quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

OPINIÃO - ANO XVI - N° 171- JANEIRO/FEVEREIRO 2010

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2010 – Ano do Encontro dos Amigos da CEPA

Abertas as inscrições para o II Encontro Nacional da CEPA Brasil,
a realizar-se em Bento Gonçalves/RS, de 3 a 6 de setembro deste ano.
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A temática
Com o tema central “O que é o Espiritismo – A Questão da Identidade”, o Encontro, na cidade serrana gaúcha de Bento Gonçalves, reunirá pensadores, expositores e estudiosos da doutrina espírita voltados a um objetivo central: discutir a identidade do espiritismo a partir de suas implicações científicas, filosóficas e ético-morais.
Para o aprofundamento desse estudo, a Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA está convidando os espíritas de todo o Brasil, ligados ou não à CEPA, mas interessados na história, nos objetivos e no futuro do espiritismo como proposta científica, filosófica e transformadora do indivíduo e da sociedade.
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O local
O Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, entidade à qual a Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA delegou a organização do Encontro, já firmou contrato com o Dall’Onder Hotel para sediar o evento e hospedar seus participantes, com tarifas especiais (veja no final desta matéria) Bento Gonçalves, situada a menos de 150 quilômetros de Porto Alegre é uma das mais aprazíveis cidades da região serrana gaúcha. “Capital da uva e do vinho”, abriga dezenas de vinícolas, a par de ser um centro industrial e turístico importantíssimo, situado no coração da chamada região de colonização italiana.

O Lar da Caridade, casa espírita sediada em Bento Gonçalves, dará apoio à infraestrutura do evento, sendo que sua presidenta, Erci Grapiglia e seu diretor doutrinário, Adão Araújo, integram a Comissão Organizadora do Encontro.
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A Comissão Organizadora
Presidida pelo ex-presidente da CEPA, Milton Medran Moreira, a Comissão Organizadora do Evento, composta, em sua maioria, pelos organizadores do XVIII Congresso Espírita Pan-Americano (Porto Alegre, outubro de 2.000), pretende reeditar, 10 anos depois, o clima de fraternidade, trabalho e de inovadoras propostas que marcaram aquele histórico evento.

Integrarão o grupo de trabalho: Salomão J. Benchaya e Donarson Floriano Machado (programação e temário), Milton Medran e Maurice H. Jones (imprensa e divulgação), Eloá Popoviche Bittencourt e Sílvia Moreira (recepção e hospedagem); Rui Paulo Nazário de Oliveira (Secretaria), Marta Samá (Finanças), Erci Grapiglia e Adão Araújo (arte e cultura), Tereza Samá (livraria) e Milton Bittencourt (lazer).

A supervisão do evento estará a cargo da presidenta da Associação Brasileira de Delegados e Amigos da CEPA – CEPA Brasil - , Alcione Moreno.
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Inscrições já!
Buscando incentivar a inscrição antecipada, a Comissão Organizadora resolveu oferecer um substancial desconto a quem se inscrever até 30 de abril. O valor até aquela data será de 30 reais. A partir de então, a inscrição terá uma taxa de 40 reais.
A hospedagem, no Hotel Dall’Onder, sede do evento, terá as seguintes modalidades, todas elas sem a inclusão da janta, e compreendendo os pernoites de 3, 4, e 5/set:
Em apartamento duplo: 3 diárias com café da manhã, R$ 255,00 por pessoa; 3 diárias com café da manhã e almoço (buffet livre): R$ 309,00.
Em apartamento triplo: 3 diárias com café da manhã: R$ 225,00 por pessoa; 3 diárias com café da manhã e almoço (buffet livre):R$ 279,00.
No domingo, 5 de setembro, será promovido um jantar de confraternização ao custo de 30 reais por participante.

Como fazer sua inscrição? Tereza Samá, integrante da Comissão Organizadora receberá as inscrições e os respectivos pagamentos antecipados. Para comunicar-se com ela, use preferencialmente o correio eletrônico: terezasama@yahoo.com.br . Seus telefones (51) 3219-3269 ou 9995-1185.

Reserva de hospedagem no Dall’Onder: O hotel reservou uma quantidade de apartamentos para os participantes. O pagamento deverá ser feito diretamente ao hotel, quando do evento. Entretanto, a Comissão Organizadora, para poder manter sempre atualizada a planilha das ocupações, pede que a reserva igualmente seja feita através da companheira Tereza Samá, optando-se por qualquer das modalidades acima informadas.
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Editorial

Ante a Tragédia

A grande tragédia da vida não é que os homens morram, mas que parem de amar.
Somerset Maugham

O décimo ano do tão sonhado terceiro milênio de nossa era parece ter iniciado sob o signo da tragédia.
Grandes enxurradas nos Estados do Rio, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com dezenas de mortes. E, para completar, um terremoto de proporções nunca antes vistas, devastando o Haiti, o mais pobre dos países do continente e provocando milhares de mortes.
Em episódios assim, ocorridos em série, não faltam os “catastrofistas de plantão”, das mais diversas crenças afirmando: é o prenúncio do fim dos tempos, é a ira de Deus em resposta aos pecados dos homens.
Versão mitigada, mas ainda pouco racional, parte, não raro de espíritas que, presumindo faltas idênticas cometidas em outras vidas pelas infelizes vítimas, sustentam que a única forma de estas se liberarem de suas culpas será experimentando as mesmas dores antes a outrem impingidas. Afirmam isso como postulado central da própria doutrina, apequenando-a e desconsiderando o sublime caráter pedagógico e progressista do espiritismo.
Por que todas as aparentes tragédias que se abatem sobre nós estarão, necessariamente, vinculadas a culpas? Não haverá outro caminho para o progresso se não o vil sofrimento que, antes, por ignorância, contribuímos para que outros experimentassem?
É verdade que as leis da vida são tecidas por uma teia delicada de causa e efeito. Certo é também que, em nossa vida psíquica, sofremos sempre intimamente os resultados dos males que a outros causamos O reequilíbrio só é reconquistado quando, de alguma forma, direta ou obliquamente, reparamos o mal cometido. Mas, sem dúvida, a superioridade doutrinária espírita está na tarefa de conscientizar o ser de que, pela vivência do bem, independentemente de nossos erros, dos quais sequer lembranças temos, rumamos para a posse da felicidade, sem necessidade de reparações do tipo “olho por olho, dente por dente”.
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No que diz com as grandes tragédias naturais, também é certo que muitas delas, visivelmente, resultam de imprevidências humanas. Não por outra razão, multiplicam-se, presentemente, movimentos ecológicos que, pouco a pouco, dão origem a políticas públicas de preservação do meio ambiente e de socorro ao planeta, até aqui tão maltratado.
Assim mesmo, é de se considerar que a casa planetária que nos abriga é um ser vivo em contínuo processo de mutação e acomodação. Discutindo o tema com seus interlocutores espirituais, sob o titulo de “lei de destruição”, Allan Kardec recordou que muitos dos chamados “flagelos destruidores naturais” são independentes do homem (nota à questão 741 de O Livro dos Espíritos”). Lembra que o ser humano tem encontrado na ciência “meios de neutralizar, ou, pelo menos, de atenuar tantos desastres”, de tal forma que “certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos”, deles estão hoje libertas. Em decorrência disso, pergunta: “Que não fará, então, o homem pelo seu bem-estar material, quando souber aproveitar-se de todos os recursos de sua inteligência e quando, sem prejuízo de sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de verdadeira caridade para com seus semelhantes?” .
É assim que devemos ver em tais tragédias, preferencialmente, dois fatores positivos: 1º - estímulos ao aprendizado e à previdência; 2º - oportunidade de mobilizarmos recursos de solidariedade, afeto e intensa ajuda material e espiritual a suas infelizes vítimas.
Em tempos de tão dantescas tragédias, que se têm multiplicado ultimamente, esses fatores têm sido intensamente vivenciados. Dor é sempre sublime oportunidade de aprendizado e de convite à vivência incondicional do amor. Não se tenha dúvida, que nos recentes episódios, a humanidade cresceu diante desses duros desafios
Dor é sempre sublime oportunidade de aprendizado e de convite à vivência incondicional do amor.
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Opinião em Tópicos
Milton R. Medran Moreira

O Espiritismo e a Bíblia
Semanalmente, cai em minha caixa eletrônica um comentário escrito para um jornal regional de grande circulação. O articulista, espírita, bom comunicador, invariavelmente pauta seus temas na Bíblia. Desenvolve um contínuo e meticuloso esforço no sentido de provar que temas como imortalidade, reencarnação, comunicação com os espíritos, etc., têm fundamentos no Novo e no Velho Testamento.
Sempre que o leio, fico pensando: valerá ainda a pena esse esforço? Sei que o próprio Kardec se valeu, em parte, desse recurso; que, entre nós, grandes pensadores espíritas gastaram rios de tinta para interpretar os profetas e os salmos, os mandamentos e os milagres, cada episódio da vida de Jesus e dos santos, reproduzindo os relatos canônicos e interpretando-os à luz da moderna proposta espírita. A mim, no entanto, parece que os parâmetros do conhecimento de há muito já não bebem dessas fontes e fundamentar-se nelas para abrir espaço ao raciocínio e ao conhecimento espírita é perda de tempo.

Crenças e valores
Isso em nada diminui o respeito e o vínculo espírita aos ensinos morais de Jesus. Estes se compatibilizam inteiramente com a doutrina espírita, como expressões legítimas da lei natural, atemporal, base da ética universal aceita pelo espiritismo.
Agora, querer ver escondida atrás de cada texto bíblico uma antecipação dos princípios espíritas é forçar a barra. A Bíblia, como qualquer dos chamados “livros sagrados”, é o registro mítico/histórico de uma civilização. Por séculos, tanto para o povo hebreu como para a cristandade, a interpretação da História baseou-se em crenças e mitos que gestaram seus costumes e foram sua própria lei civil e penal. Essas teocracias consagraram costumes bárbaros e legitimaram ações e comportamentos criminosos. Transformaram mitos em verdades eternas. Sem dúvida, as experiências humanas ali registradas foram abrindo caminhos em direção à solidariedade e ao amor, ao conhecimento e ao progresso. Mas, na medida possível, a seu tempo, e, em compatibilidade com seu estágio evolutivo.

Fideísmo e livre-pensamento
Ao buscarmos fundamentar nos livros sagrados as modernas propostas espíritas, corremos o risco de renunciar à nossa condição de livre-pensadores para aderirmos ao fideísmo, próprio das religiões. Partimos do pressuposto de que aquelas fontes são, como dizem os crentes, “a palavra de Deus”, e que, logo, a “verdade” espírita tem de estar ali contemplada. Mas, o conhecimento progressivo da verdade é fruto do labor do espírito, em sua caminhada, e não um presente divino, nem uma profecia celestial.
Há, além disso, a questão da credibilidade. A linguagem religiosa está defasada. Atende ainda a uma grande parcela humana, presa a uma visão do sagrado, divorciada da razão. Mas, diversamente do espiritismo, não tem qualquer compromisso com o progresso do conhecimento.

Espiritismo para quem?
Allan Kardec demarcou com clareza o objetivo do espiritismo. Ele se destinaria, segundo afirmou, não àqueles que tinham fé e que estivessem satisfeitos com suas crenças, mas aos que se dispusessem a buscar uma nova etapa do conhecimento humano, a partir da realidade concreta do espírito imortal.
Não é, pois, entre os cultivadores da Bíblia e de suas verdades eternas que devemos buscar parceiros. Essa fase, embora possa haver trazido resultados, como etapa de um processo de transição do religioso para o laico, está superada. Os “crentes” de hoje renunciaram inteiramente ao direito de pensar. Sua visão de Deus, de homem e de mundo, é aquela imposta pelas organizações religiosas que os tutelam e que, em troca dessa fé, lhes prometem benesses com as quais, definitivamente, nós não lhes podemos acenar.
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Notícias
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Tempo de confraternizar
Jantar de confraternização reuniu colaboradores do CCEPA

Um descontraído jantar de confraternização reuniu, na noite de 12 de dezembro, os colaboradores do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre e seus familiares, marcando o final de um período.
Sob a coordenação de Sílvia Pinto Moreira, Diretora do Departamento Social, uma equipe de trabalhadores do CCEPA preparou o evento, onde, também, o casal Salomão e Maria de Fátima Benchaya celebraram o transcurso de seus 40 anos de casamento. Na festa, foi feito o sorteio de uma riquíssima cesta de Natal.
Na foto, parte da equipe que coordenou o jantar de confraternização do CCEPA.

Tempo de recomeçar
Rui Nazário e Salomão Benchaya iniciam nova gestão no CCEPA.

Em Assembleia Geral do dia 14 de novembro último, o quadro social do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, por unanimidade, reelegeu para o biênio 2010/2014 os companheiros Rui Paulo Nazário de Oliveira (presidente) e Salomão Jacob Benchaya (vice). A eleição foi coordenada por uma comissão eleitoral composta dos associados Walmir Schinoff, Maria José Torres e Ana Cony.
Na noite de 4 de janeiro deste ano, Rui e Salomão tomaram posse, anunciando suas metas que envolvem a dinamização dos grupos de estudos espíritas, atividade central do CCEPA, e também a troca de experiências entre seus participantes, através de periódicas reuniões de trabalho entre todos os colaboradores da Casa.
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Segue a nominata dos dirigentes do CCEPA para o biênio que se inicia:
Presidente – Rui Paulo Nazário de Oliveira (que acumulará a Secretaria Geral); Vice: Salomão Jacob Benchaya (que também coordenará os Departamentos de Estudos Espíritas e Eventos Culturais); Tesoureira: Marta Samá (cumulativamente com o Departamento do Patrimônio); Livraria: Tereza San Martins Samá; Departamento de Ação Social: Leda Beyer; Departamento de Eventos Sociais: Sílvia Pinto Moreira; Departamento de Comunicação Social: Milton Medran Moreira.
O Conselho Fiscal, eleito no mesmo processo eleitoral para o novo biênio, terá como titulares: Valdir Ahlert, Milton Lino Bittencourt e Maria Helena Hernandes. Suplentes: Márcia Felícia Rubleski e Rosane Alves Pereira.
Na foto, Rui e Salomão, ladeados por Walmir Schinoff e Maria José, integrantes da Comissão Eleitoral.
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MEDRAN EM BENTO GONÇALVES
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O Diretor de Comunicação Social do CCEPA, Milton Medran Moreira, fará conferência com o tema "O Espírito de um Novo Tempo", no Lar da Caridade, na cidade de Bento Gonçalves, às 20h do dia 23 de fevereiro próximo.
Na oportunidade, Medran fará o lançamento, naquela localidade, de seu livro de crônicas "O Espírito de um Novo Tempo ou Um Novo Tempo para o Espírito", recentemente editado. A obra apresenta 100 crônicas sobre fatos relevantes ou do cotidiano, ambientadas nos 10 primeiros anos do novo milênio, a partir de uma visão espírita.
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Enfoque


O Preconceito
José Joaquim Fonseca Marchisio
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“… que m… dois lixeiros desejando felicidades… do alto de suas vassouras... o mais baixo da escala do trabalho...”. Foi esse o infeliz comentário proferido pelo jornalista Boris Casoy, no “Jornal da Band”, durante a apresentação de uma vinheta de ano novo da emissora, no dia 31 de dezembro último. Na matéria exibida, garis parabenizavam os telespectadores, enquanto o microfone do apresentador, inadvertidamente, ficara aberto.

O preconceito vazado nos escancara uma situação crucial que precisa ser modificada. E a data não poderia ter sido mais emblemática para tal.
O assunto está correndo pela internet e, creio, vem a calhar. Manifestamente, o preconceito não é uma prerrogativa exclusiva daquele renomado jornalista, mas, no fundo, de todos nós Quantas vezes inadvertidamente, nos referimos de forma desairosa, ou mesmo debochada, ao gari, à cozinheira, à faxineira, etc?... Quantas vezes?
Não é de graça que se tornou tese de mestrado a invisibilidade de certos profissionais, pois nossa discriminação é tanta que, inclusive, os ignoramos como criaturas que são. Vejam que a pesquisa foi feita colocando no lugar dos profissionais comuns gente famosa tendo o resultado sido o mesmo, ou seja, invisibilidade.
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Na verdade, criamos um “apartheid”, e este assunto precisa ser melhor encarado e refletido. Mais que isto, precisa ser trabalhado intensamente pelas nossas mentes e corações. Lembro, por oportuno, que, na questão 675 d’O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta aos espíritos: Não se deve entender pelo trabalho senão as ocupações materiais? E a resposta dos Espíritos, sintética, mas extremamente significativa, foi esta:
“Não. O Espírito trabalha como o corpo. Toda ocupação útil é um trabalho.”
A resposta me remete, de pronto, para uma greve dos garis, em Porto Alegre, no final dos anos 80, que durou mais de duas semanas. Nunca esqueci de suas consequências: mau cheiro por toda a cidade, sujeira por todo o lado, e, o mais grave, ratos como nunca antes se havia visto, multiplicando-se e transitando sob o sol, aos nossos olhos, nas 24 horas do dia. Naquele momento, entendi o que os espíritos estavam nos dizendo com a expressão: “Toda ocupação útil é um trabalho.”, e aprendi, desde ali, a respeitá-los como importantes e valorosos trabalhadores, pois do seu trabalho depende a nossa integridade física, a nossa vida, a saúde, e, sem eles, estaríamos voltando aos tempos medievais, padecendo das mesmas pragas que dizimaram significativas parcelas da humanidade.
É, pois, inaceitável a tipificação da atividade como ”o mais baixo da escala do trabalho...”, pois, como nos dizem os Espíritos: “Toda ocupação útil é um trabalho”. Assim precisa ser reconhecido e respeitado. No caso, tratava-se de uma atividade digna e essencial. Talvez, a partir dessa ótica, muitas das atividades reputadas, segundo a visão do ilustre jornalista, no mais alto da escala, sejam trabalhos de valor relativo, ou até dispensáveis. São imperativas , pois, a reflexão e a mudança de nossa medida das coisas, adotando-se parâmetros mais nobres e elevados, a começar pelo reconhecimento e pelo respeito humanos. Soberba e arrogância o mundo já tem demais.
Coincidência ou não, assisti no canal 52, no dia 09 de janeiro, um programa da TV americana cuja atração é a construção, em apenas uma semana, de casas para pessoas carentes. Naquele dia, foi contemplada uma dona de casa de nome Suzan Tom. Trata-se de senhora que ficara viúva e resolvera adotar uma família. Não uma família qualquer, mas uma família especial: escolheu para adoção, 8 crianças deficientes físicas de várias ordens. É dispensável dizer que ela estava a acolher oito enjeitados pelos quais ninguém mais se interessara.
Fiquei pensando comigo que, realmente, não somos produto do meio. Enquanto Suzan poderia se dar ao luxo, entre outras opções, a de ficar sozinha, como tantos preferem nos dias de hoje, escolheu a árdua tarefa de desafiar o preconceito e formar uma família que, aos olhos comuns, diferia de tudo. Curiosamente, ela comentava: “Dizem que isto é uma missão que eu tenho. Mas eu acho que não, eu apenas precisava juntar as minhas crianças num mesmo lar, e sou muito feliz assim.”.
O seu aspecto pessoal ratificava isto. Não preciso dizer que me emocionei muito. E estabeleci um paralelo, entre aquela mulher simples e o nosso letrado jornalista. Constatei, então, que enquanto um menos aquinhoado trabalha o respeito, a compreensão, o senso humano, o outro, mais informado, fomenta o estímulo ao preconceito, açulando as injustiças sociais.
Isso vale dizer que, definitivamente, a espiritualidade das criaturas vem de outro lugar que não do cérebro.
É esse lugar que precisamos achar urgentemente, para, então, encontrarmos a nossa “Shangri-la”. Como Suzan.
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Opinião do Leitor

A bela e singela Ardi
A Sociedade Espírita Vicente de Paulo (Bagé/RS) recebeu, como de hábito,”CCEPA Opinião” de novembro, onde destacamos o artigo muito oportuno de autoria de Eugenio Lara com o título:A bela e singela Ardi , tratando da descoberta de um hominídeo fêmea com cerca de 4,4 milhões de anos.
Excelente matéria dos nossos parentes ancestrais. Parabenizo a edição e seu editor Milton R. Medran Moreira.
Sarah Kilimanjaro escritora e dirigente espírita – Bagé/RS

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