sábado, 18 de abril de 2015

OPINIÃO - ANO XXI - Nº 228 - ABRIL 2015

  Espiritualidade e Ateísmo 
  É possível conciliar?
Com o livro “O Espírito do Ateísmo”, o filósofo francês André Comte-Sponville busca consolidar tese compartilhada por outros filósofos pós-modernos que defendem uma espiritualidade desvinculada da crença em Deus.

O espírito situa-se no domínio do absoluto, do atemporal
O subtítulo do livro de Comte-Sponville é “Introdução a uma espiritualidade sem Deus”, o que deixa clara sua proposta. A obra trilha caminho diferente de outros livros ateístas contemporâneos que adotam postura agressiva a toda a forma de espiritualidade, vinculando como indissociáveis a crença em Deus e o espiritualismo. É o caso do best-seller de Richard Dawkins, “Deus, um Delírio”. André Comte-Sponville defende a possibilidade de ser ateu e, ao mesmo tempo, cultivar valores que atribui ao espírito. Em sua obra, o filósofo francês admite ser a religião uma forma de espiritualidade, mas “nem toda a espiritualidade é religiosa”, afirma. Dizendo ser a religião “uma crença que aponta para o sobrenatural, para o transcendente, para o sagrado e para o divino”, sublinha não crer em nada disso. Espiritualidade para ele, “é a vida do espírito, especialmente em sua relação com o infinito, com a eternidade e com o absoluto”. Isso não é uma crença, mas, basicamente “uma experiência” que submete “nosso aspecto finito ao infinito, nosso aspecto temporal à eternidade, nosso aspecto relativo ao absoluto”.
Antes de lançar “O Espírito do Ateísmo”, sua mais arrojada obra, André Comte-Sponville defendeu que a prática da virtude não é incompatível com o ateísmo e nem a fonte primordial da virtude é a religião. Em seu livro “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes” (*) cita Spinoza, para quem “a virtude é a própria essência ou a natureza do homem enquanto ele tem o poder de fazer certas coisas que se podem conhecer pelas leis de sua natureza.”.
Toda a obra do autor francês gira em torno de um ateísmo que não prescinde dos chamados “valores cristãos”, como a comunhão e a fidelidade. Rejeita o que chama de “niilismo bárbaro”: “tão nocivo e incivilizado à sociedade quanto os piores fundamentalismos religiosos”.

Ateu também tem espírito
A obra de Comte-Sponville sustenta que “ateu também tem espírito”, ou seja, um lado espiritual. Isso é o que distingue o ser humano dos demais animais. Segundo ele, quando contemplamos uma bela paisagem ou gozamos uma sinfonia de Mozart, é precisamente o espírito que está a vivenciar uma experiência envolvendo o absoluto e o ilimitado.
O autor francês não está sozinho nessa corrente de pensamento que alguns denominam “espiritualismo ateu”. Seu precursor foi outro pensador francês, Alain de Botton, autor de “Religião para Ateus”, obra que recomenda se busque na religião elementos de agregação grupal e de força simbólica, dispensando Deus, a magia e a irracionalidade, mas enfatizando a ética do bem-estar. Mais ou menos na mesma linha, Luc Ferry tem trabalhado insistentemente com ideias de uma ética laica, a ser assumida pela sociedade pós-moderna.

*O livro “Pequeno Tratado das Grandes Virtudes” pode ser baixado em:
http://www.pfilosofia.pop.com.br/03_filosofia/03_03_pequeno_tratado_das_grandes_virtudes/pequeno_tratado_das_grandes_virtudes.htm -





Conversa para livre-pensadores
O espiritismo não prescinde da ideia de Deus, conceituado na questão número 1 de “O Livro dos Espíritos” como “Inteligência suprema e causa primária de todas as coisas”. Assim, não seria teoricamente correto admitir a existência de um “espiritismo ateu”.
Apesar disso, é crescente o número de pensadores genuinamente espíritas que se mostram inconformados com a cristalização, em nosso meio, do deus pessoal das religiões, notadamente o deus bíblico, “criador de todas as coisas” e cuja vontade e interferências na vida de cada um terminam por tornar nulos o livre-arbítrio humano ou a autovigência das leis naturais, definidas na questão 614 de O Livro dos Espíritos como sendo as próprias leis divinas, sob cuja regência há um permanente criar e recriar na natureza.
Mesmo filiando-se à corrente filosófica deísta, não é na crença em Deus, mas na realidade do ESPÍRITO e suas manifestações que se funda a filosofia espírita. Quando a questão 23 da obra basilar do espiritismo define o Espírito – grafado em inicial maiúscula - como “o princípio inteligente do universo” está aproximando esses dois grandes conceitos – Deus e Espírito – para dar margem a uma concepção de vida que pressupõe o absoluto, o infinito, e extrapola as contingências relativas e finitas da matéria.
A nova corrente filosófica que floresce na França – a mesma França do Professor Rivail - pode não estar preocupada com outros aspectos, para nós muito caros e, mesmo, fundamentais, que dizem com o espírito individualizado, aquele que nasce, vive, morre e renasce, sem perder sua individualidade. Mas, tanto quanto nós, aqueles pensadores veem o ser humano como espíritos, atribuindo justamente a essa sua condição essencial todo o cabedal ético e estético conquistado e a conquistar.
São, pois, posições que se complementam e se harmonizam, recomendando, mesmo, a busca da aproximação, do diálogo, da interlocução. Isto, no entanto, só será viável no dia em que o espiritismo, como aconselhou Kardec, deixar se “enfeitar” com um título que não lhe pertence, o de uma religião (Discurso na SPEE, em 1º.11.1868). Essa é uma conversa para livre-pensadores que, mesmo por caminhos diferentes, poderão conduzir o mundo a um novo e fulgurante patamar (A Redação).

Responsabilidade Penal
Uma reflexão espírita
“Redução da maioridade penal ataca efeitos e não a causa”.
(Tadeu AlencarDeputado Federal, membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal).

O incremento da violência no Brasil provoca, uma vez mais, debate em torno da redução da maioridade penal, constitucionalmente fixada em 18 anos. Reconheçam-se algumas verdades que fundamentam os argumentos dos defensores da ideia. A primeira delas: as estatísticas atestam a crescente escalada de violência entre adolescentes, na faixa dos 15, 16 e 17 anos. A segunda, e particularmente relevante para quem, como nós, espíritas, defende a condição evolutiva humana: cada vez mais cedo a criança atinge condições biopsicológicas de entender o caráter delituoso de fatos definidos como crime. A tradição cristã admite, de há muito, que a criança aos sete anos alcança a “idade da razão” e, teologicamente, já se lhe pode imputar o cometimento do pecado, até dos chamados “mortais”, passíveis de punição eterna. Um modelo, diga-se de passagem, anacrônico e nada compatível com o espiritualismo humanista e minimamente racional.
De qualquer sorte, sustentam os defensores da redução da maioridade penal que um jovem na faixa de 16 anos, aliás, hoje muito bem informado, graças ao avanço das comunicações, e a quem já se faculta, inclusive, participar, pelo voto, dos destinos da nação, deveria, necessariamente, ser responsabilizado pela prática de delitos, muitas vezes de enorme gravidade.
Estão equivocados. A responsabilização existe. O Brasil dispõe de uma legislação modelar prescrevendo a menores inimputáveis medidas socioeducativas que vão da mera advertência, para infrações de baixo potencial danoso, até a supressão da liberdade, retirando-se o menor do convívio social para submetê-lo, teoricamente, a rigorosos processos educativos em estabelecimentos especializados.
O espírito da lei, observe-se, para o menor de 18 anos, não é de punição, mas de reabilitação. Em perfeita consonância, aliás, com preceito expresso na questão 796 de O Livro dos Espíritos onde se deplora a existência de leis que “mais se destinam a punir o mal depois de feito do que a lhe secar a fonte”, acrescentando: “só a educação poderá reformar os homens que então não precisarão mais de leis tão rigorosas.”. Mostra-se correta, pois, a posição de alguns parlamentares brasileiros que se opõem à redução da maioridade penal, sob o argumento de que isto apenas atacaria os efeitos, quando, o que a lei deve buscar é reduzir a prática do crime. 
É equivocada a ideia de que a criminalidade infantojuvenil decorra da lei ou da falta dela. O fenômeno, antes, é fruto das graves distorções educativas de nossa sociedade. Famílias desestruturadas, ausência de valores éticos motivadores do agir pessoal, exemplos danosos partindo de autoridades públicas, descaso com o ensino e com a educação no lar e na escola, contribuem, sabidamente, para uma cultura criminógena. Na quadra da vida em que o espírito encarnado é mais suscetível à aquisição de hábitos a nortearem sua existência, tais distorções muito provavelmente o impelirão a rumos nefastos para si e para os que o rodeiam.
Não será aplicando-lhes as mesmas sanções de pessoas adultas e, muito menos, fazendo-os cumprir suas penas junto a experientes e empedernidos criminosos que se irá resolver o grave problema da criminalidade de jovens de 16 a 18 anos. Há, sim, que se aprimorar o sistema, dotando os meios hoje existentes - tão precários, ainda -, de efetivos recursos materiais e humanos, voltados à sua educação e recuperação. Sempre é tempo para isso, especialmente a partir da premissa de que espírito algum é irrecuperável.






A queda do airbus
Escrevo a coluna sob o impacto da queda do Airbus sobre os Alpes franceses, no dia 24 de março. Este não foi o primeiro, nem será o último. Desastres aviatórios acontecem desde que Santos Dumont aventurou-se a fazer voar artefatos mais pesados que o ar. Mas este não foi um simples acidente. Ao jogar o avião sobre as montanhas geladas de Seyne-les-Alpes, Andreas Lubitz, 28 anos, deliberou tirar sua própria vida e a de 149 outras pessoas, incluindo aí bebês e adolescentes.

A fragilidade humana
A primeira reflexão sugerida pela tragédia desnuda a fragilidade da vida humana. Nada garante que, a qualquer momento, não seja ela extinta por um acontecimento fortuito, rotineiro, ou por um ato insano ou violento. E, então, perplexos, nos perguntamos: Como pode ser frágil assim um ente de tão riquíssimos atributos como o ser humano? Por milhões de anos, a natureza foi construindo esse complexo biológico dotado de aguçados sentidos, racionalidade, sensibilidade e aptidão de transformara si e a seu meio. O que há de errado nas leis da natureza que permitem a destruição de pessoas em condições tão flagrantemente injustas? Em cada uma sintetizam-se todas as conquistas evolutivas da espécie e se fazem presentes elementos personalíssimos que a tornam única, singular. Destruída, resta a frustração, talvez a negação de que possa, realmente, haver um sentido para a vida. A vida humana e o próprio universo seriam regidos pelo caos.

A natureza e a morte
Arthur Schopenhauer sustentava que a natureza não tem a menor preocupação com a morte: “Contempla a partida com ar indiferente, não se preocupa com a morte ou a vida do indivíduo”, entregando-o “a todos os acasos” e “não fazendo o mínimo esforço para salvá-lo”.    Mas, paradoxalmente, segundo o filósofo alemão do Século XIX, é justamente com essa sua indiferença que a natureza nos dá a grande lição da imortalidade, eloquentemente presente em suas leis.
Allan Kardec elencou entre as dez leis fundamentais da natureza a de destruição: “É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar”. O que chamamos destruição, “é apenas transformação que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos”, disseram-lhe seus interlocutores espirituais.

Na morte, o sentido da vida
Então, por aí, podemos divisar na morte o sentido da vida, mesmo quando flagrantemente injusta e ainda que resulte de ato cruel ou insano, capaz de produzir indignação. A propósito, um raciocínio raso aconselharia o conformismo diante de episódios assim, porque eles estariam previamente marcados e integrariam um mapa de reajuste individual, necessário ao progresso do espírito. Fosse assim, também aí estariam a crueldade e a insanidade, contrárias à natureza que não quer o caos, mas busca a harmonia. Mesmo indiferente à morte, por não ver nesta mais que um episódio da vida, a natureza oferece meios mais nobres de regeneração e crescimento.
Nego-me a aceitar que acontecimentos da dramaticidade e da estupidez daquele dos Alpes possam encerrar qualquer forma de justiça. Compreendo o sentido da morte, o que não me obriga a sempre me conformar com ela.








“O princípio vital é a força motriz dos corpos orgânicos“ (Allan Kardec em comentário à pergunta 67 de O Livro dos Espíritos).

“Atrás de cada usuário de drogas existe um ser humano“ (Ana Regina Noto – Coordenadora da Campanha Nacional sobre Drogas).


O Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) promoveu no dia 08 de dezembro o seminário “A educação, prevenção às drogas e tabagismo”, onde foram apresentados alguns números que merecem destaque: um levantamento nacional entre universitários das 27 capitais brasileiras, realizado em 2010 aponta que 86% dos universitários já utilizaram álcool; 47% consumiram produtos de tabaco e 49% já usaram alguma substância ilícita.  Como de costume, encerraram o seminário conclamando por parte da sociedade um forte engajamento no grande combate contra as drogas .

O objetivo, nobre por sinal, é preparar as novas gerações formando cidadãos mental e fisicamente sadios, pois eles são o melhor legado para o futuro do país. É um chavão muito batido, mas que, em outras palavras, significa que a educação é o melhor remédio.

Na pergunta 68 do Livro dos Espíritos, Kardec indaga qual a causa da morte entre os seres orgânicos, tendo como resposta dos espíritos ser “o esgotamento dos órgãos a causa da morte entre os seres orgânicos“. Na teoria espírita se dá muita importância à ação do espírito sobre a matéria e que a vida é um efeito produzido pela ação de um agente sobre a matéria.

Percebe-se, então, a enorme importância desse equilíbrio matéria/espírito durante toda a nossa encarnação. Cuidar do nosso corpo passa a ser, pois, de suma importância para uma encarnação produtiva.

Segundo o CIEE, algumas ações de prevenção têm resultado em efeitos positivos, como, por exemplo, o número de fumantes que corresponde hoje a 11,5% da população entre 12 e 65 anos. No começo da década passada eram mais de 30%. Essa redução se deve a medidas de restrição e ao aumento, de cerca de 108%, na taxação. A campanha também se baseou na apresentação dos efeitos colaterais desagradáveis causados pelo uso intensivo do cigarro.
No mesmo seminário, ficou evidente que a porta de entrada hoje de todas as drogas é o uso abusivo do álcool, notadamente entre os mais jovens.
A se destacar na apresentação dos trabalhos é, a meu ver, a carga enorme de trabalho preventivo dada às escolas e à prática de esportes no sentido da prevenção contra as drogas. Mesmo assim, alertam: “os traficantes já estão nas escolas”. Preocupa-me a pouca citação, ou quase nenhuma, na verdade, do papel da família e da educação no lar. A importância de uma espiritualidade sadia sequer é mencionada, pois, por força da laicidade do estado, espiritualidade passa a ser encarada como uma questão de foro íntimo.
                                                                                                              
 Quanto a nós, espíritas, sempre acreditei que temos a obrigação de apresentar aos nossos filhos a riqueza do Espiritismo no desenvolvimento de nossas vidas, pois trata-se de uma filosofia espiritualista isenta de preconceitos, que exige estudo e cultura de seus adeptos e vê na vida futura o seu paradigma para atuação vibrante na vida presente.  Daí a relevante importância que a doutrina espírita dá à fase da infância na formação de valores, aperfeiçoamento moral e eliminação de vícios de caráter.

Em resposta à pergunta 383 (Livro dos Espíritos), de qual seria a utilidade para o Espírito em passar pelo estado de infância, os nossos amigos espirituais asseveram que “o Espírito encarnando para se aperfeiçoar, é mais acessível durante esse período às impressões que recebe e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir aqueles que estão encarregados da sua educação“ .  Sábias palavras.





Depois do Curso Básico, um novo CIBEE
Com programação de cinco módulos, sempre às quartas-feiras, à tarde, teve início dia 25 de março, o Curso Básico de Espiritismo, ministrado no Centro Cultural Espírita. Após a saudação feita pelo presidente do CCEPA, Milton Medran Moreira, aos cerca de 40 participantes do curso, foi desenvolvido o primeiro módulo – “O Que é o Espiritismo”, por Salomão Jacob Benchaya. Seguiram-se, nas quartas-feiras subsequentes, os módulos “Imortalidade, Sobrevivência e Evolução do Espírito”, “Comunicação Mediúnica” e “Pluralidade das Existências e dos Mundos Habitados”, todos eles expostos pela pedagoga Dirce Teresinha Habkost de Carvalho Leite (foto).
O último módulo, com a temática “Consequências Morais do Espiritismo”, no dia 22 deste mês de abril, estará a cargo de Milton Medran Moreira.
Os participantes do Curso que desejarem permanecer vinculados às atividades do Centro Cultural Espírita poderão participar de um novo grupo regular de CIBEE (Ciclo Básico de Estudos Espíritas) que, coordenado por Dirce, deverá se desenrolar também às quartas-feiras e no mesmo horário, em caráter permanente. O novo grupo está aberto a todos os interessados.

CCEPA presente no Fórum do Espírito Santo
Cerca de dez integrantes do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre já confirmaram presença no VII Fórum do Livre-Pensar Espírita, promoção da CEPABrasil, que acontece dias 28, 29 e 30 de maio, na cidade de Domingos Martins, região serrana do Espírito Santo.
Com o tema “Contribuição da Filosofia Espírita para o Desenvolvimento Ético da Sociedade”, o presidente do CCEPA, Milton Medran Moreira, será um dos painelistas do evento que tem como temática central “A Contribuição Livre-Pensadora para o Desenvolvimento da Natureza do Espiritismo”. Para coordenar um dos painéis do Fórum, também foi convidado o ex-presidente do CCEPA, Rui Paulo Nazário de Oliveira.

Salomão e caravana do CCEPA em Osório
No próximo dia 21/4, o Diretor do Departamento Doutrinário do CCEPA, Salomão Jacob Benchaya (foto), a convite da Sociedade Espírita Amor e Caridade, de Osório/RS, profere palestra, ali, com o tema “Natureza, Caráter e Objetivo do Espiritismo” (20h). Um grupo de colaboradores do CCEPA acompanhará Salomão a Osório, para um encontro com os trabalhadores da instituição anfitriã.





Pena de morte
Excelente o comentário do colunista Milton Medran Moreira em “Opinião em Tópicos” de março. Se, para quem é materialista, o bom senso indica que pena de morte é algo errado (afinal, seria tentar resolver um crime cometendo outro), imagina para nós, que conhecemos o lado espiritual.
Paulo Roberto Daguer Rubin – Porto Alegre/RS.

Por uma nova ética
A análise feita pelo editorialista deste jornal me fez lembrar a comunicação de um espírito coletada por Kardec na qual ele (o espírito) fala que os homens dão extrema importância às questões e paixões políticas, mas esquecem e enxergam com  menosprezo as questões morais. Nesta comunicação, o espírito fala que devemos voltar a nos empolgar com as questões ditas morais. Não serei eu que irei desprezar as questões políticas, mas realmente devo concordar, como espírita que sou, que o individual reflete poderosamente no social.
Homem e mundo e mundo e homem influenciam-se reciprocamente. Neste sentido, além de nossos problemas políticos e institucionais, penso que nosso país passa por uma crise de valores éticos tremenda. Temos até uma frase paradigmática da formação ética brasileira: "o negócio é levar vantagem em tudo, certo?"
Estamos vivendo em um país em que um importante Senador da República fala que quer ver  a Presidente sangrar até o fim de seu mandato, para o seu partido, ao final de tudo, tomar o poder.
Vivemos em um país em que setores da população não têm vergonha de ir à rua com uma faixa pedindo a volta da ditadura militar, esquecendo das dores e lágrimas de todas as vítimas deste período negro de nosso país.
Por outro lado, de que adianta sairmos às ruas batendo panelas pedindo mudanças coletivas, se somos incapazes de ser gentis, humanos e éticos  no trânsito, em nosso condomínio, nas ruas, em nosso trabalho etc?
RIcardo de Moraes Nunes – Guarujá/SP.


Um comentário:

  1. O link para o livro "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes" não está funcionando. Mas, quem quiser pode acessar este link:
    https://fernandonogueiracosta.files.wordpress.com/2010/06/pequeno-tratado-das-grandes-virtudes1.pdf

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