quinta-feira, 9 de maio de 2013

OPINIÃO - ANO XIX - Nº 207 - MAIO 2013

Reportagem do programa “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão, conta a história do neurocirurgião americano que viveu a experiência da quase morte e diz ter estado em um lugar que lhe pareceu ser o paraíso.

 Cresce o interesse pelo tema
O fenômeno chamado “quase morte” desperta grande interesse no Brasil, especialmente depois que o assunto foi tema em um dos principais espaços de telejornalismo da Rede Globo de Televisão. A reportagem veiculada pelo programa “Fantástico” de 24 de março último - http://globotv.globo.com/rede-globo/fantastico/t/edicoes/v/apos-acordar-de-coma-neurocirurgiao-acredita-em-vida-apos-a-morte/2478070/ - destacou a história do neurocirurgião americano Alexander Eben que, após haver entrado em coma profundo, teve visões de uma espécie de paraíso, e retornou convencido de que existe vida após a morte.

Um estudioso do cérebro passa a admitir a alma
Muitas pessoas, em todas as partes do mundo, registram hoje terem vivenciado o fenômeno. O destaque dado ao caso do Dr. Alexander, no entanto, tem uma particularidade: ele é, há mais de 25 anos, um notável estudioso do cérebro humano, professor da Faculdade de Medicina de Harvard. Para o Prof. Alexander Eben, a morte sempre significou o fim de tudo. Entretanto, em novembro de 2008, teve de ser conduzido às pressas a um hospital, com fortes dores de cabeça resultantes de uma rara espécie de meningite. Levado à UTI, logo entrou em coma profundo. Seus familiares foram informados de que dificilmente sairia vivo dali. Por sete dias esteve em estado comatoso. Mas, nesse mesmo período, viveu o que definiu como “a experiência mais fantástica que um ser humano pode ter”. Embora seu cérebro não funcionasse, recorda de vivências plenamente conscientes. Primeiro em um ambiente escuro e lamacento. Em seguida, foi levado a “um vale extenso, muito verde, cheio de flores e repleto de borboletas”, como descreveu. Uma entidade, com aparência de linda mulher, aproximou-se dele dizendo que não temesse, porque ali seria amado para sempre.
O retorno de sua consciência ao corpo e as transformações que o fenômeno operou em sua vida são contados pelo Dr. Alexander em um livro que já tem tradução para o português com o título de “Uma Prova do Céu”.

 Um acordo na dimensão espiritual
A reportagem da TV Globo trouxe o relato de outras experiências do gênero ocorridas no Brasil. A jornalista Vera Tabach contou que sua mãe, em 1974, esteve três meses em coma, mas que voltou relatando uma história fantástica. Durante todo aquele período afirmava ter estado em um hospital onde era tratada muito bem, por pessoas vestidas de branco. Com elas teria feito um acordo de retornar para terminar de criar seus filhos. Disseram-lhe, então, que ela voltaria e viveria com sua família por mais 20 anos, o que efetivamente aconteceu. Exatamente 20 anos depois, em abril de 1994, a mãe de Vera faleceu, quando seus filhos já estavam todos criados. A jornalista concluiu o relato dizendo que sua mãe, antes do episódio, costumava afirmar: “Na vida, só não há jeito para a morte”. Mas, após, mudou o dito para: “Até para a morte tem jeito”.


 




Tema de todos os tempos

Nas últimas décadas têm avançado de forma espantosa os estudos sobre o cérebro humano, essa máquina admirável, composta por cerca de 86 bilhões de neurônios que se ligam por mais de 10.000 conexões sinápticas. Comparável a um pequeno computador, pesando em média 1,5 kg, o cérebro humano tem funções incríveis, jamais superadas por qualquer máquina das tantas que compõem o vasto mundo da moderna computação eletrônica.

Mas, na mesma medida em que avançam pesquisas e estudos sobre o cérebro humano, mais importância assume uma velha indagação de que se ocuparam filósofos de todos os tempos: Afinal, a consciência é um produto do cérebro, ou, ao contrário, foi a consciência que criou o cérebro? Nossa civilização é, em grande parte, produto de nossas crenças. Por séculos, a busca do conhecimento, entre nós, esteve subordinada à fé. Em dado momento, o ser humano resolveu romper com essa dependência. A ciência emancipou-se da religião. Um grande avanço em cujo bojo, no entanto, se operou um fenômeno prejudicial à busca de resposta a esta indagação. A partir da emancipação do conhecimento, tudo o que diz com a alma passou ao domínio da religião. A ciência, numa espécie de concordata promovida com os setores religiosos, cuidaria, a partir dali, das questões materiais. As espirituais, estas continuariam de competência das igrejas. Aprofundou-se, com isso, a dicotomia profano-sagrado. O espírito, desde então, não é coisa para ser investigada pela ciência. O paradigma por esta adotado é inteiramente materialista. A consciência seria um produto do cérebro, logo nada teria a ver com a alma ou espírito.

          Mas, a vida não pode ser dicotomizada entre o profano e o sagrado que, a rigor, não existem. Existe o natural. Matéria e espírito, extensão e pensamento, fazem parte da natureza a cujas leis tudo se deve conformar. A cada dia, mais cientistas admitem essa íntima conexão entre o material e o espiritual. A consciência seria um atributo do espírito, o que não implica precise este ficar subordinado ao domínio das religiões. Sem adesão a qualquer crença, alguns cientistas assumem posições de ruptura com o paradigma materialista no qual a ciência moderna precisou se inserir. O Dr. Alexander Eben, por exemplo, desde sua experiência pessoal, passou a questionar o paradigma que, até então, defendera.

Poder-se-á dizer que isso não prova a existência do espírito. Que os fisiologistas oferecem outras interpretações. Que, mesmo estando o cérebro funcionalmente morto, algumas áreas do complexo mecanismo cerebral podem ter permanecido ativas, gerando aquelas sensações. Mesmo assim, para quem passou por situações reais como as descritas pela maioria dos que vivenciaram o fenômeno da quase morte, não há explicação mais lógica do que esta: a consciência sobrevive, íntegra, independentemente do corpo físico. Trata-se. pois, no mínimo, de um tema palpitante que reclama ser discutido em todas as suas implicações. Sem reservas ou preconceitos nem da ciência nem da religião. (A Redação)

 
 
 
Por um Conceito Espírita de Deus

Às vezes quero crer, mas não consigo. É tudo uma total insensatez.  Vinicius de Moraes

A fé em Deus está em declínio. Pesquisa divulgada há cerca de um ano, encomendada pela agência de notícias Reuters, dá conta de que, no mundo todo, cresce o número de pessoas que confessam não crer em Deus. Elas já são 18% em todo o Planeta. A França lidera o ranking dos descrentes da divindade, somando 39% dos entrevistados. No Japão, 34% das pessoas ouvidas disseram às vezes acreditar, outras não, configurando um certo agnosticismo. Ou seja: quer-se crer, mas buscam-se fundamentos, razões capazes de sustentar a crença. Essas pessoas rejeitam a fé cega.

O Brasil, no entanto, segue majoritariamente crente. Na pesquisa, 84% das pessoas entrevistadas disseram crer em Deus. De maioria católica, mas com forte crescimento evangélico, o país sustenta uma cultura popular de fé no Deus bíblico, pessoal, criador de todas as coisas e protetor daqueles que lhe votam fé. Só dois países superam o nosso em número de crentes em Deus: Indonésia (93%) e Turquia (91%), ambos de cultura predominantemente muçulmana, monoteísta, e cujo Deus, também pessoal, guarda fortes características protecionistas. À sua vontade soberana e onipotente seus adoradores costumam confiar inteiramente suas vidas e destinos, convencidos de que a fé, os ritos a ela inerentes e a obediência a seus sagrados códigos, lhes garantirão sorte nesta vida e bem-aventurança no Além.

Como se vê, a concepção ainda vigente de Deus é eminentemente teísta. Nela, diferentemente da visão deísta, esconde-se um certo desprezo ao ser humano, à sua capacidade de realização por méritos e esforços próprios, ao seu potencial de crescimento, de natural evolução. Tudo está na direta dependência do voluntarismo divino. Em sua versão mais fundamentalista, o teísmo assume radical oposição aos movimentos humanistas, à laicização dos costumes, a que indivíduos e sociedades orientem suas vidas pelos ditames de sua consciência e pelo aprendizado de suas experiências.  Seus mentores defendem a ingerência da religião em todos os setores da vida humana e, se pudessem, transformariam o mundo numa grande teocracia. Supõem que, fora da religião e dos códigos mandamentais supostamente revelados por Deus a alguns profetas, não existe bondade, nem justiça, nem progresso, nem ética, nem salvação.

É natural que uma visão assim de divindade – e que é aquela acolhida pelas grandes religiões monoteístas do mundo – provoque o decréscimo da aceitação da existência de Deus. Mas aquele não é o conceito de Deus compatível com o espiritismo. Doutrina fundada primordialmente na existência do “espírito” como princípio inteligente do universo, pressupõe a existência de uma “inteligência suprema”, que também é a “causa primeira de todas as coisas” (Questão n.1 de O Livro dos Espíritos), mas destituída do caráter de pessoalidade atribuída ao Deus judaico/cristão/muçulmano. Mergulhados que estamos no relativismo, não temos condições de entender, é certo, em toda sua plenitude, esse Deus que se situaria no âmbito do Absoluto. Mas, pelos conhecimentos já amealhados, especialmente pelo grau de libertação conquistada com o revolucionário paradigma da evolução, já podemos rejeitar, sem culpas, aquele Deus das religiões. Com propriedade, escreveu Léon Denis: “A Ciência, à proporção que se adianta no conhecimento da Natureza, tem conseguido fazer recuar a ideia de Deus, mas esta se engrandece, recuando”. (“Depois da Morte”). Pensamos que a conceituação de “inteligência suprema e causa primeira” se compatibiliza com o estágio atual da ciência e do pensamento.

A filosofia espiritualista, evolucionista, progressista e humanista que configura nossa identidade espírita situa-nos como deístas, posição inspirada pela razão e não pela fé. É uma visão diferenciada daquela das religiões. Isso nos impõe o dever de zelar e agir no sentido de que a consciência popular e a cultura de nosso tempo não nos confundam com expressões retrógradas e culturalmente pobres em cuja desgastada órbita se demoram as grandes religiões ainda existentes em nosso tempo. Elas tendem a desaparecer, no mesmo ritmo em que está a decrescer a fé em Deus. Mas, isso, ao contrário do que se possa, apressadamente, concluir, não significa o triunfo do ateísmo. Parece mais sensato identificar aí a busca de um conceito mais qualificado de Deus. Ele já não cabe no espaço exíguo das religiões.

 

Justiça não é Vingança
Em tempos de discussão sobre a redução da maioridade penal, chamou atenção depoimento com o título acima, publicado na Folha de São Paulo (28/4). Sua autora: a jornalista Luiza Pastor, 56. Ela foi estuprada quando tinha 19 anos por um menor com alentada folha policial que já fora detido várias vezes por fatos semelhantes. Levada por terceiros à delegacia, reconheceu o garoto delinquente, identificado como PS, e conheceu sua história: filho de uma prostituta, era criado pela avó, evangélica,“que tentara salvar-lhe a alma à custa de muitas surras”.  A conversa que ouviu dos policiais foi de que não adiantava mantê-lo preso, coisa que, aliás, não fora pedida por ela. “Esse é dos tais que a gente prende e o juiz solta”, disseram, acrescentando: “O melhor mesmo é deixar ele escapar e mandar logo um tiro”. Não concordando com solução, Luiza foi chamada de covarde e ainda teve de ouvir: “Se está com pena dele, vai ver que gostou!”.

 Um destino implacável
Traumatizada com o fato, Luiza foi embora do país. Retornou depois de muitos anos. Agora, sempre que ouve falar em redução da maioridade penal recorda a história de PS, de quem nunca mais soube. Renova, então, a crença de que se o Estado não investir fortemente em educação dirigida a milhares de jovens em idênticas condições daquele, “teremos criminosos cada vez mais cruéis, formados e pós-graduados nas cadeias e ‘febens’ da vida”.
Se PS ainda vivesse, teria uns 50 anos, hoje. Mas, é quase certo que não vive mais. No Brasil, dificilmente alguém com seu perfil passa dos 30 anos. Morre antes, por doenças contraídas na cadeia, quando não abatido pela polícia ou em disputa com outros delinquentes.

A teoria e a prática
Teórica e tecnicamente, a redução da maioridade penal seria defensável. Um garoto de 15, 16 ou 17 anos, hoje, tem plena capacidade de entender o caráter criminoso de seus atos. Mas, na prática, de nada vai adiantar encarcerá-lo e submetê-lo às péssimas condições de nossos presídios, onde inevitavelmente se fará refém de bandos de experientes criminosos que comandam o ambiente prisional e coordenam, além de seus muros, a violência da qual todo o país se tornou igualmente refém. Sem qualquer possibilidade de aquisição de valores positivos que só o trabalho e a educação, desenvolvidos em ambiente minimante humanizado, poderiam lhe oferecer, esses garotos, que nem lar tiveram, simplesmente não têm chance de recuperação. A sociedade e o sistema os fizeram irrecuperáveis. E pena que não recupera é inócua. É vingança que nega a justiça.

Criminalidade e reencarnação
Numa concepção imediatista e materialista, a solução de “mandar logo um tiro”, sugerida pelo policial, poderia se justificar. À luz de um humanismo espiritualista, entretanto, estamos todos comprometidos uns com os outros. Criminalidade é doença da alma. E é contagiosa. O egoísmo de alguns, a injustiça social, o orgulho e a arrogância de tantos, a falta de solidariedade, são agentes desencadeadores do crime cujos efeitos atingem “culpados” e “inocentes”. Numa perspectiva imortalista e reencarnacionista, a ausência de políticas pedagógicas e de justiça social, no presente, assim como o exercício da vingança privada ou social, no lugar de uma justiça recuperadora, constituem-se em políticas a repercutirem negativamente nas sociedades do futuro. Adiar significa agravar. E já adiamos demasiadamente.

 

Allan Kardec:
Pseudônimo ou Heterônimo?

Eugenio Lara, arquiteto e designer gráfico, membro-fundador do Centro de Pesquisa e Documentação Espírita (CPDoc), fundador e editor do site PENSE - Pensamento Social Espírita [www.viasantos.com/pense]. E-mail: eugenlara@hotmail.com

 Pseudônimo (pseudónymos) é uma palavra constituída pelos componentes gregos pséudos (falso) e ônoma (nome), cuja acepção tem o sentido de ocultação da real personalidade do autor. Trata-se de um recurso normalmente usado por literatos, artistas e pessoas públicas.

O uso de pseudônimo está associado à reputação e à posteridade, à preservação da identidade do autor. O compositor brasileiro Chico Buarque, por exemplo, para driblar a censura nos anos negros da ditadura militar, usou o pseudônimo Julinho Adelaide. E o escritor francês George Sand, assim como o “outro” George, a inglesa Eliot, eram mulheres, apesar do pseudônimo masculino. Muito provavelmente não teriam tanto sucesso literário se assinassem com seu nome civil. No século 19, a literatura era de domínio quase exclusivo dos homens.

O grande escritor carioca Machado de Assis, quando escrevia crônicas de teor político mais arrojado para sua época, se escondia por trás de pseudônimos. Muitos textos que redigiu contra a abolição somente foram descobertos, como sendo de sua autoria, cerca de 40 anos após a publicação. Até então, ninguém sabia que o autor de Dom Casmurro era quem escrevia aqueles textos de sabor panfletário, assinados como “Boa Noite”.

O pseudônimo se constitui, amiúde, numa identidade secreta. Isto não significa que seja semelhante a anônimo, onde não há a identificação de uma personalidade, de alguma pessoa ou autor, como é também o caso do ghost-writer (escritor fantasma), aquele que escreve biografias, artigos e ensaios sem que seu nome apareça como autor, sem que receba os créditos. Políticos que não sabem escrever normalmente se servem de ghost-writers, para proferir seus discursos políticos e publicar artigos em jornais diários.

Pode também ser o pseudônimo um nome artístico, seja porque o nome civil, o ortônimo, soa desagradável ao ser pronunciado ou porque o nome alternativo mostra-se mais compatível com a atividade desempenhada ou com algum esquema numerológico, simbólico, como é o caso do cantor Jorge Ben Jor (Jorge Duílio Lima Meneses). José de Lima Sobrinho & Durval de Lima dificilmente fariam sucesso como dupla sertaneja se não adotassem o nome artístico Chitãozinho & Xororó. Do mesmo modo, o cantor e compositor britânico Elton John (Reginald Kenneth Dwight), o cantor brasileiro de rap Mano Brown (Pedro Paulo Soares Pereira) e o ex-beatle Ringo Starr (Richard Starkey), dentre outros.

Normalmente o pseudônimo é uma criação, uma invenção do autor, apenas um nome diferente de seu nome civil, não existente na vida real. Já o heterônimo designa outra personalidade distinta e independente, com uma biografia inventada. É um personagem fictício, como eram os heterônimos de Fernando Pessoa. Em sua obra literária, o grande poeta português lançou mão de dezenas de heterônimos para expressar a multiplicidade de sua produção poética, cada qual com biografia própria, por ele inventada. O termo heterônimo surge e se consagra com Fernando Pessoa.

No meio espírita, o uso de pseudônimo é bastante comum: Irmão Saulo (Herculano Pires), Max (Bezerra de Menezes), Vinícius (Pedro Camargo), Karl W. Golstein (Hernani Guimarães Andrade), Horácio (Jaci Regis), Fortúnio (Joaquim Carlos Travassos), Mínimus (Antônio Wantuil de Freitas) etc.

No caso de Denizard Rivail, é curioso observar que o nome Allan Kardec, ao contrário dos pseudônimos normais, não foi inventado, não surgiu de sua imaginação. Foi emprestado de uma de suas supostas existências, o que dota o nome, de certo modo, com as mesmas características de um heterônimo, ou seja, tem vida própria, possui uma biografia. O nome Allan Kardec, segundo a tradição aceita pelos espíritas, designa um druida, personalidade que teria vivido entre os celtas, ao tempo de Júlio César na conquista da Gália. É um nome real, de um personagem que supostamente teria existido, podendo se constituir, portanto, num heterônimo.

Todavia, o nome Allan Kardec é mesmo um pseudônimo, é assim que se caracteriza. Devido à sua origem, poderíamos classificá-lo como um semi-heterônimo, porque possui características verossímeis à personalidade de Denizard Rivail, considerando-se no caso, obviamente, que haveria um fio de continuidade existencial, palingenética entre o suposto druida Allan Kardec e o pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail, reencarnado em Lyon, França, em 3 de outubro de 1804.

Pela abrangência de seu significado, talvez a expressão mais adequada às características do pseudônimo Allan Kardec seja o atual termo nickname (apelido, alcunha). Aplicada em chats, em salas de bate-papo na internet, essa palavra inglesa é usada para identificar os internautas entre si. Normalmente o nick é cheio de caracteres estranhos, que pululam e poluem a interface dos chats no Orkut, Facebook, no Messenger (MSN), nas chamadas redes sociais.

O pseudônimo pode surgir de um apelido, de um cognome, normalmente com sentido pejorativo, mas que também pode representar uma forma de exaltação. Seria um epíteto, alcunha ou codinome. Também conhecido como apodo ou antonomásia, termo este que caracterizaria, por exemplo, a expressão Druida de Lyon, concedida a Allan Kardec. Se tem sentido afetivo, normalmente no meio familiar, nas relações interpessoais, é denominado de hipocorístico. O apelido de Gabi, dado por Denizard Rivail a sua esposa, Amélie Boudet, é um autêntico hipocorístico.

 



Aniversário do CCEPA até doces de Pelotas teve


Uma singela comemoração marcou a passagem dos 77 anos do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, na noite de 19 de abril. Presenças muito caras como Dante López e esposa Mónica com Gustavo Molfino  (Argentina); Mauro de Mesquita Spínola, Jacira Jacinto da Silva e Alcione Moreno (São Paulo); José Dorneles Budó (Santa Maria); Margarida da Silva Nunes (Florianópolis); e Homero Ward da Rosa e Regina (de Pelotas, que, gentilmente trouxeram os famosos doces de sua cidade para a comemoração) deram especial toque de confraternização e de troca de ideias com dirigentes, colaboradores e amigos do CCEPA.

ABRADE resgata o papel de Kardec

Numa iniciativa de seu assessor administrativo, Marcelo Henrique Pereira, a Associação Brasileira de Divulgadores Espíritas – ABRADE -, no mês de Kardec, abril, inseriu em sua home-page uma série de artigos de pesquisadores e especialistas espíritas “sobre o verdadeiro papel de Allan Kardec na Codificação Espírita”, em homenagem aos 156 anos de O Livro dos Espíritos. Você pode conferir os artigos de Carlos de Brito Imbassahy, Carlos Antônio Fragoso Guimarães, Milton Medran Moreira, Marcelo Henrique Pereira, Paulo R. Santos, Mário Lange de S.Thiago, Astolfo Olegário Oliveira Filho e Marcus Vinicius de Azevedo Braga, acessando: http://www.abrade.com.br/site/index.php?pag=cat&show=35 .

 Conferências públicas de junho no CCEPA

O ex-presidente do CCEPA, Donarson Floriano Machado, será o palestrante convidado que, nos dias 3 de junho, 2ª feira às 20h30 e 19 de junho, 4ª feira às 15h, desenvolverá o tema: “A Questão Social no Espiritismo”.

 

 


A Crônica do Sagrado
Não importa se o Sérgio existe. (“A Crônica do Sagrado” de WGarcia, Opinião n.206).  Chama a atenção o artigo do Wilson Garcia, pois ele dá uma tacada certeira no falso de uma sociedade pautada na imagem. E nunca na realidade dos fatos. Na essência das pessoas. No que importa.
O velho não é só a FEB. Velha é a falsidade, permeando todos os vãos e entrevãos de nossa sociedade.
A “Sociedade do Espetáculo” do Guy Debord está em toda a parte, e sem falar disso, Garcia trata do assunto com uma sagacidade interessante: “O problema do novo é o novo”.
Essa frase, por si só, já é todo um programa de estudos. Permitindo a transversalidade de leituras e múltiplas interpretações.
Quando liga a imagem à ilusão, desfere o golpe fatal.
Número 206. Uma vez mais recebo uma agradável surpresa. Todo o jornal está excelente!

Paulo Cesar Fernandes - pcfernandes1951@bol.com.br -  www.portalfernandes.blogspot.com – www.pourkardec.blogspot.com – Santos/SP.

Agradecimento
Caros companheiros de ideal – Em primeiro lugar, agradecemos a remessa regularmente feita de seu jornal, do qual somos assinantes. É uma publicação muito apreciada por nós. Ao mesmo tempo, estamos solicitando a suspensão da remessa, por algum tempo, pois estamos de mudança. Logo estejamos estabelecidos, entraremos em contato com vocês.    Uma vez mais, gratos por todo esse tempo em que nos prestigiaram. Nossos parabéns pelo excelente trabalho. Desejamos tudo de bom e perseverança na tarefa.
Cordial e fraternalmente,

Doris e Roberto Gandres – Rio de Janeiro/RJ.