quarta-feira, 9 de outubro de 2013

OPINIÃO - ANO XX - Nº 212 - OUTUBRO 2013



Um resgate histórico
Religião e Espiritismo
O Pensamento de Kardec
Trabalho que mudou a história do movimento espírita no Rio Grande do Sul, contendo a antologia do pensamento de Allan Kardec sobre religião e espiritismo, agora está disponível na Internet.

Revista “A Reencarnação”
Há exatos 27 anos, em outubro de 1986, a Federação Espírita do Rio Grande do Sul, então presidida por Salomão Jacob Benchaya, lançava uma edição histórica de “A Reencarnação”, sua revista oficial, na época dirigida por Milton Medran Moreira, com o título de capa “Espiritismo: Ciência e Filosofia. Até que Ponto é Religião?”. Naquela publicação, destacava-se um minucioso trabalho de Maurice Herbert Jones, ex-presidente da FERGS, intitulado “O Espiritismo é uma religião? Uma antologia kardequiana.”. Reunindo uma seleção de textos do fundador do espiritismo, escritos durante toda sua trajetória espírita, de 1857 a 1869, a antologia deixava clara a posição de Allan Kardec que recusava fosse o espiritismo definido como religião.
A edição, que deixou de ser comercializada pela gestão seguinte do órgão federativo, só subsiste nas mãos de antigos assinantes ou colecionadores. O Centro Cultural Espírita de Porto Alegre tem impresso, em separata, o trabalho de Jones, mas só agora o texto foi digitalizado, podendo ser feito seu download no site da CEPABrasil: http://www.cepabrasil.org.br/index.php/download/viewdownload/3-obras/49-maurice-jones-o-que-e-o-espiritismo-textos-de-allan-kardec.


Algumas frases
O trabalho agora disponibilizado na rede web reproduz as afirmações de Kardec em tópicos que permitem ao leitor avaliar o contexto em que foram pronunciadas ou escritas. Neste breve espaço, transcrevemos algumas frases extraídas da matéria constante em sete páginas da histórica edição n.402 de “A Reencarnação”:

“O Espiritismo não é, pois, uma religião. Do contrário teria seu culto, seus templos, seus ministros.” (Revista Espírita, maio/1859);
“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica.” (O que é o Espiritismo/1859);
“O Espiritismo é uma doutrina puramente moral que não se ocupa absolutamente dos dogmas.” (Revista Espírita, Outubro/1861);
“O Espiritismo fortifica os sentimentos religiosos e se aplica a todas as religiões.” (Revista Espírita, Fevereiro/1862);
“O Espiritismo será o traço de união que permitirá Ciência e Religião olharem-se face a face.” (Revista Espírita, Julho/1864);
“Não é religião porque senão todas as filosofias seriam religiões, ao discutirem Deus e a alma.” (Revista Espírita, Março/1865);
“A palavra religião é inseparável de culto, de forma, o que o Espiritismo não tem.” (Revista Espírita, dezembro/1868).





O Legado de Kardec
A edição n.402 de A Reencarnação pretendeu submeter ao debate o aspecto religioso do espiritismo. Quem ainda puder ter acesso àquela histórica publicação observará que nenhum de seus articulistas, na época, ousou se posicionar claramente contra o aspecto religioso. Alguns, inclusive, o defenderam vigorosamente. Outros, e a própria matéria não assinada da revista, refletindo sua linha editorial, preferiram administrar o conflito então existente, optando por uma posição conciliatória, possivelmente resolvível a partir das diferentes acepções semânticas da palavra religião. Era a política que convinha à instituição, em respeito à arraigada cultura religiosa vigente no sistema federativo.
Só uma matéria poderia, ali, ser lida como indicativo de uma clara posição negando o aspecto religioso. Seu autor não era ninguém mais que o próprio fundador do espiritismo, Allan Kardec. Sequer o organizador da antologia, Maurice Jones, emitiu qualquer opinião a respeito, cingindo-se à publicação da matéria exaustivamente pesquisada, sem nenhum comentário pessoal. Assim mesmo, a revista desencadearia sério conflito ideológico no meio espírita, culminando com o afastamento do grupo então dirigente, substituído, mediante legítimo processo sucessório eleitoral, por outros dirigentes, estes claramente comprometidos com a visão religiosa e evangélica do espiritismo.
O episódio deixou marcas, mas serviu para abrir espaço a uma visão laica, livre-pensadora e progressista de espiritismo, mostrando que ela tem sustentação no pensamento de seu fundador, mesmo que, na chamada codificação, também estejam presentes elementos fortemente impregnados do religiosismo cristão. Sem aquele fio condutor de nossa civilização, aliás, dificilmente haveria de prosperar o espiritismo no seio de uma cultura historicamente católica, como é a do Brasil.
Passados quase trinta anos, no âmbito de uma sociedade muito mais laica e de um movimento espírita culturalmente melhor qualificado, o tema pode ser estudado e debatido sem as paixões e os melindres de ontem. Para tanto, contudo, é imprescindível não perder de vista que a base do pensamento espírita está em Kardec, ainda que não concordemos com tudo o que ele disse ou escreveu. O profícuo legado de Allan Kardec autoriza e recomenda uma postura crítica envolvendo sua própria obra e dos espíritos que com ele a produziram.
 No fundo, isso é o que nos distingue das religiões. (A Redação).





Lições de Nairóbi e de Roma
O humanismo não é a nossa religião; é a nossa razão de viver.
                                                                                      Otto Maria Carpeaux

Primeiro, eles mandaram que saíssem todos os muçulmanos. Depois, e para confirmar que ali permaneciam apenas “infiéis”, os fanáticos terroristas do shopping center de Nairóbi foram perguntando a cada um como se chamava a mãe do profeta Maomé. Não sabê-lo, pela tábua de valores deles, era a plena justificativa para a morte de todos.
Não existe pior tirania que a da fé. Quando e onde se a coloca como instância mais importante da vida, todo o restante, inclusive a vida, deixa de ter qualquer significado. Por isso, fé e liberdade, democracia e fé, assim como fé e igualdade ou fraternidade e fé, são incompatíveis, desde que o objeto da fé extrapole os valores humanos.
Repetir com Protágoras que “o homem é a medida de todas as coisas” não implica, necessariamente, em inadmitir a existência de uma ordem superior ou uma inteligência suprema às quais todo o universo se conforme. Entretanto, dicotomizar a vida entre o natural e o sobrenatural, sacralizando este e a ele subordinando a natureza humana é, em qualquer circunstância, sobrepor a barbárie à civilização. É investir na perpetuidade do império do fanatismo em detrimento do reinado da razão e dos sentimentos, conquistas que fomos amealhando, aprimorando e consolidando no processo evolutivo.
Quando o Papa Francisco afirma não ser de sua competência ou da Igreja que preside julgar ou condenar os homossexuais, quando acena para atitudes de compaixão em vez de condenação a quem pratica o aborto, quando dá mostras da possibilidade de revisão de temas como divórcio, celibato clerical, pluralismo religioso, diálogo com não crentes, ou quando sugere que mulheres, tanto como os homens, participem da hierarquia eclesiástica, o bispo de Roma se despe dos paramentos que o ligam a uma hipotética ordem sobrenatural para revestir seu espírito da concretude humana. É somente nesse terreno que podemos, todos, nos reconhecer verdadeiramente irmãos e, nessa condição, buscarmos caminhos, por certo plurais, de transcendência dessa provisória, mas natural, realidade para outros estágios sonháveis e possíveis, mas sempre naturais. Espiritualidade, para ser genuína, não pode se apartar da natureza, porque o espírito é sua parte integrante.
Toda a realidade até aqui conhecida pelo ser humano tem a exata dimensão do homem. Todos os valores éticos até aqui construídos, assimilados e normatizados são obra humana, conquistas às vezes duramente obtidas apesar da religião e, mesmo, contra ela. Religião que não se dobra à primazia da razão humana se faz desumana, no sentido que a modernidade conferiu a esse adjetivo, dando-lhe a sinonímia de cruel. Escudar-se em presumíveis razões divinas contrárias à razão assimilável pela inteligência humana para legislar, julgar, sentenciar e executar pessoas é confiscar o poder divino. É que a única forma de pensarmos e sentirmos o divino é perscrutando-o na razão e nos sentimentos humanos, medida de que dispomos para auscultar o bom e o belo.
Quando todos formos verdadeiramente humanos, como, reconheça-se, está buscando Francisco sê-lo, não mais haverá lugar para tragédias como a do Westgate Mall de Nairóbi. E, então, talvez, ninguém mais precise de religião, porque esta terá se conformado aos autênticos anseios humanos, reflexos da presença divina na natureza inteira.

Espiritualidade não pode se apartar da natureza, 
porque o espírito é sua parte integrante.
         






Amnésia temporária
A história circulou no You Tube - http://www.youtube.com/watch?v=IqebEymqFS8 - com milhões de acessos. O americano Jason Mortensen estava sendo filmado por sua mulher no momento em que despertava de uma cirurgia, no hospital. Acontece que o procedimento médico lhe acarretou uma amnésia temporária. Daí que ele não reconheceu a mulher. Pensou tratar-se de uma enfermeira: “O doutor mandou você aqui?”, perguntou a ela. “Você é um verdadeiro colírio para meus olhos, é a mulher mais linda que eu já vi!”, acrescentou. Surpreendida, a mulher foi dizendo: “Você não me reconhece? Sou Candice, sua esposa. Somos casados há mais de seis anos”. Perturbado, Jason custou a acreditar que estava paquerando sua própria mulher. Diante da insistência dela, terminou admitindo que, tinha acertado na loteria ao se casar com tão linda mulher.

Esquecimento e reencarnação
A história levou-me de fazer uma analogia com o fenômeno da morte e do renascimento. Um dos aspectos mais fascinantes da reencarnação é, justamente, o de descer o véu do esquecimento sobre o passado daqueles que retornam para uma nova jornada. Mas esquecer não significa arrancar da alma as sensações e os sentimentos, bons ou maus produzidos em anteriores relacionamentos de espíritos que se reencontram. Lembrar nem sempre é bom. É da essência da vida o esquecimento para que se dê a renovação. A mesma Natureza que nos faz nascer, viver, morrer e renascer em novo corpo, para que nos renovemos, é suficientemente zelosa preservando em nós as conquistas já obtidas. Amores também são conquistas. Acho que foi esse o sentimento de Jason ao saber que a linda Candice por quem se sentia, ali, fortemente atraído, já havia sido por ele conquistada. Pouco importa que não recordasse

Amor e ódio
Mas, tanto quanto o amor, também o ódio cria liames capazes de amarrar almas. São grilhões pesados que não se desfazem com a morte. Que atravessam dimensões de tempo e espaço para, de novo, se materializarem em laços consanguíneos ou em uniões marcadas pela ambivalência do amor e do ódio. Também aí a lei natural – ou divina, para quem assim prefere chamá-la – mostra direcionamento inteligente. A vida em comum, em tantas dessas experiências, seria insuportável sem a barreira do esquecimento. Graças a este, é possível o recomeço, transformando algemas em alianças, desencontros em reencontros, antipatias em simpatias, que somarão para o progresso dos espíritos envolvidos.
Particularmente, não consigo conceber o fenômeno da sobrevivência do espírito após a morte, crença comum a quase todas as religiões, sem a reencarnação. Tampouco, reencarnação sem o esquecimento.

Reencarnação e progresso
Aqueles que só veem o processo reencarnatório como instrumento de punição costumam combatê-lo sob este argumento: é da essência da punição a lembrança do crime cometido. Inútil aplicar uma pena a quem não mais se recorda do fato pelo qual é punido, dizem. Mas, o objetivo da lei moral não é a punição, é o progresso. O mal praticado, por si só, gera sofrimento. A dor, racionalmente administrada, leva à retificação. Reencarnar faz parte do processo retificatório. Nos escaninhos cerebrais, instrumento do novo corpo, pode não haver registro para lembranças de outras vidas. Entretanto, na memória profunda da alma, subsistem os propósitos de reequilíbrio e de mudanças, alimentados por intuições e sutis direcionamentos psíquicos a indicar o caminho do progresso.
Algum dia, com o espírito mais depurado, lembraremos de tudo. A amnésia da alma é temporária. Só persiste enquanto durar nossa perturbação. A propósito, passados os efeitos pós-operatórios, Jason já pode recordar que a bela Candice é sua mulher há mais de seis anos.





Breve olhar sobre o Potencial Filosófico de O Livro dos Espíritos
Jerri Almeida - Historiador e Dirigente Espírita.

O Livro dos Espíritos é a obra fundadora da Doutrina Espírita e, portanto, do que chamamos de filosofia espírita. Gonzáles Soriano em seu ensaio intitulado: “El Espiritismo es la Filosofia”, mesmo sem ser espírita, assevera que o Espiritismo é: “...a síntese essencial dos conhecimentos humanos aplicados à investigação da verdade.”¹  Ora, a longa tradição filosófica do Ocidente, buscou na razão as interpretações que se julgavam “lógicas” e “aceitáveis”, para explicar o mundo.
A filosofia, no seu nascedouro, buscou romper com a explicação mitológica da realidade, muito comum nas sociedades agrárias antigas. Embora, ainda hoje, se aceitar a definição de Pitágoras, num sentido mais etimológico, de que a filosofia signifique: “amor à sabedoria”, num sentido amplo, o que existe são “filosofias”, ou seja, concepções diferentes sobre a realidade. Nos vinte e cinco séculos de tradição filosófica ocidental os inúmeros filósofos e suas escolas conceberam filosofias distintas e, muitas, conflitantes.
Quer se afirme que a filosofia seja um conjunto de saberes, uma visão de mundo ou um modelo explicativo da vida, é importante lembrarmos o pensamento do filósofo Sexto Empírico, do século II-III, ao afirmar que em toda investigação temos três resultados possíveis: acreditamos ter encontrado toda a resposta; acreditamos ser impossível encontrar a resposta, ou continuamos buscando. Para ele, a filosofia deveria repousar nessa última questão, ou seja, de que o conhecimento não é algo pronto, acabado, fechado, mas, sobretudo, progressivo. Nada é sagrado, pois tudo é objeto de crítica e análise. Esse é um caráter intrínseco do discurso filosófico: a liberdade de pensamento aberto à reflexão e ao progresso das ideias. 
O Espiritismo, portanto, na medida em que busca explicar a realidade através da razão e da lógica utiliza-se de um discurso filosófico. Todavia, a filosofia espírita, inaugurada em O Livro dos Espíritos, não traduz uma simples reflexão intelectual para criar sentidos ou significados, Ao contrário, a filosofia espírita é um saber que se justifica com base nos fatos. Ao analisar o conjunto de sua obra, veremos que Kardec não partiu da “crença”, mas da sólida pesquisa científica, no campo da mediunidade, para, num segundo momento, enveredar pelos caminhos da interpretação dos fatos, com base no crivo da razão. Disso surgiu a filosofia espírita inserida, inicialmente, em O Livro dos Espíritos.
Para Marcondes: “A contribuição da filosofia tem sido, portanto, desde o seu nascimento na Grécia antiga, a interrogação, o questionamento, a pergunta. Para a filosofia não há nada que não possa ser posto em questão. Deve ser possível discutir tudo.”² Sob esse aspecto, O Livro dos Espíritos, em suas 1019 perguntas ou questionamentos, se afirma no discurso filosófico. Kardec indagou os espíritos sobre um universo de questões que sempre inquietaram o pensamento humano: Deus, a alma, a origem da vida, a morte, os problemas sociais e familiares, a liberdade, o sofrimento, o destino e a felicidade, entre outros.  Dessa forma, a Obra Primeira da Doutrina Espírita avança, no seu modelo explicativo da vida, por onde outras filosofias se calaram, vítimas dos preconceitos ou do orgulho de seus formuladores.
Um estudo atento de O Livro dos Espíritos evidencia a busca constante de Kardec por explicações plausíveis, que possam atender à coerência e ao bom senso. Ele interroga os espíritos com firmeza, cercado de boa argumentação, mas – ao mesmo tempo – buscando libertar-se de preconceitos e atavismos culturais de sua época, muito embora, seria ingenuidade pensar numa “neutralidade absoluta”.
Há uma busca incessante de conhecimentos e reflexões, iniciadas em O Livro dos Espíritos e que, evidentemente, não para com ele, nem mesmo o esgota em todo o seu potencial doutrinário. Isso oferece, ao conjunto das Obras Básicas, um dinamismo inesgotável, uma vez que a experiência da evolução espiritual vai oportunizando ao Ser, uma ampliação de seus horizontes intelectuais.
Portanto, uma vez estabelecida a base estrutural do conhecimento espírita, em 18 de abril de 1857, o seu núcleo passa a ser a análise do homem na condição de espírito imortal e pluriexistencial. Define-se uma ontologia integrando a filosofia espírita no conjunto da tradição filosófica dualista: pitagórica, socrática, platônica, entre outras.
Os estudiosos da Doutrina Espírita, utilizando-se dos recursos da hermenêutica, empenham esforços para aproximarem-se, o máximo possível, da essência dos conhecimentos transmitidos pelos espíritos à Kardec. Não se trata de caminharmos pelo território livre da “opinião”, ou da doxologia, representada nos famosos “achismos”, mas nos referimos à análise responsável e fundamentada.
Sendo que o conhecimento espírita é dinâmico, ele não foi dado por completo ou “acabado”, cabe ao ser humano, à luz da lei do trabalho, buscar compreendê-lo racionalmente. Interpretar não significa, necessariamente, modificar os seus fundamentos. Na verdade, a “interpretação” é um esforço da inteligência por “encontrar um sentido escondido”, que não está necessariamente claro. Logo, a capacidade de interpretação é inerente ao ser humano.
É preciso considerar, também, que O Livro dos Espíritos apresenta dois outros componentes importantes da reflexão filosófica: o diálogo e a dialética. Kardec, em todo o conjunto da Obra, dialoga com os espíritos através de inúmeros médiuns. Esse diálogo é uma relação dialética, de um conhecimento que não é uma simples “revelação” hierarquicamente estabelecida, mas que se opera pela via do debate e da discussão. A partir de uma pergunta, e de sua resposta, surgem outras perguntas e outras respostas que, ao longo do trabalho, são sistematicamente ordenadas.
 Essa relação dialética deveria, igualmente, se processar no diálogo crítico do leitor com a obra. Mas é preciso que esse diálogo se distancie das leituras simplistas, onde, muitas vezes, se busca afirmar o conteúdo doutrinário através de posturas acríticas, influenciadas pela teologia tradicional ou pelo imaginário religioso. Através de sua metodologia, Kardec nos ensinou, por óbvias razões, a dialogar com a fonte das informações, os espíritos, de forma racionalista sem, no entanto, perder o viés dos sentimentos. A racionalidade empregada aos estudos deve servir para que os seus conteúdos nos levem a uma compreensão mais profunda da vida, estimulando o melhoramento humano de forma mais consciente e realizadora.

1 Citado por J. Herculano In. Introdução à Filosofia Espírita. 2ª. ed. São Paulo: FEESP, 1993. p. 20.
2 MARCONDES, Danilo. Para que serve a filosofia? (Prefácio) In. Café Philo: As grandes indagações da filosofia.  Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,  1999. Prefácio.





XIII SBPE – Ainda dá tempo de se inscrever!
Acontece de 25 a 27 de outubro, em Santos, SP, o XIII Simpósio Brasileiro do Pensamento Espírita, importante legado de Jaci Regis que se renova de dois em dois anos. O evento, inteiramente aberto à participação de todos os interessados, contará, este ano, com a contribuição intelectual dos seguintes autores e respectivos temas:

Ademar Arthur Chioro dos Reis (Santos/SP): “Políticas Públicas para Álcool e Drogas e o Papel dos Espíritas”;
Alcione Moreno (São Paulo/SP): “Sexualidade e Espiritismo”;
Alexandre Cardia Machado (Santos-SP): “O Desenvolvimento do Espírito até o Surgimento da Vida na Terra – Uma hipótese livre pensadora kardecista”;
Eugenio Lara (São Vicente-SP): 1) “Os Desertores de Kardec”; 2) “Uma Análise Kardecista da Desobediência Civil”;
Grupo Livre Pensador (São Paulo-SP): “Pesquisa Mediúnica sobre Reencarnação”;
Herivelto Carvalho (Ibatiba-ES): “A Filosofia Espírita de Torres-Solanot”;      
ICKS - Grupo de Estudos (Santos-SP): “Pode o Espiritismo ser Considerado Ciência da Alma? - Uma análise epistemológica da proposta do pensador espírita Jaci Régis”;
Mocidade Espírita Estudantes da Verdade(Santos-SP):”Direito à Vida”;
Reinaldo di Lucia – (Santos-SP): “Livre Arbítrio”;
Ricardo Nunes – (Guarujá-SP): “Jaci Regis e o Jardim de Epicuro”;
Roberto Rufo(Santos-SP) “O Livre Arbítrio e os seus inimigos”.

Ainda é tempo de se inscrever. Interessados podem conferir em: http://icksantos.blogspot.com.br/2012/12/voce-ja-pode-se-inscrever-no-xiii-sbpe.html .
Palestras Públicas no CCEPA
Dia 7/10, 2a. feira, às 20h30 e 16/10, 4a. feira, às 15h, “A profilaxia do suicídio”, com Salomão Jacob Benchaya.







Homem/Mulher
Sobre “Opinião em Tópicos”, coluna de Milton Medran Moreira que enfoca a questão de direitos e deveres de homens e mulheres em O Livro dos Espíritos: interior e exterior, posição homem e mulher, fuzis e fraldas, fardas e esmalte. A verdade é que ainda vivemos mentalmente separados. Ainda subjugamos a vida embutidos em velhos conceitos de certo/errado, homem/mulher, delicadeza/coragem, moral/imoral. Nos veremos na próxima encarnação.
Marta Valéria – Niterói, RJ (comentário no portal Espiritbook que transcreve a coluna).