Recordando Deolindo –
1906/1984
Aos 110 anos de nascimento de
Deolindo Amorim (janeiro 1906/abril
1984) CCEPA Opinião resgata
artigo publicado pelo jornal Mundo
Espírita, da Federação Espírita do Paraná, (edição de abril de 1984),
onde o fecundo pensador, escritor e jornalista baiano, sintetiza sua visão
pluralista e humanista de espiritismo. Defendendo o diálogo entre espíritas com
posições divergentes em aspectos que fogem aos “pontos cardeais doutrinários”,
Deolindo, principal responsável pela realização do II Congresso Espírita
Pan-Americano, da CEPA (Rio de Janeiro - 1949), sustenta posição eminentemente
livre-pensadora ao afirmar: “Somos uma
comunidade composta por gente emancipada e por isso mesmo o campo está sempre
aberto ao estudo e à crítica”.
Desunião e Divergência
Deolindo
Amorim
Nem sempre divergência
significa desunião. Se é verdade que as divergências ou discordâncias algumas
vezes já comprometeram a união entre pessoas e grupos, não se deve dar a este
fato a extensão de uma regra geral, pois é apenas um episódio discrepante. Onde
há duas pessoas frente a frente sempre há o que ou em que discordar. Seria
impossível a existência de um grupo humano, por menor que fosse, sem um
pensamento discordante, sem uma opinião contrária a qualquer coisa. Entre dois
amigos, como entre dois irmãos muito afins pode haver divergência frontal ou
inconciliável em matéria política, religiosa, social etc., sem que haja
qualquer “arranhão” na amizade. Discutem, discordam, assumem posições opostas,
mas continuam unidos.
Justamente por isso e pelo que
observo na vida cotidiana, não creio que seja necessário abafar as divergências
ou evitar qualquer discussão, ainda que em termos altos, simplesmente para
preservar a união de um grupo ou de uma coletividade inteira. Seria o caso, em
última hipótese, de acabar de vez com o diálogo e adotar logo um tipo de vida
conventual.
O diálogo é uma necessidade, pois é dialogando
que trocamos ideias e permutamos opiniões e experiências. Uma comunidade que
não admite o diálogo está condenada, por si mesma, a ficar parada no tempo.
Cada qual naturalmente deve preparar-se ou educar-se espiritualmente para
discutir ou divergir sem prevenções ou ressentimentos.
O fato de não concordarmos com
a opinião de um companheiro neste ou naquele sentido ou de não adotarmos a
linha de pensamento de uma instituição deve ser encarado com naturalidade, mas
não deve servir de motivo (jamais!) para que mudemos a maneira de tratar ou
viremos às costas a alguém. Seria o caso de perguntar: e onde está o Evangelho,
que se prega a todo o momento? Como falar em Evangelho, que é humildade e amor,
e fugir a um abraço sincero ou negar um aperto de mão por causa de uma
divergência ou de um ponto de vista?
Então, não é a divergência
aqui ou ali que porventura “cava o abismo da desunião”, é a incompreensão, o
personalismo, o radicalismo do elemento humano em qualquer campo do pensamento.
Já ouvi dizer mais de uma vez que os espíritas são desunidos por causa das divergências
internas. Sinceramente, não acompanho este ponto de vista. Acho que não há
propriamente desunião, mas apenas desencontro de ideias, fora dos pontos
cardeais da Doutrina. Somos uma comunidade composta de gente emancipada e por
isso mesmo, o campo está sempre aberto ao estudo e à crítica.
Certos observadores gostariam,
por exemplo, que o Movimento Espírita fosse um “bloco maciço” sem nenhuma nota
fora do conjunto. É uma pretensão utópica, pois não há um movimento religioso,
político ou lá o que seja sem alguma voz discordante, aqui ou ali.
Tomava-se como referência, até
bem pouco tempo, a “unidade monolítica” da Igreja Católica. Unidade relativa,
diga-se de passagem. E o que se vê hoje? O fracionamento cada vez mais
acentuado. Os grupos conservadores, porque se batem pela manutenção da Igreja
tradicional, estão enfrentando os grupos renovadores, partidários de
modificações estruturais; grupos que querem a Igreja fora da política estão em
conflito com os grupos que querem justamente uma Igreja participante no campo
político.
Há, portanto, demanda de alto
a baixo, com programas de reforma na teologia, como na administração e na
disciplina eclesiástica. Logo, a Igreja não oferece hoje a unidade doutrinária
que nos apontam às vezes, como modelo. E o Protestantismo, que é outro grande
movimento religioso, não se divide em denominações e seitas, com
características diferentes entre si? Batistas, presbiterianos, adventistas,
congregacionalistas etc. Não desejo criticar procedimentos religiosos, pois
todos os cultos são respeitáveis, mas estou anotando fatos.
Voltemo-nos para mais longe,
fora da faixa ocidental, e lá está o Budismo, também um movimento expressivo.
Não cabe, aqui, discutir se o Budismo é ou não religião. Seja como for, ocupa
um espaço considerável, mas também se ramificou. Existe, hoje, pelo menos mais
de uma escola budista. O Positivismo, que viera da França, teve muita força no
Brasil, mas não se manteve íntegro, pois o grande bloco se desmembrou entre
científicos e religiosos no século passado. Sobrevive, hoje, uma religião sem
Deus, sem cogitação acerca da vida futura, mas um culto ritualizado, com
sacerdócio. Muitos discípulos de Augusto Comte não queriam, de forma alguma,
que o Positivismo se transformasse em religião e, por isso, eram chamados de
científicos, ao passo que muitos outros absorveram logo o Positivismo como
Religião da Humanidade. E realmente implantaram um culto religioso no
Apostolado Positivista. Logo, também o Positivismo não conseguiu sustentar um
padrão uniforme.
O fenômeno que se observa no
meio espirita é muito diferente. Sempre houve divergências, mas não se quebrou
a unidade doutrinária, que é fundamental. O Espiritismo continua a ser um só,
inconfundível, não se dividiu em diversos espiritismos. Há, entre nós, opiniões
discordantes em determinados aspectos, porém, os princípios são os mesmos, não
se alteraram. Não formamos seitas nem correntes à parte, apesar das
divergências. Então, não há motivo para que estejamos vendo desunião onde há
simplesmente desacordo de ideias.
Data
Limite?
“A
vida é evolução, a evolução é movimento, o progresso é movimento, movimento
ascendente de transformação, de perfeição, de rejuvenescimento”.
(Manuel S. Porteiro – “Espiritismo Dialético”).
Que dizer de “profecias”
segundo as quais a chamada “espiritualidade superior” estaria concedendo à
humanidade um tempo certo para mudanças de rumos que, se não cumpridas, no
prazo estabelecido, grandes desgraças se abateriam sobre a Terra?
Do novo ao velho testamento, a
tradição judaico-cristã sempre, em todos os tempos, esteve às voltas com esse
tipo de ameaça psicológica. Não se pode deixar de vislumbrar nisso um método
sutil de imposição de um certo temor pedagógico, uma forma mitigada de terror,
um bem-intencionado propósito, enfim, de fazer os homens melhores. Mas, não
seriam, igualmente, bem intencionados os mestres-escolas ao imporem a nossos
pais ou avós rígidos códigos disciplinares prescrevendo castigos físicos que
iam do uso da palmatória ao de fazê-los ajoelhar-se sobre grãos de milho?
Mais eficiente que isso,
parece-nos hoje, é a adoção de uma pedagogia de conscientização do indivíduo de
que a prática do bem, o exercício da solidariedade e o cultivo da paz
individual e social são os únicos instrumentos realmente eficientes para tornar
o ser humano e a sociedade mais felizes.
Pouco a pouco, notadamente
desde que considerável parcela de nações do planeta oficializou políticas de
respeito aos direitos fundamentais do ser humano, essa conscientização se
amplia, seja por imposição de leis, tratados e convenções, seja pela ação
destemida de segmentos humanistas que sugerem padrões mais avançados de
tolerância e de convivência entre povos e cidadãos de culturas e tradições
diferenciadas.
Muito ainda nos falta para
atingir estágios mais homogêneos de conhecimentos básicos e de padrões
culturais capazes de conduzir homens e nações a um nível ético compatível com
aquilo que já fomos capazes de expressar e consensualizar em convenções como as
já produzidas, por exemplo, pela Organização das Nações Unidas. Mas, caminhamos
nessa direção.
Os avanços acontecem
naturalmente, pela própria “força das coisas”, como diria Kardec, e,
notadamente, por experiências, mesmo amargas, mas sempre pedagógicas, que
forçam o mundo à adoção de padrões sociais mais humanos. Diante da
inexorabilidade do progresso social, político e ético da humanidade – aliás,
jamais desmentido pela História – não faz sentido a presumível fixação de
qualquer “data limite” para eventual passagem do planeta de um para outro
estágio. Estágios se sucedem
infinitamente e, às vezes, imperceptivelmente, em busca da perfeição que mora
longe.
Ao início de um novo ano,
mesmo diante de crises que, aliás, sempre prenunciam mudanças, é tempo de
renovarmos nossa crença na força do espírito humano e na sua capacidade de
transformação. Assim será em 2016. Assim será também em 2019 ou em todo e
qualquer tempo em que esse admirável planeta servir de morada ao gênero humano.
O
espiritismo e as teses acadêmicas
Talvez já se possam contar às centenas os trabalhos
acadêmicos sobre espiritismo, no campo da ciência da religião, da psicologia ou
das ciências sociais, realizados por mestres, doutores e pós-doutores, em
nossas universidades. A maioria desses trabalhos analisa o espiritismo como
crença e disserta sobre suas consequências ético-morais ou sua rica
contribuição na área da ação social, no Brasil. Ótimo!
Os espíritas sonham com um
pouco mais do que isso. Julgam que, diante das concepções esposadas pela teoria
kardeciana acerca do espírito, de sua preexistência e sobrevivência à vida
física, e de sua essencialidade com relação à natureza do ser humano, eis que
sede e agente da “vida inteligente”, o espiritismo mereceria um maior
reconhecimento, por exemplo, como escola filosófica.
Inatismo
x Empirismo
Um indício de que isso possa
estar começando a acontecer foi a inclusão de um texto extraído de O Livro dos Espíritos no vestibular 2016
da UNESP, uma das mais importantes universidades do país. A questão, na prova
de conhecimentos gerais, quis testar os candidatos sobre um velho tema
filosófico onde se contrapõem inatismo x empirismo. O inatismo, ou teoria das
ideias inatas, sustentada por Platão, defende que o ser humano já nasce com
determinados conhecimentos. O empirismo, de Aristóteles e de pensadores
modernos como Francis Bacon e David Hume, sustenta que o homem, ao nascer, é
uma “tábula rasa”, destituída totalmente de saberes e que estes lhes serão
trazidos exclusivamente pelo desenvolvimento dos órgãos, a partir da
experiência.
Para ilustrar o tema proposto,
a prova transcreveu a questão 370 do L.E, como defensora do inatismo. Por outro
lado, um texto de Nelson Jobim, publicado na revista Superinteressante, fazia referência a estudos que atribuem ao
desenvolvimento do lobo temporal esquerdo a aptidão de certas pessoas para a
música. Diferentemente, pois, de aptidão prévia do espírito, o conhecimento
teórico da música estaria ligada a causas orgânicas, a serem desenvolvidas pela
experiência.
Repercussão
entre intelectuais espíritas
A transcrição de uma questão
inteira de O Livro dos Espíritos em
prova de vestibular suscitou
interessantes comentários de um grupo de pensadores espíritas brasileiros
ligados à CEPA – Confederação Espírita Pan-Americana -, que costumam trocar
ideias via Internet, pelo aplicativo What’sApp.
A juíza de Direito Jacira Jacinto da Silva (São Paulo/SP) e o advogado Homero
Ward da Rosa (Pelotas/RS) saudaram o fato de, fugindo ao habitual, o
espiritismo haver sido tratado ali não como uma crença, mas como categoria
filosófica. O ex-ministro da Saúde, médico Ademar Arthur Chioro dos Reis
(Santos/SP), enfatizou que a questão atesta a forte inserção do espiritismo no
contexto cultural brasileiro, especialmente da classe média, à qual pertencem
professores universitários. E o professor Herivelto Carvalho (Ibatiba/ES) viu
avanço no fato de o inatismo, normalmente tratado como mera questão teológica
pelos acadêmicos, ter sido ali apresentado como um princípio filosófico.
O
espírito e suas conotações filosóficas
Allan Kardec, que nunca fez
das propostas espíritas temas de proselitismo religioso, escreveu que se o
espiritismo representava um conjunto de verdades ele iria se impor por si
próprio, “pela força das coisas”. A circunstância, contudo, de haver sido
divulgado e tomado como uma nova religião redundou em escasso interesse de seu
estudo de parte de intelectuais afeitos à reflexão filosófica. Mas, o
espiritismo, sem ser uma religião, toca diretamente em questões que dizem
respeito ao espírito, sua natureza e sua abrangência. Resgata questões de
genuíno caráter filosófico, como esta das ideias inatas, presente no pensamento
de grandes filósofos idealistas da antiguidade à modernidade. Diga-se, aliás,
de passagem que, de há muito, o “espírito”, ou “consciência”, como preferem
chamá-lo, contemporaneamente, estudiosos da física quântica, deixou de ser a
abstrata e misteriosa “alma” das religiões para se firmar como concreto objeto
de estudo das ciências humanas.
O
Espiritismo não promove rituais: promove valores.
Daniel Torres – Dirigente do Grupo Nueva
Generación e Delegado da CEPA em Cidade de Guatemala – Guatemala. E-mail: g_nuevag@yahoo.com
“O
progresso intelectual realizado até ao presente, nas mais largas proporções,
constitui um grande passo e marca uma primeira fase no avanço geral da
Humanidade; impotente, porém, ele é para regenerá-la. Enquanto o orgulho e o
egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência e dos seus
conhecimentos para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais,
razão por que os aplica em aperfeiçoar os meios de prejudicar os seus
semelhantes e de destruí-los.
Somente o progresso moral pode assegurar aos
homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente esse progresso
pode fazer que entre os homens reinem a concórdia, a paz, a fraternidade.
Será
ele que deitará por terra as barreiras que separam os povos, que fará caiam os
preconceitos de casta e se calem os antagonismos de seitas, ensinando os homens
a se considerarem irmãos que têm por dever auxiliarem-se mutuamente e não
destinados a viver à custa uns dos outros.
Será
ainda o progresso moral que, secundado então pelo da inteligência, confundirá
os homens numa mesma crença fundada nas verdades eternas, não sujeitas a
controvérsias e, em consequência, aceitáveis por todos”.- A Gênese – Allan Kardec – Cap.XVIII -
Um rito não é mais do que um “conjunto de regras
estabelecidas para o culto e cerimônias religiosas”, segundo atual Dicionário
da Língua Espanhola.
Há qualidades que caracterizam a maioria dessas
práticas: são tradicionalistas, repetitivas, estão cobertas por um sem número
de simbolismos que nem todos compreendem, tendem a buscar mais a forma do que o
fundo, têm um caráter dogmático, etc.
A doutrina espírita, surgindo em meados do Século
XIX, mais precisamente no ano de 1857, com a publicação de O Livro dos
Espíritos, vem precisamente estudar, de forma séria e metódica, o espírito e
suas diferentes manifestações. Apresenta-se como uma ciência de observação e
uma filosofia de consequências morais, aprofundando temas tão delicados e, até
então, superficialmente abordados. O Espiritismo, por meio da razão e da
comprovação, veio retirar o véu dos fenômenos considerados sobrenaturais para colocá-los em seu verdadeiro lugar, como fenômenos naturais. Veio romper com as
cadeias mentais de uma humanidade escravizada que se limitava a estudar e
apreciar seu entorno físico sem descobrir as maravilhas que guardava em seu
interior. Com isso, se derrubaram sistemas, crenças, superstições e uma enorme
quantidade de preconceitos insustentáveis à luz da ciência e da filosofia. O mesmo caráter progressista do Espiritismo
impulsiona a ir além dos meros estatismos que freiam o avanço do espírito.
Assim como Nicolau Copérnico – em meio a fortes
críticas e pressões religiosas – veio derrubar a teoria geocêntrica, pela qual
se considerava a Terra como o centro do universo, para introduzir uma teoria
heliocêntrica, onde a Terra não é mais que um planeta que gira ao redor do
Sol….
Assim como Cristóvão Colombo, com o descobrimento do
chamado Novo Mundo – a América – veio destruir as falsas teorías que
consideravam que a Terra era plana e que se mantinha sustentada, em suas
extremidades, por gigantescos elefantes…
Assim também o Espiritismo veio
destruir dogmas e explicar com fatos as causas dos fenômenos chamados
sobrenaturais!
Sendo o Espiritismo toda uma ciência, não promove
ritos, sob pena de destruir seus próprios princípios. Ao contrário, promove
valores. Valores que enaltecem o espírito e o fazem cada vez mais perfeito
nesse processo dinâmico e contínuo da evolução. É por aí que se faz mais
formosa essa doutrina. Fomenta a fraternidade como elemento necessário de
convivência e progresso. Convida o ser humano a melhorar-se continuamente,
tomando como insígnia: “Hoje é melhor que ontem, e amanhã há de ser melhor que
hoje”. Num mundo onde impera o materialismo, onde os valores do espírito são
algo secundário, onde a injustiça está em todos os lugares, onde o bem-estar
econômico é a maior preocupação, onde o alimento é para muitos uma incerteza,
acaso não será exatamente esse o mundo que necessita de pessoas dispostas a
lutar pela justiça, pelo amor e pela verdade? Onde ficaram aqueles tempos nos
quais o cultivo do espírito era uma prioridade? Claramente os espíritas estamos
sendo chamados a trabalhar neste mundo, que também é nosso, promovendo uma
doutrina humanista e racional. Se o espírita agir exemplarmente, veremos
refletido, a partir de seu interior, o bem-estar, a paz, a harmonia. Será uma
pessoa feliz e otimista. Deixará de lado todo o interesse pessoal, fazendo-se
parte ativa do progresso social. Não será um ser a viver simplesmente de
ideias, mas, a partir delas, se fará construtor do mundo que todos desejamos.
Mais que a forma, interesser-lhe-á o fundo. Mais que o superficial, buscará o
essencial. Mais que o transitório, seu interesse recairá sobre o permanente.
Mais que o perecível, lhe atrairá o duradouro.
Reconhecendo-se que em muitas sociedades existe uma
fragilidade de valores morais, o Espiritismo está apto a contribuir na
construção de uma sociedade na qual esses valores sejam edificados sobre bases
sólidas. Os dogmas e as práticas
ritualísticas já não são capazes de preencher esse vazio que muitas pessoas
sentem para entender o mundo onde vivem e para compreender-se a si próprias.
O que o homem busca é ser feliz. Já não se compraz com alegorias, quer
realidades. Não mais se satisfaz com dogmas, deseja explicações racionais. Já
não lhe servem as crenças, busca evidencias. Essa necessidade do homem atual só
pode ser satisfeita quando se fundirem estes dois ingredientes: o bem e a
verdade.
(Traduzido do espanhol por Milton
Medran Moreira)
Salomão
assume presidência do CCEPA
Miltom Medran, Salomão Benchaya e Eloá Bittencourt |
Eleito em Assembleia Geral
levada a efeito dia 11 de dezembro à presidência do CCEPA, Salomão Jacob Benchaya, juntamente com a vice-presidente Eloá Popoviche Bittencourt, tomou posse oficialmente em 6 de janeiro último em
sessão coordenada pelo associado Walmir
Gamboa Schinoff, integrante da Comissão Eleitoral.
Na solenidade de posse, o
presidente que deixou o cargo, após cumprir dois mandatos, Milton Medran Moreira, agradeceu a inestimável colaboração dos
demais dirigentes, elogiando a capacidade do grupo em manter-se unido em torno
das ideias cultivadas e desenvolvidas por este segmento espírita de perfil
progressista e renovador. Na sequência, Benchaya usou da palavra para dizer de
seu orgulho em integrar uma instituição espírita que fortalece, período após
período, sua vocação firmemente kardecista, livre-pensadora e progressista:
“Somos uma minoria” – salientou- “mas é enorme a contribuição que temos dado ao
progresso do pensamento espírita como um todo”. O novo presidente também
relembrou o importante papel desempenhado pelo Centro Cultural Espírita
(ex-Sociedade Espírita Luz e Caridade), no processo de integração da CEPA no
Brasil, nos anos 90 do século passado, quando Jon Aizpúrua presidia aquela Confederação. Por fim, concitou o
quadro social da instituição a participar do XXII Congresso da CEPA, em
Rosário, Argentina, que acontece em maio próximo.
Além de Benchaya e Eloá,
integram o novo Corpo Diretivo do CCEPA os seguintes associados: Rui Paulo Nazário de Oliveira
(Secretário); Clarimundo Flores (Tesoureiro),
Milton Medran Moreira (Comunicação
Social), Donarson Floriano Machado (Livraria);
Maria José Torres de Moraes (Eventos Sociais); Marcelo Cardoso Nassar (Estudos) Salomão e Eloá também
coordenarão, respectivamente, o Departamento de Eventos e o de Ação Social,
enquanto Maurice Herbert Jones atuará
como Assessor Especial da Diretoria Admnistrativa.
O novo Conselho Fiscal é
composto por Acélia Maria Ferrandin,
Dirce Teresinha Habskot Carvalho Leite, Helena Hernandes da Rocha, tendo como
suplente Sílvia Pinto Moreira.
CCEPA
promove Curso de Mediunidade Espírita
De março próximo a dezembro, o
Centro Cultural Espírita de Porto Alegre promoverá um Curso sobre Mediunidade
Espírita, a ser ministrado por Salomão
Jacob Benchaya e Donarson Floriano
Machado. Confira, abaixo, todos os detalhes:
Terrorismo
Cumprimento
CCEPA Opinião por trazer sempre boas
reflexões, antenado com os acontecimentos atuais.
Acerca
da matéria de capa de dezembro (terrorismo), entretanto, cabe reparo: o ataque de Oslo foi perpetrado por
um extremista de direita cristão e não muçulmano.
Sobre
serem os grupos terroristas os maiores inimigos da civilização: o terrorismo é
terrível, mas esta não é a maior causa mortis por meio violento. Em 2014, foram
32.684 mortos no mundo por terroristas. No Brasil, foram quase 50.000
homicídios, nos EUA mais de 13.000, na Colômbia passaram de 11.000. Isso sem
contar as guerras, promovidas notadamente por países do ocidente. O terrorismo
é uma face da violência, mas a violência (no geral) é o maior inimigo da
civilização.
Não
tem como abordar o terrorismo islâmico sem falar do terrorismo do papel de
países como EUA, Inglaterra, França e Rússia na criação e financiamento de
grupos terroristas, a exemplo de Al Qaeda e Estado Islâmico.
Matheus Laureano
– Psicólogo, Professor, Diretor de BIT Consultoria Educacional, João Pessoa/PB,
site: www.matheuslaureano.com.br
Cursos
de Espiritismo no CCEPA
Pessoal
do CCEPA, sabem qual foi a melhor e mais valiosa atitude que tive em 2015? Foi fazer o curso com vocês! Desejo a
todos que 2016 seja de crescimento e muita luz. Um abraço de
Lia Mariza Benites de Lima – Porto Alegre.