segunda-feira, 1 de novembro de 2010

OPINIÃO – ANO XVII – N.180 - NOVEMBRO 2010.


Vem aí o XXI Congresso Espírita Pan-Americano

Reencarnação: o grande tema 
do Congresso da CEPA
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                 Reencarnação hoje moldando ideias para o futuro
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       O XXI Congresso Espírita Pan-Americano, que se realiza em Santos, SP, no período de 5 a 9 de setembro de 2012, definiu como seu tema central Perspectivas contemporâneas da Teoria Espírita da Reencarnação. Apesar de abordar a reencarnação a partir de uma visão contemporânea, “não se pretende revisar as obras de Allan Kardec ou de qualquer outro autor”, esclarece a proposta da Comissão Organizadora, aprovada pelo Conselho Executivo da CEPA, no recente Encontro de Bento Gonçalves.  Deseja-se abrir espaço ao “esforço de reflexão, releitura e novas proposições, empreendido por pensadores espíritas ao longo do período que antecede a sua realização”. O objetivo é “lançar ideias para o futuro, capazes de fomentar a necessária evolução do pensamento espírita, em particular aquelas que possam trazer objetivas contribuições para melhoria da sociedade a partir dos valores éticos depreendidos da filosofia espírita”, esclarece o documento.
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               Um tema sob diferentes enfoques
        A temática central Perspectivas contemporâneas da Teoria Espírita da Reencarnação irá se desdobrar em três grandes eixos dos quais deverão se ocupar os expositores convidados:
1 - As diferentes teorias reencarnacionistas: convergências e singularidades face à teoria espírita;
2 - A reencarnação sob a perspectiva da atualização do espiritismo: novas teorias, modelos conceituais, o problema da linguagem e pesquisas contemporâneas sobre a reencarnação;
3 - A contribuição da cosmovisão reencarnacionista para o desenvolvimento ético do indivíduo e das coletividades.
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           Um fórum de temas livres aberto aos interessados
         Como é hábito no âmbito da CEPA, o XXI Congresso Espírita Pan-Americano, além dos trabalhos de expositores convidados, abrirá espaço a todos os interessados que desejem oferecer sua livre contribuição ao desenvolvimento das ideias espíritas. O Fórum de Temas Livres, com regulamento a ser oportunamente divulgado, estará aberto a espíritas do mundo inteiro, dando-se preferência a trabalhos que apresentem correlação com o tema central.
 Uma grande equipe de espíritas da Baixada Santista, liderados pelo vice-presidente da CEPA, Ademar Arthur Chioro dos Reis, prepara a programação desse evento que promete ser marcante para o espiritismo pan-americano.
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Nossa Opinião
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Um tema, seus enfoques e objetivos
       No Brasil, sempre que se fala em reencarnação, fala-se em espiritismo. No imaginário popular, reencarnação e espiritismo são quase sinônimos. É compreensível. Na cultura de um país de origem e tradição radicalmente católicas, a tese reencarnacionista só passou a ter alguma relevância quando aqui aportaram as primeiras ideias espíritas, na segunda metade do Século 19.
      Catolicismo e reencarnação, obviamente, são visões que se contrapõem. Nem por isso, deixou de vicejar, por aqui, esse formidável sincretismo católico/espírita que moldou a religião espírita ou o espiritismo cristão e evangélico. Neste, diferentemente do espiritualismo anglo-saxão, de forte influência protestante, a crença na reencarnação é um dos pilares a sustentar o edifício doutrinário. Esse mesmo modelo espírita/cristão/reencarnacionista estendeu influências pela América Latina toda, ao encontro da cultura, também católica, herdada da terra-mãe Espanha.
      O Congresso da CEPA, em 2012, pretende colocar o que se entende como uma visão genuinamente espírita de reencarnação frente às demais vertentes, científicas, filosóficas ou religiosas, que cultivam ou estudam a hipótese palingenésica ou a têm como questão de fé.  Deseja fazê-lo, justamente, tomando como referência a obra original de Kardec, mas abrindo, a partir daí, uma ampla conexão com tudo o que se pensou, se escreveu, se expôs e se experienciou desde que a França do Século 19 foi sacudida por essa ideia filosoficamente revolucionária para o mundo dito cristão.
    Os olhos da CEPA, com esse evento e respectiva temática, voltam-se para duas preocupações que lhe são inerentes: a permanente atualização do espiritismo e a contribuição ética e cultural que a cosmovisão espírita/reencarnacionista pode legar à humanidade. Um excelente tema conjugado com um nobre objetivo. (A Redação)
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Editorial
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Uma mulher na presidência
O homem tem um farol: a experiência, a mulher tem uma 
estrela: a esperança.    Victor Hugo
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           O Brasil terá uma mulher na presidência. Mesmo se deplorando alguns desvios éticos da campanha eleitoral recém finda, temos suficientes razões para saudar os avanços atingidos em mais esse capítulo do processo democrático. A vontade popular, limpidamente aferida em uma eleição insuspeita nos seus aspectos formais, manifestou sua preferência. E esta recaiu, pela primeira vez, na História, em uma mulher. O que tem, no mínimo, um forte componente simbólico.
         Recorde-se que, há pouco mais de 70 anos, as mulheres, no Brasil, sequer podiam votar. Só a partir dos anos 30 do século passado, começou a lhes ser reconhecido, no país, o direito de participarem do processo democrático. Assim mesmo, e se casadas, só poderiam fazê-lo com expressa autorização marital. O voto feminino livre de qualquer restrição foi conquista só obtida em 1946, ano anterior ao nascimento de Dilma Rousseff, agora eleita presidenta do Brasil. Quase um século antes, O Livro dos Espíritos, sintonizado com os ideais democráticos, libertários e republicanos, apregoava o princípio da plena igualdade de direitos entre homens e mulheres (questão 822). Assim mesmo, e refletindo, também aí, o espírito da época, assinalava que igualdade de direitos não significava, necessariamente, igualdade de funções: “É preciso que cada um esteja colocado no seu lugar”, disseram os espíritos a Kardec, acrescentando:  “Que o homem se ocupe do exterior e a mulher do interior, cada um segundo sua aptidão”.
      Eram tempos em que a cultura do Ocidente ainda resguardava a mulher quase exclusivamente para as atividades do lar, à maternidade, à educação dos filhos e à prestação de assistência ao marido, de quem era dependente. Cabia ao varão, “chefe da família”, prover o sustento da mulher e da prole, enfrentando a dureza de que se revestiam quase todas as atividades profissionais, notadamente as do operariado.
          As conquistas femininas de hoje habilitam-na, teórica e praticamente, a todos os níveis de funções e profissões. Nem isso, entretanto, retira da mulher aquilo que mais a caracteriza: sua sensibilidade, sua capacidade de cultivar os valores classificados pelos espíritos como pertinentes ao “interior”. Aí se inserem, fundamentalmente, os sentimentos de justiça, de fraternidade, de solidariedade, de tolerância, compaixão e afeto.   A alma feminina, seja por condicionamentos biológicos, culturais ou espirituais, tende a hierarquizar acendrados valores afetivos e éticos.   
         A aspiração de todos, neste momento, é de que a futura presidenta do país deixe fluir de sua alma feminina todo esse manancial de energias, acumuladas histórica e culturalmente, na intimidade do lar, canalizando-as em favor da grande família brasileira. Há muito o que consertar no interior desta imensa casa que a nós todos pertence. Passado o período eleitoral, por outro lado, também é hora de todos prestigiarem aqueles que a vontade soberana das urnas sufragou. Vamos trabalhar juntos, em paz, com dignidade, honestidade e confiança.   O resgate da plena dignidade política, ainda tão vilipendiada, passa, necessariamente, pela esperança e pela colaboração de todos.          
                                
Que a futura presidenta deixe fluir de sua alma feminina todo esse manancial de energias acumuladas histórica e culturalmente.   
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Opinião do Leitor
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Uma orquestra muito afinada
          Esplêndido o texto do editor de CCEPA Opinião, para o editorial de outubro. Parabéns, Milton, pela sensibilidade e pela qualidade do texto.
       Acho que estamos em sintonia. Não é incrível eu ter escolhido, antes de ler seu texto, exatamente aquelas duas mensagens ditadas por Manuel Porteiro, incluindo-as para análise no webcurso - www.cpdocespirita.com.br/moodle  - no módulo de que sou tutor, sobre mediunidade?
Ademar Arthur Chioro dos Reis – Santos/SP
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II Encontro Nacional da CEPABrasil
       O II Encontro Nacional da CEPABrasil foi vibrante, inquietante, desafiador. Lá, todos puderam expressar livremente suas ideias. E estas revelaram a pluralidade de entendimento que enriquece os debates durante os congressos, encontros e fóruns da CEPA.
          Mas, não se pense que o grupo de cepeanos se perde no emaranhado de tantas vozes, aparente ou efetivamente dissonantes. Não! A Carta de Posicionamentos (matéria da reportagem de capa de CCEPA Opinião de outubro) aponta um rumo...Todavia, não impede questionamentos em torno daquelas ideias. Toda essa dinâmica mostra um Espiritismo intenso, fecundo, que acompanha a evolução do tempo, do homem, das ideias, como queria Allan Kardec.
         Cumprimento e agradeço o grupo do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre que, com o apoio do Lar da Caridade, de Bento Gonçalves e da CEPABrasil organizou com todo o cuidado o Encontro. Desde a chegada à saída os participantes foram acompanhados, com muita atenção e afeto, pela equipe de organização.
Homero Ward da Rosa – Sociedade Espírita Casa da Prece, Pelotas/RS.   
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Opinião em Tópicos
Milton Medran Moreira
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               Religião e política
               A Nação sempre sai fortalecida de uma eleição. Independentemente do partido ou do grupo político que vencer. Todo o pleito deixa lições importantes que, ali adiante, ajudarão a fortalecer e aprimorar o processo democrático. Oxalá as recentes eleições tenham preparado melhor o Brasil para administrar de forma racional e coerente esse fenômeno, tão crescente quanto desconectado da realidade moderna: a influência do “poder religioso” no comportamento dos políticos em tempo de eleições.
               No segundo turno das eleições presidenciais, assistimos ao embate de dois líderes políticos absolutamente descompromissados, por sua biografia e por suas visões de mundo, com os dogmas das religiões. Nem por isso, a religião deixou de influenciar no comportamento de ambos e, quiçá, tenha sido até fator relevante no resultado das eleições.
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               A máscara da religião
          É importante e fundamental reconhecermos que o laicismo, o livre-pensamento, a ciência e a política fizeram e fazem muito mais pela humanidade que as organizações religiosas. Os bons políticos sabem disso. Os dois que se enfrentaram neste pleito merecem a qualificação de “bons políticos”. Se não o fossem não teriam se credenciado ao cargo máximo da Nação. Os discursos de um e de outro, no entanto, perderam a coerência e o que de melhor poderiam oferecer ao debate, a partir do momento em que resolveram ceder a algumas pressões do poder religioso. Esse poder somente subsiste num Estado laico porque os políticos o insuflam. Porque lhes prestam homenagens, adequando-lhes seus discursos e comparecendo a cultos, missas e procissões, não por força de uma fé sincera, mas por mera conveniência eleitoreira. Isso deslustra a política e abastarda uma campanha eleitoral. Mascara o próprio pensamento e as intenções dos candidatos, por melhores que sejam.
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               A questão do aborto
              Fosse pela vontade das igrejas, até hoje uma mãe que consente num aborto praticado para preservar sua vida deveria parar na cadeia, antessala do inferno para onde iria depois da morte. Da mesma forma, a jovem estuprada que recorre à pílula do dia seguinte com o intuito de interromper possível gravidez decorrente desse ato de violência. Aliás, fosse se dar atenção às normas da Igreja, até hoje não teria sido implantado o divórcio no Brasil. Que saudade da coerência e da altivez de um político do quilate de Nelson Carneiro que jamais se dobrou ao poder eclesiástico, muito mais forte e poderoso que hoje, há 50 anos atrás, quando começou sua pregação divorcista num país que o considerava grave pecado. É fundamental, num Estado laico, que se respeite a liberdade de crença. Mas é indispensável que os crentes tenham a humildade e a sensatez de reconhecerem que suas crenças particulares podem lhes servir, mas não lhes dão o direito de erigi-las a regras impostas compulsoriamente a uma sociedade inteira.
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           Pressões ilegítimas
        O aborto envolve uma gama tal de situações que não pode ser visto apenas como uma questão religiosa que acaba sempre por demonizá-lo. Eu sou espírita. Adoto, filosoficamente, o entendimento de que o espírito preexiste à vida física e que a encarnação representa uma singular oportunidade de progresso. Isso gera em mim algumas concepções a respeito da vida, com as quais livremente me comprometo. Uma delas é a de ver no aborto um sério obstáculo à vida. Mas, tenho também a obrigação de conjugar essas convicções com outros aspectos da existência. Com a dignidade e com a viabilidade da vida física, por exemplo. Ou com as políticas a serem desenvolvidas no campo da saúde pública, onde o aborto clandestino provoca um sem número de mortes e mutilações. Ou, ainda, com a trágica consequência social que representa tratar-se o aborto apenas como um caso de polícia ou de criminalização. As questões que digam com as minhas íntimas e pessoais convicções, ou com a fé de quem a tem, são patrimônios de cada um. Pode-se até propor seu compartilhamento com outros, pela força da razão, da experiência e da compaixão. Mas, ninguém tem o direito de fazer delas instrumento de pressão política.  Nem os políticos o têm de se submeterem a essa pressão.
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Notícias
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No CCEPA, Grupos estudam 
Carta de Posicionamentos da CEPABrasil
          Por iniciativa do Diretor de Estudos Doutrinários do CCEPA, Salomão Jacob Benchaya, os grupos de estudos da instituição, iniciaram no mês de outubro, o estudo e a discussão da Carta de Posicionamentos da CEPABrasil, aprovada no II Encontro Nacional, em Bento Gonçalves.
       Os grupos, que se reúnem nas quartas-feiras, às 15h, e nas quintas, às 20h30, realizaram, respectivamente, um primeiro seminário sobre o tema, na tarde de 27/10 e noite de 28, para a discussão dos dois tópicos iniciais do documento: “Natureza e Identidade do Espiritismo” e “Obras Básicas”. A carta deixa claro o posicionamento sobre espiritismo e movimento espírita das pessoas e instituições brasileiras ligadas ao movimento da CEPA e pode ser lida na íntegra no site oficial da CEPA: http://www.cepainfo.org/sitio/.
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Livros da CEPA/CCEPA 
na Feira do Livro de Porto Alegre
        Livros publicados pela Editora Imprensa Livre, contendo o pensamento da CEPA ou de integrantes do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre poderão ser encontrados na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, onde aquela editora ocupa a Barraca de nº 70. A Feira do Livro é o mais importante evento do gênero no Estado e, este ano, acontece na Praça da Alfândega, de 29 de outubro a 15 de novembro, oferecendo livros com descontos especiais.
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Professor Moacir lança livro na Feira
        O físico e escritor Moacir Costa de Araújo Lima, colaborador do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre e habitual conferencista dos eventos da CEPA, lança mais uma obra na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, com uma conferência e sessão de autógrafos. Título de seu novo livro: “Consciência Criadora”.
      Abordagens como: “Tudo é matéria ou tudo é consciência?”, “Por que o conhecimento aliado ao amor traz a verdadeira sabedoria?”, “Estamos preparados para vivenciar o grande momento da redescoberta da alma?”, enfocadas no livro, serão temas de conferência do Professor Moacir, às 16h do dia 6/11, sábado, no Salão dos Jacarandás do Memorial RS. Às 17h30min do mesmo dia, o autor terá sessão de autógrafos no Pavilhão Central da Feira.
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 Enfoque
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Iluminismo e espiritismo
Paulo Cesar Fernandes
Jornalista, integra o Centro Espírita Allan Kardec, Santos/SP
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       Da história da filosofia, temos que o pensamento grego, no tocante ao agir do homem, tomava como modelo de perfeição o cosmos. Este, em sua harmonia e correção de movimentos, definia as diretrizes de conduta.
      A chegada do Cristianismo trouxe outro modelo ao homem comum. O Cristo, estabelecido como tal, era “como um de nós”, possível de ser seguido. Este modelo operou por séculos mantendo sob o tacão de grande autoritarismo toda a civilização ocidental.
      Errou exatamente aí.
   As ideias renovadoras emergentes dentro da instituição eram deixadas de lado, visando seu esquecimento com o tempo. Técnica presente em toda estrutura autoritária, incapaz de se contrapor ao novo pela força interior das ideias que defende.
     Algumas ideias surgidas no seio da Igreja, por sua veracidade, sua pujança, e pelo prestígio de seus defensores no universo cultural ocidental de seu tempo, trouxeram grande mal estar à própria instituição. Foi o caso de Giordano Bruno: pluralidade dos mundos habitados; reencarnação; encadeamento dos seres da natureza, etc. Sua morte na fogueira, em 1600, afirmou não apenas seu caráter integro, uma vez que jamais renegou suas ideias.         Foi, segundo penso, um fato emblemático da derrocada de uma era e viabilização da abertura de um processo de maturação de ideias, capazes de colocar o homem na ribalta do conhecimento; isto, através de sua racionalidade.
        Descartes foi um marco, mas também um catalisador das ideias renovadoras, as quais se imporiam pela ordem natural das coisas como gostava de dizer Kardec.
Copérnico, em 1543, com As revoluções das órbitas celestes; Descartes, em 1644, com Princípios de Filosofia; Principia mathematica de Newton, em 1687, e as obras de Galileu, em 1632, trouxeram uma revolução sem precedentes na história da Humanidade.
       Kant, foi o primeiro pensador a se dar conta da envergadura das mudanças ocorridas no âmbito do pensamento.
        Esse grupo de espíritos de qualidade que se somou a Kardec na tarefa de estruturação do arcabouço teórico do espiritismo, nenhum deles colocara em dúvida a existência de Deus.           Daí a força de tal ideia no contexto geral da obra espírita.
       Só a partir de Nietzsche, alguns setores da intelectualidade mundial foram se abrindo à possibilidade de um mundo sem Deus. Pensadores com tanta preocupação ética quanto os gregos ou os cristãos. Suas obras assim bem o demonstram.
     Penso que as mãos de Nietzsche trouxeram à humanidade o primeiro momento do verdadeiro livre pensar. E muito lhe devemos, bem como a seus seguidores como os componentes da corrente culturalista da Escola de Frankfurt (Theodor Adorno, Erich Fromm,  etc.).
         Hoje, plantados no seguro conceito da imortalidade do espírito e na liberdade advinda de tantos outros pensadores não espíritas, estamos diante da possibilidade de fundar um novo código de postura ética, bastante diferente do código cristão, uma vez que se estrutura em ideias proscritas pelos cristão, ideias de racionalidade (Descartes; Rousseau e Kant) e prenhes de liberdade (Nietzsche; Michel Foucault; Jean-François Lyotard; etc.).
Serão novos tempos para o pensar espírita, tempos de despojamento de qualquer anti alguma coisa.
         Talvez tempos de criatividade.

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