tem uma ou duas versões mais avançadas a serem comercializadas em seus laboratórios. O consumidor sai da loja, portanto, com um produto destinado ao lixo em menos de um mês.
Um espírito preso a essa teia de consumo não tem tempo ou interesse em pensar-se como Ser que tem uma essência e uma existência que se processa em planos distintos de materialidade e imaterialidade. Seu eixo é o aqui e o agora.
“Não me venhas com essa conversa de coisas difíceis de entender”, diria um.
Na verdade, a existência é complexa e cheia de possibilidades e desafios. E os desafios do consumo são mais atrativos, se compararmos com os desafios ditados por Gandhi quando diz: "Vencedor, é o que vence a si mesmo." Frases assim ninguém se propõe a ouvir em nossos tempos. Requisitam reflexão, requerem mudanças estruturais na forma de ver/viver a vida.
Estas não são ideias minhas tão somente. Somatória das coisas que ando lendo, leituras propositivas de reflexões que deságuam nos questionamentos aqui esboçados. Longe de mim a pretensão de verdade. Segundo Michel Foucault, "VERDADE" a constrói quem tem o poder. Estou fora! Quero permitir ao leitor oportunidade de reflexão apenas. Partindo sim de algumas ideias dos supracitados autores. Pois, segundo penso, estar junto destes homens hoje é estar discutindo o que o senso comum só no próximo século, talvez, venha a discutir.









Palestras da tarde – um começo em alto estilo
Ao fazer a apresentação do conferencista da tarde de 20 de maio, no CCEPA, o presidente da instituição, Milton Medran Moreira, salientou a importância da iniciativa, do evento e do palestrante. Uma palestra mensal, na terceira quarta-feira de cada mês, às 15 horas, tem por objetivo, especialmente, atrair pessoas que não costumam ou não podem sair à noite, quando, tradicionalmente, ocorrem as conferências públicas da primeira segunda-feira do mês. A conferência inaugural esteve a cargo do ex-presidente do CCEPA e da FERGS, Maurice Herbert Jones (foto), com um tema sempre fascinante para quem deseja refletir sobre o caráter histórico, científico e filosófico do espiritismo e suas conexões com as crenças: “Espiritismo e Religião”. A palestra de Jones foi assistida por cerca de 40 pessoas que saudaram a abertura desse novo espaço no CCEPA para a reflexão sobre o espiritismo, suas consequências e conexões.
Neste dia 18 de julho, terceira quarta-feira do mês, às 15 horas, será a vez do professor universitário Dalcidio Moraes Claudio ocupar a tribuna do CCEPA abordando o tema “Voluntariado”.
Seguem as palestras noturnas
A programação de palestras públicas na primeira segunda-feira de cada mês, às 20h30min, prossegue. Neste dia 2 de julho, o expositor foi o promotor de Justiça aposentado, e ex-presidente do CCEPA, Rui Paulo Nazário de Oliveira, com o tema “Reflexões sobre Reencarnação”.

Saiu o Censo Religioso
Estávamos encerrando esta edição de CCEPA Opinião quando o IBGE divulgou os dados do censo de 2010, relativos a religiões no Brasil. Como tem acontecido nas últimas décadas, mais uma vez a religião católica apresentou uma sensível queda de fieis: de 73,6% em 2.000, no novo censo passaram ao percentual de 64,6. O segmento que mais cresceu, novamente, foi o evangélico: de 15,4% em 2000 para 22,2%. Também foi significativo o aumento dos sem-religião que já são 8% dos brasileiros. Tratado como uma religião, o espiritismo também experimentou um aumento de fiéis: de 1,3%, em 2000, para 2%, em 2010.
Convidado pelo programa “Polêmica” da Rádio Gaúcha, o presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Milton Medran Moreira, foi um dos dabatedores do assunto, na audição de 2 de julho último.
Na próxima edição deste jornal, a reportagem de capa detalhará os dados do censo, explicitando nossa opinião sobre o assunto.





       


              Opinião em Tópicos
            “A religião cuida da fé, que envelhece, cristaliza e se mumifica”, escreve Milton Medran Moreira em “Opinião em Tópicos” de junho. Essa é a fé cega. Por essas e outras é que não dá para inserir o Espiritismo no rol das religiões. No Espiritismo, como sabemos, a fé é raciocinada. Essa não envelhece, não cristaliza e nem se mumifica. Um grande abraço e parabéns.
            Adão Araújo – Bento Gonçalves/RS.

O jornal impresso
Só hoje, após tê-lo recebido há vários dias, pude ler o Opinião de maio e não posso deixar de escrever para dizer, primeiro, que o número está ótimo, e segundo, que não se pode deixar de imprimir o jornal.
Na vida tumultuada que se leva hoje em dia, dificilmente a pessoa tem tempo de ler um jornal no momento em que o recebe. Sendo virtual, é possível que fique no esquecimento, mas se estiver impresso a pessoa coloca em lugar visível e na primeira oportunidade pega e lê.
Aqui em casa é assim que a coisa funciona.
Jacira Jacinto da Silva – São Paulo/SP.