Bem-Vindos
a Porto Alegre!
Capital
gaúcha sedia o VI Fórum do Livre-Pensar Espírita
O Centro Cultural Espírita de Porto Alegre
registrará com destaque em sua história o período de 5 a 7 de Setembro de 2014.
Cerca de uma centena de livres-pensadores espíritas, provenientes de vários
estados brasileiros, assim como três dirigentes argentinos da Confederação
Espírita Pan-Americana, participam, nesta Casa, do VI Fórum do Livre-Pensar Espírita, uma iniciativa da Associação
Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA – CEPABrasil, presidida pelo gaúcho Homero Ward da Rosa (Pelotas/RS). Os
Fóruns do Livre-Pensar são eventos regionais, promovidos pela CEPABrasil,
sempre com temáticas atuais, numa perspectiva progressista e atualizadora do
pensamento espírita.
Os
desafios do Século XXI
Pensadores espíritas de diferentes regiões do
país acorrem para trazer sua contribuição intelectual à temática central do
evento: “O Espiritismo e os Desafios do
Século XXI”, título, aliás, da conferência de abertura, a ser proferida
pelo físico e escritor Moacir Costa de
Araújo Lima (Porto Alegre/RS), na noite de sexta-feira, 5/9. Nos dois dias
seguintes, palestras, oficinas e mesas redondas oportunizarão a todos os
participantes do evento a interagir entre si, na tarefa conjunta de construção
de novas propostas de estudo, atualização e desenvolvimento do pensamento
espírita no mundo contemporâneo. A coordenação do evento está a cargo de Salomão Jacob Benchaya, ex-presidente
da Federação Espírita do Rio Grande do Sul e integrante da direção, há cerca de
40 anos, do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
O evento se encerra na manhã de domingo (7)
com a mesa-redonda “Os Desafios da CEPA” da qual participarão Dante López, Raúl Drubich, Maurice
Herbert Jones e Milton Medran
Moreira, que abordarão questões ligadas ao segmento laico e livre-pensador
do espiritismo, coordenado, no continente americano, pela Confederação Espírita
Pan-Americana.
Enlace
A figura majestosa do Laçador, obra do
escultor pelotense Antônio Caringi, que dá boas-vindas aos visitantes de Porto
Alegre, na entrada da cidade, é um verdadeiro símbolo do Rio Grande do Sul.
Transmite a ideia de liberdade, da lhaneza de gestos do homem dos pampas e de
sua vocação acolhedora e fraterna a quem aqui chega.
Nós, do CCEPA,
quisemos oferecer, no evento cuja organização a CEPABrasil nos delegou, esse
clima de acolhimento e de liberdade, valores essenciais para quem cultiva o
humanismo e o livre-pensamento, atributos essenciais da mensagem espírita.
Mesmo sem buscar grande público, em razão de seu formato e temática, este VI
Fórum do Livre-Pensar Espírita esteve aberto a todos os interessados, espíritas
ou não, cepeanos ou não. Desde o início, planejamos realizá-lo em nossa própria
sede, com limitações de espaço, mas em condições de acolher o número de
participantes normalmente presente a eventos com essas características.
Surpreendeu-nos, entretanto, que, quatro meses antes de sua realização, o Fórum
já estivesse com a lotação esgotada. Assim mesmo, mantivemos o projeto inicial.
Gaúcho gosta de receber seus amigos em casa. E esta casa tem uma história em
tudo coincidente com o espírito progressista e livre-pensador dos companheiros
que ora estamos acolhendo. Cenário ideal, pois, para este ágape de liberdade e
confraternização.
Ao tomarmos como símbolo de nosso evento a
figura do Laçador, quisemos, no entanto, redefinir o sentido do laço
garbosamente seguro por sua mão direita.
Ao invés de instrumento de tutela e submissão, utilizado pelas
religiões, seja nosso laço, como o desejou Kardec, um elo a unir homens e
mulheres dispostos a cultivar o pensamento livre e criativo em torno das
grandes questões do espírito. Estas seguem permanentemente abertas à
investigação e a interpretações consentâneas com os novos tempos.
É assim que o Centro Cultural Espírita de
Porto Alegre recebe os participantes deste Fórum: enlaçando-os em sentimentos
de muito afeto e com vibrações inspiradas nos ideais de união e progresso.
Sejam todos bem-vindos!
(Milton
R. Medran Moreira, Presidente do CCEPA)
Solidariedade
na Tragédia
“Não
procure Deus na razão da tragédia, mas na motivação por trás da solidariedade
que a sucede”. Hermes
Fernandes.
No último dia 13 de agosto, nosso companheiro
Homero Ward da Rosa e sua esposa Regina postaram nos espaços
internáuticos mantidos pela CEPA e CEPABrasil esta mensagem:
“Em 27 de janeiro de 2013, um incêndio na
Boate Kiss em Santa Maria-RS matou 242 e deixou feridas mais 116 pessoas. Eram
quase todas jovens, estudantes, que ali foram divertir-se e comemorar. A
tragédia consternou o Brasil e repercutiu no mundo.
Agora, o desastre de Santos comove o Brasil e
ressoa mundo afora, com a morte de sete pessoas. Além dos dois pilotos da
aeronave, Geraldo Cunha e Marcos Martins, o assessor de imprensa Carlos Augusto
Leal Filho, o fotógrafo Alexandre Severo Gomes e Silva, o cinegrafista Marcelo
Lira e ainda o ex-deputado federal Pedro Valadares Neto, que acompanhavam, a
trabalho, o candidato à presidência da República Eduardo Campos, também
vitimado no acidente.
Sempre que acidentes como esses acontecem,
independente do número de vítimas, cogitam-se as coincidências, o destino, as
circunstâncias, na tentativa de encontrar explicações razoáveis, que ajudem a
consolar a dor dos familiares e amigos e a entender o porquê de tudo que
aconteceu, talvez para mais rapidamente assimilar e elaborar as perdas. Esforço
vão, como sabemos. Só o passar do tempo ameniza a dor da separação abrupta,
pela morte trágica de alguém que se ama.
Não há palavras. Só a introspecção e o
silêncio ajudam, depois que as lágrimas secam. E, sim, saber da solidariedade
de muitos. A certeza de que há amigos, conhecidos ou não, em todas as latitudes
e dimensões, que estão juntos em pensamento, unidos para transmitir força e
coragem renova a esperança e a confiança de que não estamos sós e de que a vida
continua...
Nossa solidariedade às famílias e amigos
abalados por esse trágico acidente.”.
Tomando a manifestação de Homero e Regina
como mote, recorde-se: Diante de tragédias dessa magnitude, invariavelmente
surgem, em alguns meios espíritas, explicações ligando-as a “débitos de outras
vidas” que restariam, assim, resgatados. Tais interpretações partem de um
fatalismo incompatível com a filosofia espírita. Trata-se de um “reducionismo
cármico” que desconsidera as amplas finalidades da vida do espírito no plano
material, onde o aprendizado, e não a punibilidade, desponta como primeira de
todas as razões. Viver – percebe-o o
espírito antes de reencarnar - implica em riscos inerentes às imperfeições
humanas. Somos, indivíduos e sociedade, suscetíveis a erros próprios de nossa
ignorância, do desconhecimento ou despreocupação com as leis naturais. A dor
resulta desses erros, aqui mesmo cometidos e cujas consequências são,
frequentemente, aqui mesmo sofridas. Isso basta para validar o princípio
filosófico da lei de causa e efeito. Entretanto, as lições que esses erros
oferecem, mesmo aos não responsáveis por seu cometimento, iluminam a trajetória
de todos. Fortalecem seu cabedal de conhecimento e aprimoram seu agir. Não é
outra a finalidade da reencarnação. Não é outro o processo através do qual a
humanidade evolui: não só movida por culpas, mas, acima de tudo, aprendendo a
administrar as vicissitudes de cada existência, algumas das quais comuns a um
grupo humano ou à humanidade como um todo.
Por isso, mais do que buscarmos causas,
remotas ou mediatas, cabe-nos o dever da solidariedade que o sofrimento de uns deve
gerar em todos. Esta é a lei maior, porque nasce de nossa condição comum, que é
a condição humana. Solidariedade é o elo espiritual formador da grande família
terráquea, elemento indispensável ao aprendizado e ao aperfeiçoamento ético de
quantos habitam provisoriamente este plano.
Trata-se de um “reducionismo cármico” que
desconsidera as amplas finalidades da vida do espírito no plano material.
Pátria
do Evangelho ou do Talmud?
Há quem espere se concretize a profecia de o
Brasil tornar-se o “Coração do Mundo”. Mas, com a inauguração, em São Paulo, do
majestoso Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, a Terra de
Santa Cruz parece estar mais próxima de se tornar a “Pátria do Talmud”. Foi
inaugurado, em 31 de julho, o maior templo já construído no Brasil, de tamanho
quatro vezes superior ao da Basílica de Aparecida. Embora pertencente a uma
igreja “evangélica”, do chamado segmento neopentecostal, o suntuoso templo cuja
inauguração foi prestigiada pelas maiores autoridades do país, incluindo aí sua
presidente, é uma réplica, em tamanho maior, da histórica construção bíblica de
Jerusalém. Com paramentos judaicos, na soleníssima inauguração, o bispo Macedo,
agora chamado por seus fiéis de “Sumo Sacerdote”, com longas barbas e cercado
de símbolos judaicos, como o candelabro de sete lâmpadas (menorá), altares e
tabernáculos, recitou salmos bíblicos e clamou a Deus pela proteção do povo
brasileiro.
Um novo
fenômeno social e religioso
Será essa a tendência da religião no Brasil?
A incorporação de valores e símbolos do Velho Testamento por essa e outras
igrejas do segmento neopentecostal - o que mais cresce no país - suscita
reflexões. Sociólogos, teólogos e antropólogos observam esse novo fenômeno
social com alguma surpresa e preocupação. Tal postura revive um deus com fortes
traços de pessoalidade e com claras preferências sectárias e tribais, de
natureza em tudo incompatível com a divindade universalista e amorável,
amadurecida na consciência íntima de quantos optaram por um espiritualismo
livre, adequado à contemporaneidade pluralista. Expressões tipo “homens de
Deus”, como se autoproclamam os bispos e pastores dessas instituições, ou “povo
de Deus”, com a qual designam seus seguidores, apontam para um sectarismo
religioso através do qual se sugere só serem dignos da “graça”, da proteção e
dos “milagres” divinos os pertencentes à sua grei.
A
teologia da prosperidade
No Brasil, a chamada “teologia da
prosperidade”, porque induz à crença de que só terá sucesso material e
crescimento social quem a ela adere, passou também a ter significativa
relevância política. As bancadas evangélicas e os partidos dominados por
pastores, com perfis sociais fortemente conservadores e retrógrados, ganham
espaço e influência em nossa política. Constrangem governos laicos, de
ideologias originariamente progressistas, a aceitarem imposições fundadas em
dogmas religiosos incompatíveis com os avanços culturais e sociais. Assumem
posturas políticas nitidamente teocráticas que ameaçam a laicidade do Estado.
Indústria
da fé
É de se reconhecer, sim, alguns benefícios
operados por esses segmentos religiosos no meio social. São responsáveis por
resgatar do mundo das drogas, lícitas ou ilícitas, muitas pessoas. Oferecem a
elas a acolhida que outros setores não conseguem, inserindo-as no trabalho e na
convivência social e familiar. Mas, retirando-as de uma prisão, terminam por
encarcerá-las noutra: a do dogmatismo religioso, do fundamentalismo e da
intolerância. Os convertidos fazem-se também reféns do poder econômico,
político e religioso de quem as “libertou”. Com seus dízimos e donativos, que
as habilitarão a beneficiárias dos “milagres” só operados em favor de quem crê
e provê, tais pessoas serão as mantenedoras das grandes fortunas construídas
por essa verdadeira indústria da fé.
De espiritualidade pouco ou nada se trata
nesses meios. Fala-se muito do “poder de Deus”, do “poder da fé” e acena-se com
a inserção dos crentes e professos nos seletos círculos de poder e de
prosperidade. Uma mensagem nada evangélica, pois.
Breve Análise sobre
os Termos Kardecismo e Kardecista
Herivelto Carvalho,
servidor público; Delegado da CEPA em Ibatiba ES; Membro do Centro de Pesquisa
e Documentação Espírita. E-mail: heriveltocarvalho@gmail.com/.
Herivelto Carvalho |
Este uso não ficou restrito à cultura
popular. Chegou também à imprensa e ao meio acadêmico. É comum matérias
jornalísticas e artigos científicos denominarem a Doutrina Espírita de
Kardecismo ou Espiritismo Kardecista.
Para Jaci Régis, a palavra Espiritismo, no
Brasil, tornou-se tão polissêmica, que seu sentido original estava praticamente
perdido. Em seu discurso de abertura, no IX Simpósio Brasileiro do Pensamento
Espírita (2005), ele propôs que os espíritas passassem a denominar o
Espiritismo como Doutrina Kardecista, como uma forma de manter a identidade
doutrinária fiel aos parâmetros desenvolvidos por Kardec.
Ao mesmo tempo em que muitos espíritas
começaram a se identificar como kardecistas, outros não gostaram da ideia e
rechaçaram o termo, alegando que seu uso ao invés de combater a confusão, a
fomentava. Outro problema apontado pelos contrários, que geralmente negam a
influência da dimensão humana na formulação das ideias espíritas, é o fato de
considerarem que a Doutrina Espírita não é de autoria de Allan Kardec, mas sim
dos Espíritos Superiores. Desta forma, chamar o Espiritismo de kardecismo seria
o mesmo que torná-lo personificado como obra de um único homem.
Os críticos, muitas vezes, por falta de
pesquisa sólida, se apoiam em mitos para combater os dois termos. Um dos mais
evocados diz que kardecismo e kardecista foram neologismos criados no Brasil.
Na verdade, as duas palavras foram empregadas, de maneira muito comum, em
publicações espíritas na França do séc. XIX, como o periódico francês Le Progrès Spirite, órgão da Société Française d'Etudes des Phénomènes
Psychiques, que trazia no seu subtítulo: Philosophie Kardéciste - Psychologie Expérimentale. Léon Denis, no
capítulo XIV da versão original de O
Problema do Ser, do Destino e da Dor, chama o Espiritismo de spiritualisme kardéciste, que a FEB
preferiu traduzir como “espiritualismo kardequiano”. Sabemos ainda de seu uso
em instituições espíritas oficiais, como l'Union
Spirite Kardéciste Belge e Unione
Kardecista Italiana, etc.
As palavras começaram a ser empregadas pelos
franceses, a partir dos anos 1860, como uma especificação da escola espírita
fundada por Kardec. Essa diferenciação tornou-se necessária, primeiramente,
porque a palavra Espiritismo era utilizada para designar, ao mesmo tempo, o
movimento iniciado por Kardec e o Espiritualismo Moderno, que se estabelecera
na França desde 1852, oriundo dos Estados Unidos. Após a publicação de O Livro dos Espíritos, em 1857, alguns
espiritualistas franceses, sob a liderança de Z. J. Piérart, discípulo do
magnetizador Barão Du Potet, não aceitaram a proposta de Kardec e rejeitaram
ser chamados de espíritas, bem como a tese da reencarnação.
No entanto, o termo spiritisme se popularizou, entre os franceses e passou a ser usado
para definir partidários das duas escolas espiritualistas, mesmo a contragosto
dos discípulos de Piérart. Como os seguidores de Kardec, se distinguiam
principalmente pela crença na reencarnação, passaram a ser denominados como kardécistes, para diferenciá-los dos
não-reencarnacionistas. O historiador John Monroe, em seu livro Laboratories of Faith: Mesmerism, Spiritism,
and Occultism in Modern France (2007), esclarece esse acontecimento: “Como
o termo spiritisme ia se tornando
cada vez mais comum, os competidores de Kardec – muitos dos quais persistiam em
se chamar spiritualistes – foram
sendo deixados à margem. Por estarem engajados nas mesmas práticas que as dos
seguidores de Kardec, os spiritualistes
tornaram-se spirites aos olhos do
grande público, mesmo se atacassem com violência as ideias de Kardec."
O próprio Kardec se referiu ao espiritualismo
moderno como “escola espírita americana”. Dessa forma quando as expressões Kardécisme, Spiritisme Kardéciste ou Philosophie Kardéciste eram empregadas
estavam especificando que se tratava da “escola espírita francesa” fundamentada
sobre a obra kardequiana. Este emprego genérico da palavra Espiritismo, como
informa John Monroe, não ficou restrito à França. Em pouco tempo, em toda a
Europa Continental, os seguidores de Kardec e de Hardinge-Britten se declaravam
espíritas.
Um dos registros mais antigos do adjetivo
kardecista aparece na edição de outubro de 1865 da Revista Espírita, onde numa
comunicação mediúnica (Partida de um Adversário do Espiritismo para o Mundo dos
Espíritos), o Espírito Abade D... a utiliza: "Já se operam divisões entre
vós. Existem duas grandes seitas entre os espíritas: os espiritualistas da
escola americana e os espíritas da escola francesa. Mas consideremos apenas
esta última. É una? Não. Eis, de um lado, os puristas ou kardecistas, que não
admitem nenhuma verdade senão depois de um exame atento e da concordância com
todos os dados; é o núcleo principal, mas não é o único; diversos ramos, depois
de se terem infiltrado nos grandes ensinamentos do centro, se separam da mãe
comum para formar seitas particulares; outros, não inteiramente destacados do
tronco, emitem opiniões subversivas".
O texto citado indica que o adjetivo
kardecista começa a ser utilizado, entre os franceses, para diferenciar o
movimento de Kardec, não só da escola americana, mas também dos dissidentes da
escola francesa, pois estes também se intitulavam espíritas, sendo necessário
especificar o Espiritismo "purista" fiel a obra de Kardec. Desde
1861, movimentos espíritas não-kardecistas, estavam surgindo na França, com
menor expressão, como o caso do médium Roze, ex-membro da SPEE, que classificou
a primeira edição de sua obra, Révélations
du Monde des Esprits como "dissertações espíritas", mesmo já
sendo um dissidente de Kardec. Outro exemplo, que Kardec comentou na edição de
abril de 1866 da Revista Espírita, foi o surgimento de um movimento responsável
pela criação de um periódico denominado Journal
du Spiritisme Indépendant, também apresentando características de ruptura.
A rejeição ao uso dos termos kardecismo e
kardecista, no meio espírita, é fruto de incompreensões e de posturas
dogmáticas, devido principalmente ao desconhecimento da história do próprio
movimento espírita. Como uma filosofia aberta à pesquisa o Espiritismo necessita
reescrever muitos detalhes de sua história, que estão perdidos pelo fato de que
muitas produções, neste sentido, tentam adaptar os fatos às convicções
ideológicas de pessoas ou de grupos.
Ricardo
e as Utopias – Novo tema para o Fórum
Ricardo De Morais Nunes |
Ricardo, que é bacharel em Direito e
licenciado em Filosofia, adiantou sobre seu tema: “Tenho pensado muito sobre as
utopias sociais. Meu interesse cresceu a partir de algumas ideias do filósofo
judeu alemão Ernest Bloch, o qual buscou ressignificar a ideia de utopia,
resgatando um sentido positivo para ela”. E acrescentou: “Obviamente, penso
também na contribuição que o Espiritismo poderia dar a esse tema”.
O pensador espírita da Baixada Santista, novo
nome a contribuir com o Fórum do Livre-Pensar Espírita de Porto Alegre, visita
pela primeira vez o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, e diz que será
“uma honra falar no CCEPA, de tantas histórias em nosso movimento laico e
livre-pensador.”.
Milton
Lino Bittencourt (1941/2014)
Desencarnou no último dia 3 de agosto, nosso
companheiro Milton Lino Bittencourt (foto), antigo
colaborador do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre e esposo de nossa
vice-presidente, Eloá Popoviche
Bittencourt.
Por muitos anos, Milton Lino colaborou
intensamente com as atividades do CCEPA, desempenhando trabalhos de retaguarda
logística, especialmente no Congresso da CEPA/2000, assim como na organização
de excursões do grupo a eventos espíritas em outras localidades. Responsável
por sua expedição, prestou relevante colaboração a este jornal até o ano
passado, quando o agravamento de seu estado de saúde o impossibilitou de
continuar a tarefa.
Ao ato de sua despedida compareceram inúmeros
familiares, amigos e ex-companheiros. O CCEPA se fez presente com um grupo de
dirigentes e colaboradores, tendo o presidente da instituição usado da palavra.
Também José Joaquim Marchisio, do Núcleo Espírita Fraternidade, do qual Milton
Lino foi, igualmente, colaborador, manifestou-se, destacando o trabalho por ele
ali realizado.
“CCEPA Opinião” junta-se a seus familiares e
amigos com vibrações de paz e de progresso espiritual àquele seu colaborador,
neste retorno à dimensão espiritual.
Contato
virtual
Sou
recifense e espírita.
Aproveito
para parabenizar a todos vocês.
Recentemente
descobri (virtualmente) a CEPA e suas instituições filiadas, e, desde então,
tenho visitado bastante os sites e blogs da CEPABrasil, do CCEPA Opinião, dentre outros afins. A partir de vocês, tenho feito
boas reflexões sobre o Espiritismo. Tentarei o possível para comparecer ao
Fórum do Livre-Pensar Espírita.
Antônio
Augusto < tinhomcm@gmail > Recife/PE.
CCEPA
Opinião – 20 anos
Amigos
do Opinião.
Feliz
imagem da candeia alçada, iluminando caminhos, na edição comemorativa. São
vinte anos de ideias clareando consciências, e dando-lhes uma forma de pensar
condizente com a atualidade. Propugnando o que Leopoldo Machado definia como o
“espiritismo dos vivos’', e para os vivos feito. Esse marco é uma alegria para
todos nós.
Paulo
Cesar Fernandes –
Santos/SP.- pcfernandes1951@bol.com.br - .